Londres,dias atuais
Eu forçava abrir meus olhos ,mas o peso do meu corpo permanecia me prendendo na cama
Mais um dos milhares sonhos bizarros que
tive ao decorrer dos meus 17 anos
Devo dizer pesadelos?
O realismo era assustador
Sempre em cenários diferentes
As mesmas pessoas,lutas,anjos,bruxas,um homem que eu o reconhecia em todos os sonhos
Sempre tentava rabiscar os traços de seu rosto mas jamais consegui lembrar assim que despertava do sonho
-Alex!!!- minha mãe batia na porta do meu quarto - Você já dormiu o suficiente mocinha !!
-Já estou levantando mãe,que droga- levanto meio cambaleando ,meu corpo permanecia demasiadamente pesado
Levantei-me e assim que pisei no chão ouço um miado
Era Fúria ,meu gato
Seus olhos amarelos me encaravam
Eu senti algo estranho naquele momento
Mas nada que me incomodasse
Peguei o no colo e dei carinho
Sentindo seus pelos macios entre minhas mãos
-Você me assustou Furia -acariciei seu pescoço
Ele devolvia meu carinho
Passando sua cabeça na minha mão
Tirei ele do meu colo e criei coragem para descer as escadas
A sola do meu pé doía cada vez que eu pisava ao chão
Havia algo de errado entre esses sonhos
Minha avó sempre dizia para que eu procurasse alguém para conversar
Algo como um psicólogo
Mas minha mãe nunca deixará
Ela dizia que isso um dia teria um fim
-Mais café e menos leite mãe ,sabe que eu prefiro assim - minha mãe servia o café da manhã
-Alex,Eu odeio essa sua mania ,sabe que o café não é tão saudável quanto o leite ,você precisa começar a se alimentar melhor querida
-Mãe ,não fica falando na minha cabeça logo de manhã por favor - resmunguei quase com a voz falha
-Vamos termine logo ,não tente me enrolar para faltar novamente a aula mocinha !
-Aí mãe você acordou chata hoje -bufei subindo as escadas
O que custava ficar na minha cama quentinha,sem atrapalhar ninguém ou ouvir a voz chata do professor de Filosofia
Dizendo sobre os conceitos de vida dele
Me arrumei e me despedi da minha mãe
-Time cuidado querida,pegou seu colar?- ela depositou um beijo na minha testa
-Sim senhora Dona Anne - ela riu ao fim da frase
-Sem Deboche,toma cuidado huh?- ela me abraçou
-Fica tranquila mãe ,eu ainda não decidi entrar em alguma máfia criminosa ou roubar algum banco - ela beliscou meu braço e gargalhou
-Seu senso de humor ainda irá conquistar muita gente ao seu redor Alex
-Talvez eu não queira isso mãe ! -a abracei novamente e sai de casa
Caminhei por toda nossa vizinhança
E aparentemente temos vizinhos novos
Observei um caminhão de mudança parado em uma casa próxima da minha avó
A mudança estava sendo levada para a casa nova
Um rapaz ajudava a carregar algumas malas e bolsas
Ele não me parecia estranho
Havia algo que eu reconhecia nele
Eu não saberia naquele momento identificar o que era
Ele olhou diretamente para mim
Bom,uma pessoa parada a alguns passos da sua nova casa ,te observando igual uma psicopata que irá atirar a qualquer momento na sua cabeça
Talvez tenho o assustado
Nos encaramos por longos minutos
Quando fomos despertados por outro homem
Que aparentava ser seu pai
Ele cochichava algo para seu filho
E depois olhou para mim e acenou
Eu rapidamente sai dali
Ou perderia o horário para a segunda aula
O rosto do garoto ficou nitidamente preso no meu pensamento
Eu conseguia totalmente imaginar os traços dos seus lábios grossos
O Cabelo escuro
Os olhos
Que me encararam por minutos que parecia uma eternidade
Isso talvez tenha soado como se eu estivesse apaixonada
Ou algo semelhante
Mas é como se eu sentisse que o conhecia de algum lugar
E isso eu irei descobrir...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.