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História Dear Roommate (Woosan ABO) - T1-E4: Chocomenta.


Escrita por: Watermelon_Pie e Wasa_bi

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 4 - T1-E4: Chocomenta.


Fanfic / Fanfiction Dear Roommate (Woosan ABO) - T1-E4: Chocomenta.

CHOCOMENTA

Era pouco mais de três horas da manhã e Wooyoung estava tendo problemas para dormir pela primeira vez em sua vida. O ômega sempre dormiu nos horários certinhos e sempre teve um sono bem regulado. Mas naquela noite, algo estupidamente assustador o mantinha acordado.

Esse "algo" poderia também ser interpretado como uma maldita barata voadora.

Wooyoung sempre adorou bichinhos, até os mais peçonhentos, como cobras. Mas ele realmente nunca compreendeu a finalidade da existência das baratas. Tudo o que fazem é perambular pelos cantos das casas prontas para atacar seres inferiores e vulneráveis. Seres como o Wooyoung. O ômega estava paralisado, abraçando seus joelhos sobre sua cama enquanto encarava aquele monstro gigante que parecia olhá-lo diretamente nos olhos por sobre sua cômoda. Ele estava pronto para sair correndo dali aos prantos pedindo socorro. Bastava uma movimentação suspeita da parte daquela criatura horrenda que ele correria para o quarto ao lado.

Seus olhos estavam atentos e suas pequenas mãozinhas tremiam de pavor. Ele esperava e esperava, e a barata sequer se mexia. O escuro do quarto apenas o deixava ainda mais aterrorizado. Bastou acender o abajur, e o inseto levantou vôo, indo diretamente em direção ao ômega, que gritou agoniado e correu para fora do quarto, fechando a porta com força e entrando no quarto do alfa.

— SAN! SAN! SAN, POR FAVOR, ACORDA! SAN! — chorava desesperado, se sentando no abdômen do colega e o chacoalhando rapidamente pelos ombros.

— Huh...? Wooyoung? O que aconteceu?

— Tem um MONSTRO no meu quarto! Você tem que ir lá tirar, por favor, San, eu imploro! Eu fico de joelhos, se quiser! Só por favor tira aquela aberração de lá!

— Esse monstro tem nome?

— SAN, POR FAVOR.

— Ok, ok, estou indo. — o alfa bocejou e segurou a cintura do ômega, o tirando de seu colo e se levantando desvigoroso. Caminhou até o quarto ao lado e acendeu a luz. — Não tem nada aqui, Wooyoung. — disse olhando para o ômega. 

— Tem sim! Tem uma barata ENORME! Assim ó... — o ômega exclamou, gesticulando um tamanho absurdo com suas mãozinhas. San pôs-se a rir. — Qual a graça??

— Uma baratinha? Desse tamanho? Wooyoung, esses bichinhos morrem de medo de você. Eles são minúsculos!

— Não são não! Elas são enormes, San!

— Eu não vejo barata alguma aqui.

— Mas eu não estou mentindo... — o ômega disse choroso, cruzando os braços e fazendo bico.

— Hey, eu não disse que está mentindo. — San suspirou, coçando os próprios olhos. — Você pode dormir no meu quarto essa noite se quiser. Se tiver alguma barata escondida aqui, ela já terá ido embora pela manhã. — disse ao abrir as janelas do quarto do ômega.

— E você vai ficar aonde...?

— Na sala.

— Não é justo. Aquele sofá é duro e desconfortável... — Wooyoung resmungou, segurando o braço do alfa enquanto este pegava um edredom e um travesseiro.

— É só uma noite, Wooyoung. Não tem problema. Durma bem, ok? — o alfa sorriu um sorriso exausto, bagunçando as madeixas do ômega antes de se dirigir para a sala. Ajeitou o sofá e deitou-se, caindo no sono poucos minutos depois.

Wooyoung hesitou por um segundo ou dois mas o alfa não o daria ouvidos. Era melhor simplesmente obedecer. O ômega se aconchegou sobre a cama fofinha de San e sorriu ao desfrutar do cheiro forte do alfa. Era uma mistura de nogueira com hortelã, difícil de descrever. Era um aroma unicamente gostoso.

Em pouco tempo, o ômega foi capaz de relaxar e finalmente caiu no sono, abraçado ao cobertor do colega.

[...]

— Hey.

...

— Wooyoung-ssi...

...

— Wooyoung-ah~

— Hm...? — o ômega abriu os olhos devagarinho, pouco a pouco se acostumando com a luz do sol. Uma vez que estava desperto, arregalou os olhos e engoliu em seco ao dar de cara com um San sorridente, que estava próximo demais de seu rosto.

— Anda, Bela adormecida. Já é quase meio dia e precisamos ir na sorveteria, lembra?

— Huh... Claro... — Wooyoung sussurrou ofegante, se perdendo na mistura dos aromas dos dois. As respirações se enrolavam umas nas outras e o coração frágil do ômega chegou a pular algumas batidas antes de acelerar. Uma vez que San se distanciou, toda essa euforia passou e o garoto finalmente pôde respirar. Wooyoung se levantou da cama e começou a dobrar os lençóis.

— Ei, tudo bem. Deixa que eu arrumo isso, ok? Vá se trocar. — San disse com um sorriso, tomando as cobertas das mãos do ômega e tornando a dobrá-las. Wooyoung apenas assentiu com a cabeça e cambaleou até o próprio quarto. Suas pernas estavam bambas e o garoto sequer conseguia andar direito.

Wooyoung vestiu um moletom branco, uma calça jeans clara e um par de tênis cinza claros. Depois de pentear seu cabelo, o garoto passou um perfume para realçar o seu cheiro de lavanda. Assim que foi em direção a sala, deu de cara com San, que já havia se trocado também. Vestia uma camisa social azul clara com as mangas dobradas até os cotovelos e uma calça jogger negra, juntamente de um par de sapatos AllStar de cano baixo azuis. Ele estava lindo.

— Você está ótimo. — San elogiou. — Vamos, não queremos chegar na sorveteria quando estiver lotada, certo? — disse e pegou na mão do ômega, o guiando para fora de casa e pelas ruas até a sorveteria local.

Durante todo o percurso, Wooyoung queria garantir que San não soltaria sua mão, e por isso ele apertava a destra do alfa, na esperança de ele não a deixasse.

Eventualmente, os dois chegaram ao local. A sorveteria era limpinha e tinha vários lugares para pouquíssimos clientes. Haviam chegado em um bom horário.

— Boa tarde meninos, o que vão querer?

— Eu vou querer uma casquinha de uma bola só. Sabor chocomenta com calda de hortelã. E você, Wooyoung?

— Hum... Uma casquinha de uma bola só, sabor morango. Com calda de chocolate, por favor.

— Saindo em um minuto, podem escolher uma mesa. Fiquem a vontade. — disse o atendente, um ômega idoso e simpático.

Os jovens escolheram uma mesa mais afastada, que ficava perto de um belo quadro abstrato pintado em tinta acrílica. Wooyoung admirou a pintura por longos segundos até que os sorvetes foram postos sobre a mesa.

— Obrigado. — os dois agradeceram em uníssono, rindo diante daquilo.

— Hm, fazia tempo que eu não tomava sorvete. — San disse sorridente, fechando os olhos para melhor aproveitar o delicioso sabor de seu sorvete.

— Eu costumava sair para tomar sorvete com a minha irmã todos os fins de semana, mas ela tem tido dias muito cheios ultimamente...

— Podemos fazer isso mais vezes se quiser. Eu ficaria muito feliz.

— Sério?

— Sim! — disse. — Ei, você já provou sorvete de chocomenta?

— Não...

— Aqui, prova. — San ordenou, esticando o sorvete até perto do rosto do ômega, que o olhou surpreso.

— Eu não...

— Vai, por favor. Você não vai se arrepender. Chocomenta é o melhor sabor de sorvete que existe! Principalmente se tiver calda de hortelã.

— Huh... Ok. — Wooyoung colocou seus lábios em volta do sorvete levemente, olhando para o alfa com um olhar incerto antes de se distanciar da sobremesa lambendo os beiços e levantando as sobrancelhas. — É muito bom! 

— Quer trocar?

— Quero! — o ômega disse rapidamente, passando a casquinha de morango para o outro e tomando o sorvete de chocomenta em suas mãozinhas.

— Eu sabia que você iria gostar. — San riu satisfeito.

[...]

Já era fim da tarde e os garotos caminhavam lentamente de volta para casa com várias sacolinhas cheias dos mais diversos doces, eis que acabaram por descobrir uma paixão em comum: gordices.

— Eu mal posso esperar para experimentar o pirulito de chiclete, ou a trufa de cereja! E os peperos de chocolate branco!

— Vamos com calma, esses doces têm que durar mais de uma semana.

— Mas assim não tem graça! Doces são gostosos, e se cabe um, cabem dois e consequentemente cabem mais sete! — resmungou.

— Não, Wooyoung... — riu baixo. — Precisamos ter um controle.

Deixaram as sacolas sobre a mesa japonesa e se sentaram no chão ao redor dela. Os dois pareciam incertos do que comer primeiro. San optou por pegar uma barrinha de chocolate com limão e pimenta, um doce que ele pensou que fosse detestar, mas era na verdade muito bom!

Já Wooyoung pegou o pirulito de chiclete que tanto queria saborear. Tirou o papel do doce rapidamente e o enfiou na boca, revirando os olhos ao sentir o gostinho doce.

— Realmente tem gosto de chiclete! É muito bom, San! — disse retirando o pirulito da boca e o chupando mais algumas vezes. Vez ou outra, olhava diretamente nos olhos do alfa na esperança de que os olhares se encontrassem e quando aconteceu, San franziu o cenho levemente tentando compreender o que estaria se passando na cabeça do ômega.

Por fim, o alfa desistiu de se fazer de desentendido. Mordeu os próprios lábios e tornou a assistir o colega com mais atenção. Aqueles lábios grossos e rosados seriam a sua perdição... Ele gostaria muito de ter tido mais oportunidades de admirá-los antes. Mas admirá-los não deveria ser tão prazeroso como tocá-los. Como beijá-los.

O minuto que San passou assistindo o ômega sugar o pirulito foram 60 maneiras diferentes que ele conseguiu pensar para usar aquela boca. Ah, o que ele não faria com aqueles lábios rosados. San imaginava aqueles lábios sendo usados ao seu favor, e aquilo o deixou excitado.

Wooyoung sabia o efeito que suas ações estavam tendo sobre o alfa. Ele estava fora de si. Em sã consciência, alguém como o Wooyoung sequer pensaria nesse tipo de coisa. Seus olhos estavam grudados aos do alfa e ambos mal piscavam. Apenas se encaravam. Um olhar mais sedento do que o outro. San estava se controlando para não puxar o ômega para um beijo intenso e molhado.

Eventualmente, o pirulito acabou e Wooyoung resmungou baixinho para si mesmo, colocando o palitinho do doce sobre a mesa. O ômega havia saído de seu estado de "transe" e, ao tomar consciência do que tinha acabado de acontecer, o ômega arregalou os olhos e coçou a nuca envergonhado, fitando o alfa com um certo medo. Por fim, San sorriu de leve e desviou o olhar, passando as pontas dos dedos em suas sobrancelhas e procurando algo para dizer.

Acabou que nenhum dos dois disse nada. Apenas comeram mais alguns doces e casa um seguiu para o próprio quarto.

Uma energia esquisita rondava a casa agora. O que diabos havia acontecido?



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