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História Deanoru - Colegas de Quarto - Capítulo 25


Escrita por: cacahmaria-1994

Capítulo 25 - Capítulo 25


Fanfic / Fanfiction Deanoru - Colegas de Quarto - Capítulo 25

POV KAROLINA

“Karolina Dean, por favor se apresentar a minha sala depois da aula”.

- Olha você não precisa ir sozinha, eu vou junto e não to nem ai para quem tentar me impedir - Quando toda a sala ouviu o recado do Diretor Jonah. Nico veio imediatamente falar comigo e ela não estava nada satisfeita - Será que a gente não pode ter um dia de paz nessa escola?

- Calma Nico, talvez seja algo sobre o futebol... Agora eu sou capitã e se você esqueceu, temos o estadual pra jogar e sou eu quem está ajudando o Técnico Wilder com os documentos - essa foi a melhor desculpa que consegui achar para tentar acalma-lá, mas eu sei que nesse momento é difícil fingir algo para alguém que me conhece inteiramente.

- Ah por favor Karolina, eu aposto que você vai sair daquela diretoria toda estranha, e não vai poder contar para mim o que houve e isso vai gerar uma discussão, porque futuramente eu sempre descubro. Então dessa vez não perca tempo fingindo sobre nada ok? - Eu devo ser uma pessoa muito obvia mesmo para minha namorada.

- Calma ai Nico, deixa a Karolina respirar - Havia até me esquecido da presença de Gert após o choque de verdades que Nico colocou em cima de mim

- Você devia estar do meu lado Gert, porque alguma coisa estranha nisso vai ter.

Nico precisou se sentar novamente no seu lugar, pois o sinal tinha batido para a ultima aula e nem mesmo ela queria desrespeitar a sua mãe em sala de aula. A aula de literatura sempre passava rápido, apesar da Professora Tina ser uma pessoa bem arrogante com os alunos, ela é do tipo que sabe explicar perfeitamente sobre tudo. Então infelizmente quando eu percebi. Eu já estava caminhando para diretoria.

- Karolina - a Sra. Yorkes estava me aguardando na secretaria como sempre - Você está bem querida? - dessa vez eu a olhava e percebia um semblante diferente no seu rosto. Uma preocupação bem visível, para o meu azar.

- Estou sim, o diretor me chamou? - me faço de desentendida para quem sabe, ela me livrar dessa.

- Sim, querida. - Ela me abraça pelos ombros e me leva em direção a porta - Qualquer coisa estarei aqui, tudo bem? - digo um breve sim e decido rapidamente entrar, sem mesmo esperar que o Diretor venha me atender na porta.

- Oi Karolina - Percebo que faz algum tempo que não o vejo, me recordo que a ultima vez, foi na casa do Alex. Mas agora ele está muito diferente. Sua fisionomia mais magra e apesar do dia estar completamente ensolarado, ele está com um terno que dificilmente o vejo usar na escola, ainda mais em dias quentes como estes.

- Você está bem Diretor? - não resisto em perguntar isso, porque de alguma maneira sinto uma preocupação desproporcional dentro de mim,como se eu soubesse que existisse algo errado com ele, e não falo sobre os rituais ou minhas suspeitas, mas algo relacionado a sua saúde, como se eu sentisse que ele está fraco. Não sei se são meus poderem que estão mexendo com o meu cérebro ou me deixando mais forte, mas existe algo aqui.

- Precisamos conversar Karolina - Ele aponta com sua mão para uma das poltronas e eu me sento - Já faz algum tempo que gostaria de fazer isso, mas agora como você sabe sobre mim.

- Sobre você? - corto o inicio da conversa antes mesmo que ele pudesse continuar, talvez para conseguir tempo de criar uma historia se acaso ele vir com a conversa daquele ritual estranho na casa do Alex, eu poderia tentar engana-lo. Mais varias perguntas surgem na minha cabeça, como ele teria descoberto tudo?

- Bom se Xavin acha que me enganou, só porque eu permiti que ela estudasse aqui na minha escola, está muito enganada - Xavin? meu cérebro agora tenta raciocinar, o que ela teria haver com tudo isso?  - Eu estou realmente bravo... não com você... não se preocupe - ele se levanta da sua cadeira e fica ainda mais visível a forma como seu corpo mudou durante apenas alguns dias - Ela nem mesmo me deixou contar a você sobre a origem da nossa família e a verdade do porque fui expulso daquele planeta idiota - de repente vem a tona o que eu mais temia, o maior medo que senti após conversar com Xavin sobre minha origem, afinal quem seria o meu pai? o culpado por exatamente tudo?  - Xavin pode até apagar todas as câmeras da sua casa, mas eu tenho pessoas muito inteligentes trabalhando em sua casa. Eu jamais deixaria a proteção da minha unica filha nas mãos daquele idiota do Frank.

- Para - eu me levanto, não quero acreditar, eu sou a pessoa mais azarada desse universo. Percebo que nesse momento ele tenta se aproximar de mim e me levanto em direção a porta - Eu quero sair daqui - tento controlar minha respiração, estou a ponto de surtar ou gritar... chamar Nico, meus amigos, não quero estar nessa sala sozinha com ele. Quando chego diante a porta. Uma luz enorme se acende na sala, tento entender o que está acontecendo, porque as cortinas estão todas fechadas, quando olho para atrás e vejo o Diretor Jonah refletindo todas as cores que existem em mim. E o pior, não tenho nenhuma forma de fugir desse lugar e muito menos dessa conversa.

- Você não quer saber sobre mim? Eu posso te ensinar tantas coisas Karolina - o meu corpo todo se acende igualmente, eu não quero fazer isso, estou usando minha pulseira,mas não consigo controlar - Você não precisa dessa pulseira, eu posso te ensinar a controlar.

- Por favor, para com isso - apesar de todo nervosismo, quero evitar a informação que eu realmente não sabia sobre nosso parentesco e que isso foi uma cartada estupida vindo dele, já que aparentemente ele estava a meses escondendo isso de mim - Eu prometo que não conto a ninguém que você está por aqui, eu prometo que ninguém vai descobrir sobre nada - talvez ele pense que vou revelar seu segredo ou que já revelei para algumas pessoas... que destruirei seus planos de permanecer nesse planeta. Estou desesperada. Porque Xavin tinha que esconder justo esse detalhe tão crucial? 

- Gostaria que você se sentasse novamente, preciso te contar a versão real dos fatos - o obedeço, porque não sou tão idiota, sei que pela sua forma de falar, ele jamais vai me deixar sair daqui sem sua permissão - Nosso planeta foi invadido pelo Skrulls, eles alegaram que um casamento poderia fazer com que nossos planetas fossem um só, unidos pelo mesmo ideal. Sei que pra você é difícil ter essa compreensão, pois você nem imagina quantos planetas existem e a guerra em que eles viviam entre eles. Mas juntos, nos tornaríamos uma força total, para impedir qualquer destruição do nosso povo. Era isso que eles acreditavam. Mas eu sabia que nosso planeta era o mais resistente e forte e não quis isso. Por isso me expulsaram... eu simplesmente disse que não poderia me casar e disse os verdadeiros fatos para o nosso povo. O que gerou uma rebelião enorme, mais o que veio depois disso, não foi culpa minha, não foram minhas mãos que se sujaram de sangue e mesmo assim eu me tornei o vilão.

- Mas porque de tantos homens naquele planeta, você foi escolhido? - não fazia sentido, porque ele seria a peça chave de tudo? a pessoa que teria que se casar para salvar o planeta?

- Porque eu era filho do Rei - não da para acreditar numa coisa dessas - E eu confesso que fui imprudente quando quis tentar matar algumas pessoas aliadas dos Skrulls, mas eu jamais iria dividir o meu planeta com uma espécie tão desigual, mas isso foi antes... de descobrir que meus próprios aliados me trairiam

- Porque a Xavin não apareceu mais na escola? - Em um piscar de segundos, essa informação veio com tudo dentro de mim, porque Xavin não voltou para falar comigo? E agora... ele dizendo que Xavin nunca devia ter pensado que conseguiria engana-lo.

- Porque ela iria atrapalhar ainda mais meus planos, eu tentei fazer ela desistir, mais como sabemos, não deu certo - um sorriso sarcástico surgiu em seu rosto - Mas não se preocupe, ela ainda está viva.

- O que eu posso fazer pra você não machucar ela? - não sei onde posso chegar nessa conversa, porque ele está confiando tanto de sua historia a mim? Por mais que eu seja sua filha, eu o odeio.

- Vamos para a segunda parte da conversa, nós somos uma espécie, que vive além do que os humanos podem imaginar, só que depois de passar algum tempo na terra. Eu descobri que esse planeta não possuía a energia do sol que eu precisava, eu estava morrendo.  Foi quando precisei pedir ajuda. O meu primeiro alvo foi os pais do seu amigo Chase. Muito inteligentes por sinal... eles montaram aquela maquina que você viu na casa do sr. e sra. Wilder. Sim, eu sei sobre isso também, eu acho que vocês adolescentes devem parar de imaginar que são espertos o suficiente para nos enganar.

- O que essa maquina faz? - o quanto mais eu souber, definitivamente será o melhor, para pelo menos eu ter 00000.1% de chances contra ele

- Essa maquina ela retira a energia que eu preciso... que só um corpo humano pode me proporcionar, para que meu corpo fique suficientemente saudável. - O que ele quer dizer com isso? Ele realmente precisa matar pessoas para sobreviver?

- Foi você... quer dizer... você matou Amy e os outros? Sei que Nico jamais irá perdoar uma coisa dessas

- Eu não queria fazer isso com Amy, mas os Minoru não queriam mais me ajudar e tive que mostrar para eles quem realmente manda aqui. - ele dizia isso tão naturalmente, o tornando para mim a criatura mais horrível que eu já vi na vida. Um monstro.

- Você é um monstro! O que você quer de mim? (...)

 

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POV NICO

Estava esperando Karolina em nosso quarto, junto com Molly e Gert, as duas não estavam me ajudando em nada, pois ambas não paravam de andar fazendo perguntas que obviamente ninguém sabia a resposta.

- Pega o seu celular e liga pra ela Nico, já faz 4 horas que ela está lá dentro com aquele maluco - Gert tinha finalmente desistido de ficar gastando o chão do meu quarto e se sentou na cama comigo

- Eu não estou com o meu celular - era obvio que Karolina iria esconder qualquer coisa que ela achasse que iria nos proteger - Eu coloquei na bolsa da Karolina sem ela perceber, usei o modo gravador de um aplicativo que só o Alex saberia te responder corretamente

- Cara, você é um gênio! - Molly dizia animadamente - K não vai conseguir escapar dessa

- O problema é que fui otimista demais, será que ela vai voltar aqui? Ou sei lá... voltar na casa dos pais? Eu acho que dessa vez, a coisa vai ser pior do que o esperado.

Ficamos nós três esperando por um tempo, até que as 4 horas se formaram, em 6,7,8h... e anoiteceu até o ponto em que as meninas não poderiam ficar mais comigo. Foi difícil fazer Gert e Molly irem para os seus dormitórios, mas as convenci que isso protegeria bem mais Karolina do que as duas criando confusão hoje.

Quando decidi tomar um banho e pegar algum livro pra ler, já que não poderia ouvir musica por conta do meu celular.  Imaginei que isso poderia pelo menos fazer com que o tempo passasse logo de uma vez e eu finalmente escutasse a porta do meu quarto e a voz da Karolina me chamando. Quando folheava o livro, as palavras nada significam para mim, porque meus pensamentos estavam nos nossos momentos juntas, nosso primeiro beijo, o primeiro momento em que percebi que estava apaixonada. É engraçado como de repente tudo na nossa vida muda. Eu jamais iria imaginar que estaria namorando a garota que me jogou praticamente um copo todo de café no corredor e que fez o meu primeiro dia da escola esse ano ser um inferno, com minha mãe me expulsando da aula na frente de todo mundo. Quem diria que eu recuperaria meus amigos, me sentiria em paz em relação a Amy, pela primeira vez eu sinto o quanto devo ser feliz por ela. E tudo isso eu devo a Karolina. (...)

- Nico? Nico? – ouço a voz da Karolina, mas não entendo, eu peguei no sono? Mais que droga. Ela vai pensar que não me preocupei suficientemente com ela a ponto de ficar acordada

- Oi amor – demoro um pouco para abrir meus olhos, pois a luz do meu quarto está acesa – desculpa, eu esperei você na cama, mas acabei pegando no sono, está tudo bem? – eu me encosto melhor na cama e seguro suas mãos e percebo que Karolina está sem sua pulseira – Espera, como que você está sem sua pulseira? E seus poderes? Karolina o que aconteceu? – eu quero pular da cama e ver se ela está machucada, mas é a vez dela de segurar as minhas mãos com firmeza. Eu estranho um pouco esse toque bruto, porque Karolina não é assim, quando ela retorna a falar;

- Por favor, não me faça perguntas hoje – mas lagrimas já estão caindo do seu rosto e a única coisa que quero, é que ela responda minhas perguntas, mas ela me surpreende me beijando

- Para K, eu quero conversar, porque você está assim? – sinto um medo dentro de mim, é diferente das outras vezes. Sinto um vazio enorme em seus olhos, como algo quebrado. O que aquele cara fez com ela?

- Será que a gente pode aproveitar o resto da noite juntas? Eu não quero conversar – ela apaga a luz do nosso quarto e sinto novamente os seus lábios. Eu não sei como devo reagir, mas logo o meu corpo responde ao seu toque. E eu escolho receber o seu amor, por mais que eu saiba que está noite ela precisasse realmente da antiga  Nico, á que quebrava tudo e explodia. Mas algo mudou em mim, desde que eu me apaixonei completamente por ela.

- Eu te amo amor – sussurro antes de pegar no sono novamente.

Quando acordo, minhas mãos procuram por Karolina no mesmo espaço de sempre na cama, mas elas não a encontram, por alguma razão, eu insisto, mas a única coisa que sinto é o cheiro suave que fica no meu travesseiro quando dormimos juntas. Eu acordo e decido procura-la no banheiro, mas pelo chão seco, eu percebo que ela mal entrou nele. Karolina tem o hábito de sempre deixar o banheiro todo molhado, isso gera diversas discussões pela manhã, o que aparentemente não a incomoda ao ponto de querer mudar.

Quando volto para a cama, me sinto a pessoa mais burra do mundo. O CELULAR. Vou diretamente para a bolsa de Karolina e por sorte, ele ainda continua lá intacto, apenas sem bateria. Então rapidamente pego meu carregador e espero os 10 minutos mais demorados da minha vida. Quando eu finalmente consigo ligá-lo, percebo que ainda são 4h30 da manhã. Porque Karolina não estaria no quarto essa hora da manhã? Milhões de pensamentos vem sobre minha cabeça, quando eu finalmente percebo... Karolina foi embora.

Eu solto imediatamente meu celular e vou procurar suas roupas no armário e encontro apenas poucas peças de roupas. A única sorte que consigo enxergar nisso tudo, é o fato dela ter levado sua outra bolsa. Porque o meu celular é a única esperança que me faz não surtar completamente, quando o pego e vou correndo para o quarto de Gert e Molly.

Quando chego lá, ainda preciso bater na porta com todo cuidado, para não ser ouvida pelos monitores que ficam em nosso dormitório. Demora um pouquinho, mas Gert me atende.

- Nico, o que houve? – eu percebo que Gert, não havia nem dormido, por conta dos seus olhos inchados e roxos. Como se esforçasse para ficar acordada – A Karolina não chegou ? – antes de responder as perguntas, eu peço para entrar no quarto e encontro Molly roncando, completamente desmaiada na cama – Por favor, não a culpe, ela nunca foi muito forte em ficar acordada –  então decidimos acorda - lá, porque ela jamais nos perdoaria de fazer algo sem ela, nesse momento de nossas vidas.

Quando expliquei toda a situação e o sumiço de Karolina, Gert pegou rapidamente o celular das minhas mãos e disse “porque estamos perdendo tempo”, como se eu não soubesse?, mas deixei para lá, porque sei o quanto estamos nervosas. Então começamos ouvir a conversa do Diretor Jonah com a Karolina

(...) Xavin não devia pensar que me enganaria (...) ainda bem que agora você sabe de tudo (...) a proteção da minha filha (...) foi você que matou todos aqueles jovens (...) foi você que matou Amy?

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Eu não consigo olhar para as meninas, na verdade, não consigo olhar para ninguém, a ultima coisa que ouvimos é que o pai da Karolina foi o responsável pela morte da minha irmã, depois disso o meu celular possivelmente desligou por conta da bateria.

O Diretor Jonah é o Pai de Karolina

E ele matou minha irmã

é apenas nisso que meu cérebro se concentra 

ELE É O CULPADO.

(...)



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