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História De luz e de sombras - Salto para a liberdade


Escrita por: Ninlil

Notas do Autor


Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.

Leon Tolstói

Capítulo 45 - Salto para a liberdade


Fanfic / Fanfiction De luz e de sombras - Salto para a liberdade

Quando emergi da prisão gelada de Kylo Ren, eu não era mais como pensei que fosse. De certa forma, lamento pelo o que deixei para trás, ainda que fosse apenas uma quimera. Existia uma inocência na busca... e na fuga de mim mesmo.

Ser o que sou não pode ser sustentado por ilusões.  A luta que travei com aquele que criei não trouxe a vitória que pensei. Derrotei-o com os mesmos punhos que me dilaceraram antes. Eu o contive em correntes, mas ele veio comigo, pois está em mim... sempre.

Não existem mais dúvidas. As trevas assim se apresentam, tão recheadas de certezas. Porém as luzes também assim agem... quando ofuscantes. E eu tenho a ambas em mim agora. Meus objetivos são claros e minhas mãos, escuras.

Não desejava me revelar para eles. Eu os dominei... e os tiraria dali como Kylo Ren. Eles jamais saberiam que eu voltara. E estariam livres para fazerem o que teria que ser feito quando a hora chegasse, pois imaginariam que eu não mais existisse.

 Contudo, ela me viu. Ela me enxergou mesmo com todo o sangue que tenho nas mãos. Mesmo com todas as sombras que me envolvem. E  destruiu o que eu planejava com um simples olhar.

Estou com ela, agora. Seus olhos são transparentes. Suas intenções são hialinas. Sua luminosidade me aquece suavemente, como um amanhecer junto ao grande lago de nosso antigo lar.

Mergulho ainda mais naquele lago verde de águas cristalinas e tranquilas. Lá no fundo, as águas se fecham, não por serem sombras, mas por haver tamanha profundidade que a luz se esconde na escuridão.

Aperto sua pequena mão branca dentro da minha luva negra.

Mais uma vez, as linhas do futuro se confundem. O que era previsto se desvanece e outras possibilidades surgem. No entanto, meus objetivos continuam os mesmos. E vou alcançá-los.

 

******************

 

 

Leia mirava o filho com espanto entre as luzes vermelhas de emergência que infestavam a cabine. Seu filho... seu filho!  Sua garganta travou com as lágrimas contidas. Era Ben, não havia dúvidas ali. Seu filho... vivo. Vivo! A emoção a tomou, impedindo-a de pensar por alguns momentos, o alívio, a alegria, a quase incontrolável vontade de gritar para todo o universo. Para Han! Seu filho, livre! Triunfara diante do monstro, vencera Kylo Ren e mais uma vez estava entre eles!

Seu filho... de volta. Queria envolvê-lo em seus braços, mesmo sabendo que seria ela a se perder nos dele, aquele homem de altura incomensurável. Os músculos de suas pernas chegaram a se contrair para ela correr ao seu encontro, porém sua natureza contida a impediu. Sua mente se impôs à ação dos sentimentos, abrandando-lhe a euforia e em busca da mensuração dos fatos sob a ótica de pensamentos lógicos.

Ben retornara. E fora ali, há pouco, quando ele detivera os Cavaleiros de Ren... não fora? Sim, devia ter sido naquele instante. Mas... como ocorrera, se não houvera nenhum indício, nenhuma mudança visível? Deveria ter sido uma luta com Kylo Ren, algo que se mostraria a olhos nus... não? Luke lhe explicara sobre o mundo interno, contudo sua imaginação não alcançava tal ponto, procurando  discernimento em algo que pudesse literalmente enxergar.

A energia de Luke lhe chegou, invadindo-lhe o espírito. A ocultação que Kylo a mantivera até então se dissipara, como o abrir de uma janela e a brisa mansa de seu irmão a tocá-la novamente, com todo o amor que os unia, como há tantos anos atrás. Suspirou, feliz.  Estava tudo bem agora, dizia para si mesma.

A mão de Luke envolveu a sua. Encarou seu irmão, já com um sorriso nos lábios quando captou, sob o brilho de alegria em seus olhos azuis brandos, uma certa tristeza. O quê...? O que estava acontecendo? Por que aquele desalento? O que havia de errado? Um ponto dolorido em sua mente pulsava em alerta e sua natureza desconfiada eclipsou seu elevo. Ben...? Alguma coisa com Ben?

As luzes avermelhadas se esvaneceram por completo, a cabine retornando ao módulo de normalidade, a iluminação de praxe a se fincar. Leia se focou em seu filho, com toda a atenção. O tom branco azulado lhe revelou a fisionomia de Ben, este ainda a fitar Rey. O coração da princesa falhou em uma batida ao ver e sentir a ternura contida nos olhos dele, tão imensa para com a moça que Leia engoliu em seco. Tanto... amor! A face dele rebrilhava e parecia ter rejuvenescido, mesmo nas feições de um homem feito. Lembra-lhe quando era um menino... quando não passava de um adolescente... quando estava com Ellin. Apenas com a filha desaparecida de Luke, seu filho externara aquela brandura e devoção.

Ellin.

Presságios, intuições, fatos, sensações a avassalaram de uma vez só, um furacão tirando tudo do lugar para que se revelasse o que sempre fora por debaixo dos desenganos e das distâncias de tempo. Ellin.  Sim... sim. Havia todo um sentido ali. Sorriu, compreendendo que a notícia não lhe era de todo inédita. Ela sabia... soube, nas enevoadas impressões da Força, logo que vira a moça pela primeira vez, após a destruição da Starkiller. Não lhe fora codificada racionalmente esse conhecimento intuitivo, porém se expressava no gostar dela sem razão aparente. Pedira que esta fosse em busca de Luke em Archo-To, mais seguindo um instinto do que a lógica. 

Balançou a cabeça, rindo de sua própria ignorância. Como... como não reconhecera o rosto de Ellin criança no semblante de mulher de Rey?! Agora que conscientemente tomara conhecimento, era patente a fisionomia de sua sobrinha... e tão fácil identificar a herança da mãe na estrutura óssea de suas faces com a fisionomia mesclada de Luke e Lore naquele semblante. Contudo, acima dos traços, existia muito da bondade de seu irmão imersa no verde dos olhos de sua sobrinha.

Seu racional absorvera a nova situação, mas seu corpo ainda abarcava toda a emoção, enchendo-lhe os olhos de lágrimas e turvando-lhe a visão. Depois de tantos anos de desencontros, as linhas da vida de sua família se convergiam. Sua família... unida. Junta. Todos... menos Han.

Han.

A mão de Luke apertou ainda mais a sua, a energia dele a envolvê-la eletricamente pelo toque, sua solidariedade e sua saudade pelo amigo. Ela cingiu com força os dedos dele. Seu filho e a filha de seu irmão, juntos. Novamente juntos.

Então, por que aquela fissura de desalento na alma de Luke?

Ela se voltou para Chewie, querendo lhe dizer o que acabara de descobrir, compartilhar seu contentamento, mas o rosto do wookiee se achava zizudo e rancoroso. Ele não perdoava Ben pela morte de Han. Ele não queria entender o que ocorrera, a existência de Kylo Ren, mesmo ela tendo lhe explicado tantas e tantas vezes. A mágoa em um wookiee desvendava abismos, a perda de um amigo, principalmente quando havia dívida de vida envolvida.

Um tremor no éter, uma mudança nos sentidos. Percebeu que Ben baixara seu olhar, deparando-se com o dela, com o de Luke e com o de Chewie. Havia uma gravidade, um peso a ser formar naqueles olhos verdes... que nem de longe obliterou o amor por eles. Imenso... tão vasto que Leia se perdeu naquele sentimento. Seu filho os amava tanto assim?! Não... não fazia ideia até então. Sua relação com seu filho fora sempre tão difícil. Sabia que ele a amava,  porém não daquele jeito, com aquela profundidade. Tão... intenso.

Existia algo a mais ali, porém. Mesclando-se em seu afeto, também, uma firmeza... uma segurança que não enxergara no filho antes, uma certeza de si.  Uma força... atroz.

Ela franziu os lábios instintivamente e um incômodo a impulsionou a encolher os ombros. Naquela beleza extraordinária do amor de seu filho, algo destoante e tão poderoso quanto. Mas ela não teve tempo para delinear o que seria, pois, de súbito, a nave estrebuchou e o ataque dos inimigos a trouxe para a realidade.

***************

As luzes da bancada do piloto explodiram em piscares alucinados.  Os alarmes chiaram com seus tons estridentes. A grande janela para o espaço se verteu em cores azuis e vermelhas dos propulsores de TIE’s cruzando suas vistas.

O tempo se distendeu, todas ações concorrendo entre si. Luke chispou para a cadeira do piloto e pegou o manche, tomando o controle da Raven, já a desviando de novos raios que saíam das naves inimigas em sua direção. Rey o acompanhou no mesmo instante, sentando-se à esquerda do pai, mexendo nos botões e verificando os sistemas, principalmente o hiperpropulsor. Os olhos de Ben perderam o verde e bruxulearam em uma luz escura, os músculos do rosto se petrificando em uma máscara, enquanto ele se virara para alcançar a mesa de comando da nave.

Um braço peludo surgiu do nada e pegou-o pelo pescoço antes que ele se movesse.

- Chewie!

Luke fazia manobras de esquiva quando escutou o grito de sua irmã. Não podia largar a nave à revelia, pois os TIE dançavam por todos os lados em uma chuva faiscante de lasers. Rey, a mexer no painel e verificando as avarias, pulou da cadeira e, de pronto, ao lado de Chewie, Ben e Leia.

- Chewie, largue Ben! Não foi ele que matou Han. Chewie, por favor!

A nave se inclinou para a direita e os quatro foram obrigados a se equilibrarem, flexionando instintivamente os joelhos e inclinando seus corpos para se manterem de pé. Chewbacca agarrava Ben pela garganta com as duas patas, esganando-o. Tacava-lhe, em meio a uma chuva de perdigotos, furiosos brados urrantes, um oceano de impropérios de acusações iradas, um amálgama de raiva, mágoa, amor, melancolia, revolta.

- Não, não! – devolveu Leia – Ele não seria capaz disso!

Outra saraivada de grunhidos furiosos.

- Como? Não, não foi Ben que nos atacou! Não foi ele que massacrou os soldados! Era Kylo! Ben voltou só agora! Ben nos salvou dos Cavaleiros!

O wookie balançava negativamente a cabeça, irresoluto.

- Rey, diga a ele. – pediu a princesa – Diga a ele que...

Suas palavras morreram. Leia empalideceu diante do silêncio da sobrinha, que apertava os lábios em consternação, porém com o olhar firme para ela, a não lhe esconder a verdade. Pelo canto dos olhos, discerniu Luke pilotando a Raven e pendendo pesarosamente a cabeça para a frente, em assentimento. Não... não podia ser. Não. Voltou-se, então, para o filho, encarando-a de suas alturas. A frieza dele. A frieza cortante como uma navalha... Aquele gélido olhar penetrante que a invadia sem piedade, sem contemporizações.

Leia recuou dois passos, horrorizada. Ela era uma mulher da galáxia, uma mulher da guerra. Conhecia a morte. Já ordenara mortes. Ela mesma já matara. Nem de longe fora uma burocrata distante da realidade um dia sequer. Matara e mandara matar, de forma limpa e rápida, em nome da liberdade, dos incontáveis povos oprimidos e ameaçados, de sua família, de si mesma. Não tinha prazer em ver seus inimigos torturados. Se era preciso eliminá-los para resguardar a todos do mal, possuía determinação e segurança para tal, sem vacilações ou remorsos. No entanto, a visão do hangar era de um genocídio, de adversários já vencidos, que prontamente se renderiam, sendo destruídos de forma desumana e feroz. Cruel... como Kylo Ren. Como Vader.

Não podia ser seu filho.

Mas era.

Ben virou o rosto para Chewbacca, uma das poucas vezes se vendo obrigado a elevar o rosto para fitar alguém, já que o wookiee o ultrapassava alguns centímetros em altura. Encarava-o sem uma contração de músculos, sem sinal de estar se sufocando, ainda que as enormes patas do wookie o estrangulassem.

- Solte-me. Não me obrigue a machucá-lo, Chewie.

O wookiee rosnou respostas mal-educadas. Ele queria esganar Ben, sua raiva sem tamanho... em contrabalanço com o amor que sentira um dia por aquele que fora o menino que cuidara.

- Não lhe tiro a razão. Embora não tenha sido eu quem matou meu pai, sou responsável pelo o que aconteceu.  Você pagará a dívida de vida para com ele, dou-lhe minha palavra. Mas deixe-me antes acabar com essa guerra. Deixe-me matar Snoke.  Depois, se eu ainda estiver vivo, poderá fazer o que desejar comigo. Não revidarei.

Chewbacca bufou e inclinou a cabeça para o lado, analisando o homem que um dia fora o garoto que brincara em seus ombros. O menino que já fora seu amigo. A criança que buscara conforto nele, com total confiança. Alguém que amara quase tanto quanto amara Han Solo.  Soltou um brado, afastando as lembranças que batiam em seu grande coração e ameaçavam soltar Ben. Um acordo. Uma dívida... de morte. Aquilo havia sentido. Os pactos dos wookies existiam para formalizar a honra, bem como clarear e organizar situações confusas, como a que ele, Chewie ali sofria, entre o amor pelo menino e o ódio pelo assassino de Han.

Os wookiees geralmente eram bons avaliadores de caráter e detectavam a sinceridade ou a mentira sem tanta dificuldade. Chewbacca entrevia firmeza e verdade naquele homem que não piscara um só minuto em sua fala, sustentando o olhar profundo.

Emitiu um rosnado baixo e ameaçador de concordância e soltou o pescoço do filho de Solo.

Rey, que permanecera todo o tempo entre os dois, mirou o wookie para se certificar que Chewie não se enfureceria outra vez, ao mesmo tempo que buscava a mão de Ben, estendida ao longo de seu corpo. Parecia que realmente Chewie aceitara aquele pacto... o que era bom para o momento e horrível para o depois. Todavia, ela compreendeu que nada mais poderia ser feito para o entendimento dos dois... por enquanto. Chewbacca necessitava de tempo com Ben para que ele realmente percebesse o verdadeiro assassino de Han.

Ela se voltou para Ben, sabedora no que ele se tornara. Vislumbrara a luz envolta nas sombras nos olhos dele... a luz que fazia parte da escuridão dele. Luz escura. Trevas brilhantes.

Os movimentos da nave se tornaram mais salientes com os manejos feitos por Luke para escapulir das TIEs. Um repuxão na Raven, pendendo fortemente para a direita.

- Segurem-se! – avisou Luke, anunciando um deslocamento mais oblíquo.

Chewie agarrou-se uma saliência na parede. Ben trouxe Rey para si, envolvendo-a em um dos seus braços. Flexionou a perna esquerda, ao passo que esticava a direita, alcançando alguma estabilidade no piso. Leia, entretanto, perdeu totalmente o equilíbrio e se viu lançada à frente, pronta para se estabacar no chão. Já em plena queda, foi pega por Ben que, em um giro em si mesmo, enlaçou-a com braço livre.

Mãe e filho se entreolharam. Leia, com a respiração suspensa e segura junto ao peito de Ben, em um relance, discerniu a humanidade bailando em seu rígido semblante, sua voz profunda e impassível, apesar de equilibrada, a ressoar na mente dela.

Isso que vê é o que sou, mãe. Não me tornarei o que deseja. Não é possível, mesmo que eu quisesse.  E não quero. Se me considera um monstro, que assim seja. Eu te vejo como foi e como é. Não espero mais que se transforme na mãe que sempre quis. Até quando fugirá da verdade do que somos, eu e você? Até quando continuará a se afastar de mim, como fez por toda a sua vida?

Ele a pôs em pé, em um último olhar rápido. Ela suspirou, baixando a cabeça.

Ben piscou os olhos lentamente, um arder frio em sua íris escura.  Largou a prima e a mãe e dirigiu-se à cadeira do lado direito de Luke, assumindo os controles.

 

*********************

 

Luke jogou a Raven para o espaço profundo, em uma carreira, forçando os motores ao máximo, enquanto as TIE’s seguiam seu rastro, aproximando-se rapidamente de seu alvo. Rey sentara-se à esquerda, retornando a avaliar os equipamentos, com profundas rugas se formando em sua testa. Chewie se chegou a ela e os dois começaram a discutir as possíveis deficiências da nave. Ben, em seu posto, acionou alguns botões na tela líquida. Leia estabeleceu-se entre Luke e Ben, trazendo uma das poucas cadeiras soltas na cabine, caída em um canto. Acomodou-se nela, analisando os dados que lhe eram mostrados à frente, circunspecta.

- Transfira os tiros para mim, Luke. – disse Ben secamente, puxando da bancada os cilindros compridos que continham os botões vermelhos de disparos  – Quantos são?

-  Doze TIE advance. – fez uma longa volta em um rompante, as inimigas seguindo sua trilha – Não vamos ganhar nada enfrentando esses caças, se pudemos ir agora para o hiperespaço. Filha, as coordenadas para o salto.

- Estou com dificuldades com o sistema de mapeamento. Nada agora.

Luke passou seus olhos de Ben para Leia, retornando para o sobrinho. Lamentava profundamente a situação dos dois ao longo de toda uma vida. Ele mesmo sabia, por experiência própria, tanto com Ben quanto com Rey, o quanto era difícil a aproximação face a tantas mágoas se acumulavam no decorrer dos anos. Contudo, existia amor... apesar de tudo e por tudo. E Leia teria que se apoiar no amor para galgar todas as dificuldades e ter seu filho.

Ele mexeu o pescoço, os músculos rígidos, passando sua atenção para si mesmo. Não fora possível abraçar Ben... não pudera ainda falar com ele. A felicidade tamanha de ver seu filho de volta do próprio inferno de dentro dele viera conjuntamente com a sombra que Ben trouxera consigo. Poderoso. Inesperado. Temível. Outra barreira nascia entre os dois frente ao que ele... se tornara. Mas, desta vez, não permitiria que se afastassem. Não de novo.

Focando-se novamente na batalha, Luke bandeou a nave para cima, forçando a Raven a um vôo onde ela não tinha o design e a constituição adequadas para tal meneio, fugindo das naves adversárias, que o seguiam em filas duplas. Ben aguardava uma manobra que lhe permitisse os tiros. Skywalker torceu o mache para a esquerda, impondo à nave uma dobra para esse lado, posicionando-se perpendicularmente ao grupamento de fileira dupla das TIEs. As duas derradeiras se transformaram em alvo. Ben atirou no raso de uma das asas de uma das TIEs. O laser somente rasgou a asa da primeira e da segunda nave companheira, tirando-as de prumo. As TIEs perderam sua efetividade na batalha, não conseguindo mais plainar em movimentos regulares, como pássaros feridos voando desengonçadamente.

Duas rugas se aprofundaram nos cenhos de Ben. Ele não errara. O que acontecera com os lasers?

- Dois fora. – não da maneira que desejei e que mereciam, pensou, esmagando os cilindros de disparos com suas mãos.  – Temos que nos sincronizar, Luke.

- Leva um tempo para nos ajustarmos, Ben. Prepare-se para o segundo rodeio.

Enquanto isso, Rey e Chewie haviam arrancado não só a tampa de sua bancada, mas praticamente todo o seu revestimento. Enfiaram-se no emaranhado de circuitos e placas,   escarafunchando os fios. Discutiam baixinho sobre o que fazer ao mexerem naquela confusão eletrônica, procurando identificar e consertar os defeitos e danos, provocando chispas naquela teia tecnológica aparentemente incompreensível.

- Precisamos de mais tempo, pai. Chewie, isso, não. Não! – uma pequena descarga elétrica os assolou, jogando-os para trás. Balançaram as cabeças. – Eu te avisei, Chewie. Pelas estrelas, vamos chegar a um acordo!

- O hiperpropulsor... de novo? – Leia se impacientou, a sensação de déjà vu. Acionou uma segunda via nos controles e abriu a tela líquida do mapa galáctico  – As coordenadas estão embaralhadas. Os cálculos feitos anteriormente estão nos levam para o interior de um sol. O que está havendo?

- Não é o hiperpropulsor. – a voz de Rey estava abafada, novamente ela se embrenhando no mundo de fios e luzes debaixo na mesa desmontada – É o sensor de espectrum na barriga da nave. Não funciona. Deve ter sido atingido pelos lasers.  Não há como fazer os cálculos sem esse sonar. – grunhidos de Chewbacca, adicionando mais informações – Sim, mas essa cambiarra não vai se firmar, Chewie. O quê? Não, não. Tive... uma ideia louca, mas pode dar certo.  O contador de anos luz está funcionando? Ótimo! Vamos adequá-lo para agir como um micro-farol, um mini-espectrum! Pode dar certo se... Vamos diminuir o alcance para sistemas próximos. Isso. Um espectrum interno de curta onda. Temos como fazer.

- Terá seu tempo.  – sentenciou Ben. Um esticar de lábios discreto, uma satisfação – Dez contra um. Não é tão ruim. Pronto para atirar. Canhões traseiros.

- É ruim, sim. – interpôs ela, tirando a cabeça do buraco, o rosto arranhado e sujo pelos fluidos - O regulador de condensação de lasers não está funcionando a contento. A barra de transmissão externa também está avariada. Chegará um momento que os lasers perderão toda a potência e não passarão de luzes para colorir os cascos das TIEs.

- Como meu painel não acusa? – murmurou para si, impaciente. E para Rey – Mais alguma coisa ou vai me informando a gota a gota?

Chewie soltou palavrões.

- Quando eu achar, comunico ao senhor. – devolveu Rey, irritada. Contudo, a frase implicante de Ben acabou por lhe ascender uma luz de entendimento, levantando uma suspeita quase que concreta  – Acho que teremos mais surpresas.. Isso não é decorrente do ataque das TIE. Sabotagem.

Hux, pensou Ben, os olhos estreitos e sombrios. O ódio correu em suas veias, congelando-o todo por dentro. Poupara-o para que ele se tornasse um ponto nevrálgico de desrespeito das tropas, quebrando a estrutura hierárquica da Primeira Ordem, insulando o desprezo e desobediência dos soldados por ver seu dirigente sacrificar os pelotões em uma decisão covarde. Os stormtroopers morreram também por essa razão, o sacrifício naquele acordo e, claro, punição pelos crimes anteriores deles próprios. Se fossem inocentes, jamais tocaria um fio de seus cabelos. Porém, sua estrada pregressa era imunda, inundada de atos covardes, de estupros, de assassinatos de inocentes, de crueldades inomináveis. Seres desprezíveis...!  Teve satisfação no que fez... e não havia remorso em seu coração. 

Quanto a Hux, quase se arrependeu de ter permitido que respirasse. Ele fora um instrumento naquele momento. Ele viver depois de sua desonra era mais sofrível para si mesmo do que uma simulada morte honrada. Todavia, agora, se o tivesse em suas mãos...  

- Se Rey tem razão, quanto mais tempo que ficarmos nesta luta dentro desta nave será ainda mais perigoso. Rey – pediu Leia, séria – Esqueça o resto. Concentre-se no conserto do esprectum e façamos o salto o mais rápido possível.

Rey e Chewie voltaram ao trabalho, não antes de ela perceber uma mancha escura no pelo escuro do wookie, na lateral de seu abdômen.

- Chewie... você está ferido. Deixe que eu veja.

O wookie grunhiu em descaso, dizendo que era algo bobo, que logo ficaria bem; que tinham que trabalhar para tirá-los dali. Ele mesmo meteu a cabeça  nos problemas simbolizados pelo ninho de fios do interior da bancada e rejeitou as tentativas de Rey em examinar aquela mancha vermelha perdida no mar de pelos.

Os olhos de Ben se abriram de imediato, em alerta. Discretamente, lançou a Chewbacca parte de sua atenção, uma extensão de si na Força. Travou a mandíbula. Aquele ferimento havia sido profundo, sentia. Não conseguia distinguir o nível de gravidade sem um exame melhor.

- Munição duvidosa. Nave inadequada para batalha e sabotada. – Ben recitou para si mesmo as condições, não como uma reclamação, porém como um relatório pré-confronto. Virou a face para a de seu tio – Se forçá-la ainda mais, outras surpresas podem vir.

-  A estrutura dela está intacta. A sabotagem e avarias não danificaram seu conjunto. – falou ele, em um pequeno sorriso para si mesmo – Vamos ver até onde ela aguenta.

- Você sempre espera o melhor... o impossível.

- Aprendi a acreditar no impossível.

No meio da volta no espaço, Luke travou os motores da Raven e ela se virou em si mesma, como uma grande derrapagem no chão insólito do espaço, seguindo um rumo inesperado. Ben transferiu os disparos para os canhões dianteiros e atirou, atingindo duas naves em suas turbinas fluorescentes, explodindo-as. As oito TIEs restantes ainda voavam no trajeto original, distanciando-se deles, procurando o ângulo para realizarem o retorno. Barulhos incompreensíveis correram pela estrutura, como a espaçonave fosse se partir. No entanto, a Raven se firmou entre gemidos metálicos.

- A Raven não é a sua X-Wing. – replicou Bem para Luke

- Não, não é. Mas é capaz fazer muito mais do que foi projetada para fazer.

- Não espere dela o que ela não é. – a voz profunda e grave do sobrinho encheu o ambiente

Os alarmes brilharam na bancada de controles.

- Eles estão voltando.   É Ohma D’um à frente. – Leia deslizava as mãos na tela fluídica na mesa de controle, buscando informações  - É uma lua de água, não há como se esconder lá. Tasia é mais apropriado... gelo. Possui constituição similar a Hoth. Pode nos servir de esconderijo.

- Não nos esconderemos, Leia. – os olhos de Luke brilharam como quando tinha vinte e poucos anos, enquanto ele rasgava, com a mão metálica, um bolso interno de sua túnica e tirara de lá um pequenino transmissor. Apertou sua saliência lateral.

As TIEs retornaram ao ataque, abordando a Raven. Ben redirecionou os lasers para os canhões dianteiros e disparou. Os lasers mais uma vez arranharam as naves, sem explodi-las. Os lasers perdiam sua potência, como Rey vaticinara. Ele arreganhou os dentes sem uma palavra, os olhos a cintilar e mais uma vez acionou os feixes, calculando a trajetória da Raven e daquela TIE. Apontou para a lateral da viseira dela, um ponto minúsculo, no qual se localizava a estabilizador de sustentação de vida da cabine e lançou os feixes de lasers naquele pontículo com uma precisão cirúrgica. A luz cortante destruiu aquele singelo controle, quase que imperceptível para os olhos de todos.

Não haveria condições de qualquer um visualizar, porém Ben tinha consciência que o piloto se sufocava, ao mesmo tempo que o frio congelante do espaço envolvia todo o cockpit e petrificou o soldado quase que instantaneamente. A TIE continuou a voar em virtude dos comandos que continuavam tocados pelo piloto morto.

- Faltam nove. – Ben disse, sua voz satisfeita se agravando – Os lasers estão fracos. Ainda é possível derrubá-los, mas será quase como uma luta de facas. Sua oportunidade de fazer o impossível com a Raven, Luke.

- O impossível, o inesperado e o improvável. Acredite. – chamou a atenção de seu sobrinho para Ohma D’um, em grande e largo sorriso.

O sol de Naboo brilhava atrás da lua de água, contornando-a, a linha alaranjada beijando o horizonte da lua e o amarelado luminoso despertando a noite. O satélite se deslocava em sua órbita, permitindo que os raios se condensassem e brilharem, alvorecer no espaço negro. A luz quase se tornou cegante... e dela nasceram quatro X-Wings. Eles se dispersaram, cada qual indo para um quadrante, como pétalas se abrindo no desabrochar de uma flor. A maior parte das TIE se puseram em sua perseguição, enquanto duas se voltavam para a Raven.

Luke acelerou e dançou na trajetória em pequenas curvas, escapando dos tiros de seus algozes.

- São de uma das células da Resistência. – o sorriso da princesa lhe rasgou a face, aumentando ainda mais ao visualizar as X-Wings com seus bicos pintados de vermelho.

- Wedge. – confirmou-lhe seu irmão.

Uma sombra escureceu o semblante de Ben. O couro das luvas negras rangeu quando suas mãos se apertaram nos cilindros de comando de disparos.

O painel de mapas estelares piscou, tremulou e estabilizou-se em seu fundo azulado, o que pareceu ser o chamado para Rey surgir entre eles, descabelada, suja de fluidos, seus dedos manchados deslizando na tela fluídica com rapidez e deixando um rastro oleoso no painel por onde tocava.

– Temos uma imitação de espectrum agora. – ela estava ágil, os dados sendo colocados rapidamente na planilha aquosa, que recebia os reflexos dos lasers oriundos da janela espacial – Dentro em pouco, poderemos ver os saltos possíveis. Mas digo que não vamos muito longe, apenas alguns sistemas adiante. E o processamento dos cálculos está lento... Chewie, você pode olhar a pl...

Rey havia se virado na direção do wookiee, na bancada desmontada e enxergou-o encostado na parede próximo desta, a enorme cabeça peluda pendida para o lado, seus ganidos baixos. Ela já se punha adiante quando foi detida por Leia.

- Fique. Você será mais útil para todos, principalmente para Chewie, se conseguir tirar-nos daqui o mais rápido. Eu cuido dele. Ele estará bem. Já o vi em situações piores.

Leia se encaminhou para Chewbacca, sentando-se no chão junto a ele, examinando-lhe o ferimento que manchava uma região ainda maior de seu abdômen peludo, ao passo que Rey se aprumava na cadeira e voltava a voar com seus dedos na tela azulada.

As naves cortavam o espaço em uma intricada perseguição. Luke entrou no circuito, a dança das naves em acrobacias e mergulhos, a chuva de lasers a cortar os espaços entre elas. Viu a explosão de uma TIE à sua direita, o tiro oriundo da nave de Wedge. A nave de seu antigo companheiro chegou perto da Raven, como a querer abordá-la. De longe, Skywalker vislumbrou o branco do capacete do piloto reluzir pelo vidro transparente da cockpit da X-Wing. Parecia que o antigo companheiro acenava ele, mesmo não o vendo através da película negra externa da Raven.

Uma luz cruzou o espaço e o caça de Wedge foi atingido.

Luke e Rey fitaram Ben, estarrecidos e incrédulos.  Logo, porém, perceberam que a X-Wing não ficara seriamente avariada. Ela se balançou ao choque, contudo readquiriu sua estabilidade quase que imediatamente, afastando-se da Raven.

- Ben! Você atirou em Wedge. Em Wedge! Por quê?

- Foi preciso. – respondeu ao tio, os olhos frios. Prosseguia implacavelmente nos disparos, tanto para as X-Wings quanto para os TIEs que perpassavam à frente da Raven – A Resistência e a Primeira Ordem têm que pensar que é Kylo Ren quem está no comando desta nave. Meu disfarce não deve ser prejudicado.

- Ao custo dos nossos?! – gritou Leia do fundo do recinto, do lado de Chewie – Pare agora!

Luke arremeteu para a esquerda e para cima, exigindo da Raven uma fuga digna de caças, procurando se distanciar das X-Wings para não fazê-las de alvo para Ben, a testa profundamente franzida, enquanto tentava compreender a ação do sobrinho. Rey encarou o perfil do primo, analisando-lhe a mandíbula tensa, a determinação, a tensão nas mãos...  a luz na escuridão nos olhos dele. E era a luz que comandava a escuridão.

- Acredita mesmo, mãe, que eu realmente mataria inocentes...? Que eu eliminaria aqueles que, como eu, buscam a justiça? – sua voz baixa engrossou-se soturnamente, ele esquadrinhando os céus à busca de inimigos – Não atirei para abater os da Resistência. Precisam todos pensar que é Kylo levando vocês como reféns para Snoke. Sei onde ele se encontra... e ele aguarda por Kylo.

- Vamos com Wedge. – voltou ela, controlando-se. – Não precisa fingir mais, Ben. Juntaremos as células da Resistência e acabaremos com o Líder Supremo.

- Não existe mais a Resistência. Você, melhor do que ninguém, sabe que só poucos que levantam a bandeira, incapazes de fazer frente ao poder bélico da Primeira Ordem. – disparou o laser, apertando os dentes - Não... Snoke é meu.

Ele acertou um TIE no vidro da cabine com o laser enfraquecido, mas o suficiente para quebrá-lo e o piloto inimigo voar para o espaço, flutuando entre as estrelas, já sem vida.

O pequeno transmissor que Luke havia retirado de seu bolso interno repousava na bancada e começou a piscar com insistência. Ben lançou um olhar gelado para seu antigo mestre.

- Não atenda.

Luke apertou o botão do transmissor, encarando-o firmemente.

- Ele é meu amigo. Arriscou sua vida e as dos seus companheiros para me ajudar. Não darei as costas para ele.

Rey segurou uma das mãos do primo, que estava prestes a acionar o botão contra uma X-Wing.

- Meu pai não está contra ti e nem eu. Sua mãe, também não. Ben, não lute conosco. – ela viu um quase imperceptível relaxar no rosto dele. Virou-se para seu pai -  Já tenho os cálculos para diversos sistemas. Agora é só escolher.

Luke apertou o botão de comunicação e fez sinal de silêncio para todos.

Luke? Luke, é você?

Wedge, sou eu.

Você está bem? Sua filha...?

Estamos bem. Leia e Chewie estão conosco.

O que está havendo? (ouviu-se um suspiro) Pensei que você estava no comando da nave, quando a vi sendo perseguida pelos TIE. Mas... fui atingido por vocês. É prisioneiro?

É mais complicado do que isso, amigo. Daremos o salto daqui a alguns minutos. Peço que, logo que façamos, você e seu esquadrão saiam daqui.

Está correndo risco? Seu plano... não correu como o esperado.

Estou bem, garanto. O planejamento tomou... outro rumo. Porém não posso detalhar sobre minha situação.

Compreendo... O que quer que eu faça?

Não comente sobre esta conversa com ninguém. Para todos os efeitos, (fitou o sobrinho) somos prisioneiros de Kylo Ren.

Uma longa pausa da parte de Wedge. Escutou-se, então, alguns pequenos ruídos, um respirar fundo, um movimentar de corpo, um estalar de juntas.

Creio que estou começando a compreender o que pode estar havendo. Certo. Vocês continuarão a atirar em nós. Terei que revidar, para manter a farsa. Meu esquadrão seguirá meus passos... mas dispararão para abatê-los verdadeiramente. Estratégia perigosa a sua, Luke.

Estou ciente. Conseguiremos escapar, não se preocupe.

Agora tenho certeza que é você quem está pilotando.

Wedge...tenho uma grande dívida para contigo. Obrigado... amigo.

A dívida é minha. Você já me salvou inúmeras vezes quando era o líder de meu esquadrão. Estarei sempre com você, Luke. É só me chamar... a qualquer tempo. Espero voltemos a voar juntos... um dia.

Luke desligou o comunicador, dando continuidade à corrida das naves. Passou por duas TIE, elas sendo atingidas por Ben com precisão no transmissor de corrente elétrica perto das asas com o fraco laser. Ao fundo, a luminosidade de outra nave desintegrada em um confronto paralelo, pedaço de uma asa a flutuar perigosamente para a Raven. Rey suspirou de alívio, ao verificar que o destroço tinha o design de parte de uma TIE.

Wedge não mentira quando afirmou que revidaria. E ele foi com perícia e ousadia contra a Raven, como se efetivamente caçasse o inimigo para destruí-lo. Os lasers cortaram o espaço a poucos metros da carroceria da nave. Quase de imediato, duas X-Wings seguiram o líder, juntando-se em acometiva à nave negra. E, como se não fosse o bastante, três TIE aglomeraram-se na mesma trajetória, avançando contra os caças da Resistência, bem como à Raven.

Ben retornou ao combate, o laser de suas armas cada vez com menos poder de destruição, disparando contra todas as naves que o rodeavam. Era necessária maior perícia dele, tanto para poupar, mesmo atirando nos caças do esquadrão de Wedge, tanto para literalmente atingir as TIE.

- Sussils, Ogem, Lumenere, Kafeddion, Noah e Paqwepor. – enumerou Rey – São esses sistemas os acessíveis. Cálculos prontos. Escolham.

Uma TIE explodiu do lado esquerdo da Raven, a janela lateral resplandescente. Luke acelerou a nave, procurando um setor vazio no tráfego do confronto para preparar-se para o  salto.

- Luminere. Zoe deve ser ainda rainha. Ela nos acolherá.

- Não.  – impôs Ben, cortante

O jedi o olhou, surpreso.

- Imaginei que vocês tivessem sido amigos na sua adolescência depois do salvamento do tráfico de crianças em Noah.

Um rubor subiu pelo pescoço de Ben. Ele apertou o botão vermelho e os lasers piscaram dos canhões, falhando.

Rey o olhou de soslaio, intrigada.

- Tenham certeza que Luminere é o último lugar aonde seria bem recebido. Rey, acerte o trajeto para Noah. Rápido. Os lasers não funcionam mais. Estamos totalmente indefesos. – viu o monitor acusar que haviam se tornado um alvo cravado das naves inimigas – Agora, Rey!

Os lasers vermelhos e amarelos das TIE e das X-Wing cortaram a noite eterna das estrelas em direção da Raven. Porém seu brilho se tornou esquecido  quando uma explosão de luz azulada incandesceu a escuridão. O espaço se contorceu, como um vórtice que engolia a si mesmo, as estrelas estáticas se alongando em filetes azulados, como rasgos luminosos a cortar o breu.

As turbinas da Raven se transformaram em sóis azulados e ela seguiu o caminho trilhado pelos filetes de luz, no exato momento que os feixes mortais de seus inimigos se perderam no vácuo.


Notas Finais


Olá!
O capítulo seria mais longo, com o que aconteceu após o salto para o hiperespaço. Todavia, preferi fazer o corte do episódio no momento do salto, para ter mais liberdade no que acontece posteriormente ainda na Raven.

O próximo capítulo será mais calmo. Depois de tanta adrenalina, será hora dos Skywalkers, os quatro, voltarem a serem uma família, após tantos desencontros. Será que conseguirão?


Capa:
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