1. Spirit Fanfics >
  2. Deadly smile >
  3. Você sera minha ruína

História Deadly smile - Você sera minha ruína


Escrita por: Ulf_JH

Notas do Autor


mais um cap ai fui

Capítulo 7 - Você sera minha ruína


Então por um momento tudo parou, sentado na beirada de sua cama Alastor refletiu profundamente sobre os ocorridos dos últimos dias. Seu eterno sorriso esculpido em sua face agora era mantido com certo esforço, permanecer assim estava sendo difícil coisa que nunca ocorreu em seus longos anos de existência. Esta manhã quase havia matado alguém por causa de Charlie...matar em si não era a questão, isso e tão natural quanto respirar para o demônio do radio. Mas matar por alguém em especifico e o que o tirara o juízo, afinal sempre fizera tudo por si mesmo e acreditava que ceder-se ao bem de outros era uma terrível fraqueza.

Tudo era por causa deste maldito sentimento estranho que vinha desenvolvendo pela pequena, “amor” como Angel havia intitulado....que tolice. Não era capaz, nunca seria, amar outro ser além de si mesmo era loucura e suicídio mesmo que reconhecesse que Charlie era especial para ele.

“o que torna charlotte tão especial para mim e apenas diversão...tem que ser apenas isso, preciso dela para meu próprio entretenimento não para algo tão ridículo como amor”

Pensou teimosamente martelando esta ideia em sua cabeça, mas sempre que tentara infelizmente ferira a si mesmo. O que diabos estava acontecendo? Porque não conseguia se livrar disso? Tudo era bem mais fácil no inicio, tudo o que queria era algo para se livrar de seu tedio. Divertir-se com os sofrimento e assistir de camarote Charlie subir uma montanha apenas para desabar em frustração, esse era seu plano inicial e isso deveria estar sendo seguido a risca!

Mas ao invés disso pegava-se aproveitando cada momento das descobertas que Charlie proporcionara para o mesmo, além de se livrar de seu tedio e claro. Inferno ele ate mesmo apreciou a descoberta de gostar o toque de Charlie, deixou-se levar pelo amor da menina por musica e se viu completamente inclinado a compartilhar seu amor pelo jazz com a mesma.

Alastor passou suas garras por seu cabelo jogando-o para traz, frustrado e confuso por não conseguir chegar a um consenso dentro de si mesmo. Encarou o teto estaticamente como se esperasse que uma resposta caísse do céu e o salvasse da quele impasse desgraçado.

-“o que eu devo fazer agora?”

Disse para si mesmo em voz baixa admitindo pela primeira vez que não tinha uma direção clara para prosseguir.

Foi então que um som o retirou completamente do estado inerte, seus olhos desviaram para a porta e a fitaram como se pudesse atravessa-la e ver o que estava do outro lado. Três batidas foram ouvidas, a quarta demorou de certa forma o que demonstrava que a pessoa estava com receio de chamar a atenção do demônio do radio.

Alastor se levantou abruptamente e parou estático frente a porta, quem poderia ser? Grande parcela dos residentes do hotel estavam em um coma profundo, só restando de opções Charlie Angel Niffty e Sir Pentious. Quando abriu a porta sentiu seus olhos saltarem de surpresa, porque ela estava ali? Por acaso andara lendo seus pensamentos? Aquela garota sabia a hora exata para pega-lo desprevenido.

Charlie sorriu sem graça e encarou Alastor relutantemente, o maior ao recompor a compostura ergueu uma sobrancelha e se pronunciou.

-“Charlie querida a que posso ser útil?”

Perguntou ele tentando ao máximo afastar os pensamentos anteriores

-“ah...eu, você deixou uma carta pra mim no café mais cedo pensei que conversar agora seria uma boa hora”

Disse ela dando o primeiro passo na conversação, Alastor deixou seu sorriso expandir-se e deu passagem para a menina passar.

-“claro, já havia ate me esquecido entre entre”

E assim ela fez, notara que tudo estava do mesmo jeito que ontem. Alastor sem duvidas era um homem organizado isso ela não podia negar. Era realmente um grande contraste se comparar com o quarto de Angel...ou ate mesmo o próprio quarto dela.

O demônio do radio apontou para o sofá indicando para Charlie se sentar.

-“volto em um minuto, farei um café para nos dois”

Disse ele se direcionando a cozinha

Com isso Charlie teve a oportunidade perfeita para pensar no próximo passo, esta era a hora precisava dar tudo de si se quisesse que Alastor compreendesse seus sentimentos. Obteria a resposta da quele demônio sorridente nem que fosse a ultima coisa que ela fizesse.

“vamos lá Charlie! Não deixe o nervosismo te dominar”

Repetiu para si mesma afastando quaisquer inseguranças que pudessem afligi-la ali.

Alastor não demorou e trouxe duas canecas fumegantes de café para ambos, o mesmo sentara ao lado de Charlie um tanto afastado ela notou e bebeu de leve a bebida ardente pouco se importando para a temperatura.

Ficara impressionada com isso mas logo caiu a ficha de que isso era perfeitamente aceitável vindo de Alastor...era obvio que temperatura não e algo que poderia incomoda-lo. Bebericou o seu de leve tomando cuidado mas mesmo assim queimara a língua provocando algumas risadas no demônio do radio.

-“oh Charlie minha cara, você deve ser paciente acabei de fazer o café”

Ela inflou as bochechas e o respondeu

-“falar e fácil quando você pode beber numa boa sem precisar se preocupar com a temperatura” protestou a menina –“isso e injusto”

Ele riu mais deleitando-se com a fala da pequena

-“ora não deixe que isto tome conta de sua linda cabeça, cada um de nos tem as peculiaridades que merecemos” ele comentou –“você por exemplo tem uma voz expendida, que por sinal não a vejo em uso desde o dia do programa de tv”

Ela corou de leve pela declaração de Alastor, ele gostava mesmo de sua voz?

-“você acha mesmo?” ela fitou o liquido fumegante de sua caneca com um sorriso distante –“Vaggie sempre diz pra mim evitar cantar em publico...ela diz que isso me faz fazer papel de boba”

Alastor a fitou um tanto descrente

-“o que você disse? mas Isto e um absurdo!” disse Alastor ultrajado –“e um erro grotesco não reconhecer um derradeiro talento como o seu minha cara. acredite em mim quando eu digo Charlie, nunca se atreva a deixar de ser você simplesmente porque outros desdenham da forma ao qual você vive.”

Argumentou o demônio do radio impacientemente cruzando uma das pernas buscando um conforto maior. Charlie por sua vez sorriu ainda mais ao ouvir aquilo vindo do mesmo, seu coração esquentou e sentiu o impulso de se aproximar e abraça-lo. Mas se segurou, ainda não podia fazer isso tinha de se acalmar e escolher bem suas ações, não queria que algum erro pudesse afastar Alastor.

-“não sei o que dizer....isso foi muito doce Al. Obrigada por apreciar minha voz”

Admitiu a mesma calorosamente

Na quele instante Alastor sentiu uma pontada estranha, e inconscientemente sem perceber um leve rubor tomou conta de suas bochechas cinzentas. Aquela sensação acalorada...não era tão ruim, era ate certo ponto reconfortante...

Aproximou uma de suas mãos e com apenas uma garra colocou uma mecha do cabelo de Charlie para trás em um ato de carinho desajeitado. Tinha feito isto por impulso, o que incrivelmente não foi notado pelo demônio vermelho.

-“disponha...”

Disse ele levemente quase hipnotizado

Charlie ficara surpresa pelo ato mas depois de alguns segundos processando o que ocorrera deixou seu café de lado e colocou sua mão sobre a dele aproveitando o toque. A mesma sorriu mais mesmo com o rubor aparente em seu rosto, ele não era muito bom em demonstrar afeto mas isso foi adorável ao ver dela.

-“Al...sobre o que vem acontecendo entre nós nos últimos dias...”começou ela –“acho que venho desenvolvendo sentimentos por você”

Atirou de uma vez aproveitando a inercia de Alastor, aquele era o momento perfeito! Não teria nenhuma forma de ele se esquivar agora.

A fala da menina foi como uma descarga elétrica em Alastor, o mesmo arregalou os olhos ainda mantendo sua mão próxima ao rosto de Charlie.

-“oque? Mas...que tipos de sentimentos querida?’

Ele indagou confuso e desnorteado

Charlotte respirou fundo e preparou-se para o próximo passo concentrando-se no que diria

-“você sabe...sentimentos amorosos eu quero dizer” ela levou sua mão próximo ao seu peito –“você pode sentir? Meu coração esta batendo rápido...tão freneticamente que mal posso aguentar”

Admitiu ela

-“isso vem acontecendo desde aquele dia na cozinha...quando você tratou do meu machucado em quanto cozinhávamos juntos”

Um silencio perturbador tomou conta do quarto

-“mas eu não fiz nada digno de tais sentimentos.”

Ele argumentou e ela negou com a cabeça

-“os pequenos atos são os que contam Al, a forma de se expressar e me incentivar a ir em frente, seu sorriso, a forma seria que trata o hazbin mesmo o vendo apenas como uma fonte de diversão.” Continuou ela –“ontem você me disse coisas que me fizeram ter certeza de que eu estava gostando de você...não foi você mesmo quem disse que eu era de certa forma especial para você?”

Ele não teve como contrariar aquela fala, de fato ele admitira isso em quanto dançavam ao som de Jazz na quela noite. O mesmo desviou seu olhar buscando manter as ideias em ordem.

-“mas...eu feri você, quase rasguei sua garganta ontem pois não pude me controlar” disse Alastor –“nada lhe garante que você estará segura ao meu lado...além disso nunca me relacionei com ninguém. Não tenho como-“

Neste momento sentiu seu rosto ser puxado, charlie o segurou com as duas mãos o fazendo encara-la. Ela parecia seria...determinada ele diria.

-“oh por favor Al, você esta se preocupando por motivos bobos!” ela exclamou –“eu não sou a princesa do inferno por acaso sabe? Mesmo que você seja imensuravelmente mais forte, eu ainda não sou pouca coisa” disse ela com um bico –“aceitarei você da forma que for, assim como você me aceita mesmo com todos os meus devaneios. E o que você não sabe sobre amor eu vou te ensinar!”

O que diabos estava acontecendo? Ele estava perdendo o controle da situação...pela primeira vez eu sua vida sentira que não poderia vencer em uma conversa direta. Charlie estava sendo incisiva e jogando argumentos aos quais ele não conseguira rebater. O que faria? Tentaria pelo menos uma vez, ceder a tais sentimentos tolos? Isso era loucura...

Ele afastou as mãos de Charlie de seu rosto e a puxou para ele encostando a face da mesma contra seu torço. A menina surpreendeu-se e pode ouvir com clareza os batimentos cardíacos acelerados do demônio do radio.

-“você pode ouvir não pode?...acho que isto e um sinal claro minha cara que eu talvez venha sentindo o mesmo” ele admitiu soltando um suspiro cansado –“acho...que não posso te vencer Charlie, tentei de todas as formas mas não consigo. Desviei o máximo que pude para não ter que encarar os fatos, mas você se provou incrivelmente insistente” contara ele –“oh Charlie...você será minha ruina, Mas admito que quero ver ate onde isso vai me levar”

Então com uma de suas garras ergueu o rosto da menina para fitar o seu rosto

-“pois bem, me ensine”

Selou seus lábios com o dela desajeitadamente, um beijo terno e calmo. Charlie não poderia estar em um choque maior, aquilo foi inebriante as palavras de Alastor já tinham sido como um forte soco e agora ele a havia beijado. Não podia acreditar que conseguira! Ele aceitara seus sentimentos, mesmo que não tenha entendido a parte de ser a ‘ruina” dele...bem isso não importava, afinal sentia uma felicidade incomparável retribuindo o beijo dele com todo fervor que tinha.

Quando o ar se fez necessário um filete se saliva ainda interligava seus lábios, ele colocou a palma de sua mão no rosto de Charlie lhe fazendo um carinho a fitando de forma acalorada e desejosa. Então foi arrastado para os lábios dela novamente desta vez com mais ânsia e ferocidade, a beijou com tanto desejo que estalos puderam ser ouvidos por todo cômodo. Sentiu a língua de Charlie se entrelaçar com a sua, a primeiro momento foi um tanto estranho mas nada que não pudesse se acostumar, se aquilo a agradava ele entraria no jogo com prazer.

Desceu os beijos para o pescoço da mesma dando alguns leves chupões o que provocava alguns gemidos abafados por parte de Charlie. A mesma passou suas mãos pelo torço do mesmo procurando os botões do paletó da roupa de Alastor, buscando retira-la ansiosamente. Ele a ajudou retirando-o logo em seguida junto com sua blusa social vermelha, expondo as cicatrizes em sua pele e seu torço. O mesmo deu um riso seco

-“não e algo atraente de se ver não e? infelizmente estou coberto por elas”

Os olhos de Charlie analisaram cada marca que o demônio do radio tinha em seu corpo, realmente elas eram muitas...algumas bem antigas e talvez algumas mais recentes transparecidas com mais nitidez em sua pele acinzentada. Tocou uma delas dando um leve beijo em seguida por cima da cicatriz

-“acho que isso só te torna ainda mais encantador...”

Não era mentira, Charlie achava que elas davam um ar ainda mais selvagem ao demônio do radio.

O sorriso de Alastor pareceu alargar-se mais, e em um impulso feroz pegou Charlie em seu colo levantando-a do sofá.

-“Charlie você não tem ideia do quanto me agrada” declarou ele –“vamos para um lugar mais apropriado”

CONTINUA...



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...