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História De Repente aconteceu - A parte em que percebo que quero Rukia como minha mulher


Escrita por: Mara-Kuchiki

Capítulo 19 - A parte em que percebo que quero Rukia como minha mulher


Fanfic / Fanfiction De Repente aconteceu - A parte em que percebo que quero Rukia como minha mulher

No capítulo anterior:

Infelizmente a falta de ar me fez interromper o beijo, confesso que eu queria continuar degustando o sabor delicioso dos lábios de Rukia por mais tempo. 

Ela olhou para mim e sorriu, eu dei um beijo em sua testa e achei melhor não falar nada, não queria estragar aquele momento falando alguma besteira.

Eu deitei na cama e Rukia ficou em meus braços. Duas horas depois meu garotão acordou querendo mama. Naquela noite Ichiro não nos deixou dormir muito, mas o pouco de tempo que tive Rukia em meus braços foi maravilhoso, me senti um homem verdadeiramente casado.

A parte em que percebo que quero Rukia como minha mulher

 

— Nossa... o que aconteceu com vocês? Os dois estão com uma cara péssima, parecem mortos vivos.   – diz o idiota do Renji.

— Fala isso porque não foi você quem passou boa parte do tempo amamentando o Ichiro. – Rukia estava tão exausta, acho que isso explica ela ter ignorado Renji lhe chamar de zumbi.

— Ichigo também dá de mamar para o bebê? Porque ele parece bem mais acabado que você.  – fala com certa ironia que me deixou maluco.

— Como é, seu idiota? – Se Renji não estivesse com meu filho no colo ele ia ver só uma coisa.

— Ih, que estressado. Só estava brincando. – se faz de vitima, é um cretino mesmo.

— Olha para minha cara e veja como estou de humor pra gracinhas. – se cara feia matasse, Renji já estaria caído no chão.

— Que estressado. – ele murmurou. Eu ia abrir a boca para falar algo, mas Rukia falou primeiro.

— Não fiquem brigando com seu filho no meio, seus idiotas, senão vou quebra suas caras. – fala raivosa.

— Não. Deixa ele mais um pouquinho em meu colo. É tão bonitinho seu filho, Rukia. – até que fim esse bobão falou algo que presta.

— Ele é mesmo. Olha essa mãozinha. – fala Rukia toda boba segurando na mão de Ichiro.

— Meu taichou disse que ele era muito bonitinho, uma pena que se parecia com o moleque imundo do Kurosaki Ichigo. – que ódio me deu ouvir isso, mas...

— Nii-sama fala isso, porque não gosta do Ichigo. O que mais acho fofo no meu garotinho é ele se parecer com o pai.

Oi? Eu ouvi direito? Rukia disse mesmo o que penso ter ouvido? Normalmente ela apoiaria o irmão e ainda zoaria com minha cara. O que ta acontecendo? Mas não seria agora que pensaria a respeito, pois Ishida, Inoue, Tatsuki e Keigo acabaram de entrar em meu quarto. Mais visitas para Ichiro. Quando isso vai acabar? Aff.

— Ichigo, o moleque é sua cara! – exclama o idiota do Keigo.

— Lógico, eu que sou o pai. Seria estranho se parecesse com você ou Renji.

— O que importa é ele ter saúde, né. — que vontade de esganar esse cretino.

— Ta querendo dizer o que com isso? – peguei em seu colarinho, mas Rukia zangou-se comigo e tive que soltá-lo. Tsc, a parte ruim de ter recém-nascido em casa é essas visitas chatas. Ainda não tive um tempo a sós com meu filho e Rukia.

A noite passada? Isso não conta, porque quando Ichiro não estava dormindo, ele estava mamando ou cagando. Queria ficar durante o dia com eles sem ter ninguém perturbando.

Ok, sei que isso é egoísmo e eu deveria me sentir privilegiado por ter amigos e familiares que me amam e estão felizes com o nascimento do meu filho. Eu sou um imbecil mesmo. Vou tentar me controlar.

— Não façam barulho senão vai assustar meu bebê seus dois idiotas. – Rukia estava com muita raiva e eu achei melhor me calar para não sobrar para mim.

— Desculpe, Kuchiki-san. – disse o bobão do Keigo com o rabinho entre as pernas.

— Parabéns pelo bebê, vocês fizeram um bom trabalho. – fala Tatsuki. Eu fiquei todo vermelho com o comentário nada inocente dela, já Rukia acho que nem entendeu ao julgar pelo sorriso em sua cara.

— Muito lindo mesmo. Parabéns! – Disse Ishida com um meio sorriso no rosto.

— Ishida-kun, quando vamos poder ter um bebê também? – a estabanada da Inoue deixou seu noivo todo vermelho. Eu ri, esses dois formam um casal bonitinho.

Depois que eu relaxei e decidi ignorar meus ciúmes, passei uma tarde agradável na companhia de meus amigos. Eles brigavam entre si para segurar Ichiro e eu só ficava pensado que se esse garoto pegar manha eu e Rukia que vamos ter que aturar, mas por outro lado me deixava feliz ver meus amigos curtindo Ichiro.

Meus amigos, família, Rukia e meu filho. O que mais um cara pode esperar da vida? Eu sou feliz.

Ao anoitecer...

Estava sentado na cama lendo um livro, ok, eu fingia ler. Esperava Rukia vir deitar, tinha esperanças de ela me beijar novamente. Não que eu queira ser beijado, mas não ia ser tão ruim assim.

Rukia tinha acabado de sair do banho, ela abriu o armário e pegou um vidro de remédio e tomou. Fiquei intrigado com aquilo, não me recordo do medico ter lhe passado remédio algum, já que ela “milagrosamente” ficou curada.

— O que está tomando? – minha curiosidade falou mais alto.

— É um remédio que seu pai me deu, ele disse que é para dar mais leite no peito. – na hora senti que havia armação de meu pai, sempre tem.

— Posso ver? – ela me entregou o vitro e confesso que fiquei surpreso quando descobri para que servia aquele remédio.

Anticoncepcional. Era o que dizia na embalagem. Eu até fiquei feliz com a preocupação dele, mas ao ritmo que vai meu casamento com Rukia nós só vamos ter outro filho quando Ichiro se formar na faculdade ou a gente tomar outro porre.

— É bom mesmo esse remédio? – ela perguntou assim que devolvi o vidro. Fiquei sem saber o que fazer. Se falasse a verdade para Rukia, ela ficaria me enchendo de perguntas que tenho certeza que seriam constrangedoras.

— Muito. – resolvi entrar no jogo do meu pai.

Rukia guardou o vidro, deu uma ultima olhada em Ichiro, apagou a luz e se deitou ao meu lado. Desta vez não teve beijo, ela apenas me abraçou quando se ajeitou na cama.

Decepcionado, eu? Lógico que não. Por que eu ficaria? Aff.

Não levou muito tempo para Rukia pegar no sono, ela estava bem cansada. Noite passada, não dormimos bem e hoje o dia foi tumultuado com as visitas.

A abracei, dei um beijo em sua testa e tratei de dormir também, logo meu filho acordaria querendo mamar e adivinha quem vai ter que se levantar para pegá-lo no berço?

•••

Dois meses depois...

— Muito obrigada por me trazer em casa, Kurosaki-san. – fala uma linda jovem que trabalha comigo. Onde essa linda jovem entra nessa historia? Eu explico.

Quando estava saindo da empresa onde trabalhava, Kaori, a tal da bela jovem que lhe falei, me ligou pedindo minha ajuda no escritório de um cliente. Ela foi instalar uns programas nos computadores e acabou tendo dificuldade e foi eu socorrê-la. A coisa estava tão complicada que demorou bem mais que esperava e como já passava das onze da noite, ela me pediu para acompanhá-la até sua casa e eu não tive como rejeitar.

Kaori não é apenas uma amiga, nós já ficamos algumas vezes. Isso foi antes de me casar com Rukia. Nada muito sério, mas confesso que ela me atraia e muito. É bonita e eu não tinha compromisso com ninguém, então para minha idade era algo natural.

Entretanto, mesmo depois que me casei Kaori já me chamou para sair algumas vezes. Ela disse não se importar de eu ser casado. Eu sempre a evito, ela trabalho comigo e não quero ter problemas com uma pessoa que passo boa parte do tempo ao lado.

Mas confesso que não é nada fácil rejeitar uma mulher tão linda. Vai fazer um ano que estou casado com Rukia e nossa relação continua na mesma. Eu queria muito ter uma vida de casal normal, mas Rukia é bipolar. Tem dias que ela é carinhosa, me beija e até parece gostar de mim e em outros reclama se eu encostar nela quando se deita ao meu lado para dormir.

Sei que muito de seu estresse se deve as noites mal dormidas e a fadiga de dias praticamente trancados em casa com Ichiro. Rukia não está acostuma a viver assim. Então a única coisa que me resta é tentar compreendê-la, afinal de contas ela ficou com a pior parte nessa relação.

Não que cuidar de meu filho seja ruim, pelo contrário. Meu garoto ta ficando cada vez mais bonito e fofo. Mas como eu trabalho e estou terminando o ultimo período na faculdade, é ela quem troca fralda, dá banho, amamenta e fica com todos esses processos cansativos da maternidade.

Voltando a minha linda colega de trabalho...

— Imagina, não ia deixá-la vir sozinha já sendo tão tarde. – Dei as costas e disse: Boa noite! — porém voltei a fitá-la quando escutei o que Kaori disse.

— Não quer subir? Prometo que não vai se arrepender. – ela disse com uma voz tão sexy que chegou dar um friozinho em minha espinha. Eu sou homem e tenho minhas necessidades, mas...

— Eu preciso ir, minha mulher e filho estão esperando em casa. – Rukia e Ichiro são tudo pra mim. Eles estão acima de qualquer coisa, até mesmo meus desejos.

— Não parece que é feliz nesse casamento, Kurosaki-san. Acho que um pouco de emoção vai te fazer bem e eu posso ajudá-lo. – ela chegou próximo a mim e tentou me dar um beijo na boca, virei o rosto e segurei em suas mãos a afastando.

— O que você ta falando?

— Do que percebo. O pouco que convivo com você já aprendi a ler suas expressões, gestos corporais e desde que se casou vejo que é infeliz, que tem algo te incomodando. Não to pedindo que deixe sua esposa para ficar comigo, não quero um relacionamento. Eu me divertia com você e não acho que uma coisa tão gostosa quanto a que rolava entre nós precisar acabar.

— Não sabe do que tá falando.

— Não é feliz em seu casamento. Fato. Pra que negar isso, Kurosaki-san?

— Minha vida conjugal não te diz respeito. – tive que se grosso, pois percebi que Kaori continuaria insistindo até conseguir o que quer.

— Não se sente mais atraído por mim? – ela parecia magoada, ou apenas com o ego ferio. Vai saber.

— Já está entregue. Boa noite! – dei as costas e segui meu caminho, preferindo não a responder.

Kaori era linda. O tipo de mulher que qualquer homem desejaria levar para cama, o único defeito é que ela tinha era que... Não era Rukia. Por mais que sentisse desejos e necessidade de fazer amor, ou sexo, não seria com qualquer garota bonita que se jogasse em meus braços, eu quero... Rukia. É nela que penso quando me imagino fazendo amor com alguém. É a imagem da noite em que meu filho foi concebido que vem em minha mente e isso me fez pensar: talvez meus sentimentos por Rukia não seja mais só de amigos.

Confesso que essa constatação me deixou pensativo. Será que estava na hora de conversar com Rukia sobre nossa situação e tentar descobrir o que ela sente por mim também?

Quando cheguei em casa, Rukia estava dormindo. Olhei no berço e Ichiro também dormia tranquilamente. Passei o dia todo fora, senti falta do meu garotão, minha vontade era de pegá-lo nos braços, beijar e abraçar esse garoto fofo, mas Rukia me mataria se o acordasse.

Abri o armário, peguei uma muda de roupas e toalha sem fazer barulho, não queria acordar Rukia e meu filho. Fui tomar um banho, depois de um dia cheio estava precisando relaxar. 

Minutos depois...

Entrei no quarto na ponta dos pés para não acordar ninguém, acendi a luz para guardar minhas coisas. Quase morri de susto ao ver Rukia me olhando.

— Demorou, Ichigo. Aconteceu alguma coisa?— disse se sentando na cama

— Desculpe te acordar, não foi minha intenção. – eu me senti estranho. Parecia que tinha feito algo de errado, o que não foi o caso, mas ainda assim a situação com Kaori foi bem estranha.

— Não me acordou. Você demorou muito, se tivesse chegado alguns minutos mais cedo teria pegado Ichiro acordado

— Verdade? Uma pena. Tive que fazer alguns trabalhos extras, desculpe, deveria ter avisado.

— Não se preocupe que logo ele acorda querendo mamar.  – fala sorridente, apesar de sua face aparentemente cansada. Tadinha de Rukia, acho que ela nunca imaginou como é trabalhoso cuidar de um bebê.

— Rukia... – achei que seria um bom momento para conversar com ela sobre nossa relação, apesar de já ser mais de meia noite ela parecia estar de bom humor.

— Humm... — olhou para mim. Eu puxei a cadeira que ficava próxima à escrivaninha e me sentei de frente para ela, que estava na cama também sentada.

Abri e fechei a boca algumas vezes querendo falar o que sentia e perguntar como ela se sentia também, mas na teoria a coisa era bem mais fácil que na pratica e eu parecia não encontrar palavras certas.

— O que foi? Fala logo o que quer. – Rukia não é muita paciente e já se estressa com a enrolação que estava fazendo.

— Você pensa o que sobre tudo isso? – ok, não foi exatamente isso que queria dizer, me enrolei todo e naquele momento e só torcia para Rukia ter entendido o que queria dizer, para não ser preciso me explicar.

— Tudo isso? Do que ta falando, Ichigo? Não vai me dizer que andou bebendo? – como imaginei, ela não entendeu nada. Que droga. Vamos nós outra vez.

— Lógico que não. Nunca mais coloco bebida alcoólica em minha boca. A última vez que fiz isso eu... – me calei ao perceber os olhos arregalados de Rukia sobre os meus. Já disse que não sou bom com as palavras e quando estou nervoso as coisas só pioram.

Ela abaixou a cabeça, mexeu nos dedos e voltou a olhar para mim. Eu confesso que não conseguia entender que expressão era aquela no rosto de Rukia, mas em seus olhos tinha um brilho diferente, algo que não sei precisar se era bom ou ruim, mas que fez meu coração acelerar no peito.

— Ichigo você...

Continua...

No capítulo anterior:

Infelizmente a falta de ar me fez interromper o beijo, confesso que eu queria continuar degustando o sabor delicioso dos lábios de Rukia por mais tempo. 

Ela olhou para mim e sorriu, eu dei um beijo em sua testa e achei melhor não falar nada, não queria estragar aquele momento falando alguma besteira.

Eu deitei na cama e Rukia ficou em meus braços. Duas horas depois meu garotão acordou querendo mama. Naquela noite Ichiro não nos deixou dormir muito, mas o pouco de tempo que tive Rukia em meus braços foi maravilhoso, me senti um homem verdadeiramente casado.

A parte em que percebo que quero Rukia como minha mulher

 

- Nossa... o que aconteceu com vocês? Os dois estão com a cara péssima, parecem mortos vivos.   – diz o idiota do Renji.

- Fala isso porque não foi você quem passou boa parte do tempo amamentando Ichiro. – Rukia estava tão exausta, acho que isso explica ela ter ignorado Renji lhe chamar de zumbi.

- Ichigo também dar de mamar para o bebê? Por que ele parece bem mais acabado que você.  – fala com uma certa ironia que me deixou maluco.

- Como é, seu idiota? – Se Renji não estivesse com meu filho no colo ele ia ver só uma coisa.

- Ih, que estressado, só estava brincando. – se faz de vitima, é um cretino mesmo.

- Olha para minha cara e veja como estou de humor pra gracinhas. – se cara feia matasse Renji já estaria caído duro no chão.

- Que estressado. – ele murmurou. Eu ia abrir a boca para falar algo, mas Rukia falou primeiro.

- Não fiquem brigando com seu filho no meio, seus idiotas, senão vou quebra suas caras. – fala raivosa e tenta pegar meu filho de Renji.

- Desculpe. Deixa ele mais um pouquinho em meu colo. É tão bonitinho seu filho, Rukia. – até que fim esse bobão falou algo que presta.

- Ele é mesmo. Olha essa mãozinha. – diz Rukia toda boba segurando na mão de Ichiro.

- Meu taichou disse que ele era muito bonitinho, uma pena que se parecia com o moleque imundo do Kurosaki Ichigo. – que ódio me deu ouvir isso, mas...

- Nii-sama fala isso porque não gosta do Ichigo. O que acho mais  fofo no meu garotinho é ele se parecer com o pai.

Oiii? Eu ouvir direito? Rukia disse mesmo o que penso ter ouvido? Normalmente ela apoiaria o irmão e ainda zoaria com minha cara. Que está acontecendo? Mas, não seria agora que pensaria na respeito, pois Ishida, Inoue, Tatsuki e Keigo acabaram de entrar em meu quarto. Mais visitas para Ichiro. Quando isso vai acabar? Aff.

- Ichigo o moleque é sua cara! – exclama o idiota do Keigo.

- Logico, eu quem sou o pai. Seria estranho se parecesse com você ou Renji.

- O que importa é ele ter saúde né. –  que vontade de esganar esse cretino.

- Ta querendo dizer o que com isso? – peguei em seu colarinho, mas Rukia zangou comigo e tive que salta-lo. Tsc, a parte ruim de ter recém-nascido em casa é essas visitas chatas, ainda não tive um tempo a sós com meu filho e Rukia.

A noite passada? Isso não conta porque quando Ichiro não estava dormindo ele estava mamando ou cagando. Queria ficar durante o dia com eles sem ter ninguém perturbando.

Ok, sei que isso é egoísmo e eu deveria me sentir privilegiado por ter amigos e familiares que me amam e estão felizes com o nascimento do meu filho. Eu sou um imbecil mesmo. Vou tentar me controlar.

- Não façam barulho senão vai assustar meu bebê seus dois idiotas. – Rukia estava com muita raiva e eu achei melhor me calar para não sobrar para mim.

- Desculpe, Kuchiki-san. – disso o bobão do Keigo com o rabinho entre as pernas.

- Parabéns pelo bebê, vocês fizeram um bom trabalho. – fala Tatsuki. Eu fiquei todo vermelho com o comentário nada inocente dela, já Rukia, acho que nem entendeu ao julgar pelo sorriso em sua cara.

- Muito lindo mesmo. Parabéns! – Disse Ishida com um meio sorriso no rosto.

- Ishida-kun, quando vamos poder ter um bebê também? – a estabanada da Inoue deixou seu novo todo vermelho, eu ri. Esses dois formam um casal bonitinho.

Depois que eu relaxei e decidi ignorar meus ciúmes, passei uma tarde agradável na companhia de meus amigos. Eles brigavam entre si para segurar Ichiro e só ficava pensado que se esse garoto pegar manha eu e Rukia quem vamos ter que aturar, mas por outro lado me deixava feliz ver meus amigos curtido Ichiro.

Meus amigos, família, Rukia e filho, o que mais um cara pode esperar da vida? Eu sou feliz.

Ao anoitecer...

Estava sentado na cama lendo um livro, ok, eu fingia ler. Esperava Rukia vir deitar, tinha esperanças dela me beijar novamente. Não que eu queira ser beijado, mas, não ia ser tão ruim assim.

Rukia havia acabado de sair do banho, ela abriu o armário e pegou um vidro de remédio e tomou, fiquei intrigado com aquilo, não me recordo do medico ter lhe passado remedia algum já que ela “milagrosamente” ficou curada.

- O que estar tomando? – minha curiosidade falou mais alto.

- É um remédio que seu pai me deu, ele disse que é para dar mais leite no peito. – na hora senti que havia armação de meu pai, sempre tem.

- Posso ver? – ela me entregou o vitro e confesso que fiquei surpreso quando descobri para que servia aquele remédio.

Anticoncepcional. Era o que dizia na embalagem. Eu até fiquei feliz com a preocupação dele, entretanto ao ritmo que vai meu casamento com Rukia nós só vamos ter outro filho quando Ichiro se formar na faculdade ou a gente tomar outro borre.

- É bom mesmo esse remédio? – ela disse assim que devolvi o vidro. Fiquei sem saber o que fazer. Se falasse a verdade para Rukia, ela ficaria me enchendo de perguntas que tenho certeza que seriam constrangedoras.

- Muito. – resolvi entrar no jogo do meu pai.

Rukia guardou o vidro, deu uma ultima olhada em Ichiro, apagou a luz e se deitou ao meu lado. Desta vez não teve beijo, ela apenas me abraçou quando se ajeitei na cama.

Decepcionado eu? Logico que não. Por que eu ficaria? Aff. Ok! Talvez tenha ficado um pouquinho.

Não levou muito tempo para Rukia pegar no sono, ela estava bem cansada. Noite passada não dormimos bem e hoje o dia foi tumultuado com as visitas.

A abracei, dei um beijo em sua testa e tratei de dormir também, logo meu filho acordaria querendo mama e adivinha quem vai ter que se levantar para pega-lo no berço?

•••

Dois meses depois...

- Muito obrigada por me trazer em casa, Kurosaki-san. – fala uma linda jovem que trabalha comigo. Onde essa linda jovem entra nessa historia? Eu explico.

Quando estava saindo da empresa onde trabalhava Kaori, a tal da bela jovem que lhe falei, me ligou pedindo minha ajuda no escritório de um cliente. Ela foi instalar uns programas nos computadores e acabou tendo dificuldade. E lá foi eu socorre-la.

A ciosa estava tão complicada que demorou bem mais que esperava e como já passava das onze da noite ela me pediu para acompanha-la ate sua casa e eu não tive como rejeitar.

Kaori não é apenas uma amiga, nós já ficamos algumas vezes, isso foi antes de me casar com Rukia, nada muito serio, mas confesso que ela me atraia e muito, é bonita e eu não tinha compromisso com ninguém então para minha idade era algo natural.

Porém, mesmo depois que me casai, Kaori já me chamou para sair algumas vezes, ela disse não se importar por eu ser casado, eu sempre a evito, ela trabalho comigo e não quero ter problemas com uma pessoa que passo boa parte do tempo ao seu lado.

Mas confesso que não é nada fácil rejeitar uma mulher tão linda. Vai fazer um ano que estou casado com Rukia e nossa relação continua na mesma, eu queria muito ter uma vida de casado normal, mas Rukia é bipolar, tem dias que ela é carinhosa, me beija e até parece gostar de mim e em outros reclama se eu encostar-se a ela quando se deita ao meu lado para dormir.

Sei que muito de seu estresse se deve as noites mal dormidas e à fadiga de dias praticamente trancados em casa com Ichiro. Rukia não está acostuma a viver assim. Então á única coisa que me resta é tentar compreende-la, afinal de contas, ela ficou com a pior parte nessa relação.

Não que cuidar de meu filho seja ruim, pelo contrario, meu garoto ta ficando cada vez mais bonito e fofo. Todavia como eu trabalho e estou terminando o ultimo período na faculdade, é ela quem troca fralda, dar banho, amamenta e fica com todos esses processos cansativos da maternidade.

Voltando a minha linda colega de trabalho...

- Imagina, não ia deixa-la vir sozinho já sendo tão tarde. – Dei as costas e disse: Boa noite! – porem voltei a fita-la quando escutei o que Kaori disse.

- Não quer sumir? Prometo que não vai se arrepender. – ela disse com uma voz tão sexy que chegou dar um friozinho em minha espinha. Eu sou homem e tenho minhas necessidades, mas...

- Eu preciso ir, minha mulher e filho estão esperando em casa. – Rukia e Ichiro são tudo pra mim, eles estão acima de qualquer coisa ate mesmo meus desejos.

- Não parece que é feliz nesse casamento, Kurosaki-san. Acho que um pouco de emoção e diversão vão te fazer bem e eu posso ajuda-lo. – ela chegou próximo a mim e tentou me dar um beijo na boca, virei o rosto e segurei em suas mãos a afastando.

- O que você ta falando?

- Do que percebo. O pouco que convivo com você já aprendi a ler suas expressões, gestões corporais e desde que se casou vejo que é infeliz, que tem algo te incomodando. Não to pedindo que deixe sua esposa para ficar comigo, não quero um relacionamento. Eu me divertia com você e não acho que uma coisa tão gostosa que rolava entre nós precisar acabar.

- Não sabe do que ta falando.

- Não é feliz em seu casamento. Fato. Pra que negar isso, Kurosaki-san?

- Minha vida conjugal não te diz respeito. – tive que ser grosso, pois percebi que Kaori continuaria insistindo ate conseguir o que queria.

- Não se sente mais atraído por mim? – ela parecia magoada, ou apenas com o ego ferido, vai saber.

- Já está entregue. Boa noite! – dei as costas e segui meu caminho preferindo não a responder.

Kaori era linda, o tipo de mulher que qualquer homem desejaria levar para cama, o único defeito que ela tinha era que... Não era Rukia. Por mais que sentisse desejos e necessidade de fazer amor, ou sexo, não seria com qualquer garota bonita que se jogasse em meus braços, eu quero... Rukia, é nela que penso quando me imagino fazendo amor com alguém. É a imagem da noite em que meu filho foi concebido que vem em minha mente e isso me fez pensar: talvez meus sentimentos por Rukia não seja mais só de amigos.

Confesso que essa constatação me deixou pensativo. Será que estava na hora de conversar com Rukia sobre nossa situação e tentar descobrir o que ela sente por mim também?

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Quando cheguei em casa, Rukia estava dormindo. Olhei no berço e Ichiro também dormia tranquilamente. Passei o dia todo fora, senti falta do meu garotão, minha vontade era de pega-lo nos braços, beijar e abraçar esse garoto fofo, mas Rukia me mataria se o acordasse.

Abri o armaria, peguei uma muda de roupas e toalha sem fazer barulho, não queria acordar Rukia e meu filho e fui tomar um banho. Depois de um dia cheio estava precisando relaxar. 

Minutos depois...

Entrei no quarto na ponta dos pés para não acordar ninguém, acendi a luz para guarda minhas coisas e quase morri de susto ao ver Rukia me olhando.

- Demorou, Ichigo. Aconteceu alguma coisa?- disse se sentando na cama

- Desculpe te acordar, não foi minha intenção. – eu me senti estranho,  parecia que tinha feito algo de errado, o que não foi o caso, mas ainda assim a situação com Kaori foi bem estranha.

- Não me acordou, você demorou muito, se tivesse chagado alguns minutos mais cedo teria pego Ichiro acordado

- Verdade? Uma pena. Tive que fazer alguns trabalhos extras, desculpe, deveria ter avisado.

- Não se preocupe que logo ele acorda querendo mamar.  – fala sorridente apesar de sua face aparentemente cansada. Tadinha de Rukia, acho que ela nunca imaginou como é trabalhoso cuidar de um bebê.

- Rukia... – achei que seria um bom momento para conversar com ela sobre nossa relação, apesar de já ser mais de meia noite ela parecia está de bom humor.

- Humm... -  olhou para mim. Eu puxei a cadeira que ficava próxima a escreveria e me sentei de frente para ela que estava na cama também sentada.

Abri e fechei a boca algumas vezes querendo falar o que sentia e perguntar como ela se sentia também, mas na teoria a coisa era bem mais fácil que na pratica e eu parecia não encontrar palavras certas.

- O que foi? Fala logo o que quer. – Rukia não é muito paciente e já se estressa com a enrolação que estava fazendo.

- Você pensa o que sobre tudo isso? – ok, não foi exatamente isso que queria dizer, me enrolei todo e naquele momento só torcia para Rukia ter entendi o que queria dizer para não ser preciso me explicar.

- Tudo isso? Do que ta falando, Ichigo? Não vai me dizer que andou bêbedo? – como imaginei, ela não entendeu nada. Que droga. Vamos nós outro vez.

- Logico que não. Nunca mais coloco bebida alcoólica em minha boca, á ultima vez que fiz isso eu... – me calei ao perceber os olhos arregalados de Rukia sobre os meus. Já disse que não sou bom com as palavras né? E quando estou nervoso as coisas só pioram.

Ela abaixou a cabeça, mexeu nos dedos e voltou a olhar para mim. Eu confesso que não conseguia entender que expressão era aquela no rosto de Rukia, mas em seus olhos tinha um brilho diferente, algo que não sei precisar se era bom ou ruim, mas que fez meu coração acelerar no peito.

- Ichigo você...

Continua...


Notas Finais


Queridos é possível que encontre alguns erros de gramatica, pois o capítulo ainda não foi revisado e eu quis postar assim mesmo para não atrasar a postagem novamente. Desculpe por isso.

O que acharam? Por favor, comentem.

Deixando aqui o link das duas one que escreve esses dias. É pós final do manga. Leia primeiro – Sem Luar - https://spiritfanfics.com/historia/sem-luar-8090181. E depois – Sem Você - https://spiritfanfics.com/historia/sem-voce-8157828

PS: Esse capítulo já foi revisado pela Adolf0.


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