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História Deanoru - Colegas de Quarto - Capítulo 24


Escrita por: cacahmaria-1994

Capítulo 24 - Capítulo 24


Fanfic / Fanfiction Deanoru - Colegas de Quarto - Capítulo 24

POV Karolina

Se eu pensava que Nico descobrir sobre a Xavin era a pior coisa do mundo, é que realmente não imaginei que Gert reagiria mal com isso

- Caraca K, e você sabe desses poderes desde quando? – Molly foi a primeira a cortar o momento constrangedor com suas perguntas sempre prontas

- E tipo, o que tanto você pode fazer? – Chase continuava o assunto onde Molly havia parado

- E tem algo cientifico que você saiba sobre isso ? – Isso não me surpreendia vindo do Alex

- E você decidi simplesmente me contar assim da Xavin? Nico nem conseguia deixar essa conversa para mais tarde, o seu desgosto sobre isso estava nítido.

- Então – eu tentava pensar em alguma resposta que me ajudaria a responder a todos  quando Gert se levanta sem dizer nada e simplesmente decidi sair da biblioteca, isso me deixou tão sem palavras que até mesmo Nico mudou sua expressão e veio até mim

- Olha amor, não fique assim ela só precisa de um tempo – mas isso me quebrou tanto que não segurei meu choro... quando Nico me abraçou e comecei a soluçar sentindo suas mãos me segurando firme. Talvez isso tenha me ajudado a não precisar dar  nenhuma explicação maior para as perguntas. Porque todos eles vieram em minha direção e nos abraçamos em grupo

- Olha Karolina, vai ficar tudo bem. Você conhece a Gert – Mas mesmo Chase tentando me ajudar, eu sentia que ele também não havia entendido a atitude dela comigo.

- A gente te ama de qualquer jeito, ainda mais agora, afinal... quem tem essa oportunidade de ser amiga de alguém de outro planeta literalmente? – Molly conseguia sempre me tirar um sorriso.

Quando começamos a conversar novamente, Nico achou melhor a gente voltar todos aos dormitórios. Até mesmo Alex apesar de não ter todas as suas respostas concluídas, teve uma atitude melhor que o esperado por mim. Porque de todos, quem eu realmente imaginei que sairia da biblioteca, seria ele.

Quando cheguei ao dormitório com Nico, eu estava esperando uma nova discussão, porque eu merecia isso, eu sei.

- O quão brava você está comigo ? – nem mesmo me sento na cama para conversar, porque se for para ouvir algo muito ruim, estou preparada para a desculpa de entrar rápido no banheiro para tomar um banho, o que seria uma desculpa perfeita para chorar incansavelmente no chuveiro.

- Vem ca, senta aqui comigo – droga, já era todo o meu plano, decido então com minha pouca boa vontade, me sentar ao seu lado, quando Nico imediatamente puxa o meu corpo no seu colo – Não foi a melhor noticia do dia, você devia ter me contado e não me escondido outra coisa novamente, mas estou começando a entender que você é a pessoa que menos tem culpa de tudo isso – novamente começo a chorar e eu não sei o que está acontecendo comigo, desde quando me tornei essa torneira humana? – Eu só quero te falar novamente que eu estou aqui para qualquer coisa, até mesmo para você me contar que foi pedida em casamento.

- E eu aceitei – sei que esse momento não é um dos melhores para eu fazer uma piada assim, mas não consegui resistir, quando Nico no mesmo momento sai do seu jeito fofo para o seu jeito duro de ser que praticamente me empurrou do seu colo para o chão e se levantou querendo socar a cara de alguém, que certamente seria Xavin.

- OLHA KAROLINA, EU ACEITO QUALQUER COISA, MAS ISSO JÁ É DEMAIS, VOCÊ TEM MAIS ALGUMA COISA PRA ME CONTAR? QUANDO VAI SER ESSE MALDITO CASAMENTO? QUE PLANETA VAI SER? PORQUE PODE SER LÁ EM MARTE, MAIS EU VOU ESTAR LÁ PRA – me levanto do chão e começo a rir desesperadamente na cama – MAIS QUE MERDA É ESSA? PORQUE VOCÊ ESTÁ DANDO RISADA? EU SOU UMA PALHAÇA AGORA? – eu não conseguia parar ainda de rir para conseguir dar alguma resposta que fosse, quando acho que ela finalmente percebeu – KAROLINA DEAN, você está brincando com a minha cara é isso mesmo? – quando respiro um pouco, faço uma breve confirmação com a minha cabeça – Agora você vai ver só – quando Nico vem em minha direção e me empurra ainda mais para a cama, colocando o seu corpo em cima do meu, imagino que viria algo muito bom vindo disso, quando sinto suas mãos em minha barriga – Acho que alguém tem uma fraqueza.

- NICO NÃO, PARA POR FAVOR, NICO – quase morro de tanto rir com as cócegas quando peço clemência a minha namorada – POR FAVOR, VOCÊ VENCEU, ME DESCULPA

- O que Karolina? não consegui ouvir? Odeio quando Nico faz isso comigo

- ME DESCULPA NICO – grito praticamente com as ultimas forças que tenho, quando Nico finalmente para com sua tortura

- Você fica linda quando sorri desse jeito, mesmo forçada – sabe aqueles momentos simples, quando você percebe a sorte que tem, por ter aquela pessoa ao seu lado? Ou nesse momento... a pessoa que você mais ama te olhando da forma como Nico está agora, como uma resposta rápida, eu a beijo... um beijo calmo. E isso me deixa melhor.

- Obrigada por ser tudo isso por mim amor – A agradeço, porque o quão raro ou talvez, ela seja a única pessoa que realmente iria aceitar e enfrentar tudo isso comigo – Eu te amo

- Eu também te amo K, muito! – Nico novamente volta a me beijar e seus beijos que começam na minha boca, se espalham pelo meu pescoço, talvez ela saiba o quanto gosto quando ela faz isso.

 

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Depois de passar a noite com Nico e de conversar sobre tudo dessa vez, sinto que não tem nada mais que possa nos separar. Pela primeira vez na vida, minha namorada e meus amigos me conhecem, o que realmente eu sou. E por mais que ainda não saiba como conversar com Gert, sei que isso vai se ajeitar.

Espero Nico para irmos ao refeitório, para encontrarmos com a turma que está na mesma mesa de sempre. Infelizmente, Gert me ignorou totalmente, nem mesmo o meu bom dia ela respondeu. Molly até tentou puxar assuntos que nós duas sabíamos que se fosse em outro momento, Gert gostaria de participar da conversar e também passar praticamente o dia nos explicando, a importância do voto.

Na sala de aula, eu achei que as coisas poderiam melhorar. Quando Gert, decidiu se sentar praticamente na primeira cadeira, em frente a mesa dos professores. Praticamente ninguém nunca sentou lá, porque é o pior lugar. Nem mesmo os nerds como Gert, gostavam de sempre serem perguntados sobre tudo, como os professores faziam questão de fazer para quem ali ficasse.

- Olha, eu vou conversar com a Gert, pra ser sincero, eu nunca vi a Gert tão quieta assim – Chase percebendo  a minha cara de poucos amigos se sentou ao meu lado

- Não faça isso, porque você sabe que vai sobrar pra você também, e nesse momento não quero que ela fique sozinha – Faço um breve agradecimento a solidariedade dele e tento prestar atenção na aula.

Depois que encerrei minhas aulas do dia, fui caminhando para o treino de futebol, pensando em como estou triste sem Gert, de repente, percebo que ela sempre ficou ao meu lado desde o primeiro dia, depois de todas minhas discussões, crises com Nico. Ela me buscou na casa dos meus pais naquela época difícil e sempre fez com que eu me sentisse parte de sua família, me permitindo ficar finais de semana em sua casa. Percebo que me importei tanto com o que Nico iria pensar sobre tudo, que esqueci da minha melhor amiga e da forma como ela se sentiria. E agora sinceramente, estou sentido um medo enorme de perde-la, porque sei o quanto Gert é difícil quando se decepciona com alguém.

Nico, Chase e até mesmo Alex, perguntaram se eu gostaria que eles me acompanhassem  ao treino, porque Gert fazia isso sempre, por mais que ela não ficasse para me assistir, mas estou tão chateada comigo mesma que preciso de um tempo sozinha e algo para me distrair e nada melhor do que o futebol.

- Karolina acerta essa bola direito – Molly nunca havia gritado comigo nos treinos, mais sei que ela não tem culpa, porque praticamente errei todos os lances e nem consigo me concentrar em correr pelo campo

- Karolina, vem sentar no banco! – O técnico Wilder grita em minha direção – O que está acontecendo com você hoje? Esqueceu que a gente tem um campeonato importante para participar?

- Desculpa – é a única coisa que consigo dizer.

Não me atrevo a voltar a jogar, digo que estou com mal estar e que é melhor ficar no banco de reservas, quando o treino finalmente acaba. Entro no vestiário e tomo um banho pensando no que vou fazer com Gert, quando saiu do banho e me troco, percebo a presença de Molly me esperando, quando me arrumo, ela vem conversar comigo;

- O que aconteceu hoje? Juro pra você que se houvesse uma disputa entre você e Gert hoje, Gert ganharia – ao ouvir o nome de Gert, eu não consigo esconder o meu rosto aflito – Ah espera um pouco, você está assim por causa da minha irmã?

- Hoje ela nem mesmo falou comigo Molly – aproveito para arrumar minhas coisas para sair

- Dá um tempo K, você não precisa se preocupar, sabe quantas vezes eu e minha irmã ficamos assim? Isso são coisas de irmãs... você vai ver – de certo modo, isso me acalma, porque acho bonito a forma como Molly me explica sobre a situação entre mim e sua irmã e me sinto mais forte para esperar uma resposta vindo de Gert.

- Vou dar um tempo para ela. – Ganho um sorriso de Molly – E saiba que pra mim também, vocês são como irmãs que eu nunca tive ou imagino que nunca tive... eu nunca sei – acho que até mesmo meu senso de humor voltou.

 

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Minha paciência e o tempo que deixei para que Gert voltasse a falar comigo estão diminuindo. Já faz praticamente 9 dias que ela nem mesmo me olha. Nem mesmo Molly consegue me acalmar. E Agora todo o grupo está preocupado. Porque já fizemos duas reuniões para falar sobre o que vamos fazer com a situação de nossos pais ou com o fato que eu tenho super poderes. Mas ela não foi em nenhum.

E isso não é o pior do que saber que o técnico Wilder quer me matar, porque eu simplesmente não consigo fazer nada que preste nos treinos e Xavin, depois das voltas as aulas, ninguém sabe dela. E apesar de ver o lado bom de não precisar falar sobre nosso “noivado”, o nosso time nunca esteve pior.

- Acho que o único jeito amor, é você ir falar com ela e tentar a sorte, que os jogos comecem – Até mesmo Nico desistiu de me ver todos esses dias desanimada - Pelo menos dessa vez, não brigamos

- Sério amor, piada de Jogos Vorazes? Gert mataria você e começaria a falar sobre a política que existe em Panem – novamente eu me sinto triste demais para continuar a conversa, por mais que Nico tente me agradar.

- K, vai lá conversar com ela – e dessa vez, finalmente eu decido fazer isso.

Está um pouco tarde, mas como ela novamente faltou a uma de nossas reuniões. Decido ir ao seu quarto, porque sei que nesse momento ela não está com  ninguém, porque Chase ficou junto com Molly e Alex conversando sobre vídeo games. Nico e eu que decidimos vir mais cedo, porque eu não estava muito afim mesmo de socializar.

Saiu do quarto, após ganhar alguns beijos de boa sorte de Nico, quando estou em frente a porta do quarto de Gert, fico pensando em inúmeras formas de como começar a conversa, quando decido bater na porta.

- Pode entrar – ouço a Voz de Gert e meu coração congela.

- Oi – percebo que minha presença no seu quarto a surpreende

- Pensei que fosse o Chase – a conversa já começa a ruim

- Olha Gert, quando você vai decidir voltar a falar comigo? – sou  a mais direta possível, porque percebo que é a única forma que posso falar com Gert nesse momento

- Você acha que tem direito de falar isso pra mim? Eu pensei que nós fossemos amigas - vejo seu olhar de decepção e não sei como mudar isso

- Mas nós somos Gert, você sabe disso. – minha voz sai mais fraca do que eu imaginei, talvez sejam as lagrimas que tento segurar

- Desde o primeiro dia, eu te defendi de tudo e todos. Confiei em você. E você me escondeu tudo o que era importante pra você. Me deixou de lado, e você quer que eu aja normal com você?

- Me desculpa Gert... Talvez eu demorei tanto tempo para conversar com você, porque sei que nada justifica. Me desculpa por ter me esquecido de me preocupar sobre seus sentimentos – é a primeira vez que acho que toquei o coração de Gert

- eu esperava mais de você Karolina – ela se levanta e vai em direção a porta – Amanhã a gente conversa

- Olha, eu só quero que você saiba que esses dias eu pensei em você praticamente sempre. Pensei na primeira vez que você me apresentou a escola, ao teu grupo de mulheres feministas, quando você me ajudou com Nico e todas as vezes que você me apoiou em tudo na minha vida. E eu só quero que você saiba que espero também um dia retribuir tudo isso a você. Obrigada por tudo, por ter me ensinado coisas que só você saberia como. Ninguém é como você na minha vida, Me desculpe se fiz você se sentir de outra forma.

Dessa vez, não espero uma resposta. Apenas saiu do seu quarto e torço para que amanhã tudo possa melhorar.

 

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Quando contei a Nico sobre minha conversa com Gert, novamente comecei a chorar. Até parece que não existe os problemas com meus pais ou o fato que sou de outro planeta. Porque não ter Gert ao meu lado, parece ser o pior de tudo o que já me aconteceu. Eu não me sinto protegida ou amada, e não consigo imaginar a minha luz no fim do túnel. Porque Gert era tudo isso pra mim. Foi ela a primeira a pessoa a me mostrar o quão importante é ter um amigo assim em nossas vidas.

Adormeço e quando acordo, não quero levantar, Nico percebe isso e se esforça pra me animar dizendo que talvez o humor de Gert tenha melhorado. Então me levanto e decido que vou arranjar forças para o dia de hoje. Eu fiz tudo o que eu podia para melhorar as coisas.

No refeitório, prevejo que vou levar outro fora de Gert, quando ela me surpreende e me da um bom dia. Chase estava pronto para falar algo, quando Molly da uma cotovelada nada sutil nele e isso faz com que eu e Gert sorríssemos vendo a cena. Todos sabíamos que Chase faria alguma piada idiota com isso. O Café da manhã foi o mais normal possível. Mesmo que Gert ainda estivesse um pouco quieta. Ela tentou puxar algumas conversas.

Quando estávamos indo todos juntos na sala de aula, ela me empurrou um pouco para o lado e começamos novamente uma conversa só nossa

- Posso me sentar ao seu lado hoje? – acho isso tão bobo e tão fofo, coisas que não combinam com Gert, que a abraço e digo

- Estava com saudade disso Gert.

Quando estou na sala de aula e vejo Gert ao meu lado, percebo que finalmente agora posso criar forças para enfrentar o que vier pela frente. Sei que ainda preciso reverter minha situação em nossa amizade, mas já é um bom recomeço.

Estava começando a pensar coisas positivas sobre o dia, como finalmente melhorar nos treinos de futebol, quando ouço no microfone da sala de aula a voz do Diretor Jonah “Karolina Dean, por favor, se apresentar a minha sala depois da aula’’.

Quando ouço, sinto o meu corpo todo estremecer e os olhares de Gert, Nico, Alex e Chase em minha direção.

EU NÃO TENHO UM DIA DE PAZ.



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