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História De Paris, com amor - Amélie e Cavani - Ela está noiva.


Escrita por: CookieHanz

Notas do Autor


PERDOEM MEUS VACILOS E NÃO DESISTAM DE MIM (2)
AMO OCÊÊÊS!!!!!!! ~ e vou recompensá-los, prometo ~

Capítulo 15 - Amélie e Cavani - Ela está noiva.


Amélie Bouvier

- Aceito. – a voz do homem ao meu lado me faz sorrir e olho para o padre esperando que ele continue.

- Amélie Bouvier Roche você aceita Edinson Cavani como seu legítimo esposo. – eu franzo o cenho e me viro pro homem ao meu lado no altar. Seus olhos escuros estão miúdos por causa do sorriso grande que ele dá. E por um momento eu fico confusa, mas então abro um sorriso em resposta. E meu peito se enche de uma alegria que não consigo conter.

- Sim! – eu respondo com convicção e ouço alguns gritinhos e palmas atrás de mim.

Edi de repente me puxa pra perto e nós começamos a dançar. E então não estamos mais no altar, estamos no meio da sala do ateliê. Com todos ao nosso redor nos olhando enquanto bailamos no palquinho. Meus olhos saem dos de Edi por um momento e eu foco no rosto de desaprovação da Sra Dupont. Ela arqueia uma sobrancelha e sacode a cabeça em negação.

- Amor? Amélie, meu amor? – a voz de August me traz a tona e eu ergo o tronco rapidamente. – Você teve um pesadelo? – ele pergunta segurando minha mão.

Esfrego os olhos e me situo. Estou no meu quarto. Na minha cama. Com meu noivo. Olho pra August. Meu coração acelerando de repente. Meu Deus. Sonhei que casava com o Edi.

Passo as mãos nos cabelos.

- Amélie? – August me puxa pra perto e eu solto o ar.

- Estou bem. Só foi... Um sonho esquisito.

- Quer me contar? – ele pergunta e eu nego com a cabeça.

- Depois. – digo e ele assente, me fazendo deitar de novo.

Enquanto ouço August ressonar novamente, revivo o sonho. Os olhos, os cabelos, o sorriso de Edi parecem fotografias em minha mente.

Porque sonhei isso? Me pergunto sem entender e solto o ar com força.

Só estou passando muito tempo com ele. É isso. É só isso.

 

 

Edinson Cavani

- Então esse é o seu plano? – a voz de David ecoa dentro do meu carro. Meu celular conectado com o aparelho de som numa chamada com ele. – Descobre que está apaixonado pela cachinhos, constatação essa que você foi o último a fazer, e aí em vez de ser inteligente e se afastar porque ela está NOIVA de outro cara, você vai pra um almoço na casa dela. – David diz e eu mordo o lábio inferior.

Eu sei que é loucura.

Sei que é meio masoquista até. O noivo dela provavelmente estará lá, mas o que eu poderia fazer?

- O que eu posso fazer? – repito a pergunta, dessa vez em voz alta.

- Isso não é saudável, Edi. – David diz e eu paro num sinal vermelho. – Você sabe que eu adoro a cachinhos e definitivamente ela seria a melhor mulher pra você, mas ela está prestes a se casar com outro cara. Ela provavelmente ama ele. E você que vai acabar sofrendo no final de tudo. Pra que se martirizar se mantendo perto?

- Não posso simplesmente sumir. Bauti adora Cami. Eles são amigos, não posso privá-los disso só porque eu... Eu estou ficando louco.

- Ok. Entendo. Só toma cuidado... Aproveita o dia pra tomar um chá de Amélie-vai-casar-olha-o-noivo-dela-como-eles-se-amam. – eu rio e sacudo a cabeça, parando em frente ao apartamento de Soledad.

- Preciso desligar. Vou buscar Bauti. Nos falamos depois.

- Claro. Até mais, dude.

Desligo e remoo as palavras de David em minha cabeça enquanto coloco Bauti no banco de trás. Quando entro na rua de Amélie, começo a repetir um mantra de ‘ela está noiva, esquece’ em minha cabeça.

O pai de Amélie é o primeiro que vejo, passando pelo portão da garagem. Ele faz um sinal pra mim e abre um sorriso.

- Você veio, matador. – ele ri animado e eu o cumprimento com um abraço de lado.

- Não perderia por nada.

- E esse garotão? Tudo beleza? – Claude sorri pra Bauti que bate em sua mão num cumprimento que o faz rir. – Camille está lá no quintal. – ele diz e Bauti me olha pedindo permissão. Eu assinto e ele corre em direção ao quintal. - Vamos, me ajude com esses engradados. Tenho uma dúzia de homens clamando por uma cervejinha, mas nenhum vem me ajudar a pegar. – ele fala e eu rio, me inclinando pra pegar um dos engradados dentro da mala do carro. Equilibro dois e ele ri. – Ah, a juventude.

- Não sou mais tão jovem assim. – eu digo enquanto o acompanho para o quintal.

- Mais que eu, com certeza. – ele diz e eu rio em resposta.

As vozes no quintal se misturam ao som de alguma música animada que toca num aparelho de som. Um senhor arruma carnes na grelha, e vários outros homens bebem cerveja e riem enquanto as mulheres entram e saem da casa. Uma mesa enorme de madeira está posta com várias travessas com todo tipo de comida.

Coloco o engradado do lado de um freezer e começo a colocar as cervejas dentro do gelo. Claude arfa e coloca a mão na coluna antes de começar a me ajudar.

- Não tenho mais vinte anos. As vezes esqueço. – ele ri divertido.

Corro os olhos pelo quintal e localizo Bauti brincando com Cami e outras crianças perto de um canteiro. Mas mesmo depois de encontrar meu filho não paro de observar o quintal. Eu sei o que estou procurando. Ou quem...

- Ela saiu com a Sue. – Claude interrompe meus pensamentos e eu o encaro só pra vê-lo sacudir a cabeça escondendo um sorrisinho. – Estava meio brava por August não aparecer aqui hoje.

- Ele não vem? – não consigo me impedir de perguntar.

- Parece que vai dar plantão no hospital pediátrico. – ele diz e eu assinto, contendo um sorriso. – Gosto do August, mas ele tem pisado na bola com a minha menina. – ele diz colocando as últimas garrafas no freezer. – Espero que ele saiba a mulher incrível que tem nas mãos. – ele completa e eu assinto.

- Amélie é incrível mesmo. Acho que ele... Deve ter noção disso. – eu tusso pra limpar a garganta e Claude me entrega uma cerveja.

Nós nos viramos pra olhar para o quintal. Cami corre com Bauti em seu encalço e eu sorrio vendo os dois.

- Cami é um reflexo dela. – murmuro.

- Amélie é uma boa mãe. Sabia o quanto tudo seria difícil pra ela, quando ela teve que abdicar de Juilliard, mas ela se saiu bem, apesar de tudo.

- Abdicar de Juilliard? – franzo o cenho e Claude meneia a cabeça.

- Aquela escola famosa em Nova York. Era o sonho da vida dela, e ela foi aceita. Mas abriu mão pela Cami. – Claude diz isso com certo pesar, os olhos perdidos no quintal.

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, vejo os cachos loiros surgirem no meio da cena do quintal. Amélie está rindo com a namorada de Claude que agora esqueço o nome. Eu preciso morder o lábio pra conter a vontade de chama-la para um abraço.

Ela usa um short jeans com uma blusa azul sem mangas, e eu não consigo me impedir de olhar suas pernas torneadas. Uma camisa jeans está amarrada em sua cintura e seus tênis a fazem parecer uma colegial. Eu sorrio quando ela me vê e abre aquele sorriso que desencadeia todas as sensações mais gostosas dentro de mim.

Eu sei que é errado. Sei que é errado me sentir assim, mas quando ela sobe aos pulos os quatros degraus que separam a varanda do quintal e me abraça eu não consigo pensar em outra coisa que poderia ser mais certa. Seu cheiro, seu abraço, sua pele, seus cabelos, sua voz num “Edi, que bom que você veio!”. E ela soa tão sincera que me sinto em casa.

- Estava com saudades. – eu confesso sem conseguir deter as palavras em minha boca e ouço Amélie rir. Não nos víamos há uma semana, mas a gente sempre conversava no celular, ainda assim sinto sua falta o tempo todo. Penso que ela vai ignorar o que eu disse, mas ela se afasta ainda me segurando os ombros e olha pra mim. Aquela imensidão castanha...

- Eu também estava com saudades.

Como eu não me apaixonaria?

 

                                                                                                         ************

 

- Meu pai encheu muito você? – Amélie pergunta divertida e eu nego com a cabeça antes de beber um gole da cerveja.

- Seu pai é um cara incrível.

- Mal de família. – ela debocha antes de rir e eu assinto rindo também.

- Verdade. Achei que ele morava aqui...

- Ah não. Ele mora na casa da Sue. – ela diz. – Engraçado, né? Mas ele quis sair daqui. Dizia que eram lembranças demais pra acessar todos os dias. – ela ri de lado, mas diz isso com certa tristeza. - Pode cortar esses tomates? – ela me passa uma tigela e eu assinto, colocando os tomates em cima do mármore da pia. Coloco a garrafa de cerveja de lado e lavo as mãos, antes de pegar uma faca.

- Ele fez você falar com todo mundo. É o lado fã dele falando mais alto. – ela diz enquanto corta folhas de alface.

- São todos tão...

- Calorosos? Intensos? Loucos? – ela sugere e eu rio.

- Eu ia dizer legais... – Ela ri alto.

- Eles são isso também.

Eu tinha conhecido alguns tios e tias de Amélie, mas a maioria eram amigos de Claude.

Depois de cortar os tomates, Amélie juntou tudo numa tigela e temperou a salada, antes de irmos para o quintal novamente. Nos sentamos na mesa de madeira enorme com Cami e Bauti entre a gente. Almoçamos aos risos. Eu estava me sentindo em casa, como num almoço de domingo com a família toda reunida.

Amélie cortou a carne pra Bauti e Cami veio se sentar em meu colo no meio do almoço, e eu não consegui evitar pensar em como aquilo parecia bom. Era quase como se fôssemos uma... Família. Meus olhos correram a mesa e pararam em Sue e Claude que nos olhavam. Eles sorriram um pro outro e continuaram a comer e conversar. O sorriso tinha sido de quem sabe algo que eu não sei, e eu pensei se era possível que eles estivessem pensando o mesmo que eu.

Depois do almoço, todo mundo continuou disposto pelo quintal conversando sobre histórias antigas, quando Bauti quis ir ao banheiro. Me levantei com ele, e segui pra dentro da casa. Bauti entrou no banheiro e eu fiquei no corredor vendo os quadros na parede.

Tinham várias fotos de Claude e outra mulher que eu julguei ser a mãe de Amélie, além de fotos dela com um homem que se parecia muito com ela. Seria um irmão?

- Vani! – A voz de Cami desviou minha atenção. – Pode amarrá meus cadáços? – ela pergunta tentando tirar os cachinhos dos olhos. E eu sorrio me agachando pra amarrar seus cadarços. – O tio Benji quer tocar violão, pode me ajudá a pegar? – ela pergunta e eu assinto seguindo-a para uma porta à esquerda no corredor.

Cami abre a porta e entra no quartinho. Eu ligo a luz e vejo o quarto. Tem um piano bem no centro, uma estante com livros de capa escura, dois violões e um violãozinho pendurados nas paredes dos fundos. Eu franzo o cenho.

- A mamãe é cantora. – Cami diz percebendo minha confusão.

- A Amélie canta?

- É! Ela canta e toca tudo isso. – ela diz indo pra baixo do violão pendurado no alto. – Pega pra mim? – Cami pede e antes que eu alcance ouço alguém tossir atrás de nós.

Amélie está parada na porta e franze o cenho antes de sorrir.

- Tio Benji está inventando de cantar de novo, não é? – ela pergunta e Cami assente. Amélie anda até a gente e pega o violão, entregando a Cami que ri por conseguir segurar o instrumento, mesmo com dificuldade. Bauti aparece na porta e os dois correm de volta pro quintal.

Eu olho pra Amélie com uma sobrancelha arqueada. Ela revira os olhos e ri.

- Cami me disse que você é cantora. – eu digo e ela passa a mão no cabelo andando pelo quarto.

- Já fui.

- Como assim já foi?

- Eu... Eu já fiz isso por muito tempo.

- E porque não mais?

- Não tenho tempo pra isso. – ela dá de ombros e eu sei que não é verdade.

- Foi disso que teve que abrir mão pela Cami? – pergunto e Amélie se vira pra mim. – Seu pai me disse alguma coisa sobre... Julliard? – digo devagar e Amélie meneia a cabeça parecendo brava por um minuto, mas então ela solta um suspiro e volta a andar.

- Juilliard. – ela corrige minha pronúncia. – Uma escola de música e artes. Era o meu sonho.

- Mas então...

- Sem mas então... Não quero colocar minha filha nessa posição. – ela diz e sua voz soa mais grave. – Aconteceu o que tinha que acontecer. Não era pra ser. – ela diz dando de ombros e eu ando até ela. Minha mão instintivamente procura a sua e ela olha pra mim.

- Talvez naquela época. Mas e quanto à agora? – eu pergunto e ela franze o cenho. – Essa escola me parece realmente incrível, e se você foi aceita é porque é boa. A Cami já está grandinha, porque não tentar de novo?

- As coisas não são assim.

- Sei que não. Mas você pode...

- Não posso. – ela me interrompe e eu a olho. Aquilo parece machucá-la e essa nunca tinha sido minha intenção. Sacudo a cabeça e aperto seus dedos entre os meus.

- Desculpa.

- Não, tudo bem, Edi. – ela sorri fraco pra mim.

- Só quero que saiba que pode fazer qualquer coisa. – eu sorrio pra ela e quando ela assente eu percebo o quanto estamos próximos. Eu até preciso abaixar um pouco a cabeça pra ver seu rosto que está erguido na direção do meu.

Nós estamos nos olhando de um jeito que eu não sei se parece intenso só pra mim. Mas eu preciso me segurar, e meus dedos pressionando os seus são só mais uma evidência da tentativa de me controlar. Porque... quero beijá-la. Quero tanto.

- Atrapalho? – a voz firme faz os olhos de Amélie saírem de mim para a porta. Eu me viro também, pra ver um August de braços cruzados nos encarando.

- Você veio? – a voz de Amélie soa rouca e surpresa.

- Pelo visto não devia vir, certo? – ele arqueia uma sobrancelha, enquanto ela anda em sua direção.

- Claro que devia, mas... É que disse que faria plantão.

- Eu troquei com outro médico pra vir ficar com você, mas parece que você já tem companhia. – August me encara com uma expressão irritada e eu tento relaxar a minha expressão.

- August... – Amélie começa a repreendê-lo, mas então ele muda a postura de ciúmes pra uma postura possessiva quando segura o rosto de Amélie com firmeza e a beija. Eu desvio o olhar para meus próprios pés.

Aperto os olhos.

- Que bom que veio. – ela sorri tentando aliviar a tensão e eu volto a olhar pros dois. – Já conhece o Edi, certo? – ela pergunta e ele assente estreitando ainda mais o abraço.

- Sim.

- Boa tarde. – eu digo só por falta de ter o que dizer. Sacudo um pouco a cabeça. - Já está ficando tarde. Preciso levar o Bauti. – eu digo olhando pra Amélie que assente.

- Claro.

- Vou me despedir de todos. – eu digo e ando até a porta, passando por eles.

Eu solto o ar quando passo pela cozinha em direção ao quintal. Ainda me sinto quente pela aproximação com Amélie, e me sinto idiota pela ceninha. A voz de David soa de novo em minha cabeça.

Ela está noiva.

Sim. Está. E eu preciso tirá-la da minha cabeça. 


Notas Finais


Deixa aquele comentáriozin maroto de perdão, que já vou postar outro cap com torta de climãããão procês.
<3


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