História Dear Sourwolf (Sterek) - Ir devagar

Derek

Stiles está dormindo calmamente ao meu lado. Respirando de maneira profunda, com os braços enrolados em meu peito. 

Me viro para ficar de lado e admiro o quanto ele é incrivelmente lindo. Seus lábios desenhados estão entreaberto e o rosto relaxado, nem parece que ele estava vomitando no banheiro há minutos atrás.

Estávamos no loft ainda comemorando meu aniversário quando ele começou a se sentir mal e contra minha vontade eu o trouxe para sua casa já que ele não achou necessário correr pro hospital “apenas” por isso. Apesar da minha preocupação fiquei mais aliviado quando ele começou a apresentar melhoras, então o deixei descansar um pouco e agora estou aqui, sorrindo sozinho enquanto o observo e penso em tudo que aconteceu nas últimas horas.

Ainda parece tão irreal eu estar aqui deitado ao lado dele, acariciando seu rosto, sentindo seu cheiro de hormônios da gravidez misturado com cheiro de sabonete e seu aroma natural. Há poucas horas eu pensei que tudo entre nós ia acabar de vez e agora... aqui estamos.

Tudo aconteceu tão rápido e foi tão bom que estou com medo de acordar desse sonho incrível em algum momento.

Stiles se agita um pouco em meus braços e devagar suas pálpebras se abrem até seus olhos âmbar se encontrarem com o meu. Sorrio para sua cara de sono, e sonolento ele sussurra:

— Por que ainda está acordado?

— Nada. Volte a dormir. — Afago seu cabelo e levemente eu o acaricio.

— Ainda está preocupado comigo?

— Sim, e sei que não acha necessário mas nós vamos ir ao hospital amanhã.

— Tudo bem, eu ligo cedo para marcar. Pode ir dormir agora?

— Não é só por isso que estou acordado. Não estou conseguindo dormir.

Stiles se estica, coça os olhos e sorri para mim.

— Não te cansei o suficiente, sourwolf? Precisa de mais? — Ele brinca fazendo-me revirar os olhos e rir ao mesmo tempo.

— Acho que... — Corro meu dedos pelo seu pescoço e desço para suas costas, focando em acaricia-lo ali — ... eu só não quero mais perder tempo. Quero aproveitar cada segundo ao seu lado, ouvir sua respiração, sentir seu cheiro, olhar para o seu rosto...

— Não precisa ficar acordado só por causa disso, eu ainda estarei aqui quando você acordar.

— Eu sei. — Sorrio, mesmo com medo em meu peito de algo dar errado enquanto dormimos. Talvez um meteoro colida com terra, como vamos saber? — Vou tentar dormir.

— Boa noite, Der.

— Boa noite.

Stiles dá um beijo rápido e suave nos meus lábios e vira-se ficando de costas pra mim. Beijo-lhe o ombro e o abraço, juntando nossos corpos o máximo que consigo. Quando o toco na barriga para voltar a lhe fazer carinho percebo o quão grande ela está, me choca que ela ainda vai ficar muito maior até chegar o dia que diminuirá novamente, pois já vamos estar com a lobinha nos nossos braços.

Fecho os olhos e aguço minha audição para escuta-la, está se tornando cada vez mais fácil e impressionante a medida que ela está se desenvolvendo.

— Eu amo vocês. — Escuto Stiles sussurrar com uma alegria em sua voz que me faz sorrir de orelha a orelha.

Abraço-o com força e finalmente sinto o sono chegar.

. . .

— Bom dia. — Stiles sorri para mim quando entro na cozinha e volta a mexer os ovos na frigideira.

— Bom dia. — Murmuro sem jeito já que seu pai também está na cozinha, sentado na mesa bebendo café. — Xerife.

— Hale.

— O café já está pronto, pode se servir. — Stiles avisa desligando o fogo — Eu só consegui horário com a Dr. Shay pela manhã, daqui há uma hora, então vou logo tomar banho enquanto você toma café.

E me deixar sozinho com o Noah?

Stiles sai da cozinha antes que eu tenha tempo de inventar algo para impedi-lo e eu suspiro disfarçadamente, me preparando para o constrangimento que vai ser os próximos minutos nessa cozinha.

Em uma tentativa de agir normalmente vou até o armário, pego um prato, um copo e me sirvo com a comida que o Stiles preparou. Assim que sento na mesa, Noah dispara:

— Então vocês voltaram?

Pego a garrafa de leite em cima da mesa e encho meu copo.

— Não, senhor. — Devolvo a garrafa pro lugar — Estamos indo devagar dessa vez.

— Hum... — Ele murmura — Na minha época “ir devagar” era trocar mensagens, sair para jantar ou assistir um filme no cinema... Pelo visto isso não existe mais, “ir devagar” agora é dormir junto e fazer coisas que eu nem quero pensar. Fico me perguntando o que seria “ir rápido”... Casar, ter um filho, adotar um gato e mudar de país depois de uma hora de conversa?

— Não se preocupe, xerife. Pode parecer que estamos nos precipitando, mas temos todo controle da situação. — Sou breve, me esforçando para não ser rude.

— E você quer que eu confie em você? — Ele questiona bruscamente, talvez não esteja se esforçando como eu — Eu nunca gostei de você, Derek. Antes eu até te tolerava já que você pelo menos fazia o meu filho feliz, mas hoje eu só não te mato nesse exato momento por quê o Stiles prometeu nunca mais olhar na minha cara se eu o fizesse.

O xerife arrasta a cadeira para trás e se levanta.

— Eu sei, você sabe, o Stiles sabe, todos sabem que vocês não vão dar certo e só estão se iludindo por achar que sim. Você é a pior escolha que o meu filho fez e ele vai descobrir isso uma hora ou outra, eu sei que vai. — Ele arruma sua farda e olha por cima da minha cabeça, talvez conferindo se o Stiles está por perto. — Veja bem, Derek. — Seu tom de voz diminui — Se você o ama de verdade vai acabar com isso de uma vez antes que você cause mais sofrimento, por que nós sabemos que você vai causar. O relacionamento de vocês se perdeu no meio do caminho e certas coisas não tem reparos... seja homem e aceite a realidade. O Stiles ainda é jovem e cego, mas você já devia ter percebido que você não é o que ele realmente merece e nem nunca vai ser capaz de ser.

Abaixo meu olhar para o prato e numa tentativa de não parecer atingido com suas palavras, dou uma garfada na omelete e começo a comer em silêncio.

Stiles

Algumas horas depois:

Olho para o relógio, são sete e cinquenta e eu já estou indo dormir.

É claro que esse não era o meu plano da noite, mas depois da minha estupidez de deixar o meu pai sozinho com o Derek pela manhã, “de repente” ele passou a agir de maneira diferente, ficou mais distante e bastante quieto, tentei convencê-lo a me contar o que o meu pai falou pra ele, — já que estava óbvio que o meu pai havia dito algo — mas Derek apenas me enrolou até eu desistir.

Após a Dra. Shay me examinar e dizer que não havia nada fora do normal comigo houve uns momentos de alívio e comemoração, entretanto não durou muito tempo e Derek voltou a divagar, como se estivesse imerso em seus próprios pensamentos.

Poucos minutos depois de me trazer em casa ele falou algo que eu estava torcendo para não falar, ele pediu um tempo pra pensar. Não um tempo como o que acabamos de ter, ele disse que só vai precisar de um dia pra pensar sobre tudo e se preparar para conversamos já que eu o peguei literalmente de surpresa ontem e ainda ele não conseguiu processar tudo.

“Eu nunca vou desistir de você, Stiles”, repito suas palavras na minha cabeça numa tentativa de não deixar que as paranóias me atormetem, e repetindo isso diversas e diversas vezes eu fecho os olhos e caio no sono.

— Já vai! — Murmuro sonolento enquanto me dirijo para a porta.

São oito e trinta e sete e alguém está tocando a maldita campainha sem parar. Tentei ignorar e voltar a dormir mas depois de cinco minutos de insistência decidi levantar e atender.

Abro a porta da frente bruscamente pronto para xingar quem quer que fosse mas me deparo com o Derek em pé na varanda, segurando uma caixa com uma tampa transparente que me permite ver pequenos chocolates dentro.

Esfrego meus olhos, ainda estou sonhando?

— Oi. — Derek abre um sorriso radiante.

Sou incapaz de responde-lo, além de estar me perguntando o que significa isso, estou admirando sua beleza com ele vestindo uma jaqueta de couro, calça preta e um sapato, claro, também preto.

E... meu deus... ele está tão cheiroso.

— Oi. — Finalmente o respondo e sorrio, apesar da confusão na minha mente.

— Desculpa ter te acordado.

— Tudo bem. — Volto a olhar para a caixa — Não é por nada não, mas o que está fazendo aqui há essa hora?

— Vim te convidar para um jantar.

O quê?

— Jantar? Agora? Onde?

— No “La cucina di Hale's”. Em português, “Cozinha dos Hale's”. A crítica da comida do chef é ótima.

Caio na risada, apesar de não estar entendendo, estou gostando da sua brincadeira.

— Você está falando sério? Vai me levar pra jantar?

— Apenas se você aceitar, é claro.

— É claro que eu aceito. — Sorrio — Mas eu não entendi, você estava tão estranho pela manhã... foi proposital?

— Não... — Ele mordisca o lábios — Seu pai me disse umas coisas não muito gentis que me deixaram bastante pensativo e até cheguei a achar que ele está certo por um breve momento, mas percebi que ele não está. Eu sei que tive alguns erros, mas vou ter que ser o primeiro namorado no mundo a ser perfeito?  Quando eu perguntei se você vai me amar mesmo com todas as falhas é porquê eu não sou perfeito e nunca vou ser, você também não, e não tem nada de errado nisso porque você um ser humano e eu... bem... eu sou um lobisomem idiota e um pouco burro.

Dou risada, e ele volta a falar:

— ... Acho que o que realmente importa é que estou tentando melhorar, por que te amo e sei que você merece mais. Durante nosso relacionamento eu me perdi em alguns momentos e vamos conversar sobre isso hoje se você estiver pronto, só quero que saiba que estou disposto a mudar, por mim, por você, por nós. — Ele ergue a caixa de chocolates e abre um sorriso — Apesar de tudo, seu pai disse uma coisa certa, se é pra ir devagar vamos fazer do jeito certo e é por isso que estou te convidando para um jantar.

Pisco, emocionado. Suas palavras desataram os nós de preocupação que estavam apertando meu coração e agora só existe espaço para felicidade que está tomando conta de mim.

— Ok, isso é muito fofo... — Me aproximo para beijar meus lábios mas ele põe a mão na frente me impedindo

— Sem beijos até o fim do jantar, Stilinski.

— Quem perde é você, Hale. — Mostro a língua pra ele — Me espera aqui, eu vou me trocar.

. . .

— Você que preparou isso. Está perfeifo! — Enrolo o macarrão com queijo no garfo e levo até minha boca

— É só macarrão com queijo. — Ele dá risada.

— O melhor macarrão com queijo.

— Obrigado. — Derek enrola o macarrão no garfo e abaixa o olhar para o seu prato — Então... Por onde vamos começar?

— Que tal do começo? — Sorrio brevemente — Braeden.

— Ok. Braeden. — Ele parece desconfortável e eu também estou. A atmosfera entre nós mudou, não está mais leve.

Dou um gole na água e respiro fundo para então perguntar:

— Você sentia algo por ela? Nem que seja uma cócegas bem leve no peito quando pensava nela? — Sou direto, e torço por uma reposta sincera.

— Não. Nunca senti nada, nem mesmo uma... cócegas bem leve no peito quando pensava nela. O que tivemos foi apenas sexo casual antes de nós namorarmos e depois que ela apereceu novamente eu estava fixado demais em você para enxergar qualquer outra pessoa.

Meu lábio treme ameaçando um sorriso mas eu o contenho. Derek volta a falar:

— Eu sinto que essa sua dúvida sobre eu sentir algo pela Braeden existia antes da confusão acontecer, estou certo?

— Está. — Murmuro — Eu sempre senti ciúmes dela por motivos óbvio, mas sempre depositei confiança em você. Porém não deu pra suportar e manter minha confiança no dia que o seu período frágil acabou. Você ter ido se encontrar com ela primeiro, antes de me ver e esclarecer a nossa relação foi realmente muito desconcertante. Sei que você pode achar que teve seus motivos, mas pra mim, não justifica. 

— Não, eu não acho mais. Você tem razão, não justifica, eu fui apenas um idiota e impulsivo nesse dia, eu não devia ter ido me encontrar com ela antes de ver você, como havíamos combinado. Mas não teve nada a ver com a Braeden e sim a minha preocupação se saber informações sobre o Theo. Na verdade eu quero que saiba que a primeira coisa que eu fiz quando eu acordei nesse dia foi ir comprar a corrente que eu te entreguei, só não tive a oportunidade no dia por conta de tudo que aconteceu. — Ele parece estar sendo sincero e isso me deixa contente — Você foi o meu primeiro pensamento quando eu acordei, Stiles. Eu nunca tive tanta certeza que eu queria voc, apenas você.

Ajeito minha postura diante dessa declaração e temendo a resposta a seguir, pergunto:

— Então como você explica o que aconteceu entre você e a Braeden enquanto eu estava desaparecido?

Derek congela sua garfada de macarrão suspensa no ar e depois devolve-a ao prato.

— Você ainda acha que eu te traí?

— Não sei. — Murmuro — Você me traiu?

— Não, em nenhum momento. Tudo que eu te contei sobre como aconteceu foi verdade. 

— Ok... — Sinto o nó no meu estômago folgar — Vou acreditar mais na sua palavra, assim que me der a reposta da minha pergunta.

 — Eu realmente não sei o que deu em mim, Stiles. — Ele encolhe os ombros — Depois do nosso término pensei muito a respeito, tentei acreditar na ideia de que eu queria aquilo inconscientemente, mas não, eu não queria, foi um erro eu ter permitido que a Braeden se aproximasse tanto de mim, mas eu não estava esperando por aquilo naquele momento e talvez por isso eu tenha ficado sem reação, e sequer consegui raciocinar direito devido a toda situação naquele momento... foi tudo tão rápido.

— Então você não queria?

— Não! Nem um pouco. Eu só queria você.

— Ok... — Enrolo o macarrão no garfo — Mas só pra eu saber, se nós voltarmos, você vai dispensar uma mulher ou homem quando ela ou ele tentar te beijar ou vai entrar em pânico de novo?

— Na verdade, eu prometo não deixar ninguém se aproximar de mim novamente. Dois metros de distância no mínimo. — Ele brinca, me fazendo sorrir — Eu prometo também que serei menos impulsivo, menos inconsequente, menos idiota, menos superprotetor e sufocante. Eu reconheço todos meus erros e não vou repeti-los. Você consegue confiar em mim novamente?

— Esse é um ponto delicado, Der... Minha psicóloga disse que uma confiança quebrada pode se reconstruir, mas requer tempo e é por isso que ainda não estamos juntos. Eu quero muito voltar a namorar com você porém precisamos ser realistas e entender que apesar de eu estar confiando agora em você, na prática ou com o passar do tempo isso pode mudar e é isso que temos analisar antes de nos precipitar.

— Você está tão mais maduro. — Derek sorri, parece impressionado — E tem toda razão.

— Obrigado. — Sorrio timidamente e tomo um gole de água.

— Posso perguntar uma coisa?

— Pode.

— Você ainda vê a Braeden quando olha pra mim?

— Não... — Olho para todo o rosto dele — Eu só vejo sua cara azeda mesmo.

— Nunca fiquei tão feliz em ouvir isso. — Ele volta a sorrir — E você se sente melhor sobre o México?

— Ainda estou em processo, mas já tive grandes avanços. Estou há uma semana sem ter pesadelos, por exemplo.

— Isso é incrível, estou muito orgulhoso por você. Se precisar conversar com outra pessoa além da sua psicóloga, eu estou aqui, ok?

— Obrigado, Der.

Ele estende a mão na mesa e quando eu a toco ele a leva até seus lábios e beija carinhosamente os meus dedos.

Pego a louça molhada na mão do Derek e começo a enxugar.

— Eu já disse, Derek. Não vou te dar detalhes da minha relação com o Danny.

— O sexo foi tão ruim assim? — Ele gargalha, caçando de mim.

— Não!

— Então foi bom? — O sorriso desaparece do seu rosto e ele finge uma cara brava.

— Derek!

Pego o copo que ele acabou de lavar e faço o mesmo processo.

— E você? Não transou nem uma vez com a Stella?

— Nem uma vez. Mas ela beija bem.

— Eu não pedi essa informação.

Ele dá de ombros e volta a lavar ao talheres.

— O Danny faz um boquete ótimo. — Provoco

— Eca, Stiles. Meu deus, que nojo... Você deixou mesmo ele chupar você? 

— Você tá preocupado com isso? Acho que esqueceu o que vem a seguir.

Rio alto quando vejo a expressão do Derek mais azeda e mais carracunda do que nunca.

— Ok, pode parar, não quero mais saber ou vou ficar traumatizado e teremos que ficar sem transar por um tempo

— Você não aguentaria, sourwolf. — Bato com o pano em sua bunda e ele revira os olhos enquanto sorri.

Derek me entrega os últimos talheres e depois que eu seco me encosto na pia e seco minhas mãos.

— Tenho pena da nosso lobinha por ter um pai tão pervetido. — Ele brinca e pega o pano na minha mão para enxugar a dele.

— Der... — Olho para o volume que a barriga está dando na minha camisa.

— Hum? 

— Você sabe que não podemos chamar a lobinha de lobinha pra sempre, não é?

— Estamos falando de nome? Quer dar um nome para ela?

— É muito cedo?

— Não, claro que não. — Ele se senta nw mesa e eu faço mesmo — Confesso que eu tenho ideias.

— Sério?

— Sim... Derekina.

— Você por acaso odeia a nossa filha? 

— Estou brincando... Não sou bom com nomes. Qual sua ideia?

— O que você acha de Emma?

— Emma... — Derek repete, analisando — Não, não gostei.

— Ok.... e que tal Georgia?

— Nomes de estado é horrível.

— Pra quem não é bom com nomes você é bastante exigente. — Murmuro, irritado — Diana?

— Diana... — Ele repente — Diana... Di-a-na...

— Esquece, você me fez odiar o nome.

— Sério? Eu estava começando a gostar.

Acaricio minha barriga e volto na busca de um novo nome que agrade tanto a mim quanto ao outro pai chato.

— Hum... Derek... Você sabe que existe a chance de ser um menino, certo?

— As vezes esqueço disso.

— Eu também tenho ideia de um nome.

Olho para ele.

— Derek Júnior?

— É sério!

— Ok, qual?

Ajeito minha postura na cadeira e hesito um pouco antes de finalmente falar:

— Theo. — Sorrio timidamente  — Theodore Hale Stilinski.

Derek pisca pra mim, surpreso.

— Theo... — Ele repete baixo, não sei se avaliando ou rejeitando — Sim... é um bom nome... eu gostei, soa bem.

Sorrio, apesar de estar chocado.

Não sei se ele está dizendo isso apenas para me agradar ou por que tem certeza que é uma menina, mas fico feliz de qualquer forma.

— Você pensa muito nele? — E novamente a atmosfera se torna desconfortável.

— Sendo sincero... sim. — Olho para minhas mãos 

— Ainda não tem nenhuma notícia, não é? Você acha que ele está mesmo...?

— Não sei. — Ligo a tela do meu celular que está em cima da mesa e checo o horário — Está um pouco tarde, estou cansado, podemos ir deitar?

— Está fugindo. — Derek me lembra e eu aperto meus lábios, notando que estou mesmo. — Entendo que não queira falar sobre ele agora, mas eu também tenho perguntas. Vou confiar que você vai pensar sobre isso e na hora certa vamos conversar.

— Tudo bem. — Concordo com a cabeça, agradecido. — Mas eu estou mesmo cansado, podemos ir deitar?

Derek assente e depois de desligar as luzes da cozinha, nós subimos.