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História De Andrômeda Black e Teddy Tonks - Sorrateiros pela madrugada


Escrita por: amoraweasley

Notas do Autor


Olá amores, sei que tenho o péssimo ato de sumir... sumi até de mais.
Os estudos apertaram e os vestibulares me sufocaram de um jeito que tive que deixar minha paixão de lado. Agora com o fim dos exames principais posso finalmente respirar.
Como um enorme pedido de desculpas ponho minha cara a tapa e até a próxima terça terão quatro capitulos.
hoje já lanço dois para seciar a nossa sede, logo logo mais dois e volto a postar uma vez por semana, quem sabe até dois.
Mas tenho previsão para que até o final de fevereiro a fic pode ter seu fim e prometo dar o meu melhor em cada capitulo !!!

Capítulo 80 - Sorrateiros pela madrugada


Fanfic / Fanfiction De Andrômeda Black e Teddy Tonks - Sorrateiros pela madrugada

Caminhei pelas ruas de Londres como uma garota livre, sentindo o vento no meu rosto. Andar a noite sem companhia assusta muitas pessoas, posso dizer que até tinha medo. Mas agora tudo era diferente.

Passear de noite sem ter alguém comigo me reprimindo, hora para voltar.... uma pessoa que eu devesse explicações. Agora aquilo seria minha nova vida.

E nesse caminho acabei dando no parque que minha mãe nos levava quando éramos pequenas para não ficarmos enfurnadas dentro de casa o tempo todo, mas meu pai começou a nos proibir por achar que cada ano ficava cada vez mais lotado de trouxas.  

Era como se nada tivesse mudado. Eram as mesmas árvores, flores e estradinhas de tijolos...  talvez um pouco mais gastos pelo passar dos anos. Não tinham muitas pessoas, apenas alguns casais apaixonados e idosos levando seus animaizinhos para uma volta.

Meus pés tinham o caminho memorizado, só me bastava confiar neles... em poucos metros eu estava na linda fonte em um canto escondido, dizíamos que era nosso esconderijo. Na frente uma árvore toda retorcida que parecia ter um rosto de uma bruxa velha em seu tronco, mas com lindas flores roxas e amarelas que pareciam estrelas.

Eu a contornei e achei ainda nítido o entalhe de nossas iniciais naquela pobre árvore que já foi vilã, castelo, dragão, torre, ponte e fortaleza... para três meninas espoletas que esperavam loucas para poder sujar os seus lindos vestidos com terra e folhas.  

Sentei na fonte lembrando uma vez que derrubamos Narcisa e todas entramos para fazer uma guerrinha de água, até nossa mãe participou. Voltamos encharcadas, sujando tudo de lama.... o que nos custou uma bela bronca de tia Walburga.

Em meio a tanto tormento, tinha que reconhecer que houveram sim momentos muito bons. Infelizmente as coisa mudam... e quando crescemos tudo se complica.

Peguei minha vassoura e decolei. Deixei o vento frio bater no meu rosto e brincar com os meus cabelos. Por um minuto em mais de dezessete anos me permiti não pensar em nada.

...

Desci na casa de meu tio, parecia que tinha saído de lá a uma vida. Quando cheguei no último degrau recolhi a mão antes de abrir a maçaneta. Teddy tinha que estar lá... tinha que estar bem...

Entrei com o coração acelerado... a luz estava acesa. Teddy estava sentado no sofá com sua carinha de preocupado e meu tio do outro lado da sala na sua pose de malandro com o relógio na mão. Estavam tão afoitos que nem me notaram entrar.

- Olá...

Os dois me olharam como se eu fosse um fantasma. Meu tio recolheu o relógio e abriu um sorriso confuso.

- Você...

- Está feito. – Mostrei meu malão. Tio Alphard me segurou pelos ombros e sorriu com zelo. Eu sabia que estava curioso, mas não tomou meu tempo. Me soltou e olhou para Teddy que não conseguia mais se conter. – Como o prometido.

Era como se uma grossa parede que estava entre nós tivesse sido quebrada em mil partes... eu finalmente via Teddy de verdade sem nada que me prendesse. Tínhamos até receio de nos abraçar, com medo de que fosse um sonho.

Eu dei um passo para frente, ainda com receio. Bastou isso para que ele viesse louco por um abraço apertado.

- Teddy... – as lágrimas já começaram a cair

- Não diga nada. – Ele sorriu – estou bem... 

O abraço não durou muito pois ele se afastou soltando um gemido de dor...

- Vão com calma crianças. Posso ter te concertado, mas nem mesmo a magia mais antiga pode te deixar 100% depois do que passou.  Ou seja, nada de esforço e muito descanso.

- Preciso ver minha família...

- Nem pense nisso. – meu tio já foi tirando uma bebida de um compartimento secreto.

- Minha família está correndo um grave perigo. Não posso ficar aqui!!! – Teddy já foi se exaltando.

- Você não pode ir lá!

- Eu tenho que ir, será o primeiro lugar que irão me procurar. Preciso protege-los.

- Merlin... vocês são igualmente teimosos. – Ele deu um gole na bebida bem calmo – Será que você está se ouvindo? Se alguém estiver atrás de você irão sim para a casa dos seus pais e depois de eu ter te tirado de lá quase entre a vida e a morte, te esconder e te curar. Quer se entregar de bandeja?

- Você prometeu que ia cuidar das coisas...

- Prometi que iria cuidar de vocês e é isso que estou tentando fazer. – Meu tio já estava ficando sem paciência. – Por isso não quero que faça uma missão suicida, de novo não.

- Missão suicida? Acabou de mandar sua sobrinha no ninho das cobras sozinha...

- Porque eu tinha que ajudar um certo garoto criador de um plano louco e irracional que estava sangrando até a morte. – sua voz foi se alterando – Sem tirar que eu sei que minha sobrinha sabe se virar sozinha

- Eles precisam de mim – Teddy passou a mão na varinha... a sala estava carregada.

- Não! Eles não precisam de você porque está fraco até para se manter em pé, quem dirá proteger alguém. Será morto ou até pior! – ele passou sua mão pelo cabelo tentando não se descontrolar – Quer saber quem precisa de você? Minha sobrinha !!! Que abandonou tudo o que tinha por você e agora Sr. Teddy Tonks, você é a única família que ela tem. Não vou deixar que depois de tudo que a fez passar decida jogar tudo pro alto. 

- Tio... por favor, pare.

Teddy apertou mais a varinha, achei até que poderia quebrar em sua mão .

- Pode ser até melhor você não estar lá... assim não terão nada a esconder e podem ser poupados.

- Podem ser? Quer que eu descanse com a suposição de que um assassino de trouxas possa ter piedade dos meus pais que não sabem se eu estou vivo ou morto? – o espaço entre os dois já estava acabando...

- É a única opção que temos e você sabe que eu estou certo.

Antes que Teddy desse mais um passo me coloquei entre os dois, com algumas lágrimas escorrendo.

- Por favor, parem... – falei sem forças. – Hoje foi um dia muito cheio... cheio de brigas, gritaria e decepções. Eu estou cansada... todos nós estamos.

- Andie... – quando ele tentou se aproximar para me abraçar sentiu uma dor muito forte que o jogou para trás.

- Por favor... descanse só hoje. – eu não sabia mais como convencê-lo . – Por mim...

Teddy não dirigiu uma palavra a mim ou a meu tio, apenas nos olhou com raiva e foi subindo as escadas mancando. Devia estar morrendo de dor, mas não deixava isso transparecer.

- Agora vejo porque se dão tão bem... são dois teimosos – meu tio encheu o copo novamente.

- Por favor tio... não é hora para piadas. – reprimi ele, que mais parecia um criança birrenta. – Como está Sirius?

- Mal... a batida foi muito forte, mas não o suficiente para causar algum dano permanente. Tudo o que sente é uma leve formicação nas pernas, mas vai sobreviver. – eu sabia que ele queria me perguntar sobre o que tinha acontecido lá em casa, mas sabia que não era a hora certa para aquela conversa. – Bem... eu vou indo. Boa noite...

Ele foi caminhando para a porta, solitário...

- Tio, espere... – corri até ele e lhe dei um grande abraço. – Obrigada por tudo...

Ele ficou espantado no inicio, mas depois me abraçou bem forte.

- Você é uma mulher muito forte Andrômeda... não deixe que ninguém te faça pensar o contrário. – ele me deu um beijo na testa, mas antes de sair pela porta parou – A propósito, já ia me esquecendo.

Ele jogou um negocio brilhante para o alto, só quando peguei que vi um molho de chaves.

- O que é isso?

- A chave da sua casa Andie. – eu olhei ao redor e não podia acreditar.

- Mas... ti... tio... é sua... – não conseguia nem formar palavras...

- Não se preocupe. Eu tenho várias propriedades espalhadas por ai. Esse molho, contém chaves de três delas. Cada uma mais bem escondida que a outra caso precisem fugir alguma hora. Mas... creio eu que vão escolher essa aqui, está no subúrbio, mas não tão afastado do centro... um bom bairro para se começar uma família e é claro, a mobília é de ótimo gosto.   

-Ma... mas...

- Eu sei que você queria começar do zero... mas sou um tio intrometido. Com o tempo se quiserem sair daqui, vou entender. Mas é um jeito de começar, imaginei e...

Dei um abraço bem apertado nele kk ele ficou surpreso no começo, mas depois cedeu ao abraço.

- Eu... eu não tenho como te agradecer... nem mesmo sei o que fiz para ter um padrinho assim como o senhor.

- Bastou ser você... e para isso foi preciso muita coragem. – ele acariciou meu cabelo com amor e deu um beijo – Agora preciso ir, não quero deixar Sirius sozinho.

- Certo... eu irei visita-lo e...

- Andie... eu acho melhor você se afastar de Sirius, por enquanto sabe...

Até pensei em retrucar, mas estava cansada e sabia que ele estava certo...

Como queria que estivesse errado, me doeu o coração pensar em me afastar de meu leãozinho.

Ele me lançou um olhar de compaixão

- Boa noite, prometo mandar noticias. – e antes de fechar a porta voltou – E Andie... cuide dele, ele não está em condições de se arriscar.

Apenas concordei, me agarrando ao molho de chaves que ele tinha me dado. Quando fechou a porta ouvi um breve som de aparatar e soube que agora seriamos só nós dois. Olhei ao redor daquela casa... nossa casa.

Deixei as chaves dentro de um lindo vasinho chinês.

Subi as escadas e o silêncio me assombrou. Fui até o quarto principal cautelosamente e abri a porta sem saber o que esperar.

Teddy estava de costas para mim tentando colocar um sobretudo driblando a dor que devia estar sentido. A varinha estava no criado mudo pronta para ser usada e janela aberta... uma fuga rápida com certeza.

Tossi desajeitada e ele virou para mim, assustado e envergonhado como uma criança que estava fazendo algo errado... muito errado

P.O.V TEDDY.

Ela estava ali, parada na minha frente já entendo tudo o que estava acontecendo... Queria ter saído antes que ela chegasse e teria conseguido se não fosse aquela dor horrível me atrasando. O silêncio entre nós já era um grande incomodo.

- Andie... eu sei de todos os sacrifícios que você enfrentou por nós e sou grato por tudo isso, mas eu não posso deixa-los. Não posso ficar parado enquanto sei que eles estão correndo perigo e...

Antes que eu pudesse terminar de cuspir tudo o que me vinha à cabeça, ela saiu pela porta. Sem dizer nada ela já tinha me feito me sentir um monstro.  Talvez o tio dela estivesse certo... e eu estivesse sendo apenas um egoísta.

Por minha culpa ela tinha acabado de perder toda família... Andie só tinha a mim e eu estava ali como um rato procurando uma fuga, talvez uma passagem só se ida para a casa de meus pais lutar como um fraco, que não consegue nem se vestir sem gemer de dor.

Mas ao mesmo tempo, não podia deixa-los... Bellatrix foi bem clara quando disse que eu teria de fazer uma escolha e duvido que ela tenha se esquecido de algo tão sério. Eu já havia perdido muito tempo...

Talvez já estejam mortos e ela esteja me esperando para terminar o trabalho...

E assim eu jogo tudo fora... deixando Andie sozinha depois de tudo que eu a fiz passar.

Eu sou um idiota...

Sentei na cama, perdido e divido entre ir e ficar. Pensei em procurar ela, mas estava com vergonha de olhar em seus olhos.

Mas logo depois ouvi a mesma tosse desajeitada vindo da porta. Não olhei... não conseguia olhar para ela... me senti o rato que a família dela julgou. Então ela se ajoelhou e com calma me fez olha-la. 

 Andie não desceu para se afastar... tinha ido buscar seu casaco. Estava com a varinha no bolso e a vassoura em uma das mãos. Riu da minha cara de surpresa kk talvez da minha lerdeza em associar aos fatos.

- Andie...

- Não... agora me escute. – ela se colocou de pé, firme como uma rocha. – Eu entendo que quer tentar salva-los Teddy, eu mesma se pudesse ter você e a minha família... se ela não fosse do jeito que é, é claro que eu faria o que estivesse ao meu alcance. Não acho justo que tenhamos que escolher nós ou as outras pessoas que amamos.

- Agradeço meu amor, mas não posso te colocar em perigo também.

- E o que você quer que eu faça? Fique aqui sentadinha te esperando sem saber se vai voltar. – fiquei até com medo de responder – Ótimo, Teddy não vou te impedir de ir, mas também não te deixarei ir sozinho. Sua família agora é o mais perto que tenho uma e não quero ter o sangue deles em minhas mãos... muito menos o seu.

Ela estava decidida, não importava o que eu dissesse...

Dei um abraço bem forte nela. Eu só tinha a agradecer por te-la comigo ali. Ela tinha o direito de me fazer ficar, mas ao invés disso resolveu ir enfrentar o desconhecido comigo depois de todo o caos que passamos.

- Está certo, mas não me atrapalhe. – ela me deu um soco no braço e estendeu a vassoura. – Não é mais seguro aparatarmos?

- Enlouqueceu? Não sei o tamanho do estrago que eles te causaram nem até onde vai a cura do meu tio. Vamos de vassoura e eu dirijo.

- Você? não, não, não. Já te vi voando... já fui açoitado, não quero acrescentar cair de uma vassoura também... pelo menos não no mesmo intervalo de 24hs. – quando ela me empurrou a trouxe bem pertinho de mim – E também, você não faz a mínima ideia de como chegar lá ne?

Ela tentou retrucar, mas sabia que cada segundo era precioso e me passou a vassoura.

Caímos noite a dentro. Entre as nuvens e o ar gelado. Londres ainda estava bem escura, devíamos ter só mais uma hora antes de amanhecer... sendo otimista.

Andie encantou a vassoura para potencializa-la, ganhamos um bom tempo com isso.

Ela era incrível...

Não demorou muito e as casas foram parecendo familiares... até finalmente chegar na mais humilde casa da rua. Demos duas voltas pelo bairro para ver se ninguém no veria.

Pousamos em uma casinha abandonada perto da minha... o silêncio, nosso amigo, ora era confortante ora agoniante.

Escondemos a vassoura com todo o tipo de folhagem. Não consegui prestar muita atenção no serviço... só tinha olhos para minha casa. Rezando a todo tipo de Deus que houvesse para que tudo fosse apenas coisa da minha cabeça.

- Bem, está bom. Vamos... – Andie foi andando até notar que eu tinha ficado para trás. – Teddy?

- Está tudo quieto... – o silencio nos tomou – Andie... o que quer que estejamos prestes a enfrentar eu... e só queria dizer ... que eu... eu te...

- Deixe isso para depois. – ela sussurrou. E deu a mão para mim.

...

P.O.V ANDRÔMEDA

Nós íamos pela ramagem escassa dos jardins, sempre lançando algum feitiço para detectar qualquer coisa anormal. Tudo estava limpo e a cada passo que dávamos o coração pulava. Teddy estava quieto, sua respiração pesada, nem mesmo reclamou de alguma dor que estivesse sentindo... estava se preparando para o pior.

Quando chegamos no terreno de sua casa fomos pelo fundo. Teddy ficou paralisado. Usou o Alohomora para abrir a porta... não haviam sinais de arrombamento, então por um momento pudemos respirar aliviados.

Tudo estava escuro... escuro de mais. Nem mesmo a luz do banheiro que segundo Teddy sempre ficava acesa, estava ligada.

Não usamos o Lumus, pois se alguém ainda estivesse lá não seria informado. Preferimos usar um antigo feitiço conhecido como “olho de coruja” que nos permitia a visão noturna. Logo depois lancei um que meu pai havia nos ensinado caso estivéssemos em situação parecida. Um faz bruxos ou feiticeiros brilharem  para serem detectados em qualquer forma, sendo ela humana, animalesca ou disfarçado como um simples objeto.

Novamente nada...

- Está limpo... – sussurrei.

Então Teddy estava aflito, iluminou bem fraquinho o cômodo e vimos da cozinha a silhueta de seu pai sentado na poltrona de costas para nós...

- KK ele deve ter adormecido na poltrona... um dia duro no trabalho faz isso com ele de vez em quando. – Teddy caminhou com um sorriso aliviado no rosto... – Vou pega-lo de surpresa!!!

Quando Teddy se afastou de mim senti percorrer um enorme calafrio sobre mim... meu corpo captou de uma vez todos os feitiços horríveis que tinham sido usados ali. Aquilo era como fogo dentro de mim, senti minha pele queimando de dentro para fora e antes mesmo que eu pudesse gritar ou avisar para que Teddy tomasse cuidado... ele gritou como uma besta feroz. 


Notas Finais


Oie amores, eu já disse que amo o Tio Alphard de coração?
antes de qualquer coisa, peço para que preparem o coração de vocês... o próximo capitulo é pesado.


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