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História Dear Insanity - Desire


Escrita por: gwyn-maple

Notas do Autor


Olá pessoas. Eu sei que disse que ia postar um por dia, mas ontem nem sei o que houve, enfim, me perdoem. Aqui está.

Música: Desire - Meg Myers

Capítulo 4 - Desire


Passei a tarde de sábado na companhia de vários doces, refrigerantes, porcarias, Hannibal Lecter e é claro, Ruby. Nós assistimos à coleção inteira do assassino que devorava suas vítimas. Os filmes eram um tanto perturbadores, mas eu, assim como minha melhor amiga, era fascinada pela inteligência de Hannibal. Eu amava Ruby, essa doida de mechas vermelhas não só entende minhas maluquices e esquisitices como compartilha delas.

Foi no momento em que Hannibal serve à sua vítima um prato com o próprio cérebro que Ruby fez a pergunta que eu estava tentando evitar.

- Então, o que está havendo com você?

Dentre todas as formas que eu poderia responder e ela entenderia, eu escolhi a única resposta que ela não aceitaria. Eu me fiz de desentendida.

- Como assim? Do que está falando? – Evitei seu rosto pegando mais uma batata frita.

- Emma...

Claro que ela não ia cair nessa. Ela parou o filme e eu fiquei encarando a cena horrível do homem sem o tampão da cabeça. Por fim, bufei me rendendo.

- Okay, tem algo acontecendo. – Vejo minha amiga se ajeitar no sofá para me encarar.- Aqui dentro. – Apontei para o meu coração. – Mas não sei explicar Rubs.

Eu não poderia ter sido mais sincera naquele momento.

- Patinho, eu estou vendo que tem algo errado. E tenho quase certeza de que é em relação à Mills.

Eu olhei pra ela e simplesmente assenti.

- Você tá sentindo algo por ela? Isso não parece ser só admiração por quem ela é, ou uma queda por ela ser a maior gostosa.

- Ruby! - Meu rosto se tornou levemente rosa. Peguei uma almofada para esconde-lo. - Ela é nossa professora, não fale assim.

- Ah qual é loira, até o Gus reparou no corpo daquela mulher, e ele nem gosta de mulher. -  Sim, August era gay. Na verdade nós éramos o trio, Gus gay, eu lésbica e Ruby bissexual.

- Okay, ela tem um corpo bonito. - Concordei tímida. Sim eu sou bem tímida às vezes.

- Bonito Emma? É gostoso pra caramba. Nossa o que eu faria com aquele corpo na minha cama. - Olhei pra ela com olhos arregalados e um rosto totalmente vermelho. Ruby caiu na gargalhada pela minha reação.

- Quer parar com isso? - A repreendi.

- Ah loira relaxa, eu só estou brincando. Mas ok, é óbvio que você tem uma queda por ela. Mas é só isso Ems?

- Eu não sei Ruby, eu sinceramente, desesperadamente, espero que sim. - Olhei para o chão confusa, incerta e bagunçada com meus sentimentos. Ruby estendeu a mão e apertou a minha.

- Seja lá o que for, eu estou aqui tá bem? Não tem que passar por nada sozinha.

Eu já disse que amo essa maluca de cabelo vermelho? Eu a puxei para um abraço apertado.

- O que seria de mim sem você? – Falei com a voz abafada, tamanha era a força que ela colocava naquele abraço.

 - Absolutamente nada meu bem, eu sou demais eu sei. – Ela disse piscando o olho. Isso que é autoestima.

 - Idiota. - Empurrei ela e dei um tapa em seu ombro.

Continuamos nossa maratona de sangue e partes humanas comestíveis até o sol se pôr e o apartamento ficar escuro e frio. Quando os créditos do filme começaram a passar, Ruby se levantou.

- Loira eu preciso ir, tenho que ajudar Granny na lanchonete hoje.

- Ahh - Fiz biquinho pra ela. - Tudo bem. - Eu já imaginava que ela não poderia passar outra noite, mas eu não queria ficar sozinha. Eu sabia que no momento em que Ruby saísse pela porta Regina Mills começaria atormentar minha mente, meus sentidos e meu cérebro. E foi fazendo pirraça que a acompanhei até a porta.

- Quer que eu te leve?

- Não precisa, eu pego um táxi.

- Tome cuidado lobinha. - Chamávamos Ruby assim, porque sempre que ela queria sair com alguém, ela rodeava, cortejava e atacava a pessoa. Parecia uma loba à caça de suas presas. Todos a chamam assim.

- Você também loira, qualquer coisa ligue.

Ela me abraçou e eu tranquei a porta. Junto com a noite veio a solidão e os pensamentos que eu tanto tentava evitar. Eu arrumei toda a bagunça que eu e Ruby fizemos na sala, ouvindo músicas altas no meu fone de ouvido, na esperança de que com o volume alto, eu não pudesse escutar os pensamentos a respeito de uma certa pessoa. Claro, foi tudo em vão, cada trecho de cada letra de música me lembrava dela.

Como pode ser que a maioria das músicas falam de amor? De outra pessoa. De saudades. De esperança. Até os rocks mais pesados se relacionam com algo assim. Caros leitores, por favor, se souberem de alguma música que não fale de amor, me contem. Mas acredito que a humanidade esteja perdida em volta desse sentimento e seja escrava de uma outra pessoa, ou pelo menos, do que sente por ela.

Decidi deixar as músicas de lado e liguei meu videogame. Isso, eu só precisava atirar em pessoas e achar meios de sobrevivência. Mas lá estava novamente, colocando o nome dela no bichinho de estimação que me acompanhava pela arena.

Melhor ir dormir.

 

----

 

Meu domingo foi dividido em dois momentos, em um deles eu estava sendo uma boa aluna disciplinada. Eu organizei meus cadernos, criei várias pastas da faculdade em meu computador, que eu futuramente iria usar. Revi toda a matéria daquela semana, até a do cara de cachinhos, mas nem preciso falar qual foi meu foco, não é?

O segundo momento do dia foi desperdiçado, ou aproveitado, ainda não me decidi, descobrindo informações sobre uma mulher morena de olhos profundos. Stalkear é uma palavra muito forte na minha opinião, mas era exatamente isso que eu estava fazendo. Eu a encontrei nas redes sociais, tive o cuidado de solicitar sua amizade em apenas uma. Eu não podia parecer tão desesperada. Mills aceitou minha solicitação quase de imediato, me permitindo acesso livre a seu perfil pessoal. Encontrei inúmeras fotos dela, com amigas, com o cachorro (ela tinha uma yorkshire chamada Mel, essa era exatamente a cor dela e ela tinha dois anos atualmente). Conheci a família de Mills, ela parecia muito ligada a seus pais. Sua mãe se chamava Cora Mills, e Regina era sua princesa, elas se pareciam, os mesmos olhos profundos, os mesmos lábios, a mesma pose de poder. Comecei a cogitar a possibilidade do poder ser algo hereditário. Havia comentários de Cora em quase todas as fotos, dizendo que a filha era linda e que a amava. Meu peito se apertou com aquele carinho. Regina também parecia muito ligada a seu pai, Henry Mills. Ele parecia um homem bondoso. Parecia amar a filha tanto quanto sua mãe.

Vi fotos de Regina com outras mulheres que eu não conhecia. Pareciam amigas, ou talvez algo a mais. Em algumas fotos em particular, havia uma mulher ou outra perto demais, ou demonstrando carinho demais. Uma grande parte de mim queria que fossem mais do que amigas, assim eu teria alguma chance. Outra parte se sentia irritada com aquela proximidade da minha Regina. Espera, como é? Minha? Deus o que está havendo comigo??

Continuei olhando as fotos até que cheguei à última. De cinco anos atrás quando ela criou aquele perfil. Era uma foto muito fofa dela como um bebê, o mesmo sorriso característico da Regina atual. Cliquei no botão “like” antes de pensar no que estava fazendo, e quando vi era tarde demais, ela já teria recebido a notificação, e agora sabia claramente que eu olhei seu perfil inteiro. Bati na minha própria testa me xingando. Droga Emma, o que você fez? Com o coração disparado, comecei a andar de um lado para o outro tentando achar uma solução. Um meio de desfazer a burrada. Mas nada, deletar meu perfil, desfazer a amizade, nada iria apagar aquela notificação.

Já que não tinha como consertar aquilo então eu tentei não pensar nisso e continuei com minha obsessão. Haviam fotos dela na Europa, segundo a legenda, Irlanda, para ser mais exata. Ela fez uma pesquisa lá. Certo, pesquisas. Procurei na internet pelo seu currículo. Ela tinha vários trabalhos publicados em várias línguas. Wow, tão inteligente. Diversas pesquisas em neuropsiquiatria, autismo, depressão, Alzheimer. Sim, eu li todos os trabalhos dela. Em minha defesa, eu gostava muito do tema.

Era quase meia noite quando resolvi tomar um banho e me deitar. Minha cabeça estava a mil, imagens de Regina Mills correndo por ela. Mas eu estava muito cansada. Então minha passagem para o outro lado foi rápida, não tão pacífica quanto eu queria.

----

 

- Emma me ajude. - A voz de Ruby me despertou. Estávamos de volta ao laboratório e Ruby estendia um tubinho para mim. - Vamos Emma, abra, ela não vai ver.

Peguei o tubinho e tentei abrir a tampa. Estava emperrada. Tentei de novo e nada. Mais uma vez, com toda a força que eu tinha. Suor escorria pelo meu rosto, o desespero tomando conta de mim. Mills iria voltar e me pegar fazendo isso. Vamos, anda. Droga de tubinho.

- O que está fazendo Swan? – Lá estava. Entrei em choque ao ouvir aquela voz fria atrás de mim. Tinha certeza que a Mills e todos os meus colegas podiam ouvir o som do meu batimento cardíaco que explodia em meus ouvidos.

Olhei para as minhas mãos e o tubinho estava derretendo, espalhando o líquido vermelho nas minhas mãos. Sangue. Ergui os olhos e olhei em volta e, num piscar e olhos, todos tinham desaparecido. Só restava eu e Regina.

- Eu fiz uma pergunta. O que está fazendo Swan? - A voz impaciente ecoou em meu ouvido. Tão perto. Senti as mãos frias dela em minha cintura. Ela me puxou com brutalidade para trás, fazendo meu corpo colidir com o dela. Arfei com aquele contato. Seus seios nas minhas costas e o quadril colado ao meu de novo. A temperatura do meu corpo subiu rapidamente. Ela me virou de frente pra ela.

- Me responda Swan! - Ela gritava comigo. De repente suas mãos me empurraram em direção à parede. Minhas costas bateram com força nela e um gemido de dor escapou dos meus lábios. Antes que eu pudesse me recompor, ela veio em minha direção, colou nossos corpos novamente, agora de frente. Olhou cobiçosamente para meus lábios e os selou. Meu choque inicial me impediu de me mover.

Os lábios carnudos grudados aos meus eram macios e gostosos. E quando sua língua pediu passagem, quente e macia, meus olhos se fecharam e eu me entreguei a ela. Senti os movimentos habilidosos de sua língua enviando tremores para todo o meu corpo. Minhas mãos estavam cravadas em sua nuca, a puxando para perto. Ela pressionou o corpo contra o meu e passou os beijos molhados para minha mandíbula... Meu pescoço. Deus. A sensação de sua língua no meu pescoço era alucinante. Os círculos molhados que ela fazia, até subir lambendo até o lobo da minha orelha. Ela mordeu ali enquanto apertava meus seios. Um gemido me escapou. Cada ponto do meu corpo em que ela tocava se incendiava e mandava uma onda de calor para o resto do corpo, e para, especialmente, o meio das minhas pernas. Minha respiração era pesada. Senti uma de suas coxas afastando minhas pernas. Senti o quão molhada minha calcinha se encontrava. Olhei para baixo e minha calça estava desabotoada. Não percebi quando ela fez aquilo.

Senti unhas arranhando meu abdômen, descendo. Olhei para sua mão que adentrava minha calça, mas não minha calcinha. Ela passou por minha virilha e apertou deliciosamente onde eu mais queria.

Acordei com o som do meu próprio gemido.  O ar não chegava a meus pulmões por mais que eu tentasse respirar. O som do meu coração era audível em todo o apartamento. Batia com força nas minhas têmporas, ouvidos, peito e entre as pernas.


Notas Finais


Obrigada pelo apoio e pelos comentários, vocês não sabem o quanto é bom.

PS. Tentarei postar outro ainda hoje


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