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História De volta ao passado - Copa


Escrita por: samlsp

Capítulo 3 - Copa


Harry teve a sensação de que acabara de se deitar para dormir no quarto de Rony quando foi acordado pela Sra. Weasley.

– Hora de levantar, Harry, querido – sussurrou ela, se afastando para acordar Rony. Harry tateou à procura dos óculos, colocou-os e se sentou. Ainda estava escuro lá fora. Rony resmungou alguma coisa quando a mãe o acordou. Aos pés do seu colchão, Harry viu duas formas grandes e desgrenhadas emergindo de um emaranhado de cobertas.

– Já está na hora? – exclamou Fred tonto de sono. Os garotos se vestiram em silêncio, demasiados sonolentos para falar, depois, bocejando e se espreguiçando, os quatro desceram as escadas rumo à cozinha. A Sra. Weasley estava mexendo o conteúdo de um grande tacho em cima do fogão, enquanto o Sr. Weasley, sentado à mesa, verificava um maço de grandes bilhetes de entrada em pergaminho. Ergueu os olhos quando os garotos chegaram e abriu os braços para eles poderem ver melhor suas roupas. Vestia algo que parecia uma suéter de golfe e jeans muito velha, ligeiramente grandes para ele, seguras por um grosso cinto de couro.

– Que é que vocês acham? – perguntou ansioso.– Temos que ir incógnitos: estou parecendo um trouxa, Harry?

 – Está – aprovou Harry sorrindo – muito bom.

– Onde estão Gui, Carlinhos e Per-Per-Percy? – perguntou Jorge, incapaz de reprimir um enorme bocejo.

– Ora, eles vão aparatar, certo? – disse a Sra. Weasley, carregando um panelão para cima da mesa e começando a servir o mingau de aveia nos pratos fundos. – Logo, eles podem dormir mais um pouco.

Essa foi a primeira vez que Harry quase não resistiu a tentação de dizer que sabia aparatar só para também poder dormir um pouco mais, mas sabia que não era viável dizer que ele um garoto de 14 anos já sabia aparatar.

– Então eles ainda estão na cama? – concluiu Fred mal-humorado, puxando um prato de mingau para perto. – Por que não podemos aparatar também?

– Porque ainda são menores e ainda não prestaram o exame – respondeu a Sra. Weasley. – E onde foi que se meteram essas meninas? Ela saiu apressada da cozinha e todos a ouviram subir as escadas.

Ouviram-se passos no corredor, e Hermione e Gina entraram na cozinha, as duas pálidas e cheias de preguiça. Harry só conseguia admirar o quão bela era Gina mesmo quando acabara de acordar e só ficava pensando como não havia reparado na garota antes. Ela era perfeita a seus olhos, era bonita, tinha uma personalidade forte, era inteligente e decidida, mesmo que algumas dessas qualidades nem ela tinha conhecimento ainda.

– Por que temos que levantar tão cedo? – perguntou Gina, esfregando os olhos e se sentando à mesa.

 – Temos que andar um bom pedaço – respondeu o Sr. Weasley.

Depois que terminaram o café e se apressaram a sair.

- Bom, divirtam-se – desejou a Sra. Weasley – e se comportem – gritou para os gêmeos que se afastavam,

- Claro que vamos nos comportar – Disse Fred alegre.

- O que poderíamos fazer de errado?- Completou Jorge.

- Estou Falando serio. - Disse uma senhora Weasley muito seria - Vou mandar Gui, Carlinhos e Percy por volta do meio-dia – avisou a Sra. Weasley ao marido quando ele, Harry, Rony, Hermione e Gina começaram a atravessar o gramado escuro atrás de Fred e Jorge. Fazia frio e a lua ainda estava no céu. Apenas um esverdeado-claro no horizonte, à direita deles, denunciava que em breve amanheceria.

Quando os gêmeos se afastaram o bastante para não serem ouvidos pela mão, virara-se para Harry e acompanharam os passos andando de costas.

- Obrigado Harry! - agradeceram os dois em uníssono.

- Pelo que? – Perguntou o Sr Weasley para os três.

- Digamos que Harry nos livrou de uma fria. – respondeu Jorge se virando para o pai.

O Sr Weasley não respondeu nada, mas Harry teve a sensação de que ele estava desconfiado de alguma coisa.

A caminhada até foi tranquila o problema vinha depois e Harry sabia disso a frente deles depois de um 10 minutos de caminhada se encontrava o morro Stoatshead. Sabia que a caminhada seria longa, então resolveu fazer algo que sempre gostava: conversar com Gina.

Ele deixou se ficar para traz para acompanhar a garota.

- Eai como foi suas férias? – Perguntou ele para iniciar uma conversa.

- legal!

- Isso você já disse ontem. Quero saber o que fez de legal?

- Bom passei os dias no jardim da toca e ajudando mamãe, sei que não é muita coisa, mas é o que gosto de fazer.

- você esqueceu o fato de roubar a vassoura dos seus irmãos e praticar quadribol – Sussurrou Harry chegando bem perto do ouvido da garota.

- Como sabe disso?– Perguntou também num sussurro.

- É o tipo de coisa que você faria, foi um palpite. – Mentiu Harry

- falou isso para o Rony? – Disse deixando transparecer seu ar de preocupada e sua incredibilidade que Harry pudesse deduzir isso.

- Não, mas ele vai acabar descobrindo quando jogarmos uma partida. – Explicou Harry deixando Gina surpresa.

- Eu, jogar com você? – Perguntou ainda surpresa.

- Claro! Sei que deve ser muito boa, mas precisa ter um adversário para ver como se sai.

- Não tenho vassoura você sabe.

- isso nunca te impediu antes. – Retrucou Harry

Gina ergueu as sobrancelhas, para ela não parecia um palpite, parecia que Harry já sabia esse segredo há muito tempo. – é diferente, é difícil pegar uma das vassouras escondida durante o dia. 

- Mas você não vai pegar escondida- Explicou Harry com um sorriso. – Mas isso a gente vê depois.

- E as suas férias? – Perguntou Gina.

- Poderia resumir em uma frase: meu quarto, Rua dos Alfeneiros numero 4 Litle Little Whinging, Surrey.

Gina lançou um olhar de pena ao garoto. – Pois é... Porque ainda tem que viver com os trouxas?

- A casa tem uma proteção, uma magia antiga ligada ao sangue da minha mãe e consequentemente o meu. – Explicou Harry mesmo sem saber por que estava dando essa informação quando não devia nem sabê-la.

- Como sabe disso?

Harry ia arranjar uma desculpa, mas não foi preciso, pois o senhor weasley anunciou:

- Crianças Chegamos, Agora só falta acharmos a chave de portal. – Disse ofegando. - Bom, fizemos um bom tempo, ainda temos dez minutos... Hermione foi a última a aparecer na crista do morro, apertando uma cãibra do lado do corpo.

Harry e Gina não estavam nada cansados, nem se quer perceberam que tinham chegado, já que estavam absortos na conversa.

– Não deve ser grande... vamos... Eles se espalharam para procurá-la. E estavam nisso havia poucos minutos, quando um grito cortou o ar parado.

– Aqui, Arthur! Aqui, filho, achamos! Dois vultos altos surgiram recortados contra o céu estrelado, do outro lado do cume do morro.

– Amos! – exclamou o Sr. Weasley, encaminhando-se sorridente para o homem que gritara. Os garotos o acompanharam. O Sr. Weasley apertou as mãos de um bruxo de rosto corado, com uma barba castanha e curta, que segurava em uma das mãos uma bota velha de aparência mofada.

 – Este é Amos Diggory, pessoal – apresentou-o o Sr. Weasley. – Trabalha no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. E acho que vocês conhecem o filho dele, Cedrico?

– Oi – disse Cedrico olhando para os garotos. Todos retribuíram o “Oi”, exceto Fred e Jorge, que apenas acenaram com a cabeça. Eles nunca haviam perdoado Cedrico por derrotar o time da Grifinória, no primeiro jogo de quadribol do ano anterior.

– Uma longa caminhada, Arthur? – perguntou o pai de Cedrico.

 – Não foi tão ruim assim – respondeu o Sr. Weasley. – Moramos logo ali do outro lado do povoado. E você? – Tivemos que nos levantar às duas, não foi, Ced? Confesso que vou ficar satisfeito quando ele passar no exame de aparatação. Mas... não estou me queixando... a Copa Mundial de Quadribol, eu não a perderia nem por um saco de galeões, e é mais ou menos quanto custam as entradas. Mas, pelo visto, parece que me saiu barato...

 – Amos Diggory mirou bem-humorado os três garotos Weasley, Harry, Hermione e Gina. – São todos seus, Arthur?

– Ah, não, só os ruivos – esclareceu o Sr. Weasley apontando os filhos. – Esta é Hermione, amiga de Rony, e Harry, outro amigo...

– Pelas barbas de Merlim! – exclamou Amos Diggory arregalando os olhos. – Harry? Harry Potter?

 – Sim, senhor. – respondeu o garoto.

– Ced nos falou de você, naturalmente – disse Amos Diggory. – Nos contou tudo sobre a partida que jogaram com vocês no ano passado... Eu disse a ele: Ced, isto vai ser uma história para contar aos seus netos, ah, vai... você derrotou Harry Potter!

- Concordo. – Afirmou Harry bem humorado.

– Harry caiu da vassoura, papai – murmurou ele. – Contei a você... foi um acidente...

– É, mas você não caiu, não é mesmo? – rugiu Amos jovialmente, dando uma palmada nas costas do filho. – Sempre modesto, o nosso Ced, sempre cavalheiro... mas venceu o melhor, tenho certeza de que Harry diria o mesmo, não é? Um cai da vassoura, um continua montado, não é preciso ser gênio para saber quem voa melhor!  

- Exatamente respondeu Harry, ganha quem não cair da vassoura - confirmou Harry deixando Fred e Jorge boquiabertos.

– Deve estar quase na hora – disse o Sr. Weasley depressa, puxando o relógio do bolso mais uma vez.

 – Você sabe se temos que esperar mais alguém, Amos? – Não, os Lovegood já estão lá há uma semana e os Fawcett não conseguiram entradas – disse o Sr. Diggory. – Não tem mais gente nossa na área, tem?

– Não que eu saiba. É, falta um minuto... é melhor nos prepararmos... Ele olhou para Harry e Hermione. – Vocês só precisam tocar na Chave de Portal, só isso, basta um dedo... Com dificuldade, por causa das volumosas mochilas, os nove se agruparam em torno da velha bota que Amos Diggory segurava. Todos ficaram parados ali, num círculo fechado, sentindo a brisa gélida que varria o cume do morro. Ninguém falava.

– Três... – murmurou o Sr. Weasley, com o olho ainda no relógio – dois... um... Aconteceu instantaneamente. Harry antes segurou a mão de Gina, sentiu um puxão no umbigo e quando sentiu os pés no chão só havia ele, Gina, Os Diggory e o senhor Weasley de pé, Rony, Hermione, Fred E Jorge, no entanto estavam caídos no chão.

– O sete e cinco chegando do morro Stoatshead – anunciou uma voz.

 - Obrigado! – agradeceu Gina olhando para Harry de depois para os irmãos e Hermione caídos no chão.

- Podia nos ajudar também Harry. – Reclamou Rony se levantando mal humorado.

– Bom-dia, Basílio – cumprimentou o Sr. Weasley, apanhando a bota que os transportara e entregando-a ao bruxo de saiote, que a atirou em uma grande caixa de chaves de portal usadas, a um lado; Harry viu, entre elas, um jornal velho, latas de bebidas vazias e uma bola de futebol furada.

– Olá, Arthur – disse Basílio em tom entediado. – Não está de serviço, não é? Tem gente que se dá bem... estivemos aqui a noite toda... é melhor você desimpedir o caminho, temos um grupo grande chegando da Floresta Negra às cinco e quinze. Espere um pouco, me deixe ver onde é que você vai ficar... Weasley... Weasley... – Ele consultou a lista no pergaminho. – A uns quatrocentos metros para aquele lado, primeiro acampamento que você encontrar. O gerente é o Sr. Roberts. Diggory... segundo acampamento... pergunte pelo Sr. Payne.

Havia um homem parado à porta, contemplando as barracas. Quando o trouxa ouviu os passos do grupo, virou a cabeça para olhá-los

- ‘dia! – cumprimentou o Sr. Weasley animado.

- ‘dia – disse o trouxa.

 - O senhor seria o Sr. Roberts?

- É, seria – respondeu o Sr. Roberts.

- E quem é o senhor?

- Weasley, duas barracas reservadas há uns dois dias?

- Certo – confirmou o Sr. Roberts, consultando uma lista pregada à porta.

- O lugar é lá perto da floresta. Só uma noite?

- Isso – respondeu o Sr. Weasley.

-O senhor vai pagar agora, então? – perguntou o Sr. Roberts

- Deixe comigo Senhor Weasley. – Disse Harry erguendo a mão. O senhor Weasley deu o dinheiro a Harry que passou a quantia certa ao trouxa.

– Nunca esteve tão cheio – disse ele de repente, voltando outra vez o olhar para o campo enevoado. – Centenas de reservas. As pessoas em geral aparecem sem aviso...  

– Verdade? – exclamou o Sr. Weasley nervoso.

– É – disse pensativo. – Gente de toda parte. Montes de estrangeiros. E não são só estrangeiros. Gente esquisita, sabe? Tem um sujeito andando por aí de saiote e poncho.

– E não devia? – perguntou o Sr. Weasley.

– Parece que é uma espécie de... sei lá... uma espécie de convenção – comentou o Sr. Roberts. – Parece que todos se conhecem. Como numa grande festa.

Naquele momento, um bruxo de bermudão largo materializou-se do nada ao lado da porta da casa do Sr. Roberts.

– Obliviate! – disse ele bruscamente, apontando a varinha para o Sr. Roberts. Instantaneamente os olhos do Sr. Roberts saíram de foco, suas sobrancelhas se desfranziram e um olhar de vaga despreocupação cobriu o seu rosto.

– Um mapa do acampamento para o senhor – disse o homem, placidamente, ao Sr. Weasley. – E o seu troco.

O grupo foi andando em direção ao acampamento Harry ao lado de Gina e o senhor weasley um pouco a frente.

- Senhor Weasley – Chamou Harry.

- Sim Harry. – Disse prontamente.

- Pesa para alguém ficar de olho nos trouxa, por favor, sinto que algo de ruim pode acontecer com eles. – Disse o garoto num tom de voz que só os três pudessem ouvir.

- Claro se você acha Harry, vou ver o que posso fazer.

Passado mais uns minutos e estavam todos em frente a um espaço vario entre a cidade de barracas com uma placa escrita o nome “Weezly”.

Harry montou as barracas com Hermione e com um atrapalhado senhor weasley quando terminaram o senhor  se apreçou a entrar.

– Vamos ficar meio apertados – comentou quando haviam terminado –, mas acho que vai dar para nos espremermos. Venham dar uma olhada.

Hermione lançou a Harry um olhar cômico, mas esse já sabia que magia a barraca tinha então só fingiu um olhar curioso.

Quando entraram na barraca Harry contemplou parado por um tempo, não era a mesma sensação que tivera da primeira vez que a viu, mas a sensação de conforto que não tinha da ultima vez que usara a barraca, já que na ocasião estava procurando horcruxes.    

 

– Bom, não é para muito tempo – disse o Sr. Weasley, secando a careca com um lenço e espiando as quatro camas-beliches que havia no quarto. – Pedi a barraca emprestada ao Perkins, lá do escritório. Ele não acampa muito atualmente, coitado, está com lumbago.

O Sr. Weasley apanhou uma chaleira empoeirada e espiou dentro. – Vamos precisar de água...

– Tem uma torneira assinalada no mapa que o trouxa nos deu – disse Rony, que seguira Harry para dentro da barraca. – Fica do outro lado do campo.

– Bom, então por que você, Harry e Hermione não vão apanhar um pouco de água...

 – o bruxo entregou aos garotos a chaleira e duas caçarolas – ... e nós vamos apanhar lenha para fazer uma fogueira?

– Mas temos um forno – lembrou Rony –, por que não podemos...?

 – Rony, segurança antitrouxa! – disse o Sr. Weasley, o rosto brilhando de expectativa. – Quando os trouxas de verdade acampam, eles cozinham em fogueiras ao ar livre, já os vi fazendo isso!

Rony e Harry foram até a barraca das meninas que era ligeiramente menor.

- Hermione papai pediu para a gente pegar água em uma torneira no outro lado do acampamento.

- Ok. – Disse a garota se levantando de um sofá no meio da barraca.

- Quer vir também Gina? – Perguntou Harry deixando os dois com olhares perplexos.

- Claro! – Respondeu a ruiva sorrindo.

Os quatro atravessaram o acampamento conversando, encontrando colegas de Hogwarts, e vendo as decorações das torcidas Irlandesa e búlgara. Quando chegaram na fila para pegar água Harry virou para os outros e falou.

- Pronto vamos embora.

- Como assim, nos nem enchemos as vasilhas ainda. – Indagou Hermione.

Harry puxou a varinha colocou- a dentro da vasilha e em segundos estava cheia de água que saia da ponta da varinha do garoto.

- Pera aê isso é um feitiço não verbal? – Perguntou Rony – E porque viemos até aqui se podíamos fazer o feitiço quando saímos.

- Você não me ouvio falar, não foi, portanto acho que é sim um feitiço não verbal – Respondeu Harry com um tom sarcástico – E se tivéssemos feito isso quando saímos seu pai ia desconfiar, alem do mais vocês não podem fazer magia fora da escola.

Os Três o olharam para Harry com olhares furiosos, até Hermione deixar a curiosidade falar mais alto.

- Como você sabe fazer feitiços tão avançados Harry?

- Já disse Hermione não faça perguntas...

- E não contarei mentiras. – completaram os três em uníssono.

Os Três voltaram pelo acampamento, Harry fez questão de demorarem um pouco mais, ele queria adiar o encontro com o Sr. Crouch, achou que ainda não conseguiria olhar para um homem que sabia que ia morrer, mas não poderia fazer nada.

Quando Chegaram a barraca Gui, Carlinhos e Percy já estavam lá sentados no sofá junto com Fred e Jorge que pareciam mais felizes que o normal.

– Vocês demoraram uma eternidade – comentou Jorge, quando eles finalmente chegaram às barracas dos Weasley.

– Encontramos alguns conhecidos – disse Rony, pousando as vasilhas de água.

– Você ainda não acendeu a fogueira?

– Papai está se divertindo com os fósforos – disse Fred. O Sr. Weasley não estava tendo o menor sucesso em acender a fogueira, mas não era por falta de tentativas. Fósforos partidos coalhavam o chão ao seu redor, mas ele parecia estar se divertindo como nunca.

– Opa! – exclamou ele, ao conseguir acender um fósforo, mas largou-o na mesma hora no chão, surpreso.

– Chegue aqui, Sr. Weasley – disse Hermione bondosamente, tirando a caixa das mãos dele e começando a mostrar como fazer fogo direito. Finalmente, eles acenderam a fogueira, embora levasse no mínimo mais uma hora até ela esquentar o suficiente para cozinhar alguma coisa. Mas havia muito que ver enquanto esperavam. A barraca deles estava armada ao longo de uma espécie de rua de acesso ao campo de quadribol, por onde funcionários do Ministério corriam para cima e para baixo, cumprimentando cordialmente o Sr. Weasley ao passar. O Sr. Weasley fazia comentários contínuos, principalmente para benefício de Harry e Hermione; seus próprios filhos já conheciam bastante o Ministério para se interessar.

- Fred, Jorge andaram conversando com “alguém”? – Perguntou Harry com um sorriso nervoso estranhado a animação exagerada dos gêmeos.

- A sim o Sr Crouch veio aqui junto com o senhor Bagman- Respondeu Jorge diminuindo a altura da voz quando falou “Bagman”

- E sobre o que falaram?

- Sobre... um evento que vai acontecer em Hogwarts esse ano.

- Mas é secreto- Completou Percy entrando na conversa.

- Só isso. – Indagou vendo os olhares nervosos dos gêmeos.

- Não, Fred e Jorge apostaram todo ouro deles com o Sr. Bagman – Falou o Sr Wealey bravo.

Harry virou para os gêmeos e os fuzilou com o olhar.

- Ah qual é Harry são duzentos galeões. E você disse que estávamos certo.

- Disse que estavam certos, mas que Não eram para apostarem com ele. – Retrucou Harry com um olhar que misturava raiva e desgosto.

Harry foi esquecendo a burrice que os gêmeos cometeram e a atmosfera de excitação foi-se adensando como uma nuvem palpável sobre o acampamento, à medida que a tarde avançava. À hora do crepúsculo, o próprio ar parado de verão parecia estar vibrando de excitação, e quando a noite se estendeu como um toldo sobre os milhares de bruxos que aguardavam, os últimos vestígios de fingimento desapareceram: o Ministério pareceu se curvar ao inevitável e parou de combater os indisfarçáveis sinais de magia que agora irrompiam por toda parte.   

Ambulantes aparatavam a cada metro, trazendo bandejas e empurrando carrinhos cheios de extraordinárias mercadorias. Havia rosetas luminosas – verdes para a Irlanda, vermelhas para a Bulgária – que gritavam os nomes dos jogadores, chapéus verdes cônicos enfeitados com trevos dançantes, echarpes búlgaras adornadas com leões que rugiam de verdade, bandeiras dos dois países que tocavam os hinos nacionais quando eram agitadas; havia miniaturas de Firebolts, que realmente voavam, e figurinhas colecionáveis dos jogadores famosos, que andavam se exibindo nas palmas das mãos.

– Guardei o meu dinheiro o verão todo para o dia de hoje – disse Rony a Harry, quando os três saíram caminhando entre os vendedores comprando lembranças. Embora Rony já tivesse comprado um chapéu com trevos dançantes e uma grande roseta verde, comprou também uma figurinha de Vítor Krum, o apanhador búlgaro. O brinquedo andava para a frente e para trás na mão do garoto, amarrando a cara para a roseta verde acima.

Harry comprou os onióculos para os quatro, já que agora quase não se desgrudava de Gina, e antes mesmo de Rony reclamar que queria não ter comprado o chapéu da com trevos da Irlanda.

**

O jogo foi do incrível como da ultima vez, Harry só teve o cuidado de não prestar atenção na comemoração da apresentação da veelas a cada ponto da Bulgária. E teve que se controlar quando viu winky, pois sabia que Barto Crouch Junior estava ali no camarote escondido sob uma capa de invisibilidade.

E ao final da partida todos entraram na barraca ainda comemorando. Fred e Jorge entraram com uma enorme saca de ouro.

- Viu Harry tem que ter mais fé nas pessoas. – Falou Fred indicando o saco.

- Isso é ouro de leprechaum não são de verdade. – Retrucou sem nem ver as moedas.

Os gêmeos deram um sorriso nervoso e Jorge pegou uma moeda do saco quando olhou bem percebeu que o ouro estava desaparecendo aos poucos.

- Como você sabia? – Perguntaram os dois ao mesmo tempo.

- Avisei a vocês para não apostarem com ele.

- Eu vou matar ele. – Disseram os dois novamente.

- É só o que vão poder fazer por que a essa hora os duendes já pegaram tudo.

- Duendes? – Exclamou o Sr Weasley.

- Longa historia Sr Weasley, agora acho melhor irmos dormir.

- Ia dizer a mesma coisa- Concordou o Arthur – vamos garotos para cama.

Harry disse isso, mas não pretendia dormir realmente ficou deitado na cama de Cima da beliche esperando o tumulto começar e não se demorou muito.

Quando ouviu o barulho do tumulto fora da barraca Harry se levantou de súbito e já se deparou com o Sr weasley entrando na barraca.

- Harry, você estava certo, pegaram os trouxas. – Disse um Sr Weasley muito ofegante.

- Certo vou acordar as meninas. Acorde os outros.

Harry saiu da barraca e foi para a do lado.

- HERMIONE, GINA ACORDEM! – gritou o garoto.

- O que aconteceu? – Perguntou Hermione levantando de pressa.

- Estão atacando os trouxas do acampamento.

- Como? – Perguntou Gina assustada também se levantando.

- Não desgrude de mim – Falou Harry pegando a mão de Gina e saindo da barraca com as duas.

Se encontraram com Rony Fred e Jorge e foram para em direção da flores quando entraram não demorou muito para se perderem dos gêmeos.

As lanternas coloridas que antes iluminavam o caminho para o estádio tinham sido apagadas. Vultos escuros andavam perdidos entre as árvores; crianças choravam; ecoavam gritos ansiosos e vozes cheias de pânico por todo o lado no ar frio da noite. Harry se sentiu empurrado para cá e para lá por pessoas cujos rostos ele não conseguia distinguir. Eles ouviram Rony dar um berro de dor.

– Que aconteceu? – perguntou Hermione ansiosa, parando tão abruptamente que Harry quase deu um encontrão nela. – Rony, onde é que você está? Ah, mas que burrice... Lumus! Ela iluminou a varinha e apontou o fino feixe de luz para o caminho. Rony estava esparramado no chão.

– Tropecei numa raiz de árvore – disse ele aborrecido, pondo-se de pé.

– Ora, com pés desse tamanho, é difícil não tropeçar – disse uma voz arrastada às costas deles.

Harry, Rony e Hermione se viraram rapidamente. Draco Malfoy estava parado sozinho perto deles, encostado a uma árvore, numa atitude de total descontração. Os braços cruzados, parecia ter estado a contemplar a cena no acampamento por uma abertura entre as árvores. Rony disse a Malfoy que fosse fazer uma coisa que Harry sabia que o amigo jamais teria se atrevido a dizer na frente da Sra. Weasley.

 – Olha a boca suja, Weasley – disse Malfoy, seus olhos claros reluzindo. – Não é melhor você se apressar, agora? Não quer que descubram sua amiga, não é?

  - Aposto que está gostando de ver seu pai brincar não é Malfoy? – Rosnou Harry.

- Talvez estejam, mas se estivessem não diria a vocês. – Disse Draco sorrindo.

- Aposto que ele quer mostrar serviço agora que a marca negra está escurecendo não é.

Draco ficou calado mesmo com pouca luz era possível notar a cara de espanto que o garoto fez.

- Ué acha que eu não sei- falou Harry com desdém. – Mas você sabe o que quer dizer não sabe. E quando acontecer acho que ele não vai perdoar quem não foi atrás dele.

Harry percebeu a surpresa do garoto se transformar em raiva e quando Draco ia puxar a varinha Harry foi mais rápido pegou a varinha de Gina e gritou:

- Levicorpos

Malfoy foi atingido pelo feitiço e ficou de cabeça para baixo deixando cair sua varinha.

- Vamos- Falou Harry.

Os quatro se aprofundaram na floresta até chegarem à clareira e desataram a perguntar.

- Por que pegou minha varinha? – começou Gina

- Perdi a minha, acho que na confusão.

- Que feitiço era aquele? Nunca vi em nenhum livro. – Perguntou Hermione.

- Você nunca vai ver em um livro, ele foi inventado.

Antes de Hermione perguntar por quem foi interrompida por um barulho no meio das arvores.

- Quem está ai. – Indagou Hermione assustada.

Ouviram uma voz (que agora Harry sabia ser a voz de Barto Crouch Jr.) sussurrar uma formula mágica, a marca negra aparecer no céu e os gritos na floresta.

- Três... – Contou Harry. – Dois... Um. Abaixem – Gritou o garoto jogando Gina no chão e ficando por cima dela como um escudo, Rony fez o mesmo.

No segundo seguinte os quatro estavam no chão e um circulo de pessoas aparataram na clareira lançando feitiços estuporantes.

– Parem! – berrou uma voz que ele reconheceu. – PAREM! São meus filhos!  O garoto rolou o corpo e viu o Sr. Weasley vindo em direção ao ajuntamento, com uma expressão aterrorizada no rosto.

– Rony, Harry... – sua voz tremia – ... Hermione, Gina, vocês estão bem?

– Saia do caminho, Arthur – disse uma voz fria e ríspida. Era o Sr. Crouch. Ele e os outros bruxos do Ministério fechavam o cerco em torno dos

garotos. Harry levantou-se para encará-los. O rosto do Sr. Crouch estava tenso de cólera.

– Qual de vocês fez aquilo? – perguntou aborrecido, seus olhos penetrantes indo de um garoto para o outro. – Qual de vocês conjurou a Marca Negra?

- Ah... Pelo amor de deus como vocês acham que faríamos aquilo.

– Nós não conjuramos nada! – disse Rony, que esfregava o cotovelo e olhava cheio de indignação para o pai. – Por que vocês quiseram nos atacar?

– Não minta, senhor! – gritou o Sr. Crouch. Sua varinha continuava apontada diretamente para Rony, e seus olhos saltavam das órbitas, parecia um tantinho maluco.

 – Vocês foram encontrados na cena do crime!

– Bartô – murmurou uma bruxa trajando um longo penhoar de lã –, eles são meninos, Bartô, nunca teriam capacidade para...

- A marca veio dali – Apontou Harry.

Minutos depois Winky a tinha sido pega com a varinha de Harry e o senhor Crouch ficou uma fera com a elfa, porem só Harry, Winky e o próprio Bartô sabiam o verdadeiro motivo de tanta fúria. E o pior Harry não poderia interferir se Winky não fosse demitida, quando Voldemort fosse pegar Bartô crouch Jr a elfa também seria morta.     

Quando a confusão parou o Sr weasley lançou um olhar de repreenda a Harry que acabara de perceber que estava abraçado a Gina, mas tão pouco fez menção de solta-la  o que deixou a garota feliz, mas corada

- Bom... Vamos logo, a mãe de vocês devem estar preocupada.

- isso não é problema senhor Weasley – Disse Harry erguendo a varinha e dela saindo um grande cervo prateado. O cervo ficou parado de frente para Harry. – Avise à senhora weasley que estamos bem. – Disse Harry ao cervo que ouviu a mensagem e saio galopando no ar. – Vamos?

- Sim é claro – Disse o senhor weasley se recuperando do choque de ver Harry usar um patrono como mensageiro, que era uma técnica criada por Dumbledore.



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