História Dead roses will never hurt you - O... clube de arte?

Nico dormira por algumas poucas horas depois de seu ataque de pânico, quando acordou e percebeu que estava tarde, o que significava que o pai já deveria ter saído do trabalho e ele tinha que se limpar para descer.
Arrastou os pés até o banheiro, de má vontade, e ligou o chuveiro esperando até que a água ficasse morna para entrar sob o pequeno fluxo de água. A sujeira e o sangue seco em seu corpo escorriam deixando suas novas cicatrizes aparentes. Ele definitivamente não gostava da aparência daquilo, teria que usar mangas compridas para cobrir os braços machucados depois.
Percy Jackson. Aquele nome veio à sua mente tão repentinamente quanto Perseu aparecera naquele banheiro mais cedo. Inicialmente nico havia concluído que ele era um babaca assim como todos os outros amigos de Luke, quando percy lhe socara o estômago a pedido do outro, mas quando ele foi a seu encontro depois, com um sorriso gentil e disposto a ajudá-lo ele viu que ninguém que agia desse jeito poderia ser tão mau. Talvez Percy só tivesse medo de Luke, talvez não fosse corajoso o suficiente para se virar contra o nanorado publicamente, ou apenas não soubesse o quão corajoso era. A única certeza que tinha era de que havia simpatizado com o garoto de olhos verdes e sorriso caloroso, poderiam até ser amigos talvez...
Seus devaneios cessaram quando percebeu que estava embaixo d'água havia já um tempo, e então resolveu desligar o chuveiro e sair. Secou-se e vestiu suas roupas desgastadas que serviam como pijama, respirando fundo e descendo as escadas logo em seguida.
Ao chegar na sala percebeu que hades se encontrava na poltrona de couro begro preferida dele, assistindo ao jornal.
-Olá pai - disse um pouco baixo demais, mas o homem já estava acostumado e conseguiu ouvi-lo perfeitamente.
-Nico! Que bom que desceu, temos uma coisa para conversar disse pacientemente. O garoto percebeu que não viria coisa boa.
-O que foi?...
- Estava contando seu problema de timidez para psicóloga do Colégio, e ela disse que seria bom se você participasse de algum clube para interagir mais.
-Ahn? O-o que? Não pai, realmente não é necessário!- disse tentando escapar.
-Tarde demais Nico, eu lhe increvi no clube de artes, já que você é tão bom nessas coisas.
Nico se sentiu envergonhado, não queria mostrar seus quadros para ninguém, ele não queria que rissem do quão fracassado ele era.
-Por favor...
-Não! Basta! Já está decidido.
Merda. Foi para o quarto sem dizer nada, sentindo-se frustrado e com vontade de esganar o pai por fazer isso com ele sem lhe perguntar. O dia já não estava péssimo o suficiente, nunca estava.
Chegou no quarto fechou as janelas e se jogou na cama tentando apagar-se do mundo e resetar aquele dia.

O despertador fazia seus costumeiros barulhos irritantes quando Nico abriu seus olhos naquela sexta-feira do dia seguinte nada disposto a sair da cama. Depois de muita enrolação ele saiu das cobertas e arrumou-se o mais lentamente o possível, quanto mais tarde chegasse na escola melhor seria.
Infelizmente não tinha muita coisa com o que se enrolar, então simplesmente acabou se rendendo à sua obrigação e saindo de casa. Foi até o ponto de ônibus e esperou que o veículo amarelo e chamativo demais para o seu gosto chegasse lá.
Quando entrou no ônibus, a primeira coisa que fez foi procurar Leo, mas logo viu que o garoto estava sentando com uma garota morena que tinha uma oena trançada nos cabelos. Ótimo, agora estava definitivamente sozinho.
Sentou-se só, em um banco nos fundos do ônibus e passou o caminho na companhia de seus fones de ouvido. Ao chegar na escola viu Luke e seus parceiros no corredor central, então resolveu tentar pegar um dos corredores laterais que levavam até os armários sem ser visto, infelizmente antes que seu corpo desaparecesse atrás da parede foi visto por Jason, o amigo de Luke que obviamente não deixaria aquela chance passar então chamou o outro loiro e em seguida apontou para o garoto magro de cabelos escuros adiante.
Nico sabia que não podia fugir. Apenas ficou parado e se preparou para o que viria a seguir.
- EEI! Você! Sei que está me vendo. Venha até aqui- disse autoritário. Nico contraiu-se, mas hesitante, andou até o grupo. Ele reparou que percy não estava lá, o que teria acontecido com o garoto?
- Eu realmente ainda não estou disposto  o suficiente pra lhe dar uma surra, então se você tiver alguma coisa pra me dar eu te deixo ir- continuou.
- Tenho apenas o dinheiro do lanche- disse com seu jeito sussurrado de falar.
- Pode passar tudo pedaço de verme, ou você quer fazer com que eu me desgaste logo cedo?
-T-tudo bem... - retirou todo o dinheiro que achou na bolsa e o entregou para luke.
O garoto e sua gangue foram embora, deixando Nico parado no corredor lamentando sua tentativa falha de passar despercebido.

As aulas passavam como tartarugas, uma mais demorada com a outra, e para ser sincero, mesmo que o menino fosse um aluno dedicado não gostava nem um pouco de passar horas e horas naquelas cadeiras desconfortáveis em posições desconfortáveis fazendo coisas desconfortáveis. O sinal bateu e todos os alunos sentiram o peso ser tirado de suas costas, menos Nico que teria que ir ao clube de artes.
Depois de muito tempo procurando a sala certa, entrou mais silencioso o possível e sentou-se em uma carteira qualquer. Foi então que ele reparou que... Percy estava naquela sala.
-Ei! Guri! Tudo bem? - disse o garoto dos olhos verdes, de um jeito escandaloso que fez Nico corar de vergonha.
- Sim... o que faz aqui? Não achava qie gostasse de arte. Você não me parece muito o tipo - disse tímido, tentando puxar algum assunto.
- E não gosto mesmo - resmumgou Percy fazendo uma cara de tédio.
- Mas então...?
-É uma longa história, digamos qie participar disso é a minha "punição".
-Punição? - Nico disse receoso, tirando o fato de que aparentemente Luke o obrigava a algumas coisas, Percy não lhe parecia um delinquente.
- É... Luke sempre me mete nessas, se quiser ouvir a historia temos um tempo até começar- respondeu o outro.
O pequeno aliviou-se mentalmente, ele não era um delinquente.
-P-pode ser- disse, teriam algum tempo mesmo antes de que o professor chegasse.