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História De Ponta-Cabeça - Quebrando Regras


Escrita por: TatyNamikaze

Notas do Autor


Olá! Tudo bem?
Espero que gostem do capítulo de hoje.
Boa leitura!

Capítulo 7 - Quebrando Regras


Fanfic / Fanfiction De Ponta-Cabeça - Quebrando Regras

De Ponta-Cabeça

Capítulo Sete - Quebrando Regras



Era início da aula, o pátio estava já cheio de alunos barulhentos, e Sasuke só queria sumir. Odiava multidões, odiava barulho e odiava os alunos daquela escola.

Sempre que passava, via alguém falando algo de si, o que lhe irritava, principalmente, por saber o motivo.

Não era assim no início, óbvio que havia reclamações ao seu respeito, de algum aluno ou professor, mas tudo piorou drasticamente no ano anterior.

E ele odiava isso.

Respirando fundo, ele colocou os fones de ouvido enquanto sentava-se em um dos bancos espalhados pelo pátio, dando início a uma música de rock pesado.

Sasuke estava alheio a tudo aquilo enquanto esperava por Suigetsu, Naruto e Juugo, até sua atenção ser tomada pela figura de cabelos cor-de-rosa que andava entre os alunos. Os olhos negros dele fitavam a menina sem nem mesmo perceber, até que ele voltou à realidade ao ver Gaara se aproximando dela.

Sasuke retirou os fones de ouvido e prestou atenção na cena, afinal, sabia que Sakura não conhecia Gaara, então o que o ruivo queria com ela?

Forçou seus ouvidos ao máximo para prestar atenção, entretanto, infelizmente, ele não conseguia ouvir devido à distância e a chegada dos amigos ao seu lado, já fazendo barulho.


— Ei, Sakura! — a figura de cabelos vermelhos chamou, atraindo a atenção da menina. Ela estranhou primeiramente.

— Sim?

— Tudo bem? — Gaara perguntou.

— Desculpa, mas eu te conheço? — ela perguntou de volta, embora já o tenha visto algumas vezes pela escola e, principalmente, arrumando confusão com Sasuke.

Aquele garoto não estava querendo boa coisa, ela via através dos olhos dele. E estava certa.

Gaara sorria maliciosamente.

Ele não podia arrumar confusão com Sasuke e também sabia que o garoto mal ligaria para o que ele fizesse.

Mas e se ele mexesse com sua amiguinha? Ah, sim, isso com certeza o afetaria, o ruivo via que o Uchiha gostava da companhia dela.

— Desculpe, sou Gaara. — ele disse e, de longe, viu Sasuke e os amigos dele lhe observando.

Era hora do show.

— Hm. — ela resmungou. Não compreendia o que ele queria consigo. — Certo, prazer... E tchau...

Deu as costas para ele após sorrir sem graça, porém parou ao sentir um leve aperto em seu pulso.

— Espera, eu queria… — Gaara desviou os olhos para a figura de Sasuke, que o encarava com ódio de onde estava.

O ruivo estava gostando de causar essa reação nele. Soltou o braço da garota, que lhe olhava com uma feição confusa.

— Vai fazer algo hoje? Podemos sair para ir no cinema ou uma lanchonete.

Sakura o fitou por alguns instantes. Ele nem a conhecia e já vinha chamando-a para sair? Isso não estava lhe cheirando bem.

— Eu tenho compromisso e, a propósito, eu nem te conheço. — a resposta de Sakura fez o semblante de Gaara se fechar.

Ela estava lhe dando um fora? Era isso?

Não que ele nunca tivesse levado um fora, mas da garota que andava com Sasuke? Só podia ser brincadeira…

Ele ficou indignado, porém manteve a calma.

— Podemos nos conhecer, ué. — o ruivo argumentou.

— Não estou interessada, desculpe. — ela foi direta, já se irritando com a insistência do garoto.

Mas Gaara não deu-se por vencido.

Ele segurou o braço dela novamente, impedindo-a de sair.

— Pense direito. — falou, sério.

— Já pensei e já disse minha resposta, agora me solte. — ela estava séria.

Quem aquele garoto pensava que era? Mas ele não soltou…

— Me solte. — ela repetiu e, nesse instante, os olhares dos alunos, que estavam ao redor e alheios ao que acontecia, dirigiram-se a eles, principalmente, quando a figura séria de Sasuke se aproximou de ambos sorrateiramente e com as mãos nos bolsos.

Ele colocou-se um pouco atrás de Sakura, seu semblante encontrava-se sério e fitava Gaara.

— Não ouviu? Solte-a. — a voz de Sasuke estava fria.

Gaara o encarou e soltou a garota, mas não por medo, era hora de mudar de alvo, por mais que não devesse arrumar confusão com Sasuke, era inevitável.

Sakura deu um passo para trás, ficando ao lado do Uchiha. Estava agradecida por ele intervir, ela já não sabia mais como reagir àquilo, era a primeira vez que passava por uma situação desagradável dessas, porém também temia que uma confusão surgisse ali.

Sasuke e Gaara nunca foram amigos, tampouco colegas de time.

Eram pior que cão e gato.

— Veio dar uma de herói, Uchiha?

Gaara aproximou-se do garoto, encarando-o. Parecia prestes a voar no pescoço do moreno sem medo algum.

Mas Sasuke também não possuía medo.

— Deixe-a em paz. — foi apenas o que Sasuke disse, olhando nos olhos do adversário.

Sua postura e voz eram muito intimidantes, até quem apenas observava, inclusive os amigos de Sasuke — que previam um grande problema —, sentiam-se intimidados.

Porém, Gaara não, e isso era, de fato, um grande problema.

— E se eu não quiser? — o ruivo desafiou, fazendo a raiva do garoto só aumentar com a provocação.

Estavam prestes a brigar...

— Sasuke, venha, deixe isso para lá. — Sakura pediu, nervosa.

O moreno hesitou por um instante, ainda irritado com tal atitude, mas ele não ganharia nada brigando ali, pelo contrário, só se meteria em confusão.

O Uchiha deu as costas para o ruivo, escutando o conselho da menina. Era melhor deixar para lá…

— É controlado pela vadia da namoradinha agora, Uchiha? Está amarelando?

Ou talvez não…

Sasuke sentiu o sangue ferver com a provocação de novo e com o insulto à rosada. Aquele ruivo não sabia ficar com a boca fechada, não?

Virou-se novamente para ele, já puto.

— Primeiro, não fale assim dela e, segundo, vai se ferrar, seu imbecil! — esbravejou, irritado demais.

Era a primeira vez que a rosada o via tão transtornado, mas também pudera! Até ela ficou assim, irritada.

Quem era aquele idiota para falar assim dela?

— Eu falo o que eu quiser, nem você, nem essa vadia mandam em mim.

Sasuke sentiu o sangue borbulhar em suas veias e apertou os punhos com força, já sentindo uma vontade absurda de acabar com o que aquele garoto chamava de cara, porém, imediatamente, sua expressão encheu-se de surpresa quando escutou o eco de um tapa em seus ouvidos.

Ele arregalou os olhos enquanto observava a garota em sua frente, com a respiração descompassada de raiva e os punhos fechados com força, já Gaara estava com uma das mãos sobre a bochecha e uma expressão em um misto de indignação e surpresa pela atitude da rosada.

Sakura havia lhe dado um tapa bem dado, cujo som fora forte e alto. Todos ao lado estavam surpresos, alguns boquiabertos, outros risonhos.

— Meça suas palavras antes de falar de mim, seu cretino!

Gaara a fuzilou com o olhar.

— Quem você pensa que é para me bater?

— E quem você pensa que é para falar de mim? — ela retrucou.

Era a primeira vez que perdia a paciência dessa forma e sabia que era errado, porém não ia permitir que aquele idiota falasse algo assim dela.

Não, ela não permitiria.

— Eu falo o que eu quiser, vadia, e você vai se arrepender! — ameaçou revidar o tapa, entretanto, sua mão parou abruptamente.

Seu pulso fora apertado com uma força proporcional à raiva de Sasuke, que lhe dirigia um olhar severo.

— Não se atreva a encostar nela ou eu acabo com você. — sua voz saiu fria e pausadamente.

A atmosfera mudou nesse instante, tanto que os alunos ao redor engoliram em seco.

Gaara deu um sorrisinho debochado.

— Dando uma de corajoso para defender a namoradinha? Ótimo. — riu brevemente. — Vai, Uchiha, vai em frente, faça, assim você é expulso do time, da escola ou, quem sabe, volta para o reformatório?

Encarou-o debochado, esperando que ele se rendesse com essas palavras.

Mas o Uchiha não o fez.

— Foda-se o time de futebol, a escola ou a droga do reformatório, por mim, pode ir tudo para o inferno! Se encostar um dedo nela, te farei se arrepender de ter nascido. — ameaçou e deu as costas, enlaçando a mão da garota surpresa e puxando-a para longe dele.

Todos ao redor estavam boquiabertos, nunca viram Sasuke agir daquela forma. Ele nunca defendia alguém daquela maneira, pouco se importando com todo o resto.

Em passos rápidos e com o olhar fixo no caminho, Sasuke seguiu para o portão da escola. A mochila estava nos ombros, balançando a cada passo.

— Sasuke. — ela chamou um pouco antes de chegarem à entrada, e ele parou. Estavam afastados o suficiente de todos, assim evitando que os escutassem.

Sasuke virou-se para ela, já imaginando sobre o que ela falaria. Seus olhos diziam tudo, assim como os dos outros.

— Reformatório?

Ela lhe fitou em um misto de surpresa e indignação, o que Sasuke mais temia. Já bastava todos lhe apontando o dedo, lhe excluindo e cochichando cada vez que ele aprontava algo, agora ela também o faria?

Isso era o que ele menos queria.

— Que história é essa de reformatório? — perguntou, entretanto, não obteve uma resposta.

Sasuke apenas manteve-se calado, e ela percebeu que falar daquilo lhe deixava mal, todavia, ela, como amiga dele, devia saber.

— Você foi para um reformatório? — insistiu, e ele apenas virou-se de frente ao portão, não querendo fitá-la. — Isso explica o que a Ino disse… — sussurrou, pensativa.

— Se for me julgar como todos os outros, vá embora. — Sasuke disse, tristonho.

Ela não acreditaria nele assim como ninguém dali acreditou. Era perda de tempo explicar, sem contar que era melhor que ela afastasse de si, evitaria problemas como o que acabara de acontecer, Sasuke sabia que Gaara só havia feito aquilo para lhe atingir.

Eram de mundos diferentes, uma amizade entre eles não daria certo — Sasuke repetia para si mesmo.

— Eu não vou te julgar, Sasuke, não tenho esse direito e, muito menos, sei o que aconteceu. Seria injusto julgá-lo sem saber seu lado. — as palavras dela pareciam sinceras, e ele agradeceu internamente por isso.

Acalmando-se um pouco, Sasuke voltou a olhar para ela.

— Vamos sair daqui? — ele perguntou.

Não conseguiria ficar na escola naquele dia, não depois daquilo tudo. Estava com raiva dos insultos de Gaara para com Sakura, das provocações para com ele próprio e, acima de tudo, por ele ter contato o que a rosada não sabia.

Ela não precisava ter conhecimento de que o Uchiha havia passado um tempo no reformatório, ela não precisava ter a mesma impressão de si que a maioria dos alunos da escola. Mas, agora era tarde, sorte que ela estava disposta a ouvir seu lado, diferentemente de todos os outros, que apenas o julgavam pelo que achavam que ele era.

— Temos aula. — ela disse enquanto segurava firme uma das alças da mochila, o sinal estava prestes a bater.

— Pode ir então, eu não vou para a aula hoje

... Não consigo. — sussurrou a última parte, sentindo a mente cheia.

Sasuke só queria paz e sumir.

Sakura desviou os olhos para o pátio ainda cheio. Agora, a atenção dos alunos não estava mais nela, o que a Haruno agradecia. Ela hesitou por alguns segundos, pensativa e cogitou a ideia de ir para a aula, mas a mente dela também precisava de descanso. Aquela situação havia sido demasiado estressante.

Matar aula um dia não lhe traria problema.

— Certo, vamos.

Os dois saíram da escola e caminharam algumas quadras, até uma pracinha. O local estava vazio, o que ele agradecia. Eles seguiram para um banco mais isolado, onde uma grande árvore fazia uma sombra e sentaram-se nele.

— Agora, pode me contar… — a rosada disse enquanto observava o semblante indiferente de Sasuke.

Ele era bom em esconder seus sentimentos, mas ela estava começando a entender como desvendá-lo.

— Nas férias, antes de começar o primeiro ano, eu me meti com quem não devia e recusei fazer parte de um esquema... Como vingança, essas pessoas armaram para mim e eu acabei passando algumas semanas das minhas férias no reformatório, até meu pai conseguir que eles me soltassem… Ele é advogado. — deu de ombros como se aquilo não importasse. — Eu nunca tive uma boa reputação na escola, afinal, sempre arrumei confusão, mas, depois disso, tudo piorou. Por um tempo, eu tentei explicar que não tive nada a ver com isso, só que eles não acreditaram. Agora, eu já nem ligo mais. — deu de ombros, voltando a olhar para o chão.

Ele esperava que ela acreditasse nele e como esperava... Porém, se ela não o fizesse, não a culparia.

Ninguém, além de sua família e os três amigos, acreditava mesmo…

— Eu sinto muito, deve ter sido difícil para você. — ela disse, atraindo a atenção dele para si. Os olhos de Sasuke lhe analisavam meio arregalados.

— Você acredita em mim? — perguntou, incrédulo.

— Por que não acreditaria? — respondeu com outra pergunta, e Sasuke sentiu-se imensamente contente nesse instante.

A opinião dela era importante para ele. Muito mais do que ele gostaria de admitir.

— Eu confio em você. — ela sussurrou antes de depositar um beijo em sua bochecha.

E Sasuke não soube dizer com o que ficou mais surpreso.

Se com as palavras sinceras dela ou a sensação dos lábios macios e rosados em sua pele.

Ele desviou os olhos para o lado, sem graça.

Mas estava feliz por isso. E como!


. . .


Ele sabia que ainda estava de castigo, porém Sasuke nunca se importou com isso, por que se importaria quando precisava sair para esfriar a cabeça naquele dia estressante?

Bem, ele não se importava mesmo.

Naquela noite, ele saiu pela janela e seguiu à pé até a casa de Suigetsu, o qual lhe daria uma carona até a pista em que corriam. Ele passou horas naquele lugar, apostando rachas com os amigos e, depois, seguiu para uma festa, onde acabou bebendo um pouco enquanto apenas observava aquele ambiente cheio de pessoas estranhas.

Quando chegou em casa, ele decidiu passar pela porta na esperança de não encontrar ninguém da casa acordado, entretanto, aquela não fora uma boa escolha. Sasuke estava um pouco tonto e, em suas roupas, o cheiro de álcool e cigarro — dos outros — estava impregnado e, para piorar, seus pais e Itachi ainda estavam na sala.

Os pais viam algum filme que passava na televisão, e Itachi mexia em seu notebook.

Talvez, devesse ter demorado mais — Sasuke dizia para si mesmo. Ou, quem sabe, entrado pela janela...

Imediatamente, o semblante sério de Fugaku virou-se para o garoto e ele levantou-se para ficar frente a frente com o filho.

Sasuke suspirou, era só o que lhe faltava. Aquele, definitivamente, estava sendo um péssimo dia…

— Posso saber de onde está vindo? — o homem perguntou, a voz estava séria enquanto os braços estavam cruzados.

Mas o Uchiha mais novo não disse nada, até porque sua cabeça estava latejando.

— Você bebeu? E fumou? — Fugaku estava indignado. — O que deu na sua cabeça?

Ok. Sasuke podia ter dito que ele apenas havia bebido mesmo sabendo que não devia, porém sua cabeça doía tanto que ele não estava afim de conversar com o pai. Ele só precisava de um banho e cair na cama.

Com o pensamento no chuveiro, o Uchiha contornou o pai, mas parou de costas para ele ao ouvir sua voz alta.

— Parado aí, eu ainda não acabei!... Por que é tão difícil para você ficar um dia sem aprontar, Sasuke? Qual o seu problema? Qual a dificuldade em ser como seu irmão?

Ser como seu irmão…

Sasuke virou-se para ele, irritado.

— E qual o problema em eu ser eu mesmo? — retrucou, estava com raiva, chateado, tudo que se imaginar. — Você sempre me compara com ele, — apontou para Itachi, que estava de pé ao lado da mãe. — eu já estou cansado disso.

— Pararia de comparar se você não arrumasse tantos problemas, mas você não faz por merecer.

— Eu nunca faço, claro, nunca fiquei em primeiro lugar nas provas da OHS seis vezes seguidas como Itachi ou tenho as melhores notas da classe como ele tinha na minha idade, não é? — ironizou. Itachi nunca foi de aprontar, porém também não era bom aluno como seu irmão mais novo. — Eu nunca faço nada de bom, não é? Só arrumo problema! — Sasuke gritou, sua respiração estava descompassada por tamanha raiva.

Os olhos dos três fitavam a figura desconcertada do garoto, ambos em silêncio, até Sasuke dar meia volta e subir as escadas.

Tudo que ele menos precisava para finalizar aquele dia era ser comparado com o Irmão Perfeito, mas, se seu pai não o fizesse, não seria seu pai.

Riu sem humor algum ao jogar-se sobre a cama. Odiava essas comparações, odiava os olhares dos outros, odiava tudo.


. . .


— Já está pronta? — Kizashi perguntou ao adentrar o quarto da filha.

Sakura colocava o par de brincos de ouro enquanto olhava seu reflexo no espelho. Estava linda, usando um vestido rosa de alcinhas, cujo comprimento ia um pouco acima do joelho, sua maquiagem era bem leve e os cabelos curtos estavam soltos como sempre. Nos pés, ela usava uma sandália preta com um salto médio.

Ela sorriu para o pai em confirmação, dando uma última olhada em seu reflexo.

— Ótimo. — o homem disse, também sorrindo. — E aula? Como foi hoje? Nem tivemos tempo de conversar mais cedo… — O pai suspirou cansado, e Sakura sentiu seu corpo gelar.

Ela não havia ido na aula…

— Ah, é, foi… Foi normal… — Sakura respondeu, meio desconcertada.

Era péssima em mentiras.

— Está tudo bem? Você ficou pálida de repente. — o homem disse, com as sobrancelhas arqueadas.

— Está sim, só estou com dor de cabeça. — ela mentiu, sem graça.

— Certo… — o homem ainda estava meio desconfiado, mas deixou para lá. — Bem, pegue um remédio para tomar, voltaremos tarde do jantar.

— Certo. — Sakura respondeu e suspirou aliviada quando viu seu pai sair do quarto.

Essa havia sido por pouco…


Assim que terminou de arrumar-se, Sakura desceu as escadas de sua casa e encontrou os pais já prontos na sala. Kizashi usava roupa social: camisa branca de mangas compridas, calça preta e sapatos no mesmo tom, já a mãe usava um longo vestido preto e os cabelos loiros estavam presos em um coque alto.

Eles, então, dirigiram-se ao Mustang parado em frente à porta, no qual Ibiki já encontrava-se ocupando o banco do motorista com seu típico uniforme de trabalho. Em questão de minutos, o veículo já estava estacionado em uma das vagas do estacionamento do restaurante mais caro e chique de Konoha, e a família seguiu para dentro do estabelecimento sofisticado.

Havia diversas mesas redondas espalhadas pelo grande salão, todas cobertas por toalhas de seda. Um dos funcionários do local logo tratou de guiá-los à mesa reservada, onde duas pessoas já encontravam-se sentadas.

Ao verem a família, as duas figuras levantaram-se. Ambos tinham os cabelos ruivos e se pareciam. O mais novo possuía praticamente a mesma idade de Sakura, talvez um ou dois anos a mais, já o mais velho era da idade do casal ali presente. Sakura cumprimentou o senhor Akasuna e em seguida, dirigiu-se ao mais novo ao seu lado, estreitando os olhos enquanto tentava lembrar-se se já o tinha visto.

— Boa noite, Sakura. — o garoto lhe estendeu a mão e, após pegar a dela, levou aos lábios e beijou-a. — Você está bem diferente, principalmente os cabelos. — sorriu simpaticamente.

E, naquele instante, sua memória pareceu funcionar.

— Sasori? — sorriu, tímida. — Você também está bem diferente.

— Sim, afinal, já faz bastante tempo. — ele comentou enquanto ocupavam um lugar ao lado do outro na mesa depois que os adultos fizeram o mesmo.

— Cinco anos? Seis? — ela tentava lembrar-se.

— Cinco anos e meio, para ser exato. — ele sorriu.

Sasori e Sakura se conheceram em uma festa beneficente em Suna, uma cidade mais distante de Konoha. Depois desse dia, no qual trocaram várias palavras, não se viram mais, porém, agora, o pai dele, que, assim como Kizashi, possuía uma rede famosa de joalherias, ia passar um tempo pela cidade e, como era amigo do Haruno, resolveu chamar a ele e sua família para um jantar.

Eles estavam até pensando no lançamento de uma nova coleção de joias em conjunto…

— Está bem bonita, o cabelo rosa combinou mais com você. — ele elogiou, e Sakura sentiu as bochechas corarem de vergonha.

Kizashi observou a cena com atenção e não pôde deixar de sentir-se incomodado, embora o garoto lhe parecesse um bom partido para sua filha.

— Como vai a empresa? — o Haruno resolveu mudar o assunto, dirigindo-se ao pai de Sasori. Kenji Akasuna.

— Muito bem! Estamos com uma nova coleção com diversas pedras preciosas, e acredito que será bem aceita pelo mercado. — o Akasuna disse, sorridente, e Kizashi não pôde deixar de sorrir.

Embora o homem fosse um concorrente seu, não podia deixar de ficar feliz. Eram amigos acima de tudo, desde muito novos, não seriam os negócios que acabaria com aquela amizade.

— E a sua?

— A Golden Age vai bem também, até o meio do ano, lançaremos mais uma coleção de joias também.

— Isso é ótimo!

A conversa fora interrompida pela chegada do garçom para a realização dos pedidos. Os mais velhos pediram vinho, e os mais novos, como não podiam beber, optaram por um suco natural. O prato principal seria Tempura — pedaços fritos, alguns de vegetais, outros de mariscos, envoltos em um polme fino — e não demorou para chegar à mesa junto com as bebidas.

O jantar seguiu tranquilo, os mais velhos falavam de negócios, e os jovens, sobre a vida, principalmente, onde Sasori estudaria, já que passaria um bom tempo na cidade. O garoto, que cursaria o terceiro ano do ensino médio, fora matriculado em um colégio famoso em Konoha, o Konoha Elite School e ficou um tanto quanto decepcionado quando soube que a rosada não estudava lá.

Afinal, ele queria ficar mais perto daquela garota.

Mas ele teria bastante tempo para isso, já que ficaria por um bom tempo em Konoha.

Sim, ele teria.

Sorriu malicioso enquanto ninguém lhe observava.


Notas Finais


E então? Gostaram?
O Gaara é um babaca sim, claro ou com certeza? E sobre o Sasori? O que acharam?
Beijinhos e até o próximo.


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