História Dear Lover || B.P & H.S (CANCELADA) - You Can Touch Me

De todos os caras que eu namorei quando era mais jovem, nenhum deles era tão ciumento quanto Liam. Apesar de brigarmos bastante, ele ainda morre ciúme de mim, e eu usando uma roupa tão curta e Harry estar junto comigo na cozinha, eu não sei o que passaria em sua cabeça naquele momento.
            - Então Harry – Cruzou os braços – Por que está aqui? Que eu saiba, eu não te dei direito em entrar na minha casa com a minha mulher sozinha, sabendo que minha mulher está sozinha.
            Arregalei os olhos ao ver a grosseria de Liam, Harry apenas arqueou a sobrancelha e cruzou os braços. Ele pareceu estar indignado com Liam, e eu, assustada pensando que meu casamento iria acabar hoje. Por um lado, isso é bom, mas por outro lado, eu penso só na minha filha e como imagino ela sofrer com uma suposta separação dos pais.
            - Liam – Murmurei chamando sua atenção – Por favor...
            - Por favor, digo eu, Barbara – Levantou a voz – O que fazem sozinhos aqui?
            - Não precisa ser tão grosseiro – Tentei falar.
            - Barbara, por favor, não diga nada – Harry me olhou e depois voltou a olhar para o Liam – O que foi, Liam? Por que está agindo assim? – Riu franzindo as sobrancelhas – Fique calmo. Eu só acompanhei a sua esposa até em casa, ela se molhou na chuva quando estava vindo embora, e eu só ofereci uma carona.
            - Isso não justifica eu encontrar vocês dois, sozinhos, aqui dentro – Liam reclamou.
            - Amor, por favor – Revirei os olhos.
            - Estávamos apenas conversando – Harry falou calmamente, suspirou – Pelo jeito eu não vou poder contar com você, Liam. É melhor cancelarmos o contrato, já que o meu sócio desconfia de tudo.
            - Não, espere – Liam pareceu se assustar com aquilo – Que isso, cara. Não estou desconfiado.
            - Então por que fala como se eu estivesse fazendo algo errado com a sua esposa? – Cruzou os braços – Liam, é a sua mulher. Eu a respeito, e você sabe disso. E eu seria incapaz de fazer uma barbaridade dessas, por favor, me poupe.
            Que desculpa mais esfarrapada, ele estava prestes a tirar a minha roupa e diz que me respeita? Como assim? Não faz nenhum sentido. Apenas suspiro e permaneço quieta.
            - Desculpe, Harry, eu – Liam suspirou de olhos fechados – Desculpe, eu sou meio nervoso as vezes quando se trata da minha mulher.
            - Eu percebi – Harry suspirou – Mas enfim, vamos fazer de conta que isso não aconteceu. Tenham uma boa noite.
            - Espera, eu te acompanho até a porta – Liam o acompanhou – Me desculpe por esse inconveniente.
            - Não tem problema – Harry sorriu e nos olhou – Bom, eu vou indo embora. Até amanhã Liam e boa noite.
            - Boa noite – Liam se despediu dele e fechou a porta assim que ele saiu. Cruzei meus braços olhando para Liam, que estava com uma cara de envergonhado, porém se sentindo um idiota. Estava convencido que não havia acontecido nada, mas na realidade sim, aconteceu algo e estávamos prestes a fazer mais coisas.
            - O que deu em você? – Revirei os olhos.
            - O que conversavam? – Cruzou os braços olhando para mim.
            - Nada demais – Dei os ombros olhando para o chão – Conversa fiada, ele só me fez companhia até você chegar.
            - Está dizendo a verdade? – Me encarou.
            - Como consegue ser tão ciumento? Isso me sufoca – Bufei indo para o quarto e fechei a porta, indo até a janela. Cruzei meus braços fechando meus olhos. Eu traí Liam e tenho que ser mais cuidadosa possível para ele não descobrir sobre nada que aconteceu. Ele apareceu no quarto e foi até mim.
            - Barbara? – Ele tocou meus ombros.
            - Por favor, Liam – Suspiro – Me deixa.
            - Não, eu não vou te deixar – Ele me virou de frente para ele – Se eu sou ciumento, é por que eu te amo.
            Nossos olhos se encontraram, já fazia muito tempo que ele não me dizia isso, me fazia falta as vezes. Suspiro acariciando seu rosto, ele pegou minha mão e a beijou.
            - Se me ama, por que me trata tão mal? – Perguntei.
            - Eu fico nervoso as vezes – Revirou os olhos – Mas, isso não quer dizer que eu não te ame.
            - Você me chamou de inútil – Neguei com a cabeça – E ainda disse na minha cara que não se sente mais atraído por mim.
            - Foi na hora da raiva, é claro que ainda sou atraído por você – Ele encarou meus lábios e aproximou nossas bocas me dando alguns beijinhos – Você quer que eu prove isso? – Sussurrou.
            - Onde está a Maddie?
            - Ela preferiu dormir na casa dos meus pais hoje – Ele beijou meu pescoço – Agora estamos sozinhos para fazermos...
            - Estou um pouco cansada, Liam – Suspiro fechando os olhos.
            - Pretendo te deixar mais cansada ainda – Ele me deitou na cama ficando por cima de mim, no meio de minhas pernas – Não sabe a falta que isso me faz, meu amor.
            Sua boca dominava as curvas de meu pescoço, eu apenas fechei os olhos sentindo ele me beijar e seu corpo estar tão colado ao meu. Ele levantou a minha regata, logo em seguida a tirando. Eu o ajudei com sua camisa, a tirando e jogando em algum canto do quarto [...].

            Liam estava ofegante, sua testa estava suada e eram quase nove e meia da noite. Engoli o seco e minha garanta, cobri meus seios com o pedaço do lençol e suspirei um pouco dolorida. Fazia um bom tempo que não tínhamos um relacionamento sexual, mas agora depois de tanto tempo, foi diferente... Não consegui sentir nada. Sentia uma dor horrível em meu clitóris, eu não sei se conseguiria me levantar da cama e parar de pé. Nossas roupas estavam pelo chão, o colchão estava um pouco fora do lugar que ele deveria se encaixar. Comprimi meus olhos devido a dor que eu sentia, até sentir suas mãos me abraçarem, o que me fez levar um leve susto.
            - Meu amor – Sussurrou em meu ouvido e logo sem seguida dando beijinhos em meu ombro – Faz tanto tempo que eu precisava disso.
            - Você gostou? – O olhei com um sorriso fraco.
            - Adorei – Ele me beijou – Você não?
            - Ah, claro – Sorri – Gostei sim – Suspiro – Na verdade, eu precisava um pouco disso.
            Eu não falei para que eu realmente não havia sentido nada, ele conseguiu chegar no seu ápice tão rapidamente, mas eu não. Me sentia machucada por dentro, não consegui sentir o prazer que eu sentia anos atrás. Ele selou nossos lábios, acariciei seu nuca e me virei de lado para poder dormir. Ele me abraçava, sentia seu membro me tocar, e mesmo assim, ainda não sentia nada. Diferente de Liam, com o Harry conseguia me sentir mais a vontade, embora não avançarmos para algo mais íntimo além de beijos. Hesitei na sensação que eu poderia sentir se me entregasse a ele de uma vez, eu sei que ele quer isso e não negar, eu também queria. O jeito no qual sua língua explorava a minha boca já me fazia arder por dentro, me sentir uma outra mulher, a Barbara que estava guardada dentro de mim a anos. Mordi o lábio e fechei os olhos, precisava tirar aqueles pensamentos impróprios de minha mente, e tentar me concentrar em um único homem. Meu marido. Mas era quase impossível, Harry Styles entrou na minha vida de uma maneira inexplicável.
           
            xx

            Wednesday, 11:40 A.M

            Digitava em meu computador concentradamente, aquela dor já havia passado durante o tempo em que eu dormi a noite. Checava meus e-mails atentamente, já havia passado das onze da manhã, e eu precisava comer algo. Tirei meus óculos os deixando dentro da minha bolsa e suspirei voltando a digitar. Pensava no Liam. Pensava no que fizemos ontem à noite, era possível nos ouvir pela casa inteira, no caso quem estava gostando era ele, e não eu. Eu e ele nos reconciliamos novamente, esquecemos as brigas e descontamos tudo em uma noite de sexo, que para ele foi bom. Por que eu não senti nada? Por que eu não consigo me sentir no “verdadeiro paraíso” quando estou com ele? As vezes deve ser a falta de costume, dos carinhos que ele tinha comigo anos atrás, isso tudo me fez falta. Mordo o lábio, respiro fundo enquanto assistia o filme que passava em minha mente. A noite prazerosa, que só deu prazer a ele. Tomei um leve susto ao ouvir a porta se abrir e Alessa entrar.
            - Alessa – Reclamei – A porta. Quantas vezes eu vou ter que dizer isso?
            - Desculpe – Arregalou os olhos – Eu sempre esqueço disso.
            - Enfim – Suspiro – O que você quer? Eu estou trabalhando.
            - Tenho uma coisa que vai alegrar a senhora – Riu ela – O seu marido ligou para a empresa, e mandou te dizer que quer vê-la
            Franzi as sobrancelhas e a olhei curiosa?
            - Mas ele está trabalhando – Respondi.
            - Bem, ele ligou dizendo que quer vê-la – Ela deu os ombros e pegou um papelzinho – Ele passou o endereço.
            - “Radisson Blu Hotel” quarto, 218 – Franzi as sobrancelhas e a olhei – O que ele quer?
            Não sei, ele apenas pediu para informa-la – Disse ela que também não estava entendendo nada. Hesitei um pouco e comprimi os lábios, a olhei e sorri fraco, acho que sei o que ele quer.
            - Acho sei o que ele quer...
            - É, eu devo admitir que também acho por que quer encontrá-la nesse hotel, tão chique – Riu ela e me olhou surpresa – Não me disse que haviam se reconciliado. Parabéns Sra. Palvin.
            - Obrigada – Murmuro.
            - E então? Vai encontra-lo nesse hotel? – Ela me perguntou curiosa.
            - Vou – Suspiro colocando algumas coisas dentro da minha bolsa – Você cuida das coisas por aqui? Eu não devo demorar a voltar.
            - Se for o que eu estou pensando, vai demorar e muito – Riu ela.
            - Alessa – A olhei séria.
            - Desculpe – Ela se assustou abaixando a cabeça. Suspiro e saio da sala, pegando o elevador e descendo até o térreo para poder sair do prédio. No fundo eu estava estranhando tudo isso, ele deveria estar trabalhando, por que ele me convidaria para me encontrar em um hotel? E por que ele ligou no telefone da empresa, e não no meu celular? Ele sempre foi tão organizado quando o assunto é trabalho, não sei o que deu nele em querer sair da rotina para me ver. Será que a noite de ontem vai mudar o nosso relacionamento daqui para frente? Será que vamos voltar a ser aquele casal apaixonado de antes? Não sei, vamos descobrir. Parei na entrada do hotel, ele não ficava tão longe da empresa. Visualizei o grandioso prédio e entrei lá dentro, e rapidamente peguei o elevador para ir ao quarto 218. Não me entra na cabeça o por que dele fazer isso, sendo que nos vemos todos os dias, e podemos fazer esse tipo de coisa em casa... Se é o que eu estou pensando, se é realmente isso que vamos fazer. As portas se abriram e avistei o corredor todo coberto por um carpete, as portas eram todas brancas com um número diferente. Andei devagar indo até o 218, a porta estava fechada e assim que levei a minha mão a porta para bater, um cartãozinho passou por debaixo da porta. O peguei e nele estava escrito:
            - “Entre, babe”.
            Levantei as sobrancelhas, o que deu nesse homem para me tratar assim de um dia para o outro? Será que foi a cena de ciúme que ele causou ontem, ao ver Harry junto comigo na cozinha, que o fez ser mais carinhoso? Será que ele está com medo de me perder, e quer consertar as coisas? Sorri mordendo o lábio e abri a porta devagar e avistei as cortinas transparentes fechadas, a cama toda arrumada e as luzes apagadas... Claro, estava de dia, é mais que óbvio as luzes estarem apagadas. Olhei para os lados enquanto sorria alegre com tudo aquilo. Me aproximei da cama e encima dela, havia um outro cartãozinho:
            - “Quero tê-la em meus braços” – Li e dei uma leve risada, ao sentir um par de mãos me tocarem lentamente subindo para a minha blusa e desabotoando os botões – Meu amor, que surpresa – Fechei os olhos sentindo seus toques.
            Eu não quero sentir dor dessa vez, eu quero estar satisfeita  e vou fazer de tudo para dar certo agora. Aquelas mãos conseguiram tocar a minha barriga, eu sorria sentindo tudo aquilo, até seus lábios selarem na curva do meu pescoço.
            - Eu te amo – Sussurrei sentindo seu beijo.
            - Você me ama?
            Rapidamente abri meus olhos e olhei para trás, arregalei os olhos assustada e voltando a desabotoar a minha blusa. Minha respiração estava acelerada, estava assustada. Vi Harry ali parado, ele me encarava presenciando meu susto, parecia se divertir com aquilo.
            - O que faz aqui? – Exclamei.
            - Marquei de me encontrar com você, aqui, nesse hotel – Se aproximou – E você veio.
            - Não, não, não – Saí de perto dele – Isso foi um engano. Liam marcou de me encontrar aqui, ele ligou para a empresa...
            - Quem ligou fui eu.
            - Como é? – Arregalei os olhos.
            - A única forma de querer estar sozinho com você, era fazendo isso – Ele acariciou o meu rosto – Barbara, eu preciso de você.
            - Você está...
            - Louco, eu estou louco – Ele cortou a minha fala me agarrando pela cintura, colando nossas testas enquanto sentia seus lábios um pouco próximos dos meus – Eu quero você em meus braços, eu quero ser seu amante, o seu amante descontrolado...
            - Harry – Fechei os olhos – Me solta.
            - Não, eu não vou soltar – Negou – Eu vou provar que sou melhor que o Liam.
            Antes que eu pudesse dizer algo, ele me beijou de um jeito selvagem, nossas línguas lutavam juntas formando aquele beijo. Tentei me soltar, mas aqueles lábios, aquele beijo, aquele homem me dominavam de um jeito tão diferente, que meu corpo não tinha forças para lutar contra aquilo. Fechei os olhos entrando no clima daquele beijo, envolvi minhas mãos em sua nuca enquanto Harry me guiava até a cama, me deitando ficando por cima de mim.