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História De Fã para Amante (Camren) - Chapter Twenty


Escrita por: Thamyfanfics

Notas do Autor


Voltei!

Bem rápido, ein? Porque a intenção é finalizar essa fic pra dá atenção a Pregnat by aciddent. rs

Bora lá, boa leitura e perdoem-me os erros.

Capítulo 20 - Chapter Twenty


Fanfic / Fanfiction De Fã para Amante (Camren) - Chapter Twenty

Gritos, correria e pânico.

Tudo tornou-se uma grande bagunça, se não fosse os diversos seguranças, o eleitorado ensandecidos tinham invadido o palco, onde os três corpos jaziam no centro. A equipe médica que sempre ficava à posto em todos os eventos políticos entraram em ação. Os seguranças particulares e os polícias criaram uma barreira de proteção para que os curiosos não vissem o que estava acontecendo.

A polícia, também como a equipe médica pediram reforços, e não tardou para que as ruas fossem explodidas pelo barulho das sirenes de ambas corporação. Parecia um show de terror ao vivo, já que a imprensa estava filmando com os relatos confusos e assustados dos próprios repórteres que no momento dos disparos também foram ao chão, como vários presentes.

Eles tentaram colher informações, mas ninguém dizia nada, as ambulâncias e as viaturas invadiram o espaço dos pedestres, e a única certeza era que: Tinha acontecido um atentado contra a vida do Sr. Governador de Jalisco, a Primeira-dama e funcionária. Eles também não sabiam informar se eles estavam vivos, ou não. Mas um close inoportuno foi feito por uma das câmeras em que muito sangue escorria pelo palco e desciam pelas escadas.

Esse vídeo viralizou antes mesmo que a equipe de segurança do Estado pudesse ter controle. A quantidade de sangue era inacreditável, e a demora da equipe em locomover os corpos traziam quase a certeza de que eles não tinham escapado do atentado.

Uma equipe tática agiram às pressas nos prédios próximos à procura do atirador ou atiradores, já que tudo indica que tinha sido mais de uma pessoa que fizera isso... E tratava-se de pessoas especializadas que sabiam atirar, já pela precisão dos acertos. Eles precisavam achar os culpados, porque sabia que se não fizesse, as coisas ficariam piores. A vítima tratava-se da governador do estado e sua esposa, a pressão seria insuportável em cima da segurança pública. Tanto dos outros políticos, como da população que estava entrando em colapso.

Os fãs de Lauren que receberam a notícia pelo twitter estavam em crise. Muitos estavam deslocando de suas casas ao desespero para tentar chegar no lugar do atentado. Eles estavam amedrontados que tivessem acontecido o pior com a cantora, e até mesmo a funcionária que eles tinham simpatizado. Já o Cain, eles nem pensavam.

A equipe médica estava fazendo os primeiros socorros em cima do palco para tentar aumentar as chances de sobrevidas das vítimas.

— Elas estão muito mal. — Uma enfermeira disse ao fazer compressão em Camila, apesar de tentar estabilizar o sangramento, era quase impossível. Muito sangue era jorrado. — Essa precisa chegar no hospital em cinco minutos ou será tarde demais. — Informou para o médico. — Droga, ela está entrando em choque hipovolêmico. Tragam a maca, precisamos locomovê-la, agora! — Gritou para os outros. — Não podemos perder mais tempo.

Rapidamente, a equipe se moveu, e Camila foi colocada na maca, mas nenhum momento a enfermeira parou de fazer compressão em sua virilha, a fonte de toda hemorragia. Ela tinha outro ferimento na parte do seu corpo, mas a prioridade era aquela ferida aberta que jorrava tanto sangue de si. Fizeram a oxigenoterapia manual na mesma, e correram para a ambulância com ajuda dos seguranças. Não tinham tempo a perder, a vida da brasileira estava por um triz.

A medida que a maca ia sendo movida, o sangue ia pingando no chão, deixando um rastro de horror para quem conseguia visualizar a cena.

Dentro do ambulância, os equipamentos foram conectados a ela. Camila recebeu uma bolsa de sangue e de nutrientes, que não sutil muito efeito, já que a medida que recebia, perdia em dobro. A enfermeira gritou para o motorista ir, e o veículo foi arrancado com velocidade na direção do hospital mais próximo.

— Batimentos cardíacos caindo... — Um técnico informou, olhando para o monitor que começara a apitar drasticamente.

— Preparem a adrenalina e o desfibrilador. — O médico gritou para a equipe. — Estamos a perdendo...

(...)

Em cima do palco, outro médico estava cuidando da primeira-dama que a situação não estava as melhores. Lauren estava apática, o seu rosto mais branco que o natural, a frequência cardíaca e a respiração estavam quase nulas. Que iniciaram rapidamente a oxigenoterapia manual, o que não estava surtindo muito efeito. Ela precisava ser entubada rapidamente antes que a falta de oxigênio afetasse o seu cérebro ou outros órgãos. A pele era uma camada de suor e sangue, muito sangue. O ferimento tinha sido diretamente no peito. As mudanças começaram acontecer em segundos, ela foi ficando acianótica, e muito fria, o corpo passou a bater descontroladamente de frio mesmo Lauren estando inconsciente, as veias do pescoço estavam muito inchadas.

— Ela está tendo um tamponamento cardíaco. — Disse para a equipe que estava em seu auxílio. Felizmente, houve a agilidade e eles a colocaram em cima da maca. Do seu pescoço a baixo, só via a camada grossa de plasma e sangue. — O que indica lesão cardíaca severa, o coração não aguentará a pressão. Ela precisa entrar no bloco cirúrgico agora mesmo!

— O hospital já está avisado. — A enfermeira respondeu, cobrindo a Lauren com uma manta térmica.

— Liguem para Dra. Maggie Pierce. — O médico disse, enquanto corria juntamente com a sua equipe e uma Lauren na maca. — Diga a ela que é de suma importância que esteja presente, estamos em um caso muito complicado aqui e há 80% de chance da paciente não sobreviver.

— Já entramos em contato. — Outra enfermeira disse. — Assim que vimos que tratava-se de uma lesão de projétil de arma de fogo no hemitórax esquerdo, ligamos para ela. 

O médico assentiu novamente, satisfeito pela agilidade de sua equipe.

— Talvez, ainda tenhamos uma chance. — Murmurou, olhando fixamente para Lauren com uma máscara de venturi, enquanto, uma técnica de enfermagem bombeava incansavelmente ar para a mesma.

Correram até a ambulância com todo cuidado para não derrubar a Lauren da maca. As portas do veículo já estava aberta a espera, mas no momento que impulsionaram a maca para cima, a mão da cantora escorreu da maca, fugindo da manta térmica e ficando pendurada, enquanto, uma gota solitária de sangue escorria pelo mesmo no contraste da pele embranquecida.

Mais uma cena que a imprensa capturou, e que levou a todos que estavam envolvidos no drama nas redes sociais ao desespero. Nessa altura do campeonato, as famílias e amigos já tinham conhecimento do acontecido. Tanto a de Lauren, como a de Camila.

— Ela está tendo um choque cardiogênico. — A enfermeira gritou assim que estabilizou a Lauren dentro da ambulância.

O médico levou as mãos à cabeça por um segundo em um desespero que não era comum dele. Já atendera milhares de pessoas durante os seus anos de carreira profissional, mas Lauren estava o atingindo em cheio, não sabia porque tinha admiração pela cantora, ou por a mesma ser a ídola preferida de suas filhas, só sabia de uma coisa: Não podia deixar a Lauren morrer.

Mas por um breve momento sentiu a sua cabeça ser sugado pelo vazio do branco de 0 informações. O que faria? Lauren estava com um projeto em seu coração e estava tendo um infarto agudo do miocárdio. Qual era a chance de sobrevivência?

— Dr. O’Mailley! — A enfermeira gritou, o trazendo de volta a realidade.

George O’Mailley balançou a cabeça, voltando a si e subiu na ambulância.

— Não, Lauren Jauregui, não é em minhas mãos que você vai morrer! — Disse fervoroso, então, olhou para a sua equipe. — Dopamina!

As portas da ambulância foram fechadas e a mesma arrancaram, enquanto, a equipe lutava pela vida da cantora.

(...)

Luís Cain foi o último a ser socorrido, mas não menos dramático. Houve uma mobilização com os eleitores gritando o nome do mesmo. Ninguém sabia o nível de gravidade de sua saúde, apenas o viram desmaiando sobre a maca com outra equipe sendo ágil. Diferente de Camila e Lauren, deixaram que as câmeras focassem bem o candidato na maca, desfalecido.

Tara correu atrás, não era impedida por ninguém porque eles a conheciam e sabia que ela era o braço direito dele. As suas mãos estavam sujas de sangue, ela não soube em que momento as suas mãos ficaram com aquele liquido viscoso. Ela esfregava uma mão na outra tentando se livrar daquilo, mas só fazia se sujar mais, o cheiro era insuportável... Não era apenas o cheiro de ferrugem que sentia, mas sim, de sangue inocente e puro. Isso causou uma angustia e arrependimento no fundo do seu ser, mas ela permaneceu quieta, dentro daquela ambulância barulhenta e rápida, sem conseguir parar de olhar para as suas mãos avermelhadas até que alguém da equipe lhe ofereceu papel toalha para se limpar. Ela tentou sorrir agradecida, mas apenas os lábios tremeram.

A chegada ao hospital não durou nem dez minutos. As portas se abriram e incrivelmente tinha vários repórteres e suas câmeras registrando a chegada do candidato ao senador e governador de Jalisco. A equipe médica do hospital já estava no aguardo, e assumiram a responsabilidade. Ela desceu um pouco tonta, mas ainda foi atrás... A equipe corria com o Cain, e ela correu atrás, automaticamente. Não foi barrada também ao passar das portas de emergência. Deveria... Mas não foi. Continuou a seguir a equipe do hospital por longos corredores e até mesmo no elevador. Todos estavam extremamente calmos, apesar do silêncio.

Ao invés de adentrar no bloco cirúrgico para uma cirurgia de emergência ou algum reparo. O elevador subiu até a cobertura, e adentraram em uma área exclusiva. Tratava-se de uma suíte presidencial. Do jeito que acontecia em hotéis, também tinha em hospitais.

A equipe locomoveu o Cain para o leito, e olharam para a figura antes de sair, ficando apenas ela, o governador e o médico. Assim que se viram sozinhos, Cain retirou a máscara de oxigênio e jogou longe ao se sentar, e olhar para o seu terno sujo de sangue. Um sangue que não era seu. Boa parte do sangue era de porco, e a outra parte eram de Lauren e Camila, já que ele caiu entre elas.

— Então, como eu fui? — Cain perguntou com um sorriso congelado nos lábios.

— Um belo ator. — Tara murmurou, voltando a olhar inconscientemente para as suas mãos que apesar de limpas ainda aquela vermelhidão.

— Quantas por cento de chance de eles acreditarem? — Cain quis saber ao se levantar do leito. Ao lado, tinha uma mesa com uísques e conhaques importados. Ele serviu uma dose.

— Diria que 95%, os 5% ficam para os incrédulos. — Tara voltou a responder.

— E esses 5% serão problemas? — Cain questionou, dando um gole de sua bebida.

— Acho muito difícil quando Lauren e Camila estão à beira da morte nesse momento. — A voz de Tara saiu falha, ela ainda olhava para as mãos, mas a imagem de Lauren e Camila caída sangrando como animais em abates não saia de sua cabeça.

— Ótimo. — Colocou o copo na mesinha e retirou o terno juntamente com o colete que usava. Colada ao colete tinha um saco vazio do sangue de porco que usou. Tudo saiu como planejado. Então, seus olhos projetaram no médico. — O que diremos a imprensa? Eles precisam acreditar que eu estou entre a vida e a morte. 

— Diremos que o projétil atingiu o seu abdômen, assim sendo o seu sistema intestinal. — O médico começou tão frio quanto o Cain, ele só se importava com o dinheiro que estava recebendo naquele fraude. — Emitirei uma nota informando que fizemos uma laparotomia exploratória que mesmo que o projetil varou pela sua lombar, ainda causou estrago ao sistema, assim neutralizamos algumas hemorragias internas, suturamos alguns pontos dilacerados, mas que mesmo assim, você precisará usar bolsa de colostomia por um tempo, já que seu sistema intestinal não estará apto.

Cain bufou, voltando a pegar o seu drinque.

— Sério, porra? Terei que usar uma porra de uma bolsa de merda?

— Será fake. — O médico apressou em dizer. — Uma bolsa de colostomia sempre exalta a fragilidade de uma pessoa. Dará mais ênfase e veracidade ao seu ataque.

— Hum. — Cain deu mais um gole de bebida. — Eu quero ir muito além. — Olhou para Tara. — Estamos a três dias da eleição e eu quero que esse “atentado” me garanta a vitória.

— Você praticamente já está eleito, Luís. — Tara respirou fundo. — Não existe nada que comova os eleitores do que um candidato atacado por ódio de opositores. O odiado muda de posição e se torna amado. — Deu de ombros. — Sabe, essa hipocrisia solidária de todo o sempre.

Cain não gostou do tom de Tara, mas apenas a olhou ao voltar a beber.

— Quero uma maquiadora artística para fazer uma bela maquiagem no meu abdômen “costurado”. Poderíamos fazer uma montagem, mas esse povo é muito inteligente e pode descobrir. Eu quero a melhor e de possível, a mais corrupta.

— Claro, Luís.

Cain sorriu abertamente, já estava se vendo no senador, era um passo para a presidência. Ele sabia que chegaria longe, era o seu destino e não importa se tivesse que massacrar pessoas em seu caminho.

— Sabe o que seria interessante? — Cain voltou-se para o médico.

— Sim? — O médico perguntou solicito.

— Se uma das duas morresse, não importa quem seja... Mas se tivesse que escolher, diria que a brasileira. — Virou o gole de sua bebida. — Lauren ainda me é útil no futuro.

O médico colocou as mãos nos bolsos do jaleco com o rosto resignado.

— O estado de sua esposa e de sua funcionária é crítico. Elas estão com diagnósticos diferentes, mas a gravidade é praticamente a mesma. Não tem nenhuma garantia de que uma das duas serão salvas, ou as duas. — Olhou rapidamente para Tara, antes de voltar para o governador. — Perdoe-me, isso não estar em minhas mãos e sim do destino.

Cain por um momento parou, olhando diretamente para o médico.

— O estado de Lauren é crítico? — Perguntou com os olhos apertados.

— Sim. A sua esposa recebeu um tiro diretamente no peito, foi um milagre que ela estivesse viva ao chegar no hospital depois de um choque cardiogênico seguido de um infarto do agudo do miocárdio. Foi diretamente para o bloco cirúrgico com a Dra. Pierce, uma das melhores cardiologista do mundo. As últimas informações que tive é que a Dra. Pierce estava tentando controlar o tamponamento cardíaco e retirar o projétil alojado no saco pericárdico. A retira do projétil é o de menos, já que o saco pode ser desprezado juntamente com a bala, mas a sua esposa também mostrou um moderado derrame pleural. — O médico manteve a tranquilidade ao falar. — Sem contar as paradas cardíacas que desde que entrou na mesa de cirurgia contabilizou em três. De três, uma: Ou sua esposa tem o coração muito forte. Ou não chegou a hora de ela morrer. Ou ela está lutando pela vida. Mas clinicamente falando, como médico, digo que se ela sobreviver será um milagre. O senhor acredita em milagres?

Cain não respondeu porque estava impactado demais com a notícia, não esperava esse diagnóstico de Lauren. Ele voltou a bebida e serviu-se mais uma vez, de algo mais forte. Enquanto a sua mente bombeava de pensamentos. Um rei precisava de uma rainha, deu um gole na bebida malte e fez uma careta, voltou-se para o médico e Tara. Ao ver a figura de sua funcionária, sabia que ela jamais poderia exercer o papel que Lauren fazia em sua vida, e sentiu raiva.

Ele precisava de Lauren Jauregui. Isso nunca foi um segredo, ela nunca foi uma opção, ela era a solução, e não podia perdê-la, por fins lucrativos.

— E a Srta. Cabello? — Perguntou sentindo o fel em sua boca, odiava aquela brasileira.

— Também está no bloco cirúrgico, situação também complicada pelo choque hipovolêmico, perdeu muito sangue e nutrientes. Teve duas paradas cardiorrespiratórias na ambulância e uma no hospital. Se ainda está viva é por conta da ferocidade da equipe médica, mas o prognóstico não é bom. O organismo está muito frágil, e não está aceitando muito bem a reposição de fluídos, ao menos não no bloco, não saberei dizer no pós, se ela sair da mesa de cirurgia.

Cain não se sensibilizou com a informação. Por ele, que Camila Cabello morresse na mesa de cirurgia e que Lauren se salvasse, não por amor a sua esposa, mas para que ela se corrompesse e se destruísse a cada minuto na terra que respirasse e a brasileira não estivesse presente. Esse seria um ótimo castigo. Ele ainda tinha obsessão por Lauren, isso era óbvio, mas o prazer de vê-la agonizando em dor, como presenciou nos últimos dias não tinha comparação.

— Ela vai sobreviver? — Questionou ao médico.

— É uma questão também de milagre, Sr. Cain.

Cain sorriu sadicamente. Seria irônico se as duas se salvassem, e se isso acontecesse, ele daria um motivo para que não houvesse um final feliz para elas, nem que isso lhe custasse tudo, mas ver a Lauren e Camila felizes no maior esplendor? Isso jamais aconteceria, nem nos maiores delírios delas!

(...)

Tudo era um teatro e os participantes não sabiam. Quando Sinu e Alejandro souberam do ataque que Camila sofreu, eles quase morrerem juntos, principalmente com a falta de informação de sua filha. Rapidamente ligaram para o Pablo que se fez presente na casa deles. Eles sentiam a apreensão do namorado de sua filha, mas tinha alguma coisa diferente que talvez, o Pablo não tivesse contando, mas era nítido que apesar da preocupação do mesmo, alguma coisa estava fora do lugar e isso era percebível desde que ele voltara do México.

Dinah também apareceu preocupadíssima, falando de um sonho que tivera com Camila que exatamente um buquê de rosas brancas estavam manchadas de sangue, estava assustada com a coincidência que mesmo não sendo um buquê, Camila estava segurando uma rosa solitária branca no momento do acontecido, e ela precisava ver pessoalmente com os seus olhos como a sua melhor amiga estava.

Muitas ligações foram feitas pelos Cabello, principalmente para Ally Brooke que não atendeu nenhuma, até que conveniente um funcionário do governo de Jalisco oferecera um jatinho para que eles e Dinah que bateu o pé que estaria presente estava disponível. Quando avisaram que não tinham passaporte ou visto para entrar no México, o funcionário avisou de maneira novamente confortável que tinha conversado com a baixada brasileira e mexicana, e que esses pormenores estavam resolvidos.

Eles não questionaram, só arrumaram as malas rapidamente com poucas roupas, só queriam estar em Guadalajara juntamente com a sua filha, tinha visto as informações pelo twitter e também Facebook e tudo era aterrorizante. O maior medo era que tivesse que chegar no México para enterrar a sua filha.

Pablo declinou a viagem, informando que estava passando por uma crise econômica. Ele queria muito ir, mas sabia que não seria bem recepcionado por Camila, se é que a brasileira estivesse viva. Ele estava angustiado, mas não podia forçar a sua presença para a mesma quando o término foi tão traumatizante, ao menos de sua parte.

Os Cabello não o questionaram, estavam mais preocupados com a sua filha, então, embarcaram num jatinho particular junto com a Dinah em que a tensão era bastante palpável. Seriam horas de voo em que Sinu e Alejandro dedicaram em prezes, já a Dinah desejava que sua amiga estivesse viva, porque se ela morresse, iria ressuscitá-la só para estourar a cara da mesma em murros.

É bom que esteja viva, Cabello, porque se você morrer, faço pessoalmente uma visita ao inferno só pra te socar, desgraçada. Ela implorou em sua mente com os olhos lacrimejando.

(...)

Já a família de Lauren estava presente no hospital.

Taylor tinha deixado os filhos com o marido, já que o mesmo seria um peso morto juntamente com as suas crias. Revirou os olhos com o seu pensamento, porque tinha tido filhos mesmo? Era uma pergunta que jamais teria resposta. Caminhou até a máquina disponível, nada de interessante. Então, foi até a máquina de café, também nada agradável. Queria álcool. Porque era tão difícil de encontrar em um hospital?

Bufou, nem mesmo a cafeína era capaz de lhe oferecer o torpor que o álcool oferecia. Precisava de um pouquinho de álcool em seu organismo para funcionar bem, não importava como, talvez, uma taça de vinho, tendo a plena consciência de que se tomasse uma taça, iria querer a garrafa toda porque ela não tinha controle de si mesmo, sempre que tomava alguma bebida só ficava satisfeita quando tivesse embriagada.

Será que tinha um problema?

Com um café expresso de dois dólares em mãos, voltou para próximo dos seus pais. Estava preocupada com a sua irmã quando viu sobre o atentado nas redes, entrou em pânico, apesar de Lauren bancar todas as suas mordomias, ela amava a sua irmã e não queria que nada de mal acontecesse com ela.

Clara e Mike estavam na recepção, silenciados com os pensamentos ao longe. A matriarca pensava nas joias e viagens que perderiam se a filha morresse, enquanto, o Mike pensava nos barcos, nos jatinhos e estilo de vida desponderada que vivia. Eles precisavam de dinheiro... Dinheiro esse que era extraído de Lauren Jauregui com o seu casamento com um homem corrupto. Eles se preocupavam com a saúde de sua filha, sim... Mas a preocupação era nivelada com o saldo bancária, torciam para que Lauren não morresse, não por amor, mas por interesse, alguém precisava mantê-los, e Taylor era uma carta fora do baralho, já que nem ela mesmo conseguia se sustentar e o marido era um ameba.

Então, era de profundo apelar que Lauren resistissem.

Estavam os três na recepção quando Mercedes chegou aos prantos, a mulher estava tão nervosa bem diferente do estado da família biologia de Lauren que quem visse pensava que a velha era a família da cantora, e não os outros três com os semblantes imparciais...

(...)

— Você precisa ir até El matador fazer o resto do pagamento. — Cain falou depois de tirar trocentas fotos com uma maquiagem fake do seu abdômen, a sua equipe, os de confiança, iria escolher que fosse o mais realista. — E dizê-lo que é de suma importância que ele suma, ninguém pode saber que ele foi responsável pelo ataque.

— Não gosto desse homem, e muito menos do jeito que ele me olha. — Tara anunciou quando se viram sozinhos no mesmo recinto.

Fazia exatamente 10 horas depois do “atentado” e as redes sócias estavam uma loucura, juntamente com a locomoção da imprensa, principalmente as privadas que buscavam de todo o custo alguma informação. Mas era impossível, já que Camila e Lauren ainda estavam no bloco cirúrgico sem nenhuma novidade, e como elas não tinham uma evolução, Cain não queria soltar alguma notícia dele, já que a maior vítima deveria ser ele.

— O seu sentimento e seu achismo não importa aqui. — Cain falou rispidamente, sentado confortavelmente no sofá de três lugares. — Vá lá e faça o seu serviço.

Tara concordou, andou uns passos até a saída, então, voltou até ele.

— Você não se importa? — Perguntou ao olhá-lo. — Nem um pouco?

Cain que estava com o celular na mão, ergueu os olhos para ela, confuso.

— De quê?

— De mentir, sobre você, enquanto, duas vidas estão lutando para sobreviver e você estar aqui, exalando vitalidade.

Cain gargalhou, realmente o seu riso foi forte e potente, todo o seu corpo tremia com o poder do riso, já a Tara permanecia parada, o observando.

Quanto maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada. — Ele citou uma frase de Hitler.

Tara perdeu o fôlego no mal sentido, sempre soube que ele era um fascista, mas não achou que a sua sede por poder era tão grande assim. Logo soube que ela não passava de uma peça no tabuleiro e quando merecia ser descartável, ele o faria sem pensar duas vezes.

— Você realmente não se importa com o estado de saúde de Lauren e de Camila, se elas poderão sair viva dessa. São dez horas de cirurgia, os familiares estão aflitos na recepção.

Cain riu.

— Só se for da de Camila, porque tenho certeza que de Lauren estão nem aí, só estão pensando na pensão gorda que eu posso proporcionar.

— Você não se preocupa? Com elas? — Tara pressionou.

Cain revirou os olhos.

— Eu me importo com a Lauren e com o que ela pode me proporcionar, Tara. Camila pra mim é um objeto descartável. — Deu de ombros. — Como dizia o meu grande ídolo: A natureza é cruel; então também estamos destinados a ser cruéis. Temos de ser cruéis. Temos de recuperar a consciência tranquila para sermos cruéis.

— Você citou novamente um dos homens mais cruéis da história. — Tara comentou incomodada.

— Quem se importa. — Deu de ombros, balançou a mão no sinal de despacho. — Vá embora, El matador está em sua espera, não queremos que ele fique aborrecido, sim?

— Eu vou sozinha? — Tara perguntou apreensiva.

— Sim. Você não quer que suspeitas caiam sobre mim, não é?

— Eu tenho medo. — Ela disse sinceramente temorosa.

Cain revirou os olhos.

— Se eu não me importo com a minha esposa, não espere que eu me preocupe com você. — Ele voltou a atenção para o celular. — Vá logo antes que eu me irrite, Tara ou você seja a próxima vítima.

Tara engoliu a seco, pegou a sua bolsa e foi de encontro do homem responsável pela tragédia.

Assim que viu a Tara sair, Cain abaixou o celular e pensou um pouco. Tinha alguma remorso dentro de si? Antes que pudesse responder, a porta se abriu e Paula Cain adentrou com um sorriso maravilhoso no rosto plastificado, pela primeira vez, ela segurou a cabeça do filho e beijou a bochecha, um gesto rápido, mas com significância para o Cain.

— Você viu o resultado da pesquisa de hoje depois do ataque? — Ela perguntou eufórica, jogando o tablet no colo do filho. — Você subiu consideravelmente, está em 10% na frente da pesquisa, foi um pulo e tanto. — Ela riu. — E eu achando que você era um parasita! Que doce engano! Você é um gênio. — Quase pulou de alegria, então, o olhou. — Você nasceu para o sucesso, meu filho, daqui a 4 anos, a presidência será sua!

Cain estava com os olhos fixos no gráfico das eleições sem acreditar que subiria tanto com um suposto atentado. Claro que imagina que isso iria mexer com a população, mas não tanto assim.

Sentia-se feliz, mas também, preocupado.

— Daqui há 4 anos, provavelmente a Lauren não estará comigo.

— Quem se importa. — Paula deu de ombros. — Daqui pra lá você encontrará outra substituta bem melhor do que essa drogada. — Andou de um lado para o outro. — Temos que iniciar um plano para daqui a quatro anos, porque eu sei que você será eleito com ou sem primeira-dama. — Ergueu o queixo. — Você nasceu para isso, meu filho. Para a grandeza e se deixará alguns caixões no caminho, paciência.

Cain sorriu, era a primeira que tinha reconhecimento de sua mãe e não iria estragar isso por sua preocupação incubada por Lauren Jauregui. Então, abriu o enorme sorriso e escutou a sua mãe.

(...)

Os Cabello e Dinah adentraram ao hospital com afobação, nem quiseram se acomodar no hotel luxuoso que a equipe do govenador tinha oferecido. Se assustaram quando chegaram no hospital e tinha aquele amontado de pessoas, alguns da imprensas, e outros seguidores, eleitores e fãs que estava com velas acessas e rosas brancas, eles repitam o Pai Nosso, era uma imagem forte e emocionante.

Aqueles desconhecidos não estavam pedindo apenas pela vida de Lauren Jauregui e seu marido, mas também de Camila Cabello. A desconfiança era que a fervorosidade era mais para Lauren e Camila. Isso os emocionaram, não que tivessem empatia pelo Luís Cain, mas estavam tão preocupados com a situação de Camila que nenhum pensamento lhe atingiam.

Pediram informação na recepção, mas tiveram a mesma resposta dos Jauregui: Ainda estavam em cirurgia. Isso era um bom ou sinal? Achava que era bom, porque se tivesse morrido, um médico, um psicológico e um assistente social lhe procuraria. Era praxe: Se estava no hospital com alguma pessoa e o psicólogo ou assistente social lhe buscava para conversar era morte garantida.

Eles sentaram apreensivos ao lado de três pessoas esnobes, a diferença era que uma mais nova parecia viciada em cafeína ou qualquer coisa que pudesse a manter ligada. Sinu relembrava da infância e adolescência de Camila, e quanto foi feliz ao ter a feliz ao lado. Já o Alejandro sorria entre as lágrimas ao lembrar dos risos e facetas da filha. E Dinah mantinha-se concentrada no seu sonho, e também angustiada. O pior de tudo era isso...

A espera e a agonia para saber como seu ente querido estava.

No meio intervalo que estava lá, Maite Perroni apareceu, identificando-se como amiga de trabalho de Camila, assim como Bella que estava com o rosto desfigurado de chorar. Apenas as duas. Os Cabello e Dinah conversaram um pouco com elas para disfarçar o nervosismo que os corrompiam.

Eles tentaram dialogar com os Jauregui, mas era tudo nariz empinar demais para tentar socializar. A única receptiva era a Mercedes que explicou que tinha sido a babá de Lauren, e agora era a única empregada/amiga da cantora. O Eric também apareceu por lá, e o John com o seu marido, todos preocupados.

A família Jauregui preferiu não se misturar. Eles também não mostravam nenhuma angustia ou preocupação, estavam neutros.

Pessoas esquisitas. Pensaram aqueles que não sabiam da vida de Lauren.

Dois médicos com os semblantes esgotados e com as tocas nas mãos surgiram com as roupas cirúrgicas, deixando quase todos apreensivos.

— Família Cabello e Jauregui. — Eles falam por igual.

E todos se levantaram.

(...)

Cain estava tranquilo bebendo o seu conhaque quando recebeu uma ligação. Pensou em não atender, mas não era homem para fugir de conflitos, principalmente por peixes pequenos. Então, aceitou e esperou a histeria do outro lado da linha.

Você disse que ela não sofreria grande traumas e agora ela estar entre a vida e a morte. — A voz gritou furiosa. — Você fez uma promessa para mim e eu acreditei, seu canalha. Você a matou! E eu vou matar você.

Ele mexeu o seu drinque amadeirado no copo, observando os cubos de gelo tilintar contra o cristal do copo.

— Ela não morreu.

Quem garante isso? Não há nenhuma notícia! — Pablo disse quase chorando. — Você não pode me garantir isso, e eu vou lhe denunciar!

— Cuidado com as palavras e ameaças, Pablo. — Cain disse seriamente. — Não há nenhum comunicado que Camila estar morta, porque não aconteceu. — Quase disse infelizmente, seria tão fácil se a brasileira morresse, depois calaria o Pablo, mas como isso aparentemente não aconteceu, as promessas estavam em pé. — Eu vou mandá-la de bandeja para você, como o programado. Não seja ansioso.

Pablo aparentemente tinha se acalmado.

Você acha que ela vai aceitar? — Perguntou um pouco inseguro.

— Se ela não aceitar, Lauren fará aceitar. — Cain deu um gole de sua bebida. — Acredite, ainda tenho a minha esposa em minhas mãos e depois que aconteceu, tenho certeza que os pais de Camila não vai a querer aqui, e com a ajudinha de Lauren, ela vai diretamente para os seus braços, como tudo combinado.

Tem certeza disso? — Pablo questionou ainda desconfiado.

— Absolutamente. Eu não jogo para perder, Alvarez. — Cain observou o gelo derretendo em seu corpo quase com psicopatia. — O ponto final dessa história sou eu que ditarei, eu sou o dono do meu destino e do de Lauren. Você terá a sua Camila em bandeja de ouro, escute o que estou lhe dizendo.

Pablo ficou satisfeito com a resposta, então, deslizou.

Cain fez um brinde silencioso. Um brinde a infelicidade e felicitação a ganância, porque se fosse para ter os dois, o mundo seria muito melhor!

(...)

Camila e Lauren estavam salvas depois de horas de cirurgia complicada. Isso foi o ébano para todos, os Cabello, Jane, Perroni e Thorne por amor, já pelos Jauregui por interesse. Elas ficariam 24 horas na Unidade Intensiva até ser transferida para o apartamento. Os familiares estavam mais tranquilos, apesar do risco que ainda tinha nas primeiras horas.

Felizmente, tudo correu bem.

A equipe do Cain soltou as notícias com sensacionalismos porque era isso que prendiam os telespectadores. Ainda existia a preocupação de muitos fãs de Lauren e simpatizante de Camila, mas as notícias se tornavam boas a cada nota que os médicos soltavam. Dra. Pierce fez milagre no coração restaurado de Lauren. Dra. Grey fez milagre em Camila, e o Cain continuava com a sua farsa.

Depois das 24 horas, foram transferidas para o apartamento. Camila foi recebida com muito amor e festejo, apesar de estar muito fraca. Tinha um curativo de compreensão na sua virilha, um dos tiros rompeu a sua femoral, foi por pura sorte e qualificação da equipe para ela estar salva, também recebera um tiro de raspão no braço. Se não fosse a quantidade de remédio estaria sentindo dor, ainda não entendia o que tinha acontecido, mas a sua preocupação era única: Lauren.

E explanou a sua preocupação para sua amiga:

— Lauren? — Perguntou com a voz cansada, tinha perdido muito fluidos que estava sendo reposto, então, qualquer esforço à mais, a deixava tonta.

— Quase encontrou a cidade dos pés juntos. — Dinah disse, mas ao ver os olhos arregalados de Camila, remediou. — Ela está bem, todo mundo saiu bem nessa história, agora coma a sua sopa. — Empurrou a colher na boca da menor.

Camila aceitou a sopa quase sem força, se não tivesse tão exausta, iria atrás de Lauren...

(...)

Ao contrário do acolhimento de Camila, o que Lauren recebeu foi questionamentos. Os seus pais já sabiam do seu envolvimento com a brasileira através da Taylor. A coitada mal tinha se recuperado de uma cirurgia complexa do coração e ainda tinha que suportar os seus pais e sua irmã interesseira. Quando não aguento o falatório, apertou o botão do posto de enfermagem e pediu a enfermeira que os tirassem de sua frente.

A sua irmã e sua mãe fizeram um escândalo, o seu pai apenas observou. Mas os três saíram, ela precisava de paz e sentia muita dor. O seu peito tinha sido aberto, ela podia sentir os pontos em cada respirada, passou as pontas dos dedos pela roupa do hospital e sentiu a pele grossa costurada sensível, ficaria uma cicatriz não muito agradável, mas ela estava mais agradecida por ter se salvado, tanto ela como a Camila, já que o seu primeiro pensamento e a primeira pergunta com a voz grossa e garganta seca foi sobre a brasileira.

Sentiu-se feliz em saber que ela estava bem.

Apesar dos pensamentos confusos do trauma do acidente e dos medicamentos, alguma coisa dizia a si que não tinha sido um atentado. A polícia surgiu e lhe fez algumas perguntas que ela não soube explicar, então, eles a deixaram em paz.

Tinha vontade de ir até a Camila, mas dormiu com a força do medicamento.

Quando acordou não tinha noção de tempo ou de espaço. Era difícil saber quantas horas tinha passado dentro do hospital, mas sentiu-se muito melhor. Estava recebendo alimentação por sonda nasogástrica, odiava aquele tubo conectado ao seu nariz, mas estava viva, isso era o mais importante.

Tombou a cabeça para o lado e sentiu o impacto ao vê-lo sentado na poltrona reluzindo vivacidade. Pelo que tinha acompanhado dos jornais, o que era pouco, ele devia estar em estada crítico numa Unidade Intensiva. Então, a verdade caiu em seu colo como uma bomba.

— Foi tudo uma mentira. — Ela murmurou porque não tinha força para falar forte, o esforço fazia o seu peito doer. — Foi tudo planejado, um jogo de marketing para que ganhar a eleição.

Cain levantou-se da poltrona e riu.

— Fico feliz que a cirurgia não atingiu os seus neurônios. Você está certíssima. Tudo não passou de uma mentira, tirando você e sua amante, uma pena que Camila não tenha morrido no atentado, mas sempre tem uma nova oportunidade.

Lauren sentiu o seu coração frágil da cirurgia bater furiosamente, causando-lhe desconforto, deveria ter paz, e tranquilidade, mas a presença de cair só lhe deixava mal.

— Saia daqui! — Ordenou ofegante, até os seus pulmões parecia dificultosos.

— Eu sairei, mas antes vou lhe dizer umas coisas... — Cain se aproximou, colocou as duas mãos no colchão, nas laterais e se debruçou, ficando com o rosto rente do de Lauren. — Eu estou cansado do seu joguinho, de sua maneira de querer fazer o que quiser, você é minha propriedade até eu não a quiser mais e descartá-la. Então, tenho um boa proposta pra você... Você despacha a Camila Cabello de vez da sua vida e poupa uma morte dolorosa dela e sua família, porque eu não sei se você sabe, mas os pais e uma melhor amiga dela estar aqui, seria bem trágico se eles morressem de repente, você sabe que eu sou capaz de fazer, tenha como exemplo esse atentado que todos pensam que foi a oposição, mas foi eu orquestrando... — Cain sorriu vitorioso, vendo o rosto de Lauren se contrair de medo e dor. — Enfim, encerre o assunto Camila Cabello de sua vida. E para não ser tão ruim, ainda garanto a guarda dos seus sobrinhos para ti, você sabe que sua irmã é uma alcoólatra, o seu cunhado um incapaz, e os seus pais não passam de oportunistas que só pensam em si. A proposta é a seguinte: Eu interno a sua irmã na melhor clínica de reabilitação, dou um bom trabalho para o seu cunhado e despacho os seus pais para bem longe, enquanto, você tem a guarda temporária dos meninos até sua irmã se recuperar. O que me diz?

Lauren já estava aos prantos, as pupilas dos olhos azuis de Cain dilataram ao ver o sofrimento tão explicito de sua esposa...

(...)

Camila estava pensativa, os seus pais insistiam que ela fosse embora para o Brasil, mas ainda faltava alguns meses para que o seu estágio terminasse, mas eles diziam que aqui não era segura para ela estar. Como se qualquer parte do mundo fosse, para onde corresse tinha violência, principalmente no Brasil, não era um fator isolado.

A única que se mantinha impassível era a Dinah.

A menor tinha sido questionado pelos seus pais sobre a Ally, mas ela apenas disse que as duas não estavam na mesma vibe e que morava em um apartamento que tinha encontrado com um bom preço na internet. Uma mentira. Não tinha contado aos seus pais o seu caso já não existente com a Lauren, também não tivera oportunidade de falar sobre o Pablo. O único assunto sobre mesmo era que ele estava atarefado, mas ela tinha recebido um buquê que estima de melhoras dele.

Os seus pais não eram bobos, sabiam que o casal estava passando por um momento difícil, mas tinha medo de dialogar e saber que eles tinham rompido, eles prefiram acreditar na alusão de um querer do que na verdade.

A cabeça de Camila girava em torno de Lauren, que graças a Dinah sabia das notícias. A brasileira recebia muitas visitas, dos amigos conquistados em Guadalajara, principalmente de Maite e Bella. Então, quanto a porta bateu, ela achou que era um dos seus amigos, mas surpreendeu-se ao ver que era a Lauren.

A mexicana estava muito abatida, as olheiras negras embaixo dos olhos e o semblante cansado, estava em uma cadeira de rodas sendo empurrada por uma enfermeira.

— Aqui está ótimo, Bia. Quando eu terminar, eu lhe chamo. — A voz de Lauren continuava rouca, porém, fraca.

Camila estava impaciente na cama, queria saltar da mesma e abraçar a Lauren, sentia-se tão feliz por vê-la, mesmo abatida, parecia tão viva. Era só isso que ela precisava, a constatação de que sua amada respirava. Quando Bia saiu, as duas se encararam, a brasileira tentou sorrir, mas Lauren sufocou todas as emoções por ver a sua amada salva, porém, não segura, sabia que isso dependia inteiramente de si.

— Você está bem, eu fiquei tão preocupada. — Camila disse emocionada, levou as mãos no rosto para conter a emoção mais não podia. — Eu tive tanto medo de te perder.

Lauren engoliu o bolo de saliva e desviou o olhar para não chorar. Ela queria dizer palavras amorosas e de carinho para Camila, queria segurar a brasileira em seus braços e niná-la até que a mesma dormisse e ela tivesse a felicidade de sentir o cheiro adocicado do shampoo da mesma, queria ter a satisfação genuína de sentir a respiração calma contra o seu pescoço quando a menor adormecesse, ela só queria momentos com a Camila, mas a ameaça do Cain estava fixa na sua mente, tudo tinha ido longe demais.

Quando olhou para Camila, os seus olhos eram apenas bolas esverdeadas vazias, e a brasileira sentiu o impacto.

— Fico contente que esteja bem, depois de tudo. — Disse friamente, precisava ser assim.

— Você não parece feliz. — Camila franziu o cenho, os castanhos enchendo-se de lágrimas.

— Mas estou. Eu, você e Luís saímos desse atentado com vida. — Lauren continuou com o seu tom frio, passou a mão nos cabelos. — Essa é a visita de primeira-dama, perdoe-me os meus trajes, mas ainda não tenho disposição para me arrumar e estou aqui em nome do Sr. Governador já que o mesmo encontra-se impossibilitado de estar presente.

— Por que está falando assim? — Camila perguntou exasperada. — Por que está agindo como uma idiota? — As lágrimas começaram a cair.

— Perdoem-me, Srta. Cabello, eu não sei como acha que eu pretendo lhe tratar, você é apenas uma funcionária que serviu a mim e ao meu marido, de maneira distinta, mas serviu. — Riu sem humor. — Não sei como queres tal reconhecimento, mas se for dinheiro por sua prestação de serviços e disponibilidade, estamos dispostos a pagar o preço que for, aliás, você foi vítima dos fanáticos perseguidores do meu marido, não pode sair de mão abanando.

— Cale a boca! — Camila gritou em cólera, as mãos afastaram os lençóis, ela empurrou as pernas pra fora do leito, mas ao sentir a dor, desistiu. Lauren quase arrastou a cadeira para empurra-lhe as pernas de volta para o leito, sabia da situação de Camila e de sua necessidade de repouso, mas ponderou. Tinha que mostrar indiferença e não preocupação. — Pare de falar como uma vadia, eu não estive com você por serviço, eu estive com você porque eu te amava e te amo! Você sabe disso, o sentimento que compartilhamos não foi em vão, foi verdadeiro e único, o meu coração sentiu e você também, Lauren. Pare de agi assim.

Lauren prendeu a respiração por alguns segundos para não chorar. Ela sabia de tudo. Oh, se ela sabia, mas esse amor era impossível. Ela preferia ver a Camila a odiando do que morta juntamente com os seus.

— Não sei o que te passa, Camila, mas pra mim foi apenas diversão, assim como todas as outras. — Deu de ombros, então a olhar com falso desdém. — Oh, não me diga que acreditou realmente em minhas palavras? Ah, não! — Riu forçadamente. — Tadinha de você. Deixa eu te explicar uma coisa, bonequinha, você foi uma entre tantas as outras. — Revirou os olhos. — Jesus Cristo! Como esqueço como vocês são influenciáveis e acham que umas transam é sinal de amor ou de um futuro.

Camila sentiu o ódio subir pela sua corrente sanguínea e a envenenar, não sabia quem era aquela na sua frente, mas a odiava com todas as suas forças, limpou as lágrimas violentamente, enquanto encarava uma Lauren sem titubear.

— Você é um nojo! — Gritou furiosa. — Uma escória, o mundo ficaria muito melhor sem você e sua falsidade! Eu tenho pena de você, Lauren Jauregui, uma mulher tão linda, mais tão fútil. Nunca será feliz porque não sabe o significado disto e nunca vai conhecer o amor porque não é digna de recebê-lo, no final, você e Cain se merecem, duas cobras! Espero que morram picados! — Camila pegou o travesseiro e jogou na Lauren. — Fora! Fora do meu quarto, sua vadia falsa!

A gritaria chamou a atenção dos enfermeiros que entraram no quarto e viram uma Camila descontrolada e uma Lauren tranquila. Rapidamente tiraram a Lauren do quarto, e assim que se viu longe da brasileira, a mexicana chorou copiosamente.

(...)

Como planejado, Camila não quis mais ficar em Guadalajara, abrira mão de tudo para voltar para o Brasil. A brasileira não suportava ficar mais um segundo no mesmo espaço, cidade ou estado que pudesse em qualquer momento esbarrar em Lauren Jauregui. Foi embora despedindo-se apenas de Maite, e deixando uma mensagem para Bella e os outros amigos.

Todo o voo de volta foi custeado pelo Estado. De primeiro, a brasileira não quis aceitar, mas foi convencida pelos os pais que era o mínimo que poderiam fazer, depois do atentado vivido. Foi embora, sem olhar para trás.

Como previsto, Luís Cain ganhou a eleição do Senado, para orgulho de si e de sua mãe. Aos poucos, ia deixando a farsa de lado, fingindo uma boa recuperação. Lauren que ainda não estava podendo fazer esforços pela complexidade de sua cirurgia. A mexicana ainda estava no hospital e iria passar um bom tempo lá, já que o seu estado piorou um pouco depois da conversa com a Camila, quando soube que a brasileira foi embora, só piorou. Era a depressão que influenciava a sua recuperação. Sua ansiedade lhe causava dispneia e tinha que recorrer para a balão de oxigênio, o medo dos médicos era que a cirurgia causasse sequelas dado a resposta dos dias.

Entre uma crise respiratória, Mercedes estava do lado de Lauren, segurando a sua mão, já que os seus pais estavam em uma de suas viagens, satisfeitos por não ter que confrontar a sua filha e continuar com suas mordomias. A questão de Taylor ainda seria resolvida, juntamente com o seu marido e a guarda dos seus sobrinhos, ela só precisava melhorar.

— Cece... — Puxou a respiração recebendo a inalação, a mão fixa e apertada na da sua babá. — Hoje vamos... começar... o nosso plano para... destruí-lo.

Mercedes acariciou os cabelos de Lauren, e sorriu levemente.

— Sim, vamos.

— Eu vou... destruí-lo... e vou ficar... com Camila.

— O mundo é seu, minha princesa, e você vai conquista-lo. Quando menos esperar, o Cain estará destruído e você estará novamente com a Camila. — Apaziguou.

Lauren sorriu trêmula e satisfeita, então, inalou mais uma vez.

O sorriso de Mercedes morreu ao encarar os fatos. Que os seus temores não tornasse realidade, mas ela tinha tido um sonho muito revelador do futuro e seus pelos arrepiavam-se só de imaginar...


Notas Finais


Nos vemos?

Cheiro, cheiro, cheiro.


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