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História Death Hotel - She lies!


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olá, amores! Não conseguiria dormir sem atualizar, então vamos lá! <3

Capítulo 22 - She lies!


Fanfic / Fanfiction Death Hotel - She lies!

Kris 

 

A visão embaçada, aos poucos, acostumou-se com a escuridão daquela velha cabana. A minha cabeça ainda latejava e meus braços doíam por conta da força com a qual Baekhyun prendeu-me à cadeira. Quando cheguei ao lugar onde Jimin havia trancado a minha mãe, o tal rapaz espancou-me até eu perder a consciência, enquanto ria de mim e do corpo sem vida da minha mãe ao meu lado. Eu não conseguia gritar, porque o pano que cobria minha boca impedia-me, não conseguia mover as minhas pernas, porque a sessão de tortura, onde a parte mais divertida para Baekhyun era cortar cada parte de minhas pernas, não permitia. Eu estava fraco e não conseguiria resistir por muito mais tempo, mas precisaria dar um jeito de avisar ao Tao que tudo não passava de um engano, então, com um esforço imenso, consegui puxar o celular que estava quase caindo pela parte de trás da cadeira, e tudo parecia conspirar ao meu favor naquele momento, pois o celular vibrou em minhas mãos, mas assim que eu atendi, ele caiu de minhas mãos e percebi Baekhyun voltar junto a Suho e do outro lado da linha o meu amigo gritava o meu nome, provavelmente por achar que eu não conseguia o ouvir, então apenas gritei o mais alto que pude: 

– Tao, era tudo um engano! Liberte a Anna, rápido! 

Não repeti os gritos, pois quando perceberam o que eu estava fazendo, Baekhyun deslizou a grande e afiada faca em minha garganta e, aos poucos, o ar se esvaiu e minha visão começou a escurecer. 

Mãe, Sophie, Deus... perdoem-me. 

 

Minseok 

 

Quando a manhã chegou, junto a ela um grito desesperado acordou-me, mas o grito não parou e logo foi seguido de coisas quebrando. Levantei-me rapidamente e coloquei os sapatos, correndo para fora do quarto e percebendo certa movimentação em frente ao quarto de JungKook, então Yoongi arrombou a porta e todos nós entramos, mas os gritos cessaram e agora o que ouvíamos era o som dos soluços do garoto que estava encolhido no chão, com o rosto tampado pelas mãos. Sophie agachou ao lado dele e tentou tirar as mãos dele de seu rosto, mas foi inútil. 

– Kook, por favor, diga-nos o que aconteceu. Havia alguém aqui? - Sophie perguntou, calmamente, mas ele permanecia calado. - JungKook, nós queremos te ajudar, mas precisa dizer algo! 

– Saiam daqui, deixem-me sozinho! 

– Você nos acordou com o seu grito escandaloso, então agora dirá o que aconteceu. - Yoongi segurou-o pelos braços e o ergueu, mas JungKook insistia em esconder o rosto. 

– JungKook, você está preocupando a todos, diga-nos de uma vez o que aconteceu! - Taehyung insistiu, tocando o ombro dele. 

– Isso aqui basta para vocês? 

Jeon gritou com raiva, retirando as mãos do rosto e revelando a nós seus olhos tomados pela cor branca, apenas com um leve tom avermelhado causado pelo choro. Todos ficaram em silêncio e assustados pelo que viam, mas eu não conseguia entender e percebi que Chanyeol também não. 

– Eu não acredito que estou passando por isso outra vez! - Novamente gritou, tateando a parede até chegar à cama. - Eu não estou enxergando... essa merda voltou para mim...  

– Ele está conseguindo o que quer. - NamJoon sussurrou, socando a parede ao seu lado.  

– Alguém pode explicar o que está acontecendo? - Pedi, cruzando os braços, então Sophie iniciou: 

– Guardiões de Luz, quando tomam a posse do corpo de algum humano, o priva da visão, para que assim ele não possa ser corrompido pelos pecados carnais. - Ela suspirou, abraçando o amigo. - Da primeira vez ele apaixonou-se por uma mulher, então foi tomado pelo pecado e pelo sentimento humano, acabando por recuperar sua visão e perder a proteção do Guardião, mesmo que este continuasse com ele. Agora, de alguma forma, Jimin o devolveu ao JungKook, agora é como se tudo voltasse ao normal.  

– Então, se ele pecar novamente, voltaria ao que era antes, certo? 

– Bem, de acordo com o passado dele, sim.  

– Como podemos encontrar a namorada dele? Talvez se repetirmos isso, ele possa... 

– Ela é a garota morta, Minseok.  

JungKook disse, agora aparentemente mais calmo, então Jin entregou-me um porta retratos com a foto de uma mulher. 

– Ela se matou para salvar a vida do JungKook. - Disse, apontando para a foto. - Ela tinha como Guardiã a mesma que a Yang Mi tem agora, e os Guardiões da Morte e da Luz não podem, jamais, se apaixonar, porque Guardiões da Morte existem unicamente para levar a alma de seus irmãos. EunJi escolheu dar a própria alma para deixar quem amou vivo. 

Prestei atenção em tudo o que foi dito, para apenas depois reparar na mulher da foto, mas quando reconheci aquele rosto, meu corpo inteiro enfraqueceu e meu estômago revirou. 

– Essa mulher... ela é a EunJi? Ela é a garota morta? 

– Sim, por quê? 

– Meu Deus... 

O meu coração falhou as batidas e eu apenas pude correr para fora dali, apertando a foto em minhas mãos enquanto trilhava o caminho até aquele Vilarejo. Muitas vezes tropecei nos galhos das árvores, mas não me importei, porque precisava encontra-la o quanto antes. Já ao lado da roseira, gritei por ela o mais alto que consegui, então, após a terceira tentativa, ela apareceu, sorridente para mim. 

– Minseok, achei que não viria mais. 

– Qual é o seu nome? 

– Outra vez com isso? - Ela riu, sentando-se na grama. - O céu está lindo hoje. 

– Qual é o seu nome? - Insisti, então ela abaixou a cabeça. 

– Diga-me você, Minseok. - Ela levantou-se e apontou para a foto. - Qual o meu nome? 

– Por que não me contou desde o início? 

– Se eu contasse e não pudesse provar, como acreditaria em mim? 

– Olha, eu não sei o porquê de estar aqui, não sei o porquê de ter sido o escolhido para passar por tudo isso, mas já que estou vivendo este inferno, poderia explicar-me você? 

– Eu tentei avisar vocês, tentei dizer para fugirem, mas vocês não me ouviram. 

– Rose... EunJi, diga-me o motivo para eu estar aqui. 

– Jimin precisava encontrar a família, quem melhor do que a mais prestigiada equipe de jornalistas? Ele sabe cada passo de vocês, sabe cada detalhe e até mesmo cada segredo. 

– Como? - Ela riu ao ouvir-me, então cruzou os braços. 

– Olhe para o próprio ciclo social de vocês, Minseok.  

– Está dizendo que há um traidor entre nossos amigos? 

– Exatamente. Desde o início existe uma pessoa ajudando o Jimin, essa pessoa está diretamente ligada a ele, ela os trouxe até aqui, ela os assusta e, graças a ela, seus amigos estão desaparecendo um a um.  

– Desaparecendo?  

EunJi sorriu, virando-se de costas para mim enquanto caminhava devagar para a direção oposta, então disse: 

– Se quiser ajuda, estarei aqui, Minseok. Ah, não beba a água do hotel e não coma a carne oferecida. 

– Por quê? 

– Digamos que o Sehun não é tão saboroso quanto o KyungSoo. 

EunJi desapareceu antes mesmo que eu pudesse perguntar outra coisa, deixando-me sem entender a última frase dita. Estava impossível raciocinar e compreender tudo o que descobri em poucos minutos, mas o que estava ainda mais difícil de aceitar era o fato de eu ter me apaixonado por uma mulher morta.  

Quando a confirmação dos atos veio, o choro chegou e a raiva consumiu meu corpo inteiro, então, quando dei um passo para trás para voltar ao orfanato, acabei esbarrando em uma mulher muito apressada que acabou caindo no chão, obviamente a ajudei, mas ela continuou correndo, porém, por parecer perdida, decidi correr ao lado dela. 

– Está precisando de ajuda?  

– Acho que você está mais do que eu. - Ela ergueu as sobrancelhas, referindo-se às lágrimas que eu ainda tinha em meu rosto. - Preciso encontrar o único orfanato daqui, mas eu não lembro o caminho. 

– Quem é você? - Perguntei ao parar de correr junto a ela, então ela forçou um sorriso. 

– Anna.  

– A namorada desaparecida do Jin? 

– Você o conhece? Meu Deus! Eu preciso encontra-lo!  

– Venha comigo, conto-lhe os detalhes pelo caminho.  

 

(...) 

 

As pessoas ainda estavam agitadas, mas agora em volta do Jin, que gritava e chorava insistindo para que o deixassem ir procurar por Anna, a qual permanecia parada ao meu lado, de braços cruzados e revirando os olhos enquanto estampava um sorriso em seus lábios. 

– Kim SeokJin chorando por mim? Olha, confesso que achei uma graça, mas você não fica muito bonito com o rosto inchado. 

Foi instantâneo, assim que ouviu a voz dela, Jin cessou o choro e correu para abraça-la, não importando-se nem um pouco com a minha presença ao lado de ambos ao beija-la. Anna ria conforme se afastava, então Yoongi perguntou: 

– O que aconteceu?  

– Isso é o de menos agora, baixinho. 

– Mas está tudo bem?  

– Por favor, deixemos a educação e formalidades de lado, precisamos agir. 

– Anna, nós estamos perdidos, não sabemos o que fazer, hoje descobrimos que os Guardiões... - Taehyung foi interrompido por uma risada da ruiva. 

– Eu já contei tudo a ela. - Falei antes de apontar para Hye Sun. - É ela a garota. 

Anna apenas agradeceu com um sorriso e soltou as poucas malas no chão antes de, apressadamente, aproximar-se de Hye Sun. A ruiva agarrou o cabelo da outra e a puxou para o meio da sala antes de estapear as duas bochechas dela. Yang Mi gritou e tentou ir para cima de Anna enquanto Chanyeol puxava Hye Sun para trás, mas ela logo disse: 

– Ela está enganando vocês, seus imbecis!  

– O que quer dizer, Anna? - Perguntou Taehyung, afastando Yang Mi da ruiva. 

– Minseok contou-me sobre tudo o que perdi, inclusive sobre a discussão de vocês, justamente o momento em que a garotinha aqui sumiu.  

– Seja mais clara, por favor. - Chanyeol pediu, ainda segurando Hye Sun que agora tentava fugir. 

– Ela está ajudando o Jimin, toda aquela ridícula briga de vocês com ele foi armação. 

– Anna, acho que está enlouquecendo. - Yoongi riu, sentando-se no sofá. 

– Se o Jimin quisesse, teria matado vocês aquele dia, mas ele precisava dos Guardiões para dar continuidade ao plano dele. Hoseok fingiu apagar o Jimin para vocês fugirem, enquanto a donzela do Chanyeol observava tudo em silêncio para depois coletar o sangue de vocês.  

– Ela me explicou que era preciso um ritual para que os tais Guardiões pudessem tomar posse do corpo de vocês, algo como um símbolo traçado com o sangue. - Expliquei, gesticulando com minhas mãos. 

– Sim, mas para isso seria preciso o sangue daquele que executasse o ritual, porém, a Hye Sun não tem corte algum. - Jin se pronunciou, apontando para a garota mencionada. 

– Esqueceram-se que o sangue do Taehyung estava envolvido? - Anna riu, arranhando com extrema força o braço de Hye Sun que, imediatamente, sangrou. - Tae, por gentileza. 

– Ela mente! - Hye Sun insistiu, mas foi ignorada. 

Taehyung logo entendeu e, com fúria em seu olhar, aproximou-se da garota, não hesitando em morder a própria mão até arrancar sangue, passando o mesmo pelos locais onde Anna havia cortado no braço da morena, então, em poucos segundos, todos os cortes desapareceram. Hye Sun soltou-se de Chanyeol e segurou o choro. 

– Eu posso explicar... 

– Explicar o que? Explicar que está tentando salvar a própria vida dando em troca outras? Não era mais fácil ter traído outra vez o Jimin? 

– Ele descobriria, Anna... ele mataria a todos nós. 

– Descobriria sim, mas nós ajudaríamos você a se salvar dele, garota inútil. - Anna sorriu, agarrando o pescoço dela. - Sabe por que aceitou fazer isso? Porque você não passa de uma putinha louca para agarrar o Jimin, mas no fundo, bem lá no fundo, sabe que ele também vai matar você. - A ruiva empurrou a garota para trás e respirou fundo. - Eu poderia acabar com você como eu disse ao Minseok que faria, mas para que vou sujar as minhas mãos, sendo que o próprio Jimin fará isso por mim? 

Anna caminhou até o Jin e disse algo em seu ouvido, então ele logo saiu da sala e deixou que Anna voltasse a tomar a frente no assunto. 

– O maior erro de vocês foi deixar o caminho livre para que o Jimin agisse. - Ela iniciou, andando de um lado para o outro. - Existe um traidor dentro da tal equipe de vocês, mas, infelizmente, eu não sei quem ele é. Esse traidor ajudou o Jimin a trazer-nos até aqui, creio que em troca de algo muito valioso, como dinheiro, por exemplo. A partir de hoje quero que prestem bastante atenção em cada passo dos seus amigos. - Ela deu uma breve pausa ao encarar-me, então logo continuou: - Uma aula básica sobre demônios: eles mentem, enganam, omitem e, principalmente, traem. Park Jimin, junto de Sophie, tem o demônio mais poderoso do que todos os outros que vocês verão durante esses dias, então tomem cuidado e sempre andem protegidos. 

Anna apontou para Jin que logo distribuiu alguns cordões com pingentes de uma pedra escura e um tecido claro com um punhado de algumas ervas, muito cheirosas por sinal. 

– Isso aí pode parecer pouco, mas ajudará vocês e muito, mas não pensem que apenas com isso conseguirão lutar com um demônio, essa turmalina negra serve apenas para afastar energias nocivas, enquanto a mistura de ervas manterá um campo energético ao redor do corpo de vocês. 

– Não tem como acreditar nisso. - Chanyeol acabou rindo, mas colocou o colar. 

– Você não tem que acreditar, tem que concordar. - Anna sorriu para ele. - Saibam que dois de seus amigos, sendo eles: Baekhyun Suho, não existem mais. 

– Como assim? - Perguntei. 

– Eles são os cãezinhos do Jimin, não possuem mais sentimento algum, não são mais seus amigos, são apenas corpos sem almas que servem de abrigo para os cães do inferno, ou seja, eles fazem tudo aquilo que seu "dono" mandar. Não os deixem aproximarem-se de vocês. Agora vamos agir, queridos. 

– O que pretende? - Yoongi perguntou, levantando-se de onde estava. 

– Chanyeol, Minseok e JungKook, fiquem de olho na mocinha para que ela não avise ao Jimin do que aconteceu.  

– Por que eu também preciso ficar? 

– Porque precisamos que alguém com certa sabedoria sobre esses assuntos fique por precaução, JungKook. 

– Perdoe-me o atrevimento, mas ele é cego, como ajudaria em algo? 

– Chanyeol, meu caro... - Anna riu, balançando a cabeça. - Esses olhos enxergam muito além do que você imagina.  

– Exatamente. - JungKook continuou, sorrindo em seguida. - Como, por exemplo, as duas crianças bem atrás de você.  

A pele do Chanyeol ficou ainda mais clara e eu segurei o riso, então aproximei-me deles e sentei ao lado de Jeon, já que ficaríamos ali durante um bom tempo. 

– O restante virá comigo. 

– Para onde iremos, Anna? - Perguntou Jin, seguindo-a para fora. 

– Dar uma surra no Hoseok até ele dizer o que temos que fazer para nos livrarmos disso tudo. 

– Mas e se ele não disser? - Perguntou Sophie, então Anna riu e a olhou por cima dos ombros. 

– Nós matamos ele. 


Notas Finais


Por hoje, infelizmente, é só isso, amores! Espero que tenham gostado.
Obrigado pelos favoritos e comentários, vocês são os melhores!


P.S.: ANNA, EU TE VENERO!

Beijinhos. <3


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