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História De Paris, com amor - Cavani e Amélie - Hangar.


Escrita por: CookieHanz

Notas do Autor


Eu disse que ia voltar, e volteeeeeei!
Curtam esse cap chuchuzinho. ;)
p.s. tô largando esse gifzinho maroto aí na capa pra cês sentirem o climão que vai rolar. u.u
p.s.2. se liguem nas notas finais. tem links legais lá. ;)

Capítulo 10 - Cavani e Amélie - Hangar.


Fanfic / Fanfiction De Paris, com amor - Cavani e Amélie - Hangar.

Edinson Cavani

 

- Ela canta? – David pergunta se olhando no espelho do meu carro. As mãos impacientes dentro dos cachos.

- Não sei. Amélie só disse que Elena iria cantar hoje e nos convidou pra ver. – dou de ombros fingindo desinteresse e o vejo sorrir de lado.

- Será que foi Elena que pediu pra nos chamar? Pra me chamar? – ele pergunta e eu rio alto.

- Quanta pretensão! Você tá se achando mesmo né, cabelo?! – David ri e aponta pra frente mostrando Lavezzi parado na entrada do seu prédio.

- Porque você ainda não viu esse aí! – David diz enquanto Lavezzi entra no carro.

- Que que eu fiz? – Pocho pergunta já rindo.

- Só pra cê ficar sabendo, a ruiva é minha e a cachinhos é do uruguaio então...

- Amélie não é minha. – interrompo tentando não rir.

- Então eu posso ter uma conversinha com ela? – Lavezzi pergunta e eu reviro os olhos.

- Boa sorte. Ela está noiva. Não vai te dar nenhuma moral.

- Isso é o que vamos ver. – ele ri malicioso.

 

                                                                                 **********************

O clube que Amélie tinha nos ensinado não era um desses clubes que eu costumava ir com os caras, cheio de gente fazendo charme e querendo parecer importante. Não. O Hangar parecia diferente já na entrada.

Depois de estacionar o carro, tivemos que esperar um pouco na fila pra entrar. Ao que parece, ser jogador de futebol do melhor time de Paris não importa muito pra ter vantagem aqui, e Lavezzi reclamava disso enquanto nós ríamos dele. Algumas pessoas que passam por nós cumprimentam com um aceno ou um sorriso, mas nada demais.

- Já gostei desse lugar. – David fala quando passamos pela entrada.

O lugar parece um grande galpão, como o nome em francês já diz. Além do bar à esquerda, não tem muitos lugares pra sentar e ninguém parece se importar com isso. O palco bem posicionado à frente tem luzes que parecem cair como estrelas atrás dos músicos que já tocam alguma música que eu não consigo reconhecer. A maioria das pessoas dançam em toda parte, e eu corro os olhos por elas tentando achar um rosto conhecido.

- Já tá procurando a cachinhos? – David pergunta e eu rio sem olhá-lo.

- Só estou me situando. Já achou a ruiva? – rebato e ele ri.

- Ainda não.

- Olhem só aquelas ali! Cara de universitárias... Quentes, quenteeeees. – Lavezzi quase vibra do nosso lado e nós rimos sem parar de procurar.

- Olha a cachinhos bem ali. – David me cutuca o ombro e eu viro o rosto na direção que ele aponta. Meus olhos caem em Amélie que ri de mexer os ombros. E eu amaldiçoo quem inventou a bendita calça flare (que agora eu sei o que é, graças a Emily) quando vejo que ela fica tão bem nela.

- Ela é gostosa mesmo, cara. – Lavezzi fala e eu dou um soco em seu braço. – Só tô falando.

- Fica quietinho aí. Volta lá pras universitárias, vai. – eu digo e volto a olhar Amélie que é agarrada pelos ombros por um cara alto e magro de cabelos escuros.

Eu pego o celular do bolso, digito uma mensagem e envio pra ela, vendo-a puxar o celular do próprio bolso no minuto seguinte e abrir um sorriso antes de olhar em volta e acenar ao nos ver. Ela beija a bochecha do cara que a abraçava e vem quase correndo em nossa direção. Os cachos loiros esvoaçando ao redor do rosto. Eu amaldiçoo quem inventou o suéter também, porque ela havia conseguido ficar incrível naquele com tecido leve com cor de oliva.

- Edi! – ela diz antes de pular em mim. Seus braços envolvem meu pescoço e eu não demoro a abraça-la pela cintura, não conseguindo evitar um sorriso muito idiota no rosto. O cheiro doce, mas não enjoativo que ela tinha estava lá, e fazia tudo parecer mais calmo. – Que bom que você veio. Cê tá bem? – ela pergunta se afastando pra olhar em meus olhos, sem tirar as mãos dos meus ombros.

- Sim! E você? – pergunto e ela sorri assentindo, antes de se virar pra David.

- Hey David! – ela cumprimenta e o abraça também. Ele a tira do chão fazendo-a rir mais. Os dois conversam alguma coisa que a faz gargalhar antes de Lavezzi interrompê-los.

- E eu não ganho abraço? – ele pergunta e eu reviro os olhos rindo.

- Ah... Oi! Eu não te vi. Er... Você é o Ezequiel Lavezzi, certo? – ela pergunta estendendo uma mão pra ele e ele a analisa com uma sobrancelha arqueada.

- Pocho. – ele diz ignorando sua mão estendida e partindo pra um abraço que demorou mais do que devia. Amélie ri e se afasta depois de um tempo.

- E a ruiva? – David pergunta fingindo desinteresse e Amélie me dá uma olhada antes de responder.

- Está lá atrás. Ela vai cantar daqui a pouco.

- Não sabia que cantava. – ele disse e Amélie assentiu.

- Ela arrasa. – sorriu orgulhosa. – Hey Jae, que tal uma bebida pra gente? – ela acenou pra um garçom que passava por nós e ele assentiu nos olhando antes de sair.

- Ele não vai perguntar o que queremos? – eu pergunto e Amélie nega.

- Jae só de olhar pra você sabe exatamente a bebida que cê vai gostar. – ela diz como se aquele fosse um tipo de poder mágico e eu não contenho uma risada. – É verdade. Você vai ver.

- Ei galeeeera! – um cara de jaqueta jeans surrada sobe no palco de repente e as pessoas gritam em resposta. Amélie dá um pulinho do meu lado e grita também, me fazendo rir. – Bom, o que eu tenho pra vocês essa noite já não é novidade, mas sempre nos deixa extasiados. Ela tem estado sumida aqui do clube, mas a gente a fez voltar pra casa hoje, porque afinal a gente sempre merece um pouquinho desse furacão! – o cara fala e as pessoas parecem sacar de quem ele está falando e começam a gritar.

O tal do Jae, o garçom mágico, surge com nossas bebidas e distribui para nós antes de sair com um sorrisinho. Eu dou um gole na minha e vejo Amélie sorrir pra mim como quem pergunta ‘e aí?’. Eu assinto, porque tenho que admitir, é perfeita. Não muito forte, não muito doce, não muito azedo. Perfeito.

- Então, pra deixar a noite louca... Elena!!!!!!! – o homem grita e Amélie o acompanha gritando e pulando ao mesmo tempo.

- Arrasa El!!!!! – ela berra e eu rio voltando meus olhos pro palco, que fica escuro antes da banda começar a tocar a introdução de uma música que me soava muito familiar. Quando as luzes voltam a ficar fortes, eu vejo uma Elena tatuada e muito muito sexy surgir no palco. Não consigo não olhar pra David que parece ter deslocado o queixo que agora tá caído. Eu rio alto e olho pra Elena que dança no ritmo da música e exibe um corpão na calça de couro escura justa e no top preto. As tatuagens marcam seus braços claros e o cabelo vermelho parece mais vivo, combinando com o batom que marca sua boca.

I saw him dancing there by the record machine

I knew he must have been about seventeen

The beat was going strong

Playing my favorite sooooong

A voz rouca ecoa por todo o clube e eu não consigo não olhar pra David de novo. O queixo ainda estava lá embaixo, e ele praticamente baba com o que vê. Amélie me olha e eu sorrio pra ela que pisca pra mim cúmplice.

And I could tell it wouldn't be lon

'Till he was with me, yeah, me

Todas as pessoas do lugar pareciam gritar e cantar junto com ela que tinha todo o potencial pra ser uma estrela do rock.

Singing, I love rock and roll

So put another dime in the jukebox, baby

Amélie dava gritinhos e pulava do meu lado. E David continuava na mesma posição babaca, sendo zuado por Lavezzi que não parava de dizer o quanto Elena era sexy e gostosa.

Eu não usaria essas palavras pra não ser mal educado, mas bom... Essas palavras a estavam descrevendo bem. A garota provocava no palco, e dançava no ritmo da música enquanto cantava com sua voz rouca e arrastada. Na hora do solo da guitarra se jogou no chão de joelhos e jogou os cabelos ruivos para os lados numa dança pra lá de sexy. Quando a vi levantar e terminar de cantar, ela abriu um sorriso em nossa direção e piscou, e eu vi Amélie rir sacudindo a cabeça.

- Ela tá querendo provocar. – Amélie diz ficando na ponta dos pés pra alcançar meu ouvido.

- Porque? – perguntei tentando soar mais alto que a música.

- Ela acha que David é bom moço demais pra ela. No fundo, acho que ela não se acha boa o suficiente pra ele, e não quer se machucar. Mas ela nunca vai admitir isso. – Amélie diz se apoiando no meu ombro pra falar no meu ouvido. E eu tento não me importar com o fato de que seus lábios tocam minha orelha sem querer de vez em quando.

- Isso é uma bobagem! – eu digo e ela assente.

- Eu sei.

- Por isso que estamos aqui, certo? – pergunto e ela sorri e se agarra ao meu braço.

- É isso aí, cupido. – ela diz e eu sorrio. Porque parece que é só isso que eu sei fazer quando ela está por perto.

Elena canta mais umas duas músicas antes de sair do palco e todo mundo a aplaude aos gritos. Outra mulher sobe no palco e começa a cantar junto com um DJ.

- Quando vamos dançar, loirinha? – Lavezzi pergunta pra Amélie de um jeito sacana. – Tenho que te ensinar uns passinhos. – ele fala malicioso e ela ri.

- Lavezzi, vamos só deixar meio claro que eu e você... Nananão tá? – ela balança o indicador negativamente falando como se falasse com uma criança e David praticamente gargalha.

- Toma argentino!

- Droga! Achei que eu tivesse uma chance. – Lavezzi diz fingindo estar emburrado e Amélie ri.

- Só porque sou uma pessoa legal... – ela começa a dizer e olha ao redor, antes de puxar uma garota pelo braço. A garota a olha com uma risadinha. – Irina, tudo bem? Aprontando muito aí hoje?

- Eu nunca apronto, Amy. – ela diz e pisca maliciosa e eu sei na hora que combina perfeitamente com Pocho que já sorri empolgado.

- Sei... Bom, esses são meus amigos David, Pocho e Edi.

- Como se eu não soubesse... Os jogadores. – a morena diz ainda mais maliciosa olhando pra nós três.

- É. O Pocho estava me falando como achou você bonita. – Amélie diz e a garota assente olhando pra Lavezzi que confirma descaradamente.

- Tá afim de um drink... Pocho?

- Na hora. – Lavezzi diz e sai sem nem se despedir com a garota em direção ao bar.

- Coitada da garota. – David diz e Amélie ri.

- Coitado do Lavezzi. Irina não é fácil.

- Olha se não são os jogadores... – a voz de Elena sobressai à de Amélie e nós viramos pra olhá-la.

- Hey El! – Amélie abraça a ruiva, que nos cumprimenta depois apenas com um sorriso.

- E aí, ruiva?! – David fala quase não conseguindo se conter.

- E aí, cabeludo?! – ela arqueia uma sobrancelha pra ele, e eu percebo que ele está tentando fingir não estar babando por ela. Eu rio de lado e recebo um beliscão na mão de Amélie, que finge não ter feito nada.

E eu percebo que estou gostando dessa coisa de trocar sinais secretos pra tentar unir Elena à David. Eu gosto e me recuso a admitir pra mim mesmo que isso não tem nada a ver com querer que David arranje alguém legal... Que eu gosto mesmo é dessa proximidade com a Cachinhos.

Sacudo a cabeça tentando não rir, antes de ouvir a DJ mudar a música pra uma conhecida. Amélie e Elena dão gritinhos e se olham rindo. Então de repente as pessoas começam a gritar juntas e a se concentrar no meio da pista. Só percebo o que estava acontecendo porque sinto uma mão segurar a minha e me puxar. Viro o rosto só pra ver Amélie abrir o maior sorrisão de todos num “vamos dançar, Edi!”.

- Eu não sou bom nisso! – eu berro tentando soar mais alto que a música e ela ri.

- Eu te ensino! – ela diz ainda me puxando. Deixo que ela me leve pra pista junto com os outros e tento mover meu corpo no ritmo da música até perceber que todos fazem um tipo de coreografia em duplas. Amélie ri e me puxa pra ficar de frente pra ela, e então mostra os passos que eu devo fazer. Eu sigo, e danço com ela. Viro o rosto só por um instante pra ver David agarrado a Elena dançando do nosso lado. Os dois se olham como se estivessem se desafiando e eu rio, porque aquilo ia ser mais divertido do que eu achava.

Quando eu enfim consigo fazer a coreografia, Amélie espalma uma mão no meu peito e me empurra devagar pra trás pra junto dos outros homens, e depois volta pro outro lado pra junto das mulheres quando então eu escuto um “Senhoritas, é com vocês!”. As mulheres começam a dançar e eu preciso me conter pra não deixar o queixo cair com Amélie. Ela rodopia e balança os quadris como as outras, mas parece que só ela sabe fazer do jeito certo. Porque tudo parece ficar muito mais gracioso com ela fazendo. Ela sorri enquanto dança e eu tento não ficar com cara de idiota.

- Senhores, a pista é de vocês! – A DJ fala e então é a vez dos homens dançarem juntos. Sigo a coreografia que eles fazem, errando vários passos. Sacudo a cabeça em negação e sorrio olhando pra Amélie que bate palmas e sorri pra mim gritando um “vai lá, Edi!”.

Vejo David gargalhar do meu lado e então voltamos pra perto das garotas. Amélie gira ao meu redor e volta a fazer a coreografia que tinha me ensinado no começo. Agora consigo fazê-la sem errar e recebo um sorriso de aprovação dela. Ela vem pra mais perto e eu seguro sua cintura enquanto suas mãos vão pro meu pescoço. Ela ri alto quando piso em seu pé e se afasta um pouco.

- Me gira! – ela manda e eu a giro em torno de si mesma, antes dela voltar pra mim e se apoiar em meus ombros pra jogar o corpo pra trás marcando o fim da música. Seguro automaticamente em sua cintura pra que ela não caia e sorrio. Puxo-a de volta pra cima muito rápido e ela agarra meus ombros pra plantar os pés no chão. Ela sorri ofegante e eu vejo seus olhos pararem em mim.

É quando percebo que estava prendendo a respiração sem perceber. Ela está tão perto de mim que seu cheiro parece invadir minhas narinas, me fazendo estreitar muito vagarosamente os braços em torno do seu corpo pra sentir mais. Amélie não parece perceber, porque continua me olhando, e eu continuo olhando pra ela.

Nossas respirações estão num descompasso quase coordenado, e mesmo com todas aquelas luzes eu consigo notar suas bochechas rosadas por causa da dança.

E eu não consigo soltá-la porque estou perdido. Definitivamente perdido naqueles olhos castanhos. Estou ferrado. Estou totalmente ferrado. Acabado.

Ela é linda, e eu quero dizer isso a ela. Mas sei que todo aquele clima, que eu nem sabia o que significava, acabaria se eu falasse alguma coisa. E eu não quero que acabe.

Mas antes que eu possa pensar em mais alguma coisa, Amélie pisca muito forte, várias vezes e sacode a cabeça.

- Você é um ótimo dançarino, Edi. – ela ri como se os últimos minutos (ou foram horas?) não tivessem existido.

Ela tenta se afastar ainda sorrindo, mas eu sinto meu colar ser puxado em meu pescoço e então noto nossos colares emaranhados entre nós dois, impedindo que a gente se afaste. Seu rosto fica perigosamente próximo do meu. Nós rimos, e meu riso soa nervoso.

- Ai caramba. – ela murmura e morde o lábio enquanto tenta desatar os pingentes. – Porcaria.

- Deixa eu tentar. – eu falo e forço uma tosse porque minha voz soa muito rouca.

Tento desemaranhar, mas os cordões parecem ter sido amarrados. Meu anel pendurado no meu colar está emaranhado no pingente de bonequinha do colar dela.

- Caramba... – eu sacudo a cabeça, tentando não focar em seu rosto tão perto do meu.

- Esquece. – ela diz e leva suas mãos ao próprio pescoço soltando o fecho. – Fica com você. E quando cê conseguir desemaranhar, me devolve. – ela diz dando de ombros e deixando que seu colar fique pendurado no meu. Eu rio e assinto colocando os colares pra dentro da camisa.

- Ai meu Deus, Edi! – ela bate em meu braço tentando chamar minha atenção e eu sacudo a cabeça tentando não pensar no que aconteceu minutos atrás. Viro o rosto pra direção que ela aponta e vejo David segurando Elena pela nuca enquanto a beija.

- Já conseguimos? – eu pergunto confuso e ela sacode a cabeça.

- Você não conhece a El. – ela diz e nós observamos os dois se beijarem, até Elena interromper o beijo e empurrar David pra dar um tapa no rosto dele.

- O que aconteceu? – eu pergunto a Amélie que sacode a cabeça e me puxa em direção a David, que agora está sozinho com uma careta confusa no meio da pista.

- O que aconteceu? – ela repete minha pergunta pra David que a olha com a boca suja de batom vermelho.

- Sua amiga... É maluca! – ele diz, mas ri ao mesmo tempo.

- Se deu bem, hein? – eu digo e bato em seu ombro. Ele sacode a cabeça em negação enquanto ri.

- Eu tô é ferrado. To-tal-men-te ferrado com essa maluca.

Amélie ri e estica a mão pra limpar o batom na boca de David, e esse gesto parece tão materno que eu quase sorrio.

- Eu tenho que ir atrás dela. - Amélie olha pra perto do palco tentando ver por onde Elena saiu. Eu assinto.

- Vá. Diga que o David não teve a intenção de ser um idiota.

- Não fui um idiota! - David se pronuncia. - Eu só a beijei. Eu achei que ela queria. Quer saber? Cansei dessa maluca. - David diz sacudindo a cabeça. Mas sei que bem no fundo o que ele diz não é verdade. - Acho que tá na nossa hora. Amanhã temos treino. Nem devíamos estar aqui mais. - ele fala e eu reviro os olhos.

- Ok. - eu digo e olho pra Amy. - Nos falamos depois?

- Sim, claro.

- Espero que fique tudo bem com a El.

- Vai ficar. - Amélie sorri e chega mais perto de mim antes de me abraçar. Eu sinto o cheiro de seus cachos loiros em meu rosto e solto um suspiro involuntário. - Manda um beijinho pro Bauti, tá? - ela diz com os braços ao redor do meu pescoço e eu assinto.

- Claro. E você manda um abração pra Cami. - digo antes de vê-la assentir e virar pra David.

- Não esquenta com a Stef. Ela só tá... Querendo bancar a durona. - Amy diz e David dá de ombros, fazendo-a rir e beijar sua bochecha. - Tchau cabeludo. - ela bagunça seus cachos. - Manda um abraço pro Lavezzi, se encontrarem ele vivo.

Nós rimos.

Amy se vira pra ir e eu sinto vontade de chamá-la de novo. Porque de repente sinto vontade de conversar mais tempo com ela.

- Para de babar e vamo embora. - David bate em meu ombro e eu sacudo a cabeça.

- Não vem com braveza não, porque cê se deu bem hoje. - eu digo e David faz uma careta antes de rir.

- Aquela maluca ainda vai me deixar doido. Como é que ela pode m... - David começa a reclamar e falar e falar enquanto nos dirigimos pra fora da boate, mas tudo que eu consigo fazer é ter vontade de voltar e ficar mais tempo com a cachinhos.

 

Amélie Bouvier

 

- El! Caramba! Que cena foi aquela com o David? - pergunto quando a encontro dentro do camarim improvisado.

Elena vira a garrafa de cerveja na boca e dá de ombros.

- Já disse que não tenho vocação pra bom moço. - ela murmura com a voz rouca.

- Para de bancar a durona, El. O David é legal.

- Amélie, sério. Não enche.

- Encho sim. Não tô mandando você namorar ele, mas ser gentil não vai te matar.

- Olha só, não vou ficar bancando a mocinha pra ele. Porque não é isso que eu sou. Não vou fazer personagem pra agradar ninguém. E eu sei que é isso que ele ou qualquer outro como ele vai querer no final. Eu posso ser pra ele agora a garota maluca e irreverente que o atrai, mas depois quem eu sou vai começar a incomodar e então eu vou ter que me transformar em algo que eu não sou só pra agradar alguém. E isso eu não vou fazer. Não de novo. - ela diz irritada e eu percebo mais uma vez que ela já passou por isso antes.

- De onde você tirou isso? - pergunto, sem perguntar diretamente sobre o que já tinha feito ela se sentir assim antes.

- Eu sei, Mel. Eu sei. Não me pergunte como. Mas eu sei. E não vou me meter nessa. Então... - ela suspira e me encara. - Só me deixa na boa e não força a barra com o zagueiro. Ele não é pra mim e nem eu sou pra ele, ok?

- Tudo b...

- Se cê quer investir no uruguaio vá em frente, mas não me meta nisso. - ela completa e eu arregalo os olhos.

- Do que você tá falando? - pergunto franzindo o cenho e ela bufa.

- Você pode ser ingênua o suficiente pra não perceber agora, mas pode crer o August não vai demorar a desconfiar da sua nova amizade com o jogador.

- Vou relevar suas maluquices hoje, ok? August não é ciumento, e Cavani é um amigo. Não tenho culpa se você vê maldade em tudo. - eu digo sacudindo a cabeça pro absurdo que ela tinha dito. - E quer saber, eu vou indo. Você tá um porre com esse mau humor, só porque foi beijada por um cara legal pra variar. - digo irritada antes de me virar e sair do camarim.

Marchei pra fora da boate ignorando Elena e as maluquices dela. 


Notas Finais


Links maneiros:
1. A dança no Hangar (imaginei quase igualzinho. Assistam mesmo. É legal pra imaginar a cena): https://www.youtube.com/watch?v=Lp7vmBa1PTQ
2. Elena no Hangar: https://www.instagram.com/p/BNM4lzihkps/
3. Amélie no Hangar: http://4.bp.blogspot.com/-HwO9gj1KUqA/VocGyQhElMI/AAAAAAAABus/AzigNOwGv08/s1600/tori-kelly.jpg
4. Cavani no Hangar (imaginem que o pingente do colar é um anel): http://www.dreams-image.com/storeimg/7obkk.com_1374970968_589.jpg

Isso é tudo. Espero que curtam, e deixem aquele comentáriozinho cheiroso, tá? Amo ocês <3


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