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História De Paris, com amor - Amélie e Cavani - Não pergunte nada.


Escrita por: CookieHanz

Notas do Autor


SEGURA O FORNINHOOOOOOOOO

Capítulo 22 - Amélie e Cavani - Não pergunte nada.


Fanfic / Fanfiction De Paris, com amor - Amélie e Cavani - Não pergunte nada.

Amélie Bouvier

 

- Volta a ser minha noiva, Mel. Casa comigo?

Minha voz ficou presa na garganta. Eu sabia que tinha que falar alguma coisa, mas eu não podia. Eu já tinha dito sim outra vez, não era tão difícil. Mas alguma coisa me prendia, e me impedia de dizer as três letrinhas.

- Mel? - August chama minha atenção e eu aperto os olhos antes de responder.

- Não posso. – eu praticamente solto junto com o ar.

- O quê?

- Quer dizer... Não posso responder agora. Eu... Preciso pensar sobre tudo, Auggie. Minha vida bagunçou de um dia pro outro. Eu nem falo mais com minha melhor amiga por sua causa e acabei de resolver uma bagunça com a mãe biológica da minha filha. Eu... Preciso respirar. – digo sacudindo a cabeça sem parar. August me olha e levanta do chão, ficando de pé diante de mim. – Me dê um tempo. – eu peço e ele assente devagar, desconfiado. – Preciso pensar sozinha. – August assente de novo entendendo o recado e dá um passo pra trás pra se virar pra ir embora. Mas então ele gira nos calcanhares e volta pra mim, segura meu rosto entre as mãos e me dá um beijo.

Eu retribuo porque não posso magoá-lo, mas quando ele sorri e se afasta eu não consigo deixar de me sentir vazia. Vejo pela janela ele arrastar o carro e ir embora e começo a andar de um lado a outro.

Cami tá com o meu pai, então pego o casaco de novo e saio de casa correndo pra minha minivan. Faço o caminho conhecido e quando desço no prédio,  corro escada acima amaldiçoando ainda não terem consertado o elevador. Quando subo os três andares minhas pernas já estão queimando. Bato na porta e ouço o som de dentro abaixar antes de ouvir um já vai.

- Mel? – Elena me encara assustada e eu meneio a cabeça e encolho os ombros antes de puxá-la pra um abraço.

- Que merda, senti tanto sua falta.

- Eu também senti... Eu sinto muito, Mel. Me perdoa... – ela pede ainda dentro do meu abraço e eu sacudo a cabeça.

- Você ainda gosta dele? – eu a afasto pra perguntar e ela arregala os olhos.

- Não!

- Não mesmo?

- Não! Não mesmo! – ela diz e eu a abraço de novo. 

- Acho que tô ficando louca, El... – sussurro e ela me afasta pra me olhar.

- O que houve? – ela pergunta e então nós entramo. E eu conto tudo sobre Julie e sua farsa, e sobre ter cancelado o casamento com Auggie e sobre o novo pedido, e sobre como me sinto estranhamente segura com Cavani.

- Você tá apaixonada por ele. – ela diz.

- Pelo Auggie?

- Pelo Cavani!

- Não! Ele é meu amigo.

- Amigo uma ova. – ela faz uma careta e eu continuo andando de um lado a outro no seu apartamento. – Você adora se enganar. O que você tá sentindo?

- Eu não sei. August é meu namorado há anos. É bom. É seguro. É claro que gosto dele e sei que gosta de mim...

- Mas...

- Mas quando eu tô com o Edi... – eu passo a mão no rosto me sentindo derrotada. – Eu me sinto em casa. Me sinto feliz. E ainda tem essas coisas estranhas que me puxam pra ele. Como se...

- Você estivesse atraída por ele.

- Sim! Meu Deus. É quase uma coisa de pele! Eu quero... Tocá-lo. Merda. – Nem acredito no que estou admitindo e ouço uma risada de Elena antes dela vir e segurar meus ombros me obrigando a parar.

- Não quero me meter demais no seu lance com o August. Não quero que você pense que quero interferir. – ela diz e eu reviro os olhos. – Mas... Você está totalmente, visivelmente e irrevogavelmente afim do Cavani. – eu não pude refutar. – E também está tecnicamente solteira. Não tô dizendo que não deve pensar sobre voltar com August, mas você tem que saber que se decidir voltar com o August agora sem resolver o que quer que sente pelo Edi, você vai ficar atormentada pelo resto da vida com essas coisas que sente.

- O que eu faço? – eu pergunto e ela sorri de lado.

- O que você quer fazer exatamente agora? De verdade? – ela pergunta e eu não consigo impedir meu cérebro e meu coração de enfiarem a imagem de Edi em minha cabeça.

- Ele vai viajar pra Dubai amanhã. Vai ficar fora quase uma semana.

– Eu sei. David me disse. – ela assente sorrindo. – Vai logo.

Elena praticamente me empurra e apesar de estar totalmente nervosa eu rio enquanto corro escada abaixo.

 

Edinson Cavani

 

- O que as pessoas levam pra Dubai? – David pergunta no telefone e eu rio enfiando o último casaco dentro da mala.  

- As pessoas não levam nada pra Dubai. As pessoas compram em Dubai. – eu digo e ele gargalha alto em meu ouvido.

- Falou o magnata. – ele diz ainda rindo e eu rio também. – Temos que estar no aeroporto às nove em ponto.

O som da campainha se sobrepõe à voz de David e eu termino de fechar a mala e jogo num canto do quarto antes de andar até a porta.

- Vai querer que eu passe aí, ou já pegou seu carro? – pergunto enquanto giro a maçaneta.

- Eu já peguei o...

A imagem de uma Amélie ofegante em minha porta me faz parar de ouvir David.

- David, te ligo depois! – eu digo e desligo sem esperar sua resposta. – Ei, tá tudo bem? – pergunto e a vejo sacudir a cabeça em negação e dar dois passos pra frente.

- Não me pergunta nada, Edi. Porque eu não sei... Eu não vou mesmo saber responder. Promete não perguntar nada. – ela diz e eu não entendo, mas eu assinto rápido.

- Eu prometo. – digo antes de ver ela acabar com o espaço entre a gente, segurar meu rosto com as duas mãos e me beijar.

Estou em letargia porque demoro uma eternidade pra reagir. Eu não consigo acreditar, e quando caio em mim retribuo o beijo. Seus lábios muito macios e muito urgentes estão sobre os meus e eu cedo ao ritmo sentindo meu coração bater na garganta. Suas mãos se entrelaçam em meus cabelos e os puxa me fazendo sentir um arrepio frio. Eu seguro sua cintura e a puxo pra dentro de casa, antes de bater a porta da frente.

Não consigo conceber a proximidade dos nossos corpos e ainda assim quero mais. Por isso a empurro contra a parede e aperto ainda mais seu quadril. Suas mãos escorregam do meu pescoço pro meu peito e então pra minha cintura e ela me puxa contra si.

E eu nunca, nem em mil anos, vou conseguir explicar o que se passa em meu corpo. A alegria e o prazer e o desejo que preenchem cada pedacinho de mim, me fazem ter vontade de rir e agarrá-la ainda mais. Porque ela, Amélie, está ali e está me beijando e me quer perto dela. Ela me quer!

Suas mãos encontram a pele das minhas costas sob a camisa e eu solto um suspiro alto demais, não conseguindo afastar meus lábios dos seus. Minhas mãos alcançam a lapela de sua jaqueta e Amélie coloca os braços pra trás pra tirá-la. E então volta suas mãos pra minha camisa de botões, tirando-os com as mãos trêmulas. Quando minha camisa cai no chão junto com sua jaqueta, eu alcanço suas coxas sobre a calça jeans e a puxo pra cima, colocando-a sentada num móvel do lado da porta, fazendo suas pernas contornarem minha cintura. Amélie se apoia em meus ombros e afasta os lábios só um pouco pra respirar. Seu peito sobe e desce e segue o mesmo ritmo que o meu.

É a primeira vez que seus olhos me encontram depois que começamos a nos beijar e eu vejo nos olhos dela o que tenho certeza que tem nos meus. Ela me quer. Caramba, ela me quer. Talvez tanto quanto eu a quero.

- Amélie...

- Edi... – ela sussurra antes de voltar a me beijar. Devagar dessa vez.

Seus lábios tocam os meus e me fazem suspirar. Eu a abraço ainda em meu colo e ando pro meu quarto. Eu a tenho em meus braços e não posso explicar o que sinto de verdade agora.

Antes de chegar em minha cama ela desce do meu colo e toca meu peito, me mantendo minimamente afastado. Sua respiração está incrivelmente ofegante quando ela dedilha minha pele, arrastando os dedos pelo meu tronco e abdômen. Eu me sinto arrepiar, mas não me movo. Deixo que ela me toque, e observo sua expressão enquanto faz isso.

- Eu acho que estou um pouco maluca. – ela sussurra tentando controlar a respiração descompassada. – Eu tô confusa, mas... Eu sei que queria estar aqui com você agora. – ela diz e isso faz meu coração acelerar. – Mas... Isso não tá certo. Não posso te enfiar na minha confusão, Edi. – ela diz e eu sacudo a cabeça em negação dando um passo em sua direção, a fazendo dar outro pra trás, com o braço ainda estendido entre nós. – Se eu não viesse aqui hoje eu ia pirar, mas ainda assim... Isso é loucura.

- Não. Não é. – eu ignoro seu braço entre a gente e nos aproximo de novo. – Eu te quero tanto, tanto que nem sei como consegui resistir tanto tempo. – eu admito e vejo ela me olhar. Os olhos num tipo de súplica pra eu deixar ela sair dali, mas eu não ia deixar ela ir embora como na primeira noite em que estivemos tão próximos. – Não vai embora, não. – eu peço num sussurro e ela suspira. – A gente não tem que fazer nada. Só... Dorme comigo hoje.

Eu entendia a confusão dela. Ela tinha terminado um noivado depois de anos de namoro. Era compreensível estar confusa com um sentimento tão novo intervindo em outro antigo. Mas agora que eu sabia que ela também sentia, eu não a deixaria ir embora.

- Fica. – eu pedi levantando minhas mãos pra segurar seu rosto. Amélie assentiu e eu sorri de lado. Ela tirou as botas e eu desliguei as luzes, deixando só os abajures ligados. Deitamos um de frente pro outro sem nos tocar. Eu podia ver minimamente sua silhueta por causa da pouca luz. Os cabelos cheios ao redor do rosto, o contorno dos lábios, os cílios piscando vez ou outra... Eu queria puxá-la pra mim, mas não queria invadir seu espaço.

Não sei quanto tempo ficamos naquela posição, mas depois do que pareceram horas, senti o toque de seus dedos em minha bochecha. Eu prendi a respiração involuntariamente, sentindo seus dedos percorrerem a lateral do meu rosto.

- Você já dormiu? – sua voz não foi mais que um sussurro e eu sorri virando meu rosto pra beijar seus dedos em resposta.

- Não acho que vou conseguir dormir essa noite.

- Você vai viajar amanhã. Tem que dormir. – ela diz com a voz preocupada e eu sorrio mais.

- Tá tudo bem.

- Eu gosto de você, Edi. – ela diz de repente me fazendo abrir um sorriso idiota.

- Eu também gosto de você, Mel.

- Eu gosto mesmo, muito.

- Você não faz ideia do quanto.

Eu estico minha mão e toco seus dedos ainda em minha bochecha. Dedilho seu braço até seu ombro e escorrego minha mão pro seu rosto. Antes que eu faça qualquer outra coisa, sinto ela se mexer na cama e então ela deita mais perto de mim. Eu inspiro seu cheiro agora mais perto e escorrego minha mão pra sua cintura, deixando meus dedos ousados se moverem devagar pra base de sua coluna sob a camisa. Eu posso sentir sua respiração na altura dos meus lábios e suas mãos agora em meu peito nu fazem desenhos aleatórios.

Não tenho mais medo de invadir seu espaço agora e inclino meu rosto pra frente pra beijar sua testa e então sua pálpebra, a ponta do seu nariz, o canto da sua boca...

- Edi... – ela sussurra e eu paro.

- Desculpa.

- Não. – ela sacode um pouco a cabeça. – Me beija.

Eu abro um sorriso e dessa vez não fico letárgico. Eu inclino meu rosto e toco meus lábios nos seus, devagar. Essa é provavelmente a melhor sensação que já tive. Seu cheiro está em toda parte, suas mãos estão em minha pele, suas pernas se entrelaçam às minhas e meus lábios estão nos seus.

Nós não dizemos muito mais coisas depois disso, mas ficamos nos beijando e fazendo carinho um no outro. Eu toco seus cachos e sinto seu cheiro, e não sei quando acontece, mas pego no sono segurando a mulher da minha vida nos braços. 


Notas Finais


NÃO DIGO MAIS NADA!
Tô esperando os comentários.
Fui! <3


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