Eu estava em um stress terrível. Queria me trancar no quarto e ficar por lá pra sempre, sem estudar já que eu não suportava nem ao menos olhar para aqueles livros. Mas infelizmente no decorrer das ultimas semanas foi apenas isso que eu fiz, ainda mais agora que a semana de provas estava começando.
Merda!
- Skylar? – Ouvi Taylor me chamar e já revirei os olhos, fitando-o em seguida.
Eu estava mexendo no celular e fiz de tudo pra ele não notar a minha existência já que na ultima semana, desde quando o Justin havia postado a nossa foto no dia da Pizza, ele só sabia me encher o saco quanto a isso. Mas agora tinha um motivo novo a isso.
- Hum? – Respondi em um resmungo.
- Tudo bem? – Ele abriu um pequeno sorriso.
- Sim. – Dei os ombros. – E você?
- Bem também. Você viu que o Justin foi preso de novo?
Revirei os olhos pela segunda vez e bufei impaciente.
Eu havia passado uma semana turbulenta por conta das minhas provas, mas um dos motivos do meu nervosismo foi por conta da prisão. Justin havia sido preso pelo motivo de ter sido denunciado por uma prostituta após ela relatar que passou a noite com ele, e sem espaço pra se defender, os policiais foram pra sua mansão e lhe prenderam, divulgando o motivo e a noticia.
Mas, após Justin ter finalmente a chance de se explicar, ele recusou conhecer a mulher. Durante as ultimas semanas ele só saia do estúdio pra dormir ou tomar banho, e voltava a gravar o disco. Conclusão: ele ficou preso por um dia antes dos policiais descobrirem o real motivo e tiveram o prazer de rodar a maldita noticia quanto a isso, na tentativa de provar ao mundo o quanto Justin Bieber é horrível e queimar a sua imagem novamente. Mas eu sabia o quanto ele era bom e que ele nunca seria capaz disso. Reconheço que ele saia com prostitutas, mas duvido que mesmo sob efeitos de álcool e drogas, ele nunca violentaria uma mulher, sendo prostituta ou não.
A conclusão foi que nem Nathalie Black, a mulher divulgada como prostituta agredida por Justin Bieber e a qual fez a denuncia, não era prostituta. Ela era apenas uma das najas que trabalhavam no ninho de cobras mais conhecido como TMZ.
Eles nunca cansavam, é isso.
E nem Taylor se cansava.
- Justin foi solto? – Ele perguntou em um tom de deboche e eu o fitei com a testa franzida. – O que foi? Cuidado ir na casa dele de novo, hein? Vai que ele te espanca.
- Ele não espancou ninguém, caralho. – Tentei manter o tom de voz calmo, mas era impossível.
- É sério que você vai defender ele, Skylar? Tudo bem ser fã, mas fã cega já é o ápice.
- CHEGA TAYLOR! – Pedi, olhando pra sala onde todos estavam prestando a atenção na aula, diminuindo o tom da minha voz. – Eu não preciso que você me diga o que eu tenho que fazer ou não, o que é certo ou não. Pelo amor de Deus, chega! Deixa o Justin em paz.
- Eu nunca vou conseguir durante 1 ano enquanto meu pai estiver atrás dele, Skylar. Sei muita coisa que você nem sonha.
- Ótimo, guarda pra você. – Falei, dando os ombros e voltando a prestar atenção na aula.
Merda! Mil vezes merda!
Tudo estava bom demais na vida do Justin, havia diminuído os boatos, as coisas que ele fazia nem ao menos aparecia mais na mídia, o mundo havia pelo menos ignorado o fato que ele existia e por um lado eu amava isso, já que nós, beliebers, continuávamos ao lado dele.
Mas parecia que sempre ia existir o outro lado que insistia em querer derrubar o Justin, e isso é terrível de se imaginar.
Como eu queria estar ao lado dele agora, saber se ele está bem, se ele precisa de alguma coisa.
Quando você tem a chance disso, de estar com ele não importa quantos minutos seja, a necessidade de ter aquele momento ou de querer estar com ele novamente aumenta ainda mais. E você passa a se torturar por ver Justin passar por momentos terríveis e não poder fazer nada.
Então a minha única saída é sofrer em silencio e torcer que tudo estivesse bem.
[...]
A prova de Anatomia seria na ultima aula, então, assim que eu terminei consegui ir embora mais cedo. Izzie estava do lado de fora da sala já me esperando porque ela tinha terminado a alguns minutos antes de mim, e assim saímos da Universidade até encontrar um taxi passando por perto e chamar o próprio.
- Foi bem na prova? – Izzie perguntou enquanto entravamos no automóvel.
- Acho que sim, estudei bastante pelo menos. – Falei. – E você?
- Também acho. – Ela sorriu. – Você está melhor?
- Na medida do possível. – Respondi.
Em seguida, dei o endereço de casa para o taxista e ele seguiu a diante. No caminho eu e Izzie conversamos sobre coisas aleatórias.
- Bem que você podia encontrar o Justin de novo. – Ela falou.
- Ele só vive no estúdio e eu nunca sei onde ele anda pra Los Angeles. Não tenho muita coragem de perguntar também, até porque ele nunca me responderia no Twitter: ‘’estou indo pra tal restaurante’’. – Falei, rindo fraco.
- Mas tem o Taylor. – Ela sugeriu.
- Bela bosta, não quero nada vindo dele.
- Ih, por que?
- Ele vem falar merda do Justin pra mim. É sério! Ele é um tipo hater.
- E por que ele te ajudou? – Ela franziu a testa.
- Não sei, provavelmente ele quer algo em troca. Mas eu nem ao menos sei o que é.
- Ai tem coisa... – Ela disse e eu dei os ombros, olhando pra janela do automóvel.
Em poucos minutos o taxista me deixou na frente de casa junto com Izzie. Assim que eu o paguei e sai do carro, me assustei de ver um carro conhecido estacionado na frente de casa.
Meu pai?
Peguei a chave pronta pra abrir a porta, mas antes que eu colocasse ela na fechadura, rodei a maçaneta e notei que a porta estava aberta. Quando a abri totalmente, minha mãe, meu pai e a minha irmã estavam sentadas no sofá e assim que me viram, abriram um sorriso enorme.
Talvez eu só precisava um pouco dos meus pais por perto.
Abracei a minha mãe e senti vontade de chorar. Não nos víamos a um mês e aquilo era terrível pra quem não ficava nem 1 semana longe dela. Meu pai me aconchegou em um abraço e beijou o topo da minha cabeça, já Liv me abraçou e deu alguns tapinhas resmungando:
- Eu estava com saudade, Sky. Aquela casa não é a mesma sem você.
Sorri pra ela e a abracei de volta.
Izzie cumprimentou os meus pais.
- Vocês vão ficar aqui? – Perguntei.
- Sim querida, vamos embora amanhã pela manhã. – Minha mãe respondeu.
- Oba! – Disse animada. – Eu nem sabia que vocês tinham a chave da casa. – Apontei pra porta da sala.
- Chave reserva. – Meu pai disse, mexendo a própria em seguida. Ri fraco.
- Eu quero saber as novidades, filha. – Minha mãe disse animada. – Como é a sua vida aqui?
Céus! Eu posso pular a metade do que eu vivi aqui em Los Angeles que foi correr atrás do Justin e contar que eu estou apenas enlouquecendo com as provas e que eu tenho um amigo louco que tem um pai paparazzo? Definitivamente, não.
[...]
Estávamos todos reunidos na mesa do jantar, mamãe, papai, Liv e até Izzie. Eu estava feliz por ter todos comigo por pelo menos aquela noite, já que durante a semana, se não fosse por Izzie eu me sentia um tanto quanto sozinha.
E não é uma das melhores sensações, te garanto.
Enquanto eu comia o espaguete ao molho branco que a minha mãe havia feito – ela é péssima em cozinhar, por isso fez comidas praticas – meu pai resmungou e eu o fitei, vendo-o limpar a boca com um guardanapo e me fitar em seguida.
- Skylar, eu quero te perguntar uma coisa.
- Hum... – Falei, engolindo a comida.
- Você foi na casa do Justin Bieber?
Arregalei meus olhos e comecei a tossir, engasgando com a comida.
MERDA!
- Como... como você sabe?
Meu pai riu fraco e disse:
- Querida, eu estou produzindo o Usher. Você deve saber o quanto os dois são próximos, não? E então ele me mostrou uma foto sua com o Justin na casa dele. – Eu estava paralisada. – O que foi, Sky? As noticias correm.
- Hum, entendi. – Falei. – Fui sim.
- Como você se aproximou dele assim? Tão rápido? De repente?
Eu tinha que arranjar uma desculpa maravilhosa, porque eu nunca falaria que perdi noites, aulas atrás do Justin pra contar o sonho. Primeiro: meu pai não sabia do sonho e ele provavelmente iria querer saber. Segundo: eu matei aula pra ir atrás do Justin Bieber. Nenhum pai aceitaria isso, nem se ele fosse o mais bonzinho do mundo.
- Hein, Skylar? – Meu pai voltou a perguntar, me tirando do transe.
Olhei pra Izzie e ela tinha uma fisionomia assustada. Ela deveria estar tremendo do pé a cabeça, assim como eu.
- Eu fui em uma balada, pai... – Menti. – E acabei encontrando ele lá.
- Balada? Mas você é menor de idade.
MERDA! Skylar! MERDA!
- Exatamente... – Disse em um impulso. – Não consegui entrar na balada. – Fiz cara de triste. – E acabou que eu o vi na saída quando eu estava voltando pra casa. E eu pedi uma foto e começamos a conversar.
- Entendi. E por que você foi parar na casa dele?
- Um paparazzo me derrubou sem querer e o Justin se sentiu mal, no outro dia ele me procurou e disse pra eu ir visita-lo pra ele pagar o que o paparazzo fez.
Que mentira terrível!
- Você se machucou? – Minha mãe perguntou e eu a fitei.
- Não não, ficou tudo bem.
- Skylar... – Meu pai me chamou. – Eu gosto muito do Justin, mas você sabe que ele não está tendo bons comportamentos, né? Sem contar que ele está gravando um disco novo com o Richard Oliver...
Richard Oliver era um produtor de CD onde havia uma pequena richa entre ele e o meu pai. Não preciso falar mais nada, ok? Ok.
- Está tudo bem, pai.
- Ok. – Ele disse, sorrindo de leve. – Eu só não quero que você fique na boca dos outros por conta do Justin, ainda mais agora. Você veio pra cá pra focar na Medicina.
- Eu sei. – Falei, abaixando a minha cabeça.
Realmente, eu vim pra focar na minha faculdade, mas algo mais forte que eu dizia que o Justin precisava de mim e que eu não poderia deixa-lo agora.
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