História De volta a casa, ao East Blue. - Este sentimento mudou-me. Um beijo travado

Luffy:            AHHHHHHHHHHHH! Quando é que vai parar de chover?

Não para de chover há uma semana e Luffy estava cada vez mais aborrecido. Zoro estava treinar enquanto estava de vigia no Ninho do Corvo, Franky e Usopp estavam nas docas a trabalhar, Robin lia no quarto juntamente com Nami que consultava os livros da última ilha onde ancoraram para desenhar o seu mapa, Sanji estava na cozinha preparando o almoço, Chopper estava no seu consultório a preparar as suas Rumble Ball, Brook tocava música para alegrar o pessoal e Luffy bem … estava sendo o Luffy nos dias de chuva, aborrecido e com a cara colada na mesa da cozinha resmungando.

             Nami Pov

Robin fechou o livro grosso que estava ler e olhou para mim com cara de gozo.

Robin: Então navegadora-san?

Nami: O que foi Robin?

Robin: Quando vais resolver aquele assunto com o Capitão-san? – Corei. – Desde que retornamos ao Sunny-go que tentas não o encarar ou ficar sozinha com ele.

Nami: E-eu … n-na-não sei do que estás a falar, Robin. – Tentava agir da forma mais natural possível mas era cada vez mais complicado com aquele olhar que ela me lançava.

Robin: Se eu fosse a ti fala com ele, quanto mais adiares será pior. Vais arrepender-te aliás … acho que ele quer falar contigo. Ele está a ouvir a conversa há algum tempo. – O quê? O Luffy ouviu a conversa? Agora que penso nisso, os berros de frustração de Luffy deixaram-se de ouvir há alguns minutos. Espero que ele não perceba do que estamos a falar. - Vou buscar café à cozinha, não se esqueça de usar preservativo.

Nami: Prese … O quê? Robin! – Gritei totalmente corada. – Eu nem sequer gosto dele, ele é apenas um puto infantil e idiota. Porque haveria de gostar dele …?

A verdade é que gosto e se a Robin percebeu, é porque estou a dar muito nas vistas. Desde que o irmão dele morreu e eu não estava lá que sinto um sentimento de culpa por não o ajudar quando ele mais precisava e logo esse sentimento se tornou em remorsos e o medo de o encarar, pelo menos era o que pensava nestes últimos dois anos.

Naquele dia em que nos vimos pela primeira vez em dois anos deixou-me completamente louca, ele estava mais forte, mais bonito e a sua camisa antes apertada estava totalmente aberta mostrando os seus abdominais bem definidos. Desde então que não o consigo encarar, nem quando descemos à Ilha dos Tritões, nem em Punk Hazard, nem em Dress Rosa … e uma coisa a Robin tem razão, vai ser mais complicado explicar o que sinto por ele e isso pode acabar com a nossa amizade.

Robin: Pense bem no assunto, se gosta dele não pode deixar fugir … ouvi falar numa Imperatriz Pirata que anda caidinha por ele. – Senti o meu coração mais acelerado e um sentimento de raiva percorreu-me o corpo.

Nami: Ahh … - Levantei-me e virei-me de costas para ele com os braços cruzados e com ar de superior- E depois? Já disse que não quero nada com o L-Luffy. Essa Imperatriz de Merda que fique com ele … - Engoli um seco.

Robin: Sério? Fica sabendo que preparei o Luffy para este momento. – Robin abriu a porta e um garoto de Chapéu de Palha caiu de cara no chão. Luffy cruzou as pernas e colocou o seu chapéu na cabeça que caíra com o impacto no chão. – Oi Capitão-san. Acho que a Navegadora-san tem algo para lhe falar.

Nami: R-ROBIIIN!! – Gritei corada.

Luffy: Sério? Shishishi! Pensava que a Nami estava zangada comigo.

Robin sorriu e saiu deixando-nos sozinhos, maldita Robin … se eu a apanho, vou parti-la em dois. Sentei-me no sofá do “Jardim Secreto” e encarei Luffy nos olhos como não fazia há dois anos.

Luffy: Nami. Antes de dizeres o que queres … - Luffy aproximou-se e deitou-se no sofá, colocando as mãos na nuca, o seu chapéu cobria-lhe os olhos, dando-lhe um ar mais assustador. - … porque estás a evitar-me? Sempre que eu apareço tu simplesmente sais do local sem dizer nada e evitas olhar para mim. O que se passa?

Nami: Gomen Luffy é que … eu não … eu não te consigo encarar sabendo que no único momento em precisaste do meu apoio, eu não estive lá.

Luffy: Mentira … isso é mentira, já esclareci isso contigo e com todos os outros … agora fala a verdade, nakama devem partilhar tudo uns com os outros.

Nami: Nakama, né? É isso que eu sou para ti, apenas uma nakama como qualquer outro … eu não te consigo encarar porque já não sei ver-te como um simples nakama. Eu sinto …

Luffy: Sentes algo que mexe contigo e com o teu coração.

Nami: Como é que sabes?

Luffy: Sinto o mesmo que tu. – Sorriu e levantou-se. – Eu … gosto de ti.

Nami: Sabes o que isso quer dizer?

Luffy: Eu não sou tão idiota assim, Nami! – Suspirei. – Quer tomar banho comigo?

 Nami: B-banho contigo? – Luffy sorriu, ele é mesmo inocente mas foi por isso mesmo que aceitei. – Sim, vou buscar umas toalhas. Vai andando.

Peguei numas toalhas e entrei no banheiro, Luffy já estava dentro da banheira e as suas roupas estavam espalhadas pelo chão. Pena né? Não me importava de o ver pelado antes de entrar. QUAL É? UMA MULHER TEM O DIREITO DE PENSAR NISSO!

Tirei as minhas roupas e entrei na banheira, sentei-me ao lado de Luffy e coloquei a minha cabeça no seu ombro. Luffy respondeu com um beijo nos meus cabelos ruivos.

Nami: Ei Luffy. Porque querias tomar banho comigo?

Luffy: Nada de especial. – Corou. – É que … - Luffy não terminou a frase, interrompeu-se a si próprio e mergulhou na água voltando a cima segundos depois. – Queria desabafar … sobre o Ace.

Ficamos ali a conversar durante meia hora até abracei que as lágrimas caíram do seu rosto e abracei-o, os nossos corpos estavam colados e foi aí que me lembrei … DROGA! ESTAMOS NUS E OS NOSSOS CORPOS ESTÃO COLADINHOS UM AO OUTRO. QUE VERGONHA mas mesmo assim não parei de o abraçar.

                        Luffy Pov

Conseguia sentir os seus seios junto do meu peito e corei ao perceber-me que estávamos nus. Olhei para o seu rosto e ela para o meu, coloquei-lhe a madeixa ruiva que tinha na frente do olho por detrás da orelha e estava pronta para a beijar quando a porta se abre …