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História Dear Diary - (My) Beloved Boy


Escrita por: lraydanx

Notas do Autor


É com muito orgulho que eu posso dizer que terminei de postar essa história maravilhosa e que tenho tanto orgulho. Foram poucos favoritos e comentários mas só tenho a agradecer por todo o apoio que vocês me deram e todo o feedback.

Pro capítulo final, vou deixar algumas fotos que postei no meu twitter em formato de link aqui, essas fotos são prints do meu the sims 4, onde eu fiz a casa do Jaebun completa para vocês terem uma noção de espaço e ambiente enquanto leem esse capítulo:

Link fotos externas da casa do Jaebun: https://twitter.com/lraydanx/status/1436870155326349318
Link fotos internas primeiro andar: https://twitter.com/lraydanx/status/1436870393269207040
Link fotos externas segundo andar: https://twitter.com/lraydanx/status/1436870302303141888

Existem mais cômodos como um banheiro, o closet do Jaebun e dois quartos de visita que não mostrei porque achei irrelevante.

Realmente espero que gostem da finalização da história. Assim que eu estiver mais tranquila e com mais tempo na faculdade irei postar um capítulo extra, reescrever uma fanfic de omegaverse vkook/taekook e escrever uma nova história.

Fiquem com o capítulo de hoje, boa leitura minhas amoras!

Capítulo 10 - (My) Beloved Boy


Dear Diary

10. (My) Beloved Boy

01/01/2016

Querido diário (não sei por quanto tempo mais vou escrever em você, mas saiba que aproveitei cada momento)

Ontem a Alex insistiu em irmos ao shopping para ela comprar um vestido para o Ano Novo (sim, ela insistiu que não tinha nenhuma roupa adequada para o evento, sendo que claramente ela só queria gastar dinheiro comprando roupas novas). Não que eu não goste de ir as compras, mas quando a Alex começa a tagarelar que precisa de uma roupa nova, eu já sei que vamos ficar o dia inteirinho andando em infinitas lojas. A parte boa disso tudo é que ela acabou me ajudando a comprar um presente pro Jaebun, eu estava muito indeciso, então acabamos ligando para o Hanbin, que de muito bom grado nos ajudou (até de mais) a escolher algo. Pensamos em várias coisas, desde um relógio até alguma roupa, mas chegamos à conclusão que Jaebun já tinha tudo aquilo, e em uma versão bem mais cara do que eu poderia pagar. Foi ai que o Hanbin lembrou que ele tinha alguns brincos em cada orelha, todos eles de prata. A Alex me arrastou para uma loja de joias e ela e o Hanbin tiveram a ideia de comprar um pingente de brinco (que por sinal nem sabia que existia algo assim). Escolhi uma plaquinha redonda e pequenininha com uma lua gravada no centro (já que ele me deu um anel com um sol gravado). Poderia ser a coisa mais brega e melosa do mundo querer usar joias que combinam? Com certeza, mas eu não me importaria nem um pouco desde que Jaebun gostasse do meu presente. Usei parte do dinheiro da aposta (que nem participei mas ganhei) para comprar o pingente, ele foi oitenta pratas (caro pra caralho). A moça da loja colocou a peça feita de preta dentro de uma caixinha, que parecia muito com a que Jaebun tinha me dado o anel, e colocou a caixa envolta em um papel grosso e preto, fazendo um pequeno embrulho delicado. A vendedora perguntou se eu queria um cartão, então apenas pedi para que escrevesse o nome de Jaebun. Depois de, sei lá, quatro horas, a Alex finalmente decidiu que usaria um vestido de cetim branco com uma fenda lateral que ela comprou em uma loja muito chique por sinal. Ela ficou tagarelando comigo sobre a carteira de mão de brilho prata que ela usaria junto com um brinco de mesma cor e um salto roxo maravilhoso que ela tinha ganhado a um tempo de seus pais.

Mas voltando para o que aconteceu no dia do Ano Novo, eu estava vestido com um conjunto de moletom bege, um cachecol de mesma cor e com o sobretudo marrom que Jaebun havia me dado como presente. Obviamente aquela não seria minha roupa para a festa, eu apenas iria as compras e almoçar com Jaebun daquela forma. Falando nele, tinha acabado de receber sua mensagem avisando que já havia chegado. Peguei minha mochila (que tava cheia de tralha e o pingente), me despedi da Alex e fui até a Mercedes branca que eu já era tão familiarizado. Jaebun estava, como sempre, encostado na lateral do carro me esperando para abrir a porta. Dei um beijo em sua bochecha e me acomodei no banco do passageiro enquanto o via passando pela frente do carro e entrando no lado do motorista.

“Então, podemos ir?” Ele pergunta e eu concordo, logo em seguida pergunto para qual restaurante iriamos e ele disse que seria o mesmo que fomos no dia da fatídica reunião. Assim que chegamos no lugar, fomos recebidos por um chofer, como na primeira vez, e um garçom (com um rosto muito familiar por sinal). “Senhor Lee, é sempre um prazer tê-lo aqui, a mesma mesa de sempre?”

“O prazer é todo meu, Ravi, a mesa de sempre, por favor. Aliás, onde está a Beatrice?” Nunca ouvi falar dessa mulher, é alguém importante que eu deveria conhecer mas não faço a menor ideia de quem seja? “Ela me informou que não viria hoje, senhor.” Fomos levados até a mesma mesa que almoçamos quando viemos aqui e o garçom (o tal do Ravi) nos entregou três cardápios, sendo um deles uma cartela de vinhos. “O que vão querer como antipasti?” Anti o que? Jaebun parecia ter visto minha cara de confusão e sussurrou significa entrada. Ah, agora faz mais sentido. “Polpettine al sugo,” Ele vira agora para falar com um sommelier que havia acabado de chegar “e uma garrafa de Cabernet Sauvignon Tasca d’Almerita, safra 2013, por favor.” Jaebun pede por nós e eu agradeço mentalmente por não ter que tentar pronunciar esses nomes italianos chiques e extremamente difíceis. Assim que o garçom e o sommelier vão embora, Jaebun vira para mim e abre um sorriso. “Esse vinho é do sul da Itália e quase sempre é premiado com os 3 Bicchieri do Gamboto Rosso (eu apenas fingi que entendi absolutamente tudo que ele falou, não queria estragar sua empolgação).”

“Hm, quem é a Beatrice que você comentou mais cedo com o garçom?” Eu tava curioso pra caralho e isso tinha que sair alguma hora da minha cabeça. Ele começa a rir enquanto o garçom e o sommelier voltam com os nossos pedidos. “Beatrice é minha amiga de infância, ela é a dona do restaurante. Eu gostaria de apresentar você a ela antes da festa, ela é um pouco escandalosa, mas parece que temos planos diferentes.” Então ele queria me apresentar pra sua melhor amiga? Mas seria apresentar tipo... Em qual sentido? Porque não namoramos, mas também não somos só amigos... Ah, eu deveria parar de pensar nessas coisas e aproveitar mais o momento. “Daqui a pouco sua cabeça solta fumaça, Karl.” Começamos a rir e começamos a comer a entrada e a beber o vinho escolhido por ele.

Depois de escutar toda a história de como Jaebun conheceu sua melhor amiga e comermos nossos pratos, a mesa é retirada e novamente recebemos cardápios, mas dessa vez sem cartela de vinhos. “Para o prato principal, eu gostaria de um Rigatoni Alla’ Amatraciana e para ele seria um Gnocchi ala Milano.” Parando pra pensar, ele ficava incrivelmente sexy quando falava essas palavras italianas extremamente difíceis. “Hm, então, quem exatamente vai ir nessa festa de Ano Novo?”

“Alguns amigos, nada demais.” Pergunto sobre seus familiares e ele responde que todos estão na Coreia do Sul, e que não quiseram viajar para os Estados Unidos. Bom, sem mais perguntar por enquanto. Depois de alguns minutos nossos pratos principais chegaram e comemos em silêncio, uma vez ou outra eu tentava roubar um pouco do macarrão dele, mas acabava falhando já que ele sempre percebia.

Depois de ficarmos mais um tempo no restaurante, sugeri para irmos no shopping (eu realmente amo ir as compras). Então Jaebun pagou a conta e o deixei decidir qual shopping ele iria nos levar. A verdade foi que não fomos a nenhum shopping, paramos em frente a uma loja chiquérrima em uma avenida da cidade muito conhecida por lojas de roupa famosas e ateliers. Ele estacionou o carro e abriu a porta do carro para mim, me estendendo a mão como ajuda. Entramos de mãos dadas em uma alfaiataria (muito provavelmente a que Jaebun encomendava suas roupas). Fomos recebidos por uma mulher extremamente elegante, que olhava sorridente para nós dois. “Olá, senhor Lee. Como poderia ajuda-lo hoje?”

“Vim buscar o terno branco que encomendei no início do mês.” A mulher assentiu e nos pediu para acompanha-la até o provador. Jaebun ficou me esperando do lado de fora enquanto a mulher trazia uma capa de roupa que cobria todo o terno. Assim que a peça foi revelada, pude ver um terno, quase off-white, de cetim simplesmente estonteante, eu nunca tinha visto nada parecido com aquilo. O paletó não possuía botões, era uma peça inteiriça, que era ligada por uma faixa grossa (também de cetim), que envolvia e amarrava toda a minha cintura, a deixando marcada. A calça também era do mesmo e tecido e cor, como qualquer outra calça de alfaiataria (excluindo o tecido delicado). Procurei a blusa social, mas não a encontrei. Assim que vesti as duas peças dei-me conta de que não havia necessidade alguma de uma blusa social, já que o paletó em si já cobria todo meu torso por conta de seu design exótico. Eu simplesmente tinha amado toda aquela combinação das duas peças. Ir as compras com Jaebun tinha um significado completamente diferente da Alex, e eu estava amando tudo aquilo. “Você vai querer ver, Jae?” Ele nega e diz que quer apenas ver quando for a hora da festa. Então ele é do tipo que gosta de surpresas também?

Assim que terminamos tudo o que tínhamos para fazer na alfaiataria, Jaebun pagou o terno (eu não quis nem ver o preço) e entramos novamente no carro, mas dessa vez com duas sacolas em mãos. “Vamos fazer uma coisa brega agora.” Jaebun fala enquanto sorria timidamente. “E o que seria fazer coisas bregas?” Pergunto em tom brincalhão.

“Compras de supermercado de casal.” Ainda bem que na hora eu estava tão avoado que não dei muita importância pra palavra casal, porque com certeza eu teria chorado de felicidade (sim eu sou sensível porra). Começamos a rir enquanto ele manobrava o carro para sair da vaga. Não demorou muito para chegarmos dentro de um supermercado, assim que descemos do carro dentro do estacionamento, Jaebun passou seu braço por cima de meu ombro e levantei um pouco minha mão até entrelaçarmos os dedos. Pegamos um carrinho e ele me guiou até a área gourmet do lugar.

 Não compramos muitas coisas, pra ser sincero. Na verdade compramos apenas bebidas, muito vinho, Champagne, uma garrafa de whiskey (achei estranho comprar só uma mas nem quis comentar), também compramos refrigerante (eu que pedi...) e água com gás. Jaebun me explicou que o restaurante de sua amiga ficaria responsável pela comida da festa (achei foi chique). Feitas todas as compras, voltamos para o carro e finalmente seguimos caminho cara a casa dele. Eu estava tão ansioso para conhecer a sua casa, ver a arquitetura do lugar, como era a decoração e a ambientação dos cômodos e como eles eram divididos na planta da casa, como era o bairro, onde exatamente ficava sua casa, se seria parecida com o estilo da casa do escritório dele (eram tantas perguntas que deveria estar saindo fumaça da minha cabeça). “Olha é melhor você não ficar criando muita expectativa na sua cabeça e depois ficar decepcionado pela casa não ser tudo aquilo que você imaginou.” Ah, Jaebun e sua capacidade perfeita de ler a mim e a situação de forma precisa.

O caminho foi calmo, saímos um pouco da cidade e fomos por uma rodovia até chegar na Golden Gate (como eu amava passar por ali toda vez que viajava de carro com a Alex), continuamos nossa ida até um lugar mais isolado e próximo do litoral (imagino que a casa dele tenha vista para o Pacífico). Eu não sei se já falei, imagino que não, mas moramos em São Francisco, na Califórnia (sim, sou esquecido o suficiente para não ter falado sobre isso assim que comecei a escrever aqui). A neblina (famosa na região) tomava conta do carro e de toda a paisagem, mas não o suficiente para impedir ou comprometer nossa visão. “Chegamos, Karl.”

Olhei animado para fora da janela do carro, uma casa branca enorme surge em minha vista, ela tinha exatamente o mesmo estilo arquitetônico do escritório, só que ela tinha mais... Glamour? É que o escritório parecia um escritório mesmo, mas essa casa parece ter vindo de um filme. E como eu tinha previsto mais cedo, ela tinha vista pro mar. Nem sei como posso descrever o lugar, mas é uma casa super moderna, sem muros, toda de concreto branco e vidro preto, com um jardim muito bem trabalhado e repito, muito glamour.

Ps: A Alex fez a casa do Jaebun no The Sims (ela é estranha, ok?) vou deixar um link ou um print dela em algum lugar aqui no bloco de notas (provavelmente no final dessa escrita), não é como se alguém fosse ler ou ver isso, mas eu quero ter a imagem guardadinha pra mim.

Enfim, Jaebun estacionou o seu carro na garagem e ao sair abriu a porta para mim. “Não precisa pegar as suas coisas, depois eu levo tudo pro nosso quarto.” Ok, o fato dele ter dito que o seu quarto era nosso talvez tenha feito o meu coração palpitar um pouco (muito). Eu estava ansioso, mas dessa vez era um sentimento bom, queria conhecer cada centímetro da casa dele e ver sua personalidade única em cada móvel e detalhe dos cômodos.

Logo de cara vejo uma sala de televisão com uma mesa de sinuca através da enorme janela que dava para a garagem (a garagem era aberta e não tinha portão, então não fica esquisito). Não consegui prestar muita atenção já que Jaebun pegou minha mão e me levou até a entrada da casa. Assim que ele abriu a enorme porta de madeira preta, pude ver uma lareira suspensa (igual à do escritório), com um sofá em formato de meia lua e duas namoradeiras de curo no centro do enorme cômodo, atrás do sofá tinha uma mesa de jantar de vidro com suporte geométrico de madeira e cadeiras também de madeira. Ao lado, atrás das namoradeiras e ao lado do sofá tinha a cozinha, linda, com conceito aberto. As bancadas eram de concreto e as portas dos armários abaixo das bancadas eram de madeira preta. Uma ilha com umas cinco cadeiras compunham o resto do visual da cozinha. Era tudo minimalista mas extremamente luxuoso e chique, assim como o proprietário. “Vou no carro pegar as compras e deixar na cozinha, pode ficar à vontade, a casa é sua.” Ele saiu pela mesma porta que entramos mais cedo e eu fico sozinho no enorme cômodo. “Vamos lá, Karl.” Digo para mim mesmo enquanto exploro cada canto do primeiro andar.

Vou tentar explicar a planta da casa, okay? Assim que você entra na casa, a esquerda tem um quarto de hospedes, depois dele a escada para o segundo andar, um banheiro e mais um quarto de hospedes, idêntico ao primeiro (isso tudo do lado esquerdo da casa, depois da escada tem um corredor pequenininho pro banheiro e o segundo quarto. Na direita, depois que você entra, tem a sala de jantar, estar e cozinha, como já tinha explicado antes. Atrás da mesa de jantar e ao lado da cozinha tem uma enorme porta de vidro que dá para a parte de trás da casa, para ser mais específico o quintal, mas ainda não fui lá fora para ver. E tem também a sala de televisão com um bar e a mesa de sinuca que eu falei que uma janela do cômodo dava vista pra garagem e pra frente da casa (a porta do cômodo tem saída pra cozinha/sala). Depois do meu tour quase completo pelo primeiro andar da casa, Jaebun já tinha terminado de colocar todas as compras que fizemos na bancada da cozinha, então fui até perto dele e passei meus braços por sua cintura. “Sua casa consegue ser mais bonita que você.” Ele ri e me abraça de volta. “Você realmente deve me achar bonito, Karl. Pena que você é mais, então minha casa não é tão bonita quanto você.” Nós dois rimos e ele me pega no colo. “Que bom que você gostou do primeiro andar, quer ir ver os outros?” Concordo com a cabeça e ele me leva até o andar de cima em seu colo.

“Escritório ou quarto?” Ele pergunta e eu aponto para uma porta aleatória, sem saber muito bem qual cômodo eu havia escolhido. “Ok, vamos para o escritório.” Ele me coloca no chão e entrelaça nossos dedos. Assim que passamos pelo arco da porta que eu tinha apontado, o enorme escritório com paredes de vidro foi revelado. “Uau...” Foi a única coisa que consegui falar quando vi toda aquela decoração preta e moderna. Do lado esquerdo tinha uma poltrona com uma mesa de canto e na diagonal dela, na outra parede, duas enormes estantes cobriam parte da única parede que não era de vidro. A mesa com computador e cadeira ficavam um pouco para frente, quase no meio do cômodo. Na direita da sala um cavalete vazio ficava ao lado de algumas plantas (maravilhosas por sinal) e do lado tinha uma lareira de chão com uma namoradeira de couro com um biombo dividindo parte do ambiente. Resumindo, era tudo simplesmente maravilhoso. “Pela sua cara você gostou.” Jaebun ri e me puxa para o centro do cômodo. “Sinta-se a vontade para fuçar em tudo que quiser.” Ele dizia enquanto tomava um lugar na cadeira de couro de sua mesa.

Eu estava simplesmente embasbacado, não só pela arquitetura e decoração do lugar, mas também com o cuidado, disposição dos objetos e a vista indecente que tínhamos do mar bem no fundo do lote. Sem falar dos livros mais exclusivos sobre arquitetura que Jaebun tinha em sua coleção nas duas estantes de seu escritório particular.

“Karl, vem aqui.” Obviamente acatei seu pedido imediatamente e fui até sua mesa, onde ele me puxou até sentar na beirada to tampo da mesa. “Aquele dia que você dormiu comigo no seu apartamento, que eu usei seu notebook, tinha uma pasta de documentos do bloco de notas que chamava Karl’s Dear Diary...” Meu coração parou, meus olhos estavam tão arregalados que Jaebun começou a ri. “Não li nada, não se preocupa, mas eu fiquei curioso, então queria perguntar diretamente para você.” Suspiro aliviado e abro um sorriso tímido para ele, enquanto suas mãos exploravam minhas pernas e gentilmente tiravam meus sapatos. “Não é nada demais, foi uma ideia da Alex para eu conseguir me expressar mais e me abrir com as pessoas.” Jaebun parecia completamente absorto no assunto, e hipnotizado com qualquer pequeno movimento que eu fazia. “Comecei a escrever em Julho ou Agosto, eu acho. Mas realmente me ajudou muito a entender o que eu sentia e desabafar algumas coisas, por mais que seja um desabafo para mim mesmo. Pra ser bem sincero quase todos os dias que eu escrevo lá o assunto principal é você.” Ri timidamente e ele arredou sua cadeira para mais perto da mesa, apoiando seus braços em minhas coxas e me olhando ternamente. “E eu poderia por acaso saber porque eu sou o assunto principal?” Ele diz em um tom divertido e beija meus dedos da mão esquerda, um por um. Um arrepio soe por todo o meu corpo e coro com o toque repentino e carinhoso de Jaebun.

“Você bagunçou minha vida por completo desde o primeiro dia que te vi.” Ele levanta uma sobrancelha e resmunga. “Mas eu te baguncei em um sentido bom, Karl.” Concordo com a cabeça e sorrio. “Sim, foi em um sentido bom.” Ele apoia sua cabeça em meu colo e suspira. “Faltam três horas até a festa de ano novo começar, temos algumas coisas para fazer, e você tem que ter seu tempo pra se arrumar, o que quer fazer primeiro?” Coloco minhas mãos em seu cabelo, era a primeira vez que eu estava fazendo aquilo (sem ser no contexto de beijos e mãos bobas), seu cabelo era tão macio e deixava uma sensação gostosa entre os meus dedos. Eu poderia ficar para sempre daquele jeito e eu não me importaria, mas como temos coisas para fazer, não seria possível continuar por muito mais tempo aquele momento tão gostoso e confortável.

“Eu queria ficar assim pra sempre.” Olho para baixo e vejo Jaebun sorrindo.

“Nós podemos ficar assim por quanto tempo você quiser, depois da festa, claro.”

“Promete?” Ele sorri ao escutar minha pergunta e levanta seu corpo para segurar meu rosto com suas duas mãos.

“Prometo”

Sou puxado gentilmente em sua direção e ele beija minha testa. “Tudo bem, mas agora você precisa me dizer o que vamos fazer primeiro.” Ele empurra a cadeira para trás e gentilmente me tira de cima da mesa, me pegando no colo novamente. “Jae, você sabe que eu posso andar sozinho, né?” Nós dois rimos e ele me aproxima ainda mais de si. “Eu sei, mas você sabe que eu gosto de te carregar.” Sorrio e passo meus braços envolta de seu pescoço, era a primeira vez que ele me carregava de frente para ele e não apenas segurando minhas pernas e costas. Por mais que fosse mais confortável da outra forma, eu preferi muito mais essa, nossos corpos ficam mais próximos um do outro e eu posso abraça-lo. “Vamos arrumas as coisas da festa primeiro.” Digo enquanto descemos as escadas, mas espera ai. E o quarto dele?

“Hm, e o seu quarto, Jae?”

“Quando você for tomar banho e se arrumar pra festa eu te levo pro nosso quarto.”

Ah, de novo ele falando que o seu quarto era nosso, eu não mereço esse cara. “Jae...” Já estávamos entre a sala de estar e a cozinha quando chamei timidamente por seu nome. Ele me colocou no chão e me puxou para mais perto dele, segurando minha cintura. “Sim, meu bem?” Meu coração acelera e começo a perder o rumo da minha respiração, Jaebun parecia já entender do que se tratava toda aquela cena, mesmo sem eu ter dado a menor brecha para ele saber sobre o que eu iria falar. Meu coração, por mais que estivesse acelerado, estava completamente aquecido e amado, e eu não podia mais guardar aquilo só pra mim. Talvez minha timidez e ansiedade fossem mais fortes no momento, porque tudo o que consegui fazer foi abraça-lo e tentar murmurar aquelas palavras que significavam tanto pra mim. Tudo pareceu soar completamente embolado e inaudível, mas parece que Jaebun tinha entendido perfeitamente tudo o que eu tinha dito, já que ele passou suas mãos por meu cabelo com um carinho inexplicável. “Eu também, Karl, mas eu quero escutar essas palavras diretamente da sua boca.” Ele beija o topo da minha cabeça e me abraça mais forte e me afasta levemente até conseguir enxergar meu rosto por inteiro. “Gosto de você...” Foi como um sussurro, mas dessa vez eu estava olhando em seus olhos e eu tinha confiança em minhas palavras. Eu posso parecer um adolescente que acabou de confessar seus sentimentos pro garoto popular da sala, pode parecer patético mas eu não poderia me importar menos. Eu estava feliz, e sabia que Jaebun também gostava de mim, e eram apenas aquelas duas coisas que importavam naquele momento. Eu sei que não foi um eu te amo, eu realmente acredito que não seja a hora certa para falar desse sentimento, e eu tenho certeza que também não teria a coragem naquele momento para falar tão abertamente quanto falar que gostava dele. São duas coisas com um peso completamente diferente, ele é o meu primeiro amor, eu não quero acelerar as coisas entre nós.

“Em qual planeta você está nesse momento, Karl?” Jaebun brinca e segura minhas duas mãos enquanto saio de meus inúmeros pensamentos. “Vou pegar umas coisas na cozinha e você já pode colocar algumas bebidas na geladeira, as alcoólicas na adega da sala da sinuca e tirar os talheres e pratos para fora das gavetas.” Fiz exatamente tudo que ele pediu, e assim que todas as bebidas foram colocadas em seus respectivos lugares, fui novamente até a cozinha para pegar os talheres e pratos. “Posso escolher qualquer prato?”

“Pegue todos os pratos de cerâmica cinza que tiver na gaveta, desde os de sobremesa, até sopa, entrada e prato principal, por favor. E os talheres são os dourados da segunda gaveta a direita.” Peguei tudo e coloquei em cima da ilha da cozinha. “Muito bem, eu já arrumei o que precisava das taças e copos, então estamos no meio do caminho. Vou começar a me arrumar, já que não demoro muito tempo, assim que eu terminar você pode ir, mas enquanto isso se você puder colocar comida para a Lucy, eu agradeceria.” Pera, o que ou quem é Lucy? Esse nome realmente foi novidade pra mim, e parece que minha confusão mental ficou estampada em meu rosto, já que Jaebun se apressou a completar a sentença.

“A minha cadela, Lucy, uma Dobermann. Acho que você não viu ela ainda pela sua reação, provavelmente ela ainda está dormindo do lado de fora da casa, um minuto.” Ele disse enquanto abria a enorme porta de vidro do cômodo da sala e cozinha e ia até o fundo do quintal (daqui a pouco descrevo como é o quintal). Enquanto estava distraído com meus dedos, escuto patas animadas vindo em minha direção e olho o cachorro lindo vindo em minha direção. “Ah, ela é tão linda!” Abaixo no chão e fico da mesma altura de Lucy enquanto recebo ataques carinhosos de lambidas e patas agitadas. Jaebun parecia estar aproveitando toda aquela cena em sua cozinha, pois ele simplesmente não conseguia parar de sorrir enquanto eu fazia carinho e tentava acalmar Lucy de toda sua animação por me conhecer. “Quem é a coisa mais linda que eu já vi, Lucy?” Eu amo cachorros, eu sempre quis ter um, mas minha avó é alérgica e sempre morei em casas e apartamentos pequenos demais para um cachorro do tamanho de Lucy. “Parece que agora ela gosta mais de mim do que você.” Digo em meio as risadas e Jaebun me olha com ironia. “Só nos seus sonhos, garoto.” Ele fica da nossa altura e se junta ao ataque de fofura que eu estava recebendo.

“Bom, vou me arrumar, a comida dela fica dentro do armário da ilha, e a vasilha no pé da escada.” Ele levanta, beija rapidamente meus lábios e ruma em direção as escadas para o segundo andar. Eu realmente queria que aquele beijo tivesse durado mais... Mas o foco aqui é outro! Agora que tenho a Lucy posso ficar com ela quanto tempo eu quiser e ainda fazer ciúmes no Jaebun (ele é extremamente obsessivo com essa cadela).

 

~*~

 

Assim que Jaebun terminou seu banho, ele me chamou até a porta de seu quarto e pude (aleluia senhor) apreciar aquele homem apenas de calças na minha frente (arrepiei enquanto escrevia e lembrava disso). Completamente gostoso? Aqui temos! Esse homem é a personificação de tudo de bom que uma pessoa poderia ter. Abdome definido, tatuagens que iam desde o pulso até parte das costas e barriga e sarado (muito sarado).

“Vou terminar de colocar minhas roupas e ligar o termostato da casa, você já pode ir tomar banho, o banheiro é a porta da esquerda da televisão. Vou pegar suas coisas dentro do carro e colocar no closet, porta a esquerda da cama.” Ele me puxa para um beijo rápido e me coloca para dentro do quarto enquanto ia em direção ao seu closet. “Deixei a banheira pronta.” Ele sumiu pela porta do cômodo ao lado e me deixou sozinho em seu quarto, que também tinha uma lareira suspensa igual à da sala no lado direito da televisão (que ficava no centro da parede do quarto). Ao lado da lareira (direito) tinha uma enorme porta de vidro sanfonada que ia de uma porta até a outra da parede, do lado esquerdo da televisão tinha a porta para o banheiro, como já havia escrito anteriormente, e na parede ao lado tinha uma janela enorme com uma namoradeira de couro preto. Na parede da cama, de frente para a porta do banheiro ficava a porta do quarto, no centro a cama de casal e no lado esquerdo a porta para o closet de Jaebun (onde ele estava trocando de roupa naquele exato momento). Toda a decoração e os móveis ou eram amadeirados ou de concreto e couro preto, simplesmente impecável e moderno.

Sem mais enrolações, fui até o banheiro e (depois de uns bons minutos apreciando todas as peças pretas dele), fechei a porta e me despi. Tinha tudo pronto ao lado da banheira, um roupão e toalha ambos cinza e vários produtos para usar na hora do banho. Jaebun realmente era muito carinhoso e cuidadoso, um amor de pessoa quando queria (sim, quando queria, porque eu ainda acho ele um cretino de vez em quando). Entrei na banheira e logo a agua morna envolveu todo o meu corpo e me acolheu até que todo o meu corpo estivesse completamente relaxado.

“Eu realmente não te mereço, Jae.” Suspiro e apoio minha cabeça na borda da banheira. Eu sei que aquele era um pensamento negativo e até mesmo egoísta, mas depois de todo esse tempo que passamos fazendo as coisas juntos eu finalmente percebi o homem incrível que ele era, e eu simplesmente não podia aceitar que em trinta e oito anos ele não havia encontrado a pessoa certa. Eu estava feliz apenas pela possibilidade de ser eu a pessoa que encaixaria perfeitamente como a última peça do seu quebra-cabeça.

Escuto batidas na porta e sou tirado de meus pensamentos. “Karl, deixei suas roupas no closet, vou descer para receber o pessoal do restaurante.” Respondo apenas com okay e volto minha atenção para o banho.

 

~*~

 

Eu já estava completamente vestido e arrumado pra mais tarde (até usei um perfume do Jaebun que achei no seu closet, mas isso é segredo hein), faltavam apenas quinze minutos para o horário combinado. Mas por algum motivo eu não queria deixar o quarto, talvez seja o simples pensamento de quando eu sair de lá teria que encarar pessoas que nunca tinha visto antes. Sei que todos eram amigos do Jae e que eu não tenho com o que me preocupar, já que ele estaria do meu lado a todo momento. “Ei, meu bem...” Tomo um susto ao ver que Jaebun havia entrado no quarto e me ajeitei na cama. “Karl, você está simplesmente incrível com o terno, mas não é novidade já que você sempre está lindo.” Ele vem em minha direção e ajeita alguma coisa em meu cabelo. Fico envergonhado com o elogio e sinto meu coração acelerar a cada segundo a mais que eu passava olhando em seus olhos nos quais me apaixonei tão facilmente a primeira vez que os vi.

“Você já está pronto? Não vai descer?” Apenas suspiro e levanto para abraça-lo. Ele estava completamente irresistível e impecável com o colete, blusa e calça social (todos pretos) que ele usava para a festa, fora o perfume que ele usava, que sempre me pegava com a guarda baixa e fazia eu me perder em seu cheiro cada vez mais. “Vou sim, só estava pensando em alguma coisas, você pode ir comigo?” Ele senta ao meu lado na cama e passa um de seus braços em minha cintura. “Claro que posso, mas quais seriam essas coisas que você estava pensando?”

“Na minha ansiedade...” Digo em tom baixo e encosto minha cabeça em seu ombro. Sou acolhido em seus braços e fecho meus olhos. “Eu posso te garantir que todos os meus amigos vão te adorar e te tratar muito bem, não precisa se preocupar meu bem.” Ele beija o topo da minha cabeça e levanta o meu rosto até que pudéssemos cruzar olhares. “E não são muitas pessoas, além do mais eu vou ficar com você o tempo inteiro, e tem a Alex também.” Realmente, talvez eu estivesse me preocupando atoa, vai ficar tudo bem, eu tenho o Jae e a Alex, e como ele mesmo disse, seus amigos iriam gostar de mim. Passo meus braços envolta de seu pescoço e o puxo para um beijo (mais caloroso do que o esperado) e depois de alguns instantes nos recompusemos para descer até o primeiro andar da casa. Assim que deixamos o quarto e descemos a escada até a sala de estar, vejo uma cabeleira comprida e preta vindo em minha direção e apenas fico parado atrás de Jaebun segurando seu colete. “Karl, essa daqui é a...”

“Karl!” A mulher me puxa pelos braços e me tira de perto de Jaebun, sem entender absolutamente nada, olho confuso para ele e a mulher (ainda agarrada ao meu braço) parece se divertir com a situação. “Essa é a Beatrice, minha amiga e dona do restaurante italiano que almoçamos mais cedo.” Era engraçado o quão desconcertado parecia perto da amiga, já que ele sempre ficava sério em quase todos os momentos. “Melhor amiga, apenas corrigindo.” Ok, eu já gostei dela, me lembra muito a Alex (só que talvez com mais uns 20 anos nas costas, sem ofensa). Ela era simplesmente linda, cabelos longos e pretos que contrastavam com o vestido branco, sua pele de neve e olhos azuis claríssimos. “Vamos sair de perto desse velho, Karl, quero te conhecer melhor, já que você é o único assunto que Jaebun fala nos últimos três meses.” Talvez eu tenha gostado de saber que fui o assunto da conversa deles por tanto tempo. A mulher começa a me levar pelos braços para longe de Jaebun, até a parte de trás da casa, no quintal, deixando o coitado sozinho e extremamente confuso na casa da casa.

Aliás, nem contei como era o quintal. Tem uma parte de concreto assim que saímos da casa, com uma parte mais rebaixada onde ficava uma hidromassagem e algumas cadeiras espreguiçadeiras (tudo preto), na frente disso tudo, uma piscina de concreto branco com mais ou menos um metro e pouquinho pra fora (a piscina tem a parte que fica no chão mas metade dela fica pra fora, igual uma caixa de concreto), de largura eram uns oito metros e na outra lateral eram mais ou menos três. Do lado esquerdo da piscina, onde terminava o L da casa, tinha um pergolado com alguns sofás e uma mesa de centro, tudo sob a grama.

Mas voltando para a Beatrice e eu no quintal. Ela me levou até uma espreguiçadeira perto da piscina (na área rebaixada) e nos sentou lá. Eu poderia dizer que ela estava mais animada que o normal, porque o sorriso que ela estampava no rosto estava me contagiando. “Vou falar rápido sobre mim e depois quero saber absolutamente tudo sobre você.” Concordo com a cabeça e ela ri. “Sou italiana, nasci em Milão e me mudei com meu irmão para os Estados Unidos com doze anos, com vinte abri um restaurante, que você já conhece pelo visto, estou noiva e moro aqui até hoje, aliás conheci seu namorico com aquela idade também, então podemos dizer que nossa amizade tem a sua idade.” Ela ri e segura minhas duas mãos. “Você tem dezenove anos, né?” Concordo com a cabeça e ela suspira.

“Você tem que abrir essa matraca sua menino, quero escutar da sua vida, não confio nas fofocas do Jae.” Ok, se tem uma coisa que eu nunca imaginava era a palavra fofoca e Jaebun na mesma frase. E ai meu deus, ela também chama o Jaebun de Jae, eu pagaria ouro pra ver isso.

“Bem... Vou falar algumas coisas idiotas e que você já sabe mas eu estou nervoso, então mereço um desconto. Tenho dezenove anos, me chamo Karl Clark, tô indo pro sexto período de arquitetura na mesma faculdade que o Jaebun fez, e moro com a minha melhor amiga em um flat no centro, por sinal ela também vem hoje pra festa.” Beatrice parecia fascinada comigo e não parava de sorrir enquanto eu falava coisas idiotas sobre mim e minha vida. “Aliás, meu sobrenome é Vavicelli, Beatrice Vavicelli.” Ai credo, que sobrenome chique... “Mas me conta como você conheceu o Jae, ele me disse que foi na faculdade mas eu simplesmente não consigo imaginar ele conversando com um universitário de dezenove anos.”

“Na verdade, na época eu ainda tinha dezoito.” Ela riu alto e ajeitou o vestido enquanto recobrava sua compostura. “No quinto período dos cursos, os alunos destaque de cada curso podem aplicar em vagas de estágios dos patrocinadores na Universidade, então eu pensei que seria uma boa ideia já procurar um estágio. Ai os patrocinadores recebem os trabalhos dos alunos interessados e escolhem os que eles gostaram mais do trabalho, perfil e currículo. Acontece que eu apliquei pro estágio do Jaebun e, bem... Acho que eu já fiquei meio caidinho por ele no dia que eu fui entregar o meu currículo e trabalho pra ele, mas ele também não me ajudou, já que me deu um eye fuck logo de cara durante a palestra.”

“Que bonitinho, amor à primeira vista, eu não sabia que o Jae era tão molenga assim.” Ela ri e vejo Jaebun chegar atrás dela com três taças e uma garrafa de vinho. “Posso saber porque estão falando mal de mim?” Rio baixinho e olho para Beatrice, ela estava segurando a risada. “Jae! Você nunca me disse que se apaixonou logo quando viu o rostinho do Karl, você é tão fofo!” Jaebun estava claramente desconcertado e envergonhado, o que era novidade pra mim, já que o lado dele que eu conheço é sua parte confiante e séria (e tem a parte safada também mas não comentaremos sobre isso). “Eu fiquei impressionado com a inteligência dele, Triz, só isso.”

A mulher pegou uma taça das mãos de Jaebun e se serviu com vinho. “O Karl disse que você lançou um eye fuck pra ele, e sabe, eu acredito mais nele do que em você, Jae.” A mulher deu longas gargalhadas, assim como eu, por Jaebun estar com uma expressão de confusão estampada em seu rosto por não saber (obviamente) o que é eye fuck (na verdade eu fiquei impressionado da Beatrice saber o que era). “Já vi que deixar vocês dois sozinhos é um perigo.” Ele entrega uma taça com vinho para mim e nós três continuamos a conversar, até que outros convidados começaram a chegar. Jaebun foi até a parte de dentro da casa para recebe-los e fico com Beatrice do lado de fora.

Depois que umas oito pessoas chegaram, todos amigos antigos de Jaebun, meu raiozinho de sol aparece desfilando com seu salto roxo e vestido de cetim. “Quem é a modelo chegando ali?” Beatrice aponta com a cabeça na direção da Alex e eu rio. Ah, como a Alex não ia gostar de ser chamada de modelo por uma italiana bonita e chiquérrima. “É a minha melhor amiga, que eu disse que mora comigo.” Nos levantamos da espreguiçadeira e fomos até a loira, que estava na porta que dava para o quintal da casa. “Ei daddy’s money, que bela casa hein.” Alex diz enquanto sorria sacana para mim. Ela vira em direção a Beatrice e as duas se analisam (coisa de mulher, vai entender).

“Ei, prazer, sou a Alex Buff, melhor amiga desse carinha aqui.” Ela acena para a mulher em sua frente e é retribuída com um sorriso. “O prazer é todo meu querida, sou a Beatrice Vavicelli, melhor amiga do velho rabugento ali.” Ela aponta para Jaebun com a cabeça e sorri. A mulher puxa minha amiga para um cumprimento com dois beijinhos, um de cada lado do rosto. “Sou italiana, desculpa pela surpresa.” Ah, já vi que essas duas vão se dar bem. Estava levemente preocupado já que as duas eram as únicas mulheres da festa e o temperamento delas não é bem o mais amigável, as duas são orgulhosas pra caralho, e com motivos de sobra.

“Meu bem você tá um luxo! Olha o cetim desse terno gente.” Alex diz enquanto encostava em todas as partes possíveis do terno e ajeitava meu cabelo. “O Jaebun realmente te mima muito com essas roupas viu, queria.” Ela ri e me abraça.

“Vamos pegar uma bebida para você meu bem, vamos lá pra dentro.” Sinto duas mãos em minha cintura e vejo Jaebun atrás de mim. “Você fica bem ai, Karl. Quero te apresentar para alguns amigos.” Olho para as duas na minha frente e elas falam para eu ir com ele e encontra-las depois. Jaebun me levou até a sala de estar, onde três caras estavam sentados debatendo animadamente sobre algum assunto que não entendi muito bem (tava com cara de política).

“Infelizmente vou interromper essa discussão sem pé nem cabeça de vocês três para apresentar o meu namorado.”

Calma, namorado? Mas nós não namoramos, quer dizer, não é como se eu não quisesse (eu quero muito aliás) mas nós não namoramos. A mão de Jaebun aperta minha cintura e saio dos meus pensamentos.

“Esse aqui é o Karl, tratem ele bem e não coloquem ele no meio dos argumentos loucos de política de vocês três.” Ele me guia até sentar no sofá onde os seus três amigos estavam e ele se acomodou na poltrona ao lado.” (Será que vale comentar que todos eles pareciam pais de família com três filhos e dois cachorros?) “Ei, prazer em conhecer vocês.” Dou o meu melhor sorriso e em troca recebo alguns tapinhas nas costas do cara ao meu lado. “O prazer é nosso, Karl, e eu garanto que não vamos te colocar no meio da nossa conversa estranha, como o Jaebun mesmo disse.” O cara que estava sentado no meio do sofá arredou um pouco para a frente para me ver melhor e tentou falar algo, mas meio sem jeito. “Eu não quero que a pergunta pareça uma ofensa, mas quantos anos você tem? Você parece ser bem novo.”

“Ah, eu tenho dezenove, não preocupa com isso, tô acostumado com todo mundo perguntando minha idade.” Sorrio e ele sorri de volta para mim.

“E vocês namoram a quanto tempo? A última vez que vi o Jaebun ele ainda não tinha ninguém.” O cara do meio comentou. “Na verdade ele nunca teve ninguém, né?” O cara da ponta que ainda não tinha falado nada comentou em meio a risadas.

“Parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui.” Jaebun parecia se divertir com os amigos dele o zoando. “E nós não namoramos ainda, na verdade. Eu apresentei o Karl como o meu namorado porque é a definição mais próxima.”

“Hm, vocês ouviram o Jae, não é? Eles ainda não namoram.” A voz divertida de Beatrice chega até nossos ouvidos depois da morena chegar junto a Alex atrás do sofá. “Eu e a Alex vamos roubar o Karl de vocês, mas prometemos que uma hora ele volta.” A morena dizia enquanto dava a volta no sofá e pegava minha mão. Alex cumprimentou os três caras no sofá e sorriu para Jaebun. “Vamos roubar o seu daddy’s money só um pouquinho, okay?” As duas me levaram para longe (até o sofá da sala de sinuca, onde mais alguns amigos do Jaebun jogavam sinuca. Ficamos jogando conversa fora por um bom tempo, Beatrice falou um pouco mais sobre ela e o noivo (que não foi na festa por causa de uma viajem a trabalho) e eu e a Alex ouvíamos tudo atentamente, a vida dela era fascinante, cheia de aventuras e experiências. A nossa vida não era um saco mas perto da dela, a nossa não era nada (tudo bem que nossa vida tá começando agora mas convenhamos). Ainda teve o momento que a Alex reclamou que estava solteira, já que todos os homens da faculdade não prestavam ou não faziam o estilo dela, acho que nunca conheci ninguém tão complicado quanto ela, eu juro.

Acho que eram quase onze horas quando a Alex nos chamou para ir até a parte de fora da casa (tava frio? Sim, mas tinham alguns aquecedores externos). “Sabe, Karl, o Jae nunca teve um namorado mesmo, que ele apresentasse pros amigos e essas coisas, você foi o primeiro.” Beatrice comentou enquanto a Alex ia pegar algumas bebidas para nós. “Eu não sei porque, mas ele nunca se interessava por ninguém na época da escola e da faculdade. Lógico que ele beijou alguns caras ali e aqui, até umas meninas na escola quando ele ainda não tinha percebido que era gay, mas nunca levou nada pra frente.”

“Eu não sei se ficou preocupado ou feliz com isso.”

“Se fosse comigo eu ficaria feliz, não é todo dia que um homem como ele cai de paraquedas nas nossas vidas, não concorda?” Eu concordo com a cabeça, realmente, não tinham motivos para eu me preocupar com nada. A mulher suspira e olha com carinho para mim. “Mas acho que o mais sortudo foi ele. Fazia tempo que não o via tão animado com o escritório e em fazer projetos, e tudo isso é graças a você, Karl.” Seria muita infantilidade minha querer chorar depois de escutar aquilo? Tipo, Jaebun era quase um ídolo pra mim no quesito talento na arquitetura, e escutar isso da sua melhor amiga me reconfortava muito.

“Desculpa estragar o clima, mas vim me despedir de vocês, minha esposa ligou e pediu para voltar mais cedo para casa, ela quer que eu fique com as crianças.” Um dos amigos do Jaebun (o que tava sentado no meio do sofá) chegou perto de nós e se despediu. “Foi um prazer, Karl.”

Que loucura, o Jaebun e os seus amigos estão em uma época da vida tão diferente da minha que as vezes eu esqueço que a maioria deles já são casados e tem até filhos. Ás vezes me pergunto se Jaebun gostaria de ter filhos, não é bem a cara dele, sabe. Ou pelo menos ele não aparenta levar jeito com crianças (antes que eu pareça um louco, eu não quero ter filhos cedo ok). “Perdido de novo nos seus pensamentos?” Alex aparece perto de mim e Beatrice e nos entrega as taças com as bebidas que a loira foi buscar. Nós três estávamos sentados no sofá enquanto comentávamos sobre os caras jogando sinuca na mesa atrás de nós (não é como se estivéssemos interessados neles ou na sinuca, mas ficar comentando era engraçado. “Aliás, você tem quantos anos Beatrice?” A Alex pergunta e nossa atenção volta para a morena. “A mesma do Jae.”

“Mas então, porque você chama ele de velho?” Começo a rir e ela dá um tapinha em minhas costas.

“Porque ele age como um velho, e eu não.” Ok, fazia sentido.

“Vocês três, venham pra sala de estar.” Jaebun aparece na porta do cômodo em que estávamos e vamos até a sala atrás dele. No meio do caminho ele pega dois pratinhos com carpaccio e coloca na mesa de centro da sala. Assim que ele se senta na poltrona, dá dois tapinhas na coxa (sim, ele queria que eu sentasse no colo dele na frente de todo mundo, como proceder). Eu sabia que algumas coisas Jaebun não abriria mão, e essa era uma dessas coisas. Então eu timidamente sentei em seu colo e, para minha infelicidade (felicidade) ele me abraçou por trás e me puxou mais para seu colo. Eu realmente devia estar igual um pimentão, mas naquela altura do campeonato eu já nem ligava mais.

Alex e Beatrice tomaram seus lugares no sofá e continuaram a conversar. “Ei, porque não foi jogar sinuca com os outros caras?” Jaebun beija minha nuca e me aperta ainda mais contra si. “Dois dos meus amigos que estavam no sofá comigo tiveram que ir embora por causa das esposas ou dos filhos, e eu queria ficar um tempo com você, por acaso eu não posso?” Eu sorrio e deu um gole no vinho. “Aliás mocinho, é bom você comer, caso contrário você vai passar mal e ficar bêbado mais rápido, e eu quero que você se lembre muito bem do resto da noite.” Ele beija minha orelha e eu arrepio por completo (vergonha? Desconheço). “Cara é impressionante como você consegue parecer o pai do Karl e três segundos depois o sugar daddy dele.” Alex comenta sobre o que Jaebun falou comigo e Beatrice riu tanto que quase engasgou com a bebida. Ele parecia simplesmente desacreditado com o que minha amiga disse e eu não podia ajudar, eu simplesmente não conseguia parar de rir. “Sua língua é afiada igual da Beatrice, mocinha, não é por pura coincidência que se pareçam tanto.”

“Ah, o Jaebun velho e ranzinza ataca novamente.” Beatrice zoa enquanto nos passa algumas torradinhas com carpaccio. “Mas você tem que assumir que realmente vai do 8 ao 80 com o Karl.” A morena fala e ele me aperta ainda mais contra seu colo. “Falando de pessoas ranzinzas, o Vitally não está meio atrasado?” Jaebun fala e me deixa intrigado. Quem caralhos é Vitally? “Ah, ele gosta de fazer uma cena antes de chegar, daqui a pouco ele aparece, ainda são onze e pouquinha.” Beatrice responde enquanto aparentemente olhava algo no celular. “Ah, falando da peça...”

Um cara de mais ou menos vinte e cinco anos entra pela porta da casa de Jaebun (não vou mentir que ele era um gostoso). Ele tinha um cabelo preto maior em cima e mais curto atrás e dos lados (o famoso corte side cut), olhos azuis iguais ao da Beatrice e tatuagens que cobriam pelo menos 80% do corpo (e olha que eu não tô mentindo viu, ele tinha tatuagem desde a nuca e o pescoço até os dedos). Ele estava vestido com uma blusa de mangas compridas e bem justa com gola estilo turtle neck, um paletó também preto jogado em seus ombros, uma calça social de mesma cor e tênis da Nike de cano alto da cor bege (já falei que ele era bonito, mas agora vamos adicionar roupa estilosa a categoria olímpica. Vale comentar a porrada de piercings e tatuagens que ele tinha no rosto e orelha que pude perceber só depois que ele se aproximou mais de nós. Espero que o Jaebun não saiba ler pensamentos porque naquela hora eu só conseguia pensar caralho, que gato. Mas sabe, ele não é o Jaebun, eu prefiro muito mais o Lee cretino e rabugento que eu conheço.

“Okay, quem é esse pedaço de mal caminho.” Alex diz, já completamente fascinada pelo cara na frente dela, que sorri ao ouvir o elogio tão quanto informal e vulgar da loira. Beatrice levanta do sofá e vai em direção ao homem alto (gostoso) e completamente tatuado na nossa frente. “Esse daqui é o meu irmão nada aparecido Vitally. Esses daqui são o Karl e a Alex, o namorado do Jae e a melhor amiga do garoto.” A morena fez questão de fazer as devidas apresentações e nos cumprimentamos. “Tu é sempre tão formal, Triz, você e o Jaebun.” Vitally se pronuncia enquanto analisa a Alex dos pés à cabeça, e seria exatamente naquele momento que eu iria me vingar de tudo que essa loira fez comigo na faculdade.

“Que belo eye fuck, Alex.” O feitiço virou contra o feiticeiro sua cretina!

“Você joga baixo, Karl.” Jaebun ri de toda a cena enquanto enxia mais um pouco nossas taças com vinho. Assim que Vitally se acomoda no sofá ao lado da Alex, era mais que óbvio a puta tensão sexual entre os dois, e Jaebun, Beatrice e eu já tínhamos percebido isso.

“Gostei do salto roxo, Alex.” É, se eu antes tinha dúvidas, naquela hora tive certeza que a Alex ficaria completamente caidinha por ele. Vale acrescentar também que ele usa muita sombra no olho e tem as unhas pintadas de preto, então são mais dois pontos pra modalidade olímpica que a Alex mais gostava. “Gostei das tatuagens.” A loira dizia enquanto ajeitava o cabelo.

“Ok, ok, por mim já deu, se vocês dois ficarem assim é bom já irem pro quintal e fazer o que vocês querem no lá fora, não na nossa frente.” Beatrice levantou (segurando a risada por sinal) e literalmente enxotou os dois pra fora da sala. “Ai gente nova me cansa, menos você Karl.” A morena fala enquanto sentava novamente no sofá. É, parece que teremos mais uma pessoa enrolada com alguém, e que alguém hein, Alex.

Depois de muito tempo de conversa entre Jaebun, Beatrice e eu, fomos até a sala da sinuca pegar mais petiscos e bebidas, e advinha. Assim que olhei pro lado de fora da casa, Alex e Vitally quase derretendo e virando uma pessoa só no sofá. Não, eles não estavam transado, mas aquele beijo foi típico de um filme bem apimentado.

 

~*~

 

Assim que o último convidado foi embora depois da meia noite, Jaebun nos levou novamente até a sala de jogos e empurrou meu corpo contra a mesa de sinuca, colando nossos corpos. Suas mãos exploraram todo o meu torço e se aventuraram por dentro de meu paletó. Nossas respirações estavam pesadas, nós dois sabíamos o que estava prestes a acontecer. A fita grossa de cetim que prendia minha roupa foi removida e cuidadosamente colocada na mesa de bilhar, assim como meu paletó, que calmamente foi deslizado para baixo de meus braços enquanto as mãos quentes de Jaebun entravam em contato com minha pele e me fazia suspirar a cada toque demorado seu. Apenas com toques suaves e um olhar extremamente provocante, aquele homem estava me levando a loucura, até rápido demais. Ele beija meu ombro enquanto desliza suas mãos até a barra de minha calça. Ele pede permissão para tirar a peça, e eu, já desesperado por mais contado, choramingo. Ele desce a calça até os meus pés, revelando minha cueca cinza já apertada por conta de uma pequena ereção, e a tira a peça de cetim junto com meus sapatos. Quando ele ia tirar minhas meias, puxo meu pé para trás e ele volta a me observar nos olhos. “Eu sinto cosquinha...” Ele ri e beija minha barriga. “Tudo bem, não vou mexer nos seus pés então.” Seus beijos passam de minha barriga para a cintura até chegar em minha coxa e invadir a parte interna dela. Meu pau sofria com cada beijo e mordida (quem com certeza deixariam marcas) que Jaebun distribuía na parte interna de minha coxa, e isso pirou ainda mais quando suas mãos passaram por cima de minha ereção e apertou levemente meu pau. “Jaebun...”

“Shh, eu vou cuidar de você, amor.” Todos os meus sentidos estavam sendo utilizados e levados ao extremo, eu podia sentir minhas pernas enfraquecerem cada vez mais quando as mordidas foram ficando mais fortes e indo para lugares mais ousados. Eu também queria toca-lo, mas eu não tinha força alguma para sequer levar minhas mãos até seu cabelo.

Ele saiu de seus joelhos e sussurrou ao meu ouvido logo após de morder o lóbulo de minha orelha. “Cinto ou gravata? Qual dos dois vai deixar os seus pulsos mais confortáveis?” Me arrepio por completo ao escutar aquela pergunta de tom sujo que agradou (e muito) meu pau. “Você não vai responder, bebê?” Ele colocou sua perna entre as minhas e pressionou sua coxa contra o meu pau, me fazendo apertar os olhos e gemer baixinho. Eu já estava ficando duro com tudo aquilo, e se eu não respondesse rápido ficaria pior.

“Gravata...” Falo com a voz fraca, meu corpo já estava esperando a tanto tempo por aquilo que eu mal conseguia me concentrar na minha respiração para deixa-la estável. Ele se afasta de mim e sorri de canto enquanto tirava sua gravata, olhando fixamente em meus olhos. “O couro é de mais para você, meu bem?” Ele volta até perto de mim, com sua gravata preta em mãos, e me beija, me derretendo por completo, enquanto passava meus abraços para trás e os amarrava com o tecido fino. Não eram só os meus pulsos que estavam amarrados, mas sim todo o meu braço até um pouco abaixo dos cotovelos, formando uma pequena alça com a amarração. Minha libido e meu pau já não aguentavam mais, eu precisava ser tocado, eu queria ser tocado. Jaebun nos levou até perto de um divã de couro, não muito distante da mesa de sinuca, e me empurrou gentilmente para baixo, me fazendo ficar de joelhos. Como eu estava amando aquela visão, amando aquela sensação de estar completamente a sua mercê, amando seu toque.

“Karl, você confia em mim?” Ele abaixou até ficar agachado e beijou minha testa. “Mais do que tudo.” Sorrio e ele se levanta, indo em direção a uma estante e abrindo sua gaveta. Ele tira de lá um tubo de lubrificante e uma caixinha que não consegui identificar o que era. Além desses dois itens, ele volta para a mesa de sinuca e pega a faixa de cetim do meu terno. “Vamos brincar um pouco, Karl.” Ele passou o tecido envolta da minha cabeça, até cobrir meus olhos. “Agora eu quero que você se incline para frente, até apoiar seu corpo no meu colo, entendido? Não se preocupe, você não vai cair.” Sinto suas mãos me inclinando gentilmente para frente e, assim como ele tinha dito, apoiei todo o meu torso em suas pernas. Tentando entender minha posição, eu estava de quatro, com exceção das minhas mãos que estavam presas atrás de meu corpo. Sinto suas mãos passando desde a minha nuca até a barra de minha cueca, a minha última peça de roupa é tirada e meu pau, já coberto com pré-gozo. Meu tato e audição foram levados ao extremo com o calor da mão de Jaebun descia por minha bunda até parar na parte interna de minha coxa enquanto sussurrava algumas palavras que não prestei muita atenção. Eu estaca extremamente envolvido em seu toque e poderia facilmente me perder nele. A textura gosmenta e gelada do lubrificante que entrou em contato com a minha bunda me fez arrepiar e suspirar, mas o que me levou a loucura foi a sensação de ter seus dedos, um por um sendo inseridos em mim. Eu estava próximo de gozar, e Jaebun sabia disso, pois assim que ele retirou seus três dedos de dentro de mim, não pude conter um gemido de descontentamento. “Calma bebê, ainda não, tenho mais alguns planos pra você.”

Senti que algo estava sendo novamente inserido, mas dessa vez não eram seus dedos. Tinha uma textura macia e era pequeno, além de ter um formato ovalado, mas apenas pude confirmar minhas teorias quando o brinquedo sexual foi ligado. Era uma bullet, e ela me causou sensações de prazer que jamais pensei em sentir. Eu não pude conter gemidos (muito) altos enquanto chamava por seu nome e fui surpreendido por dois de seus dedos em minha boca, brincando com minha língua e bagunçando meus gemidos. Meus olhos foram liberados do tecido delicado da fita e pude ver o olhar extremamente apaixonado de Jaebun, que simplesmente não condizia com o momento. “Você foi muito bem, amor.” Ele tirou os dedos de minha boca e me tirou de seu colo. Meus olhos estavam marejados quando ele acariciou meu rosto e grudou nossos lábios, eu já estava mais uma vez muito próximo de gozar, mas daquela vez seria inevitável. Jaebun abriu suas pernas e me puxou até que eu ficasse entre elas. Já sentindo minhas pernas bambas, voltei a gemer alto e mordi meu lábio inferior para conter um pouco do barulho. Deitei minha cabeça na coxa dele e gemi, chamando por seu nome, quando senti que ele havia aumentado a intensidade do vibrador, acabei fechando meus olhos ao sentir que um calor estava crescendo dentro de mim, eu não aguentaria nem mais um segundo. Assim que gozei, senti uma lágrima escorrendo por meu rosto e logo em seguida sendo limpada pelos dedos de Jaebun. Ele levantou minha cabeça e beijou minha testa, perguntando se eu estava bem e se queria mais.

“Para onde você quer ir agora?” Ele segurava meu rosto com as duas mãos e me olhava completamente hipnotizado enquanto eu estava uma completa bagunça.

“O escritório...” Minha voz saiu fraca e manhosa, já que a bullet não estava desligada, mas sim com as vibrações na menor intensidade.

Ele apoiou novamente meu rosto em sua coxa e pacientemente libertou meus braços de sua gravata. Ele me levou em seu colo até a cozinha, onde ele, comigo ainda em seus braços, pegou um a garrafa de whisky e um copo com gelo. Passamos pela sala e subimos as escadas para o segundo andar, quando finalmente chegamos ao escritório. Jaebun colocou a garrafa e o copo em uma mesinha de canto ao lado de uma poltrona e me pôs sentado em cima de sua mesa, ao lado da tela do computador. Ele, calmamente, foi até a poltrona, sentou-se, encheu seu copo de gelo com whisky e acendeu um cigarro. “Você vai me deixar... aqui?” Perguntei confuso, eu não estava entendo o motivo dele ter simplesmente sentado na poltrona e me deixado em cima de sua mesa.

“Eu quero que você se toque pra mim.” Ele me provoca com o seu sorriso e coloca o cigarro já aceso entre seus lábios. Eu realmente não poderia fazer aquilo, por mais que estivesse com muita tesão e me sentindo completamente estimulado e provocado por ele, eu ainda tenho muita vergonha e não poderia apenas abrir minhas pernas e me tocar na frente dele, não do jeito que ele queria. Ele colocou o cigarro e o copo de lado e levantou da poltrona, vindo decidido em minha direção. Assim que ele me segurou e me colocou no chão, puxou o meu corpo para baixo e mais uma vez me fez ficar de joelhos, mas dessa vez entre suas pernas enquanto ele estava sentado confortavelmente na poltrona. Jaebun olho fundo em meus olhos e fiquei sem ar ao sentir suas mãos enterrando em meus cabelos e puxando para baixo. Ele chega nossas bocas perto uma da outra, sem perder o contato visual.

“Quando eu mandar você fazer alguma coisa, você obedece, entendido?”

 Ele sussurrou, e a forma que o meu pau tinha simplesmente amado aquela humilhação me deixou envergonhado. Mesmo depois de ter tido um dos melhores orgasmos da minha vida a poucos minutos atrás, eu já estava duro novamente e gemi baixinho quando senti as mãos dele deixando meus cabelos. “Você entendeu, Karl?” Ele pergunta novamente e sinto mais uma vez o meu pau reagir aquela dominação. “Sim...” Minhas palavras foram cortadas por um gemido alto meu, ao sentir que o vibrador teve sua intensidade aumentada repentinamente. “Você só precisa me dizer o jogo que você quer jogar, bebê. O que você quer fazer agora?” Ele colocou bebida em sua boca e me beijou, transferindo o que tinha em sua boca para a minha, fui pego totalmente de surpresa, e parte da bebida caiu para fora de minha boca. Eu já estava pero do meu limite, eu precisava urgentemente dele dentro de mim, eu queria e esperei por aquilo mais do que tudo. Mas mais do que aquilo, eu queria tocá-lo, faze-lo se sentir tão bem quanto ele me fez sentir.

Timidamente passei minhas mãos por dentro de suas pernas e subi até encontrar a ponta de seu cinto, que delicadamente tirei com as mãos um pouco tremulas. “Eu posso...” Tentei perguntar se podia continuar o que estava fazendo, mas falhei miseravelmente em terminar o que quer seja o que eu iria falar para ele quando senti sua mão em meu pescoço. “Você pode fazer tudo o que quiser comigo, meu bem, mas não demore muito, porque estou me segurando muito para não foder sua boca.” Ele estava simplesmente me devorando com seu olhar, eu ficava cada vez mais excitado e a vontade para fazer aquilo com ele, e com certeza adoraria que ele me fodesse exatamente do jeito que ele havia dito. Assim que terminei de tirar seu cinto e abrir o zíper de sua calça, pude sentir o volume de seu pau em minha mão e suspirei apenas por imaginar qual seria a sensação de ter todo ele dentro da minha boca. Respirei fundo e tomei coragem para deslizar minha mão por dentro de sua cueca preta (óbvio que seria preta) e finalmente tocar seu membro sem a interferência de nenhum tecido.

Quando puxei a peça de roupa para baixo e liberei toda a visão para seu pau eu senti algo dentro de mim se contorcer, eu não imaginava que estaria tão desesperado por seu pau igual estava naquele momento e, sinceramente, eu precisaria apenas de uma curta frase para fazer Jaebun me puxar para sua mesa e me foder exatamente do jeito que eu queria. Enquanto passava meus dedos por toda a extensão de seu membro, ele parecia simplesmente fascinado pela forma que eu estava olhando para seu pau. Seus braços estavam completamente relaxados em cima do encosto da poltrona, suas pernas abertas e a cabeça jogada levemente para o lado enquanto mantinha seus olhos semiabertos. Aquilo era uma visão completamente erótica, e eu não poderia estar aproveitando menos toda aquela situação. “Quando te vi pela primeira vez, vindo em minha direção no auditório da faculdade, tão pequeno e tímido, eu não imaginava que depois de poucos meses eu teria você olhando pro meu pau com tanta vontade de chupa-lo igual está fazendo agora, porra bebê.” Eu simplesmente odiava o jeito que o meu pau amava todas aquelas confissões e palavras sujas que Jaebun falava tão casualmente. “Porque não me deu isso antes?” Me referi ao seu pau, obviamente. Deitei minha cabeça em sua coxa e continuei passando minha mão por todo seu membro. “Você tem certeza que estaria olhando pro meu pau feito uma vadia a quatro meses atrás?” Gemi baixinho e fechei os meus olhos, meu pau estava se contorcendo de prazer por conta da humilhação, e a cada segundo que passava eu me sentia mais culpado por estar gostando daquilo. “Vamos, não precisa ter vergonha, eu sei que desde o primeiro dia que me viu você queria chupar o meu pau, você não vai querer perder essa oportunidade agora.”

Abri os meus olhos e assim que tomei coragem para colocar a glande em minha língua, gemi ao sentir o peso de seu pau fazendo pressão contra minha boca, aquilo já era mais do que suficiente para me fazer ficar extremamente duro. Ver Jaebun jogar sua cabeça para trás e gemer baixinho enquanto eu deslizava todo o seu pau por minha língua para dentro de minha boca apenas me fez continuar aquilo que já estava fazendo. Nós dois estávamos desesperados por aquilo, mas sabíamos que devíamos aproveitar tudo aquilo ao máximo. Enquanto me acostumava e experimentava o quanto eu conseguia e até onde eu poderia levar tudo aquilo, ele colocou uma de suas mãos em meus cabelos e passou gentilmente deus dedos até chegar ao meu rosto, me acariciando. “Você consegue ficar ainda mais bonito com o meu pau ocupando sua boca...” Ele é interrompido por seu próprio gemido manhoso, que me fez ir até as nuvens, eu queria que ele gemesse daquele jeito até me fazer enlouquecer por completo.

“Vem cá, vamos fazer uma brincadeira diferente agora.” Ele segurou meus cabelos com força com uma mão e com a outra segurou seu pau enquanto me olhava fixamente com seu sorriso safado estampado em seu rosto. “Você vai colocar o meu pau inteiro na boca, e enquanto faz isso, vai jogar sua língua para frente e respirar pelo nariz enquanto deslizar meu pau até o fundo da sua garganta, tudo bem, bebê?” Ele colocou seu membro em minha boca e, com calma, fiz exatamente tudo o que ele havia dito. A sensação de tê-lo todo dentro de minha boca, preenchendo minha garganta, me levou a um outro nível de excitação. Meu pau doía entre minhas pernas e o vibrador me deixava cada vez mais manhoso e com os olhos marejados enquanto acolhia toda a extensão de seu membro em minha boca. Seus gemidos ficaram mais demorados e seu pau pulsava cada vez mais em minha garganta, não demorou muito para ele gozar e tirar seu membro de minha boca. Assim que olhei para cima, tive o prazer de vê-lo totalmente entregue ao momento, com a cabeça jogada para trás e os olhos fechados.

Eu engoli tudo aquilo, o gosto amargo e a textura viscosa ocupou minha garganta, mas foram totalmente tomados pelo gosto forte do whisky que Jaebun tinha acabado de colocar em minha boca. Sua língua explorou cada canto da minha e arrancou diversos gemidos meus quando sua mão alcançou minhas coxas e me puxou até seu colo, fazendo nossas ereções se tocarem. Seus dedos brincavam dentro de mim e instintivamente me agarrei ao seu pescoço e gemi (muito) alto. “Eu quero que você enlouqueça, amor.” Olhei para ele com os meus olhos marejados e gemi de forma manhosa. “Mas eu já tô completamente louco por você, Jaebun.” Ele mostrou seu sorriso vitorioso e eu percebi que era exatamente aquilo que ele queria que eu tivesse dito.

“Onde você quer que eu te foda?” A naturalidade que ele dizia aquelas palavras enquanto terminava seu copo de bebida e apagava seu cigarro era impressionante, já que eu mal conseguia manter minha respiração controlada enquanto ele me dedava devagar. “Mesa...” Meus gemidos manhosos já ocupavam todo o escritório e minhas unhas com certeza deixariam (muitas) marcas nas costas e nuca de Jaebun. Ele me levou no colo e me colocou em cima da mesa enquanto, em alguma gaveta da mesa, ele pegava lubrificante e camisinha. Durante esse curto período de tempo em que não estávamos nos tocando, pude parar para pensar no quão a vontade eu estava com ele, sem o menor sinal de ansiedade, vergonha ou pânico, e eu sabia que tudo isso não estava vindo na minha mente justamente por ser ele.

Assim que ele voltou sua atenção em mim, percebi de relance o quão marcadas estavam suas costas, e o quão marcado eu também estava, desde minhas coxas até meu pescoço, todo lugar tinha alguma marca de mordidas ou chupões, e eu me arrepiei por completo só de lembrar que aquilo ficaria em nossas peles por um bom tempo, para nos lembrar constantemente do sexo que tivemos naquele dia. Ele começou a desabotoar o colete de alfaiataria preto e me apressei para ajudá-lo a tirar o resto de suas roupas. Era a primeira vez que eu o via sem camisa, e sinceramente, deveria ser um crime existir alguém tão gostoso e sexy igual Jaebun. Pude, também pela primeira vez, ter uma visão exclusiva de suas tatuagens, que começavam desde seus pulsos, iam até próximo do pescoço, passavam perto de sua nuca e morriam na lateral de suas costas. Assim como eu já havia imaginado diversas vezes, seu corpo era maravilhoso, seus braços, abdome e costas eram definidos e me faziam pirar toda vez que lembrava que aquilo seria meu muito em breve. “Com você me olhando assim, Karl, eu adoraria te colocar de costas e te foder inteiro.” Ele suspirou e puxou meu quadril para a beirada da mesa.  “Mas se você ficar de frente vai doer menos.” Ele disse enquanto beijava minha bochecha e me deitava de frente para ele na mesa. Eu confiava completamente nele, não precisava ter medo da dor, pois eu tinha certeza que ele ia me fazer tão bem.

Assim que ele despejou o lubrificante e colocou a camisinha, se posicionando em mim, pude sentir todo o meu corpo arrepiar e tive a vontade de fechar os olhos, mas eu sabia que ele queria que eu continuasse olhando para ele quanto ele colocava tudo. Assim que ele parou de se movimentar, pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos, perguntando se estava tudo bem. A dor que eu estava sentindo não era absolutamente nada comparada ao prazer que ele estava me proporcionando e, claro que não poderia me esquecer, do prazer intenso que o vibrador causava dentro de mim enquanto seu pau o empurrava mais a fundo (pois é, ele não tirou o vibrador, mas como ele era pequeno, não teria problema). Meus olhos marejados denunciavam a mistura de sensações que eu estava sentindo, e as poucas lágrimas foram limpas pelos dedos de Jaebun. “Tudo bem, bebê?” Fiz que sim com a cabeça e soltei um gemido manhoso quando ele começou a sair devagar. Eu queria que ele se mexesse logo, inferno! Eu já não aguentava mais toda aquela provocação desde a mesa de sinuca até agora. “Jaebun...” Gemi seu nome e olhei no fundo de seus olhos.

“Você precisa me falar o que você quer, bebê.” Até transando ele era um cretino.

“Por favor...” Eu apertei minhas mãos nas bordas da mesa para trás e murmurei seu nome baixinho.

“Você só precisa pedir, me diz como você gosta, bebê.” Ele sorria, claramente se sentindo vitorioso ao me ver contorcendo em cima de sua mesa, procurando por mais de seu pau. Eu não queria implorar por seu pau, soava muito vergonhoso e miserável em minha mente, mas eu não poderia ajudar, eu só queria que ele me desse o que esperei por tanto tempo.

“Me fode logo, Jaebun!”

Seu olhar mudou completamente, ele estava igual um predador pronto para atacar a presa, completamente hipnotizado por mim. Então, lentamente colocou minhas pernas por cima de seu ombro e puxou meus braços em sua direção, segurando minhas duas mãos logo em seguida. “O que você está fazendo?” Ele me olhou e sorriu sádico.

“Te fodendo com força.”

Ele puxou meus braços em sua direção e colocou tudo de uma vez em mim, me fazendo gemer alto com o movimento repentino. Segurei seus pulsos enquanto ele continuava os movimentos fortes e fundos e joguei minha cabeça para trás, sentindo meus olhos ficarem marejados. Com o tempo ele tomava movimentos mais rápidos e fundos, do jeitinho que eu queria. Eu estava sem forças para fazer qualquer coisa, o ritmo estava me deixando completamente louco, o tamanho prazer que eu estava sentindo não fazia o menor sentido. Meus gemidos preenchiam todo o escritório, disputando espaço com o som alto de nossas peles se encontrando repetidas vezes. Eu cheguei até o meu limite e tive um orgasmo seco, que me levou até os céus. Eu estava ofegante, com o corpo extremamente quente e sensível.

Depois que quase ficarmos sem ar, Jaebun saiu de mim e segurou meu corpo perto do seu enquanto tirava a bullet e a desligava. Eu estava aliviado, mas ao mesmo tempo decepcionado, porque aquilo estava me fazendo sentir sensações inexplicáveis até pouco tempo antes do meu segundo orgasmo. Ele me pegou no colo e nos sentou na cadeira da escrivaninha, me deixando por cima dele, sentado em seu colo.

“Bebê, porque não senta pra mim?” Ele me abraçou e enterrou seu rosto em meu pescoço enquanto posicionava sua glande novamente em mim. Segurei seu pescoço e cabelo com força e gemi manhoso enquanto descia meu quadril devagar e ele entrava cada vez mais fundo em mim. “Ei, olha pra mim.” Ele puxou meu rosto pra baixo e me beijou com um carinho completamente desproporcional ao momento, mas que eu gostei muito. O jeito que ele me fazia sentir me faz tão bem, que são coisas que mal consigo colocar em palavras. Assim que cheguei ao meu limite, Jaebun me envolveu com um de seus braços e com sua mão livre segurou meu quadril, me ajudando a subir e descer em um ritmo gostoso e lento. Nós estávamos aproveitando aquilo ao máximo, explorando cada milímetro do corpo um do outro e sentindo tudo que o outro fazia. Eu tenho certeza que todas aquelas mordidas e marcas que eu estava recebendo pouco a pouco em minha pele ficariam gravadas em mim por muito tempo. Por um instante, pensei em também marca-lo, e tive que reprimir esse desejo ao máximo, porque eu tinha certeza que ele não iria gostar daquilo, então apenas me contentei em lamber e beijar seu pescoço.

“Se você quer tanto me marcar, é melhor fazer em um lugar que seja bem indiscreto.” É impressionante como ele conseguia me ler tão bem, e saber exatamente o que eu queria. Tomei aquilo como uma permissão, e propositalmente escolhi o pedaço de pele mais exposto, onde seu terno não poderia cobrir e que demoraria mais tempo para a marca sumir. Marquei diversas vezes o seu pescoço, um pouco abaixo de seu maxilar, e quando me dei por satisfeito voltei minha atenção para seu pau.

Mas se você, assim como eu, achou que Jaebun me deixaria marca-lo a troco de nada, pois bem, sinto lhe informar que estávamos completamente errados. Como se já não bastasse o prazer desproporcional que eu estava sentindo quando ele estimulava minha próstata de forma certeira, talvez para ele ainda faltasse também estimular o meu pau. Como moeda de troca por tê-lo marcado, se antes eu já não conseguia sequer focar em minha própria respiração, agora eu sentia como se não restasse força alguma em minhas pernas para continuar o que estávamos fazendo.

Eu estava próximo de meu limite e Jaebun parecia saber muito bem, porque ele me abraçou firme e acelerou nosso ritmo ainda mais enquanto tocava minha parte da frente e de trás. Ele olhou em meus olhos e gemeu baixinho em meu ouvido. “Quer que eu termine dentro de você?” Apenas confirmo com a minha cabeça e fecho meus olhos, nossos gemidos se misturavam a medida que chegávamos mais perto de nosso orgasmo, que não demorou muito para vir. Um pouco depois que gozei pela segunda vez na noite, Jaebun também veio logo em seguida. Ofegante, o abracei de volta e coloquei todo o peso de meu corpo sobre ele, já que minhas pernas estavam tremulas demais para me sustentar.

“Você foi muito bem, amor.” Ele beijou minha bochecha e me apertou mais em seu abraço enquanto acariciava minhas costas. “Você é o meu bom garoto.”

Depois de inúmeros elogios e carícias trocadas, Jaebun sai de dentro de mim e levanta comigo da cadeira, me levando em seu colo até o banheiro da suíte e me colocando sentado em uma cadeira ao lado da banheira. Ele me envolveu com uma toalha quentinha enquanto preparava a banheira e beijou minha tesla logo em seguida.

“Eu já volto, meu bem, um minuto.”

“Tudo bem...” Ele saiu do cômodo e, depois de ouvir a porta fechar, minha ficha tinha finalmente caído. Eu tinha perdido a virgindade, e Jaebun foi o primeiro. Eu estava com uma sensação de alívio no peito, por mais que eu soubesse que ele cuidaria muito bem de mim, eu estou feliz (e muito). Depois de poucos minutos ele voltou e colocou uma caixinha na mesinha ao lado da banheira (que já estava quase cheia). Tirei a toalha de meus ombros e timidamente segurei a mão dele enquanto ele nos levava para dentro da banheira. Ele entrou na água primeiro e depois me acomodou cuidadosamente entre suas pernas, me dando um beijo na nuca logo em seguida. Eu estava exausto depois de tudo que fizemos, mas naquela hora me sentia completamente relaxado e calmo, e tudo isso graças a ele. Ficamos abraçados naquela posição confortável por um bom tempo, e assim que apoiei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos mal pude perceber o tempo passando. “Ei, não me diz que já dormiu.” Ele riu e beijou minha cabeça.

“Tem tanta coisa que eu queria falar pra você, que nem tem ideia...” Eu senti tanta sinceridade e paz em sua voz que precisei de abrir meus olhos para olhar nos dele e beijar sua bochecha. “Estou escutando, Jae.” Ele me puxou para mais perto de si e beijou o topo da minha cabeça.

“Eu queria saber se, por acaso, você não aceitaria ser meu namorado.”

 Ele beijou a ponta de minha orelha e suspirou assim que eu apertei seus braços com minhas mãos pequenas e tremulas, ainda completamente desacreditado de suas palavras. “Ei, você pode acreditar em mim, tudo bem?” Depois de seu comentário ele começou a rir e me virou para ver meu rosto. Eu ainda estava completamente extasiado com tudo que ele estava falando, e não pôde ser ajudado quando eu comecei a chorar sem nenhum aviso prévio. “Ei, ei, calma meu bem, no seu tempo.” E foi ali, segurando em seus ombros e com a cabeça apoiada em seu peito, que finalmente percebi o quão bobo eu era por achar que aquele homem não estava completamente apaixonado por mim. “Eu achei que você não fosse querer nada sério comigo...” Eu me sentia culpado por estar chorando em uma situação onde deveria apenas existir felicidade, mas eu não podia me culpar por ser tão inseguro com tudo. “Achei que pela minha idade, ou talvez por todos os problemas que eu tenho, minha ansiedade e crises de pânico, eu realmente achei que por mais apaixonado que eu estivesse por você, nada disso duraria por muito tempo. “Shh, não era pra você estar chorando agora.” Ele ri enquanto limpava minhas lágrimas que ainda insistiam em cair. “Eu já te disse uma vez e vou repetir, eu adoro cada detalhe seu e não mudaria absolutamente nada, meu bem.”

“Hm... Eu posso falar mais uma coisa?” Ele sorriu e segurou minhas mãos, entrelaçando nossos dedos. “Você pode falar e fazer absolutamente tudo que você quiser, Karl.”

“Por que eu?” Ele parecia não entender o motivo da pergunta.

“Bem, por onde eu posso começar? Talvez tenha sido sua inteligência impressionante e seu jeito tímido que me deixaram hipnotizados assim que terminei de ler seu trabalho aplicado para o estágio. Ou talvez suas mãos pequenas que me seguraram com uma vergonha que logo se transformou em conforto no dia que te levei em minha moto. Ou então o jeito que você segura na ponta de minhas roupas sempre que está com medo ou inseguro de algo.” Ele suspirou e encaixou seu rosto na curva de meu pescoço completamente marcado por ele mais cedo. “O que eu quero dizer é que me apaixonei por cada detalhe seu, seja ele bom ou ruim, e eu me apaixono cada vez mais quando olho pros seus olhinhos brilhantes. Isso responde sua pergunta?” Concordo com a cabeça e sem pensar duas vezes passei meus braços por seu pescoço para beijar seus lábios. “Eu sei que eu tenho dificuldades em me expressar, mas...”

“Sim, eu sei exatamente o que você quer falar, meu bem.” Ele juntou nossas bocas novamente e assim que pegou a caixinha (que eu já havia esquecido dela) na mesinha ao lado, passou um de seus braços por minha cintura. “Eu comprei isso, já que não sabia o seu número de anel e muito menos se você iria querer uma aliança, mas se quiser uma podemos ir comprar amanhã mesmo.” O conteúdo da caixinha revelou duas correntinhas de prata com um pingente arredondado de um lado e reto do outro. Assim que ele colocou a pulseira e mim e eu ajudei a colocar a dele, senti como se eu fosse a pessoa mais sortuda do mundo (e talvez eu realmente seja) por ter Jaebun como namorado. “A melhor parte das pulseiras é que eu tenho certeza que você vai gostar disso.” Ele chegou as pulseiras perto uma da outra e os dois pingentes foram atraídos um pelo outro e se juntaram, feito um imã. E sim, igual ele tinha falado, eu amei aquilo. “Ai meu deus, que brega.” Comecei a rir e logo fui acompanhado pela risada gostosa de Jaebun. “Pode ter certeza, eu achei muito mais brega que você, mas foi por isso que eu comprei assim que vi na vitrine.”

“Vem, vamos pra cama, já são duas da manhã e tenho muitos planos pra nós.” Ele saiu da banheira e enrolou uma toalha em sua cintura, logo em seguida me ajudando a ficar em pé e me envolvendo na mesma toalha quentinha de antes. Ele me pegou no colo (como sempre faz) e me levou até seu quarto, me colocando em sua cama. “Pega uma blusa sua, por favor?” Pedi com jeitinho enquanto segurava a toalha envolta de mim. Ele riu e foi até o seu closet, voltando com duas cuecas e uma blusa de algodão preta. Assim que ele vestiu a peça íntima, colocou sua toalha em uma chaise de couro e veio em minha direção enquanto eu vestia as duas roupas que me emprestou (mal sabia ele que a blusa já era minha). “Você é lindo, Karl.” Sorrio e levanto os braços, pedindo para ele me pegar no colo. Claro que ele fez o que eu queria, já que o que ele mais gostava de fazer comigo era me levar para os lugares comigo em seu colo. “Posso dormir do lado esquerdo?” Ele riu da pergunta e no fim das contas concordou com o meu pedido repentino. “Tudo bem mocinho, chega de ficar acordado por hoje, você já deve estar muito cansado.” Faço bico e choramingo por estar sendo repreendido de ficar acordado até tarde (igual meu pai fazia quando me pegava jogando até tarde). “Você falando desse jeito parece minha vó.” Ele riu e me colocou sentado em seu colo na cama.

“Quantas vezes mais você pretende me chamar de velho?”

“Você sabe muito bem que eu não vou parar de te chamar de velho nunca, até porque quando eu estiver velho, você ainda sim vai estar mais velho do que eu.”

“Garoto eu vou te dar uns tapas desse jeito.” Nós dois começamos a rir e ele me puxa para deitar com ele na cama. “Por hoje, sem mais piadinhas com a minha idade, entendido?”

“Sim, senhor.” Vi sua cara séria e ri ainda mais. “Ok, ok, sem mais piadinhas por hoje.”

Ele me puxou para perto de si e beijou minha testa após me envolver em seu abraço, que foi retribuído com o meu melhor sorriso e carícias. “Eu não quero ir embora daqui...” Sussurrei enquanto Jaebun nos cobria com uma coberta cinza e grossa. “Você sabe muito bem que não precisa ir.”

“A Alex com certeza não ia gostar da ideia de você me sequestrando pra morar aqui.”

“Ah, com certeza ela não deixaria barato, mas garanto pra você que o Vitaly vai manter ela bem ocupada.”

“Sabe, eu acho que você anda me mimando muito.” Ele parecia contrariado com o meu comentário, então apenas continuei enrolando seus cabelo em meu dedo indicador. “Roupas, pulseiras, anéis...”

“Eu vou te mimar muito mais, Karl, então é melhor você se acostumar com isso.” Ele beijou minha testa pela última vez antes de fechar os olhos.

Rio baixinho enquanto ele passa carinhosamente sua mão em meus cabelos. Antes de fechar os meus olhos, o observo mais uma vez, ele realmente está estupidamente apaixonado por mim, assim como eu estou por ele, e apenas esse pensamento foi capaz de aquecer todo o meu coração, que por tanto tempo eu negligenciei.

“Boa noite, Jae.”

“Boa noite, meu bem.”

 

~//~

 

Ainda muito sonolento, tateio a cama ao meu redor e sinto a falta de Jaebun. Eu tão pouco tempo eu já me sinto não acostumado a ficar ao seu lado, que é completamente estranho não encontra-lo lá. Assim que abri os meus olhos eu pude perceber que ainda não havia clareado, então não haviam passado mais de duas horas que havíamos ido dormir. Eu achei estranho, obviamente, e fui procurar meu namorado por perto. Assim que levantei da cama, pude perceber Lucy deitada em sua caminha ao pé da cama. Passei minha mão em suas orelhas e dei um beijinho breve em sua cabeça. Me enrolei na manta quentinha que nos cobria junto à coberta e fui até a varanda quando percebi que a porta estava semiaberta. Assim que passei por ela, pude sentir o vento frio do inverno tomando conta de mim e me acomodei ainda mais na manta que me cobria. Vi Jaebun encostado no vidro, vestido com um roupão preto e um cigarro entre os dedos. Andei devagar até sua direção e o abracei por trás, o envolvendo com meus braços e parte da manta.

“Desculpa, eu não queria te acordar, meu bem.” Ele segurou uma de minhas mão e beijou a palma dela.

“Eu acordei sozinho, não se preocupe.” Jaebun virou para trás, jogou o resto do cigarro no chão e passou seus braços envolta de mim.

“Vamos entrar, aqui fora tá muito frio pra você.” Após subir suas mãos até meu rosto e beijar minha testa, ele segurou minhas duas mãos e me olhou daquela forma besta e completamente apaixonada que ele sempre fazia quando queria falar algo para mim.

“Por que você acordou tão cedo?” Eu estava curioso. Sua feição mudou um pouco e naquele momento ele parecia um pouco contrariado. “Bem, eu tenho insônia, então quando eu acordo e ainda é madrugada tenho costume de vir pra varanda. Mas com você agora dormindo aqui eu não vou me dar o trabalho de sair da cama. É muito mais confortável ficar abraçado, te fazendo carícias enquanto você dorme, do que vir pra varanda fria me entupir com nicotina.”

Assim que ele parou de falar e suspirou, seu olhar apaixonado voltou a fazer presença e eu mal pude acompanhar meus batimentos quando ele me levou em seu colo até sua cama e, comigo sentado em suas coxas, me abraçou de uma forma completamente diferente das anteriores.

“Eu te amo, Karl.”

Aquelas palavras soaram como a melhor coisa que já havia escutado em toda minha vida. Eu nunca me senti tão amado, desejado e feliz quando naquele momento. Eu podia (e ia) me apaixonar cada vez mais por aquele homem, até chegar um ponto onde esse amor vai me sufocar e me tornar a pessoa mais feliz do mundo (como se eu já não fosse). Eu queria chorar, mas minha felicidade era tanta que a única coisa que se passou em minha mente foi abraça-lo com todo o amor que eu tinha guardado para mim. Como eu não pude perceber o quão cego de amor estávamos um pelo outro, o quão apaixonados estávamos toda vez que nossos olhos brilhavam quando finalmente nos encontrávamos depois de quase uma semana sem se ver? Eu poderia (e vou) passar o resto da minha vida cada vez mais apaixonado por seu sorriso, suas explicações chatas sobre vinho e champanhe, suas tatuagens que cobriam grande parte de seu corpo, seus brincos, o jeito que ele segurava o cigarro entre os dedos e me olhava intensamente toda vez que eu fazia uma pergunta que (para mim) era estúpida, e de mais infinitas coisas que só ele tinha, e mais ninguém. Eu não queria nunca mais sair de seus braços, porque era lá que o meu amor e porto seguro ficava.

“Eu também te amo, Jaebun, mais do que você pode imaginar.”

Sussurrei, alto o suficiente para que ele pudesse escutar aquela confissão no meio da madrugada.

 Querido diário, acho que por enquanto é só, se sentindo extremamente amado

-Karl Clark

  


Notas Finais


Eu só tenho que agradecer a todos vocês que acompanharam a história durante o lançamento e aos futuros leitores que acompanharão depois que ela já estiver completa. Sei que não foi bem uma fanfic, já que são personagens autorais, mas eu realmente estava com muita vontade de postar isso aqui depois que eu acabei de escrever.

Espero que tenham gostado, até algum outro dia leitores!


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