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História Death Hotel - Children?


Escrita por: KimYutaka

Notas do Autor


Olá, meus amores! Espero que estejam todos bem!
Trouxe mais um capítulo a vocês e pretendo trazer mais um ainda hoje, tudo depende da minha inspiração... então vamos torcer para conseguir, né? JSADUHU
Bom, vamos à leitura! <3

Capítulo 5 - Children?


Fanfic / Fanfiction Death Hotel - Children?

Hoseok

 

Jimin estava dormindo tão tranquilamente que nem ao menos parece que sentiu um pingo de dor mais cedo. A dor era intensa, não sei ao certo o quanto, mas sempre que ele a sentia, acabava ficando inconsciente, e a cada vez que eu olhava para as cicatrizes em suas pernas, causadas pelo enorme móvel que as massacrou naquele incêndio, arrependo-me do que fiz para salva-lo, mas que culpa eu tive se eu apenas queria o meu irmão vivo? Qualquer um teria ficado tentado àquela proposta, qualquer um faria o que fiz para salvar a vida de um familiar, mas se eu soubesse no que resultaria, no monstro que ele se tornaria, teria pensado melhor, porém, o que mais me preocupa no momento são suas dores constantes, que aumentam a cada dia, os remédios não fazem mais efeito.

Ouvi batidas na porta e, rapidamente, cobri o corpo ainda quente de meu irmão, ajeitando-me na cadeira ao lado dele.

- Entre, por favor.

- Com licença, senhor. – Hye Sun entrou no quarto em passos suaves, parando ao lado da cama. – Como ele está?

- Agora não sente mais dor.

- Ele está piorando, Hoseok.

Hye Sun suspirou demoradamente e sentou ao lado de meu irmão, levando sua destra de encontro aos fios de cabelo dele, acariciando-os com cuidado para não o acordar.

- Gosta do meu irmão, Hye Sun? – Ela sorriu.

- Eu sou grata a ele.

- Não.

O olhar curioso dela se cruzou com o meu, e quando ouvi as batidas de seu coração e vasculhei seus pensamentos, acabei sorrindo, deixando que meus olhos penetrassem os dela de forma tão intensa que seu ar falhou, então percebi que ela mentira.

- Você gosta dele, mas o que fala mais alto é o seu medo do que pode lhe acontecer se sair daqui.

- Hoseok... sabe que eu não gosto quando me olha assim.

Eu não a respondi, apenas forcei um de meus melhores sorrisos para ela e me levantei, seguindo sem pressa à porta do quarto, e não demorei a deixar ambos a sós.

Os corredores do hotel estavam silenciosos e desertos, provavelmente pelo horário da noite, então foi mais fácil chegar ao escritório de Jimin sem nenhuma interrupção. As luzes das velas ainda estavam acesas e os papéis com minhas pesquisas sobre os novos hospedes ainda estavam espalhados pelo chão, e em poucos segundos recolhi cada um deles, finalmente sentando-me na confortável cadeira. Alinhei calmamente cada um dos papéis em ordem crescente, do mais importante ao mais insignificante. Em primeiro lugar, obviamente, Chanyeol estava, e em último, Kyungsoo, e eu sabia exatamente o que isso significava.

- Ah, se eu pudesse fazer algo...

Deixei que toda a minha decepção saísse em um suspiro longo e pesado, então voltei a juntar todos os papéis na mesma ordem em que estavam na mesa, então os guardei na primeira gaveta, porém, algo me chamou a atenção quando fui tranca-la. A minha respiração falhou por um momento e meu coração acelerou quando vi a fotografia em cima da mesa. Sophie parecia tão feliz, tão tranquila... mas eu sabia que essa tranquilidade não existia mais desde que Jimin começou a atormenta-la. Estávamos perto de completar um ano desde o acidente, e durante todo esse tempo ele havia mandado um de seus amigos íntimos procurar por Sophie, obviamente em troca de algo, mas me restava descobrir o que.

- Sophie, não caia na armadilha dele... por favor.

 

Paris.

 

Kris

 

Passavam das sete horas da noite quando Sophie deixou a recepção aos cuidados de Alice, a senhora que cobria o período noturno do hospital. Os passos apressados entregavam o quanto queria sair de seu ambiente de trabalho, e até onde consegui descobrir, Sophie sempre saia para algum lugar após cumprir seus horários, tudo para evitar discussões com seu noivo “protetor”.

Sophie andava apressada e distraída pelas ruas, tanto que nem percebeu que meu carro seguia exatamente o mesmo caminho que o dela durante tantos minutos, e então ela finalmente parou em um pequeno mercado e sumiu de minha vista ao entrar. Anotei seu nome, a data e o horário em que a vi, pois Park queria saber de cada detalhe relacionado a tão odiada irmã mais nova.

O mercado não estava tão cheio como de costume, e por isso avistei facilmente o meu alvo, mas não contive o riso ao ver a vergonhosa cena à frente. Sophie estava se pendurando em uma das prateleiras enquanto tentava apoiar os pés em algo que a deixasse mais alta, mas nada adiantava, e quando percebi que ela desistiria de pegar o produto, estiquei sutilmente o meu braço por cima dela e entreguei o pacote de salgados para ela.

- Você!

Ela sorriu docemente para mim, mostrando uma inocência que antes não era perceptível, e mesmo que eu soubesse que por causa dela Park nutria um ódio tão grande, não conseguia encontrar um só defeito que entregasse a sua maldade.

- Acho que existem vantagens em ser alto.

- É, mas sempre acabo batendo a cabeça em algo. – Sorri, arrancando um baixo riso dela. – Não imaginava que a encontraria novamente.

- Eu também não.

- Talvez tenha sido o destino.

- Um homem tão sério falando sobre o destino?

- Mas é o que dizem: quando duas pessoas se encontram por acaso mais de uma vez é porque o destino as juntou.

- Que bobagem!

Sophie riu soprado e balançou sua cabeça conforme iniciava seus passos lentos ao caixa, e eu apenas a segui após pegar um produto qualquer em uma das prateleiras. Aos poucos começávamos alguns assuntos banais, mas eu sempre dava um jeito de descobrir mais sobre ela na tentativa de encontrar uma razão para Park nutrir um ódio tão grande da própria irmã. Acabei me entretendo tanto no assunto que nem ao menos percebi quando já estávamos fora do mercado, parados em frente ao meu carro. Sophie olhou para o céu escuro e suspirou entre um sorriso, mas percebi que seu sorriso se desfazia aos poucos enquanto seu celular vibrava em seu bolso e tocava uma música desconhecida para mim, eu ergui uma das sobrancelhas e movi o rosto para frente, como se apontasse para seu bolso.

- Não vai atender?

Perguntei a ela, a qual assentiu e retirou às pressas o celular de seu bolso, e quando olhei o nome que aparecia no visor já deduzi quem seria, mas ao contrário do que eu perguntei, Sophie não atendeu, apenas continuou olhando para o aparelho.

- Diga a ele que vai jantar com uma colega de trabalho e que volta logo.

Surpresa por minhas palavras, ela abriu um pouco os lábios, mas antes de pronunciar qualquer palavra, concordou e atendeu o celular, seguindo exatamente o que eu disse a ela, e quando conseguiu convencer o noivo de que sairia com uma colega, sorriu.

- Como você sabia?

- A sua expressão entregou seus pensamentos. – Disse indiferentemente, encostando-me na porta do carro. – É alguém ruim?

- Não costumava ser, mas parece que me enganei quanto ao caráter dele. – Sophie forçou um sorriso e balançou os ombros. – Agora preciso arrumar uma colega para jantar fora.

- Não precisa, você vai comigo.

Sophie não precisou dizer uma só palavra para que eu soubesse que ela aceitaria jantar comigo, e após um largo sorriso abri a porta do carro para ela entrar, assim fiz o mesmo em seguida.

Agora seria fácil conseguir que ela fosse até Park, mas por que estou com essa estranha sensação?

 

Seul.

 

Sehun

 

O hotel estava silencioso e ainda não havia luz quando cheguei, o restante dos garotos já estava em seus devidos quartos, já que decidi parar em um bar próximo ao restaurante para relaxar um pouco e afastar a tensão do trabalho. Minseok passou boa parte da noite insistindo em voltarmos para o hotel para que nos mostrasse a gravação da garota misteriosa, mas ninguém o ouviu, e isso provavelmente tenha o irritado um pouco, e a coisa mais divertida para mim é vê-lo irritado.

Eu subi preguiçosamente as escadas do hotel, seguindo para o quarto de Baekhyun, que de início foi difícil de achar por conta da pouca iluminação dos ambientes, mas consegui concluir a minha “busca”. Parei em frente à porta e ergui a destra para bater, mas antes que eu pudesse o fazer, a porta abriu-se devagar e eu entrei, forçando a vista para enxergar o quarto escuro.

- Baekhyun? Eu trouxe comida para você, está aí?

Perguntei em tom alto, mas o silêncio predominava, e ele provavelmente estaria dormindo, mas precisava deixar a comida ou ouviria suas reclamações no dia seguinte. Tateei o bolso de minha calça à procura do celular, e quando consegui ligar o mesmo, iluminei o quarto, acabando por me assustar com a imagem pálida dele. Baekhyun estava encolhido em um dos cantos da cama, com as costas na parede e o olhar fixo no chão, e quando a luz encontrou com seu rosto, o barulho incômodo das unhas arranhando a parede atrás da cama me fez arrepiar. A expressão dele estava assustada e perturbada, como se tivesse acabado de ver algo terrível, e mesmo com as minhas tentativas de chamar sua atenção, ele não me olhou. Aos poucos me aproximei de sua cama e deixei a sacola com sua comida em um local próximo.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não. – Ele finalmente respondeu.

- Não me assuste desse jeito, Baekhyun! Parece até que viu uma assombração.

Eu sorri, mas após minhas palavras, Baekhyun direcionou seu olhar perturbado para mim e um arrepio incomum percorreu todo o meu corpo. Ele continuava a arranhar a parede e seu corpo estremecia um pouco, causando nele leves espasmos musculares, mas o que realmente me assustou foi a cor de seus olhos desaparecer, sendo tomada por um branco muito bem iluminado, e sua expressão sumia aos poucos na escuridão que cobria seu corpo conforme eu me afastava, então, aos poucos, aproximei-me da porta, na tentativa de sair logo daquele lugar, e quando finalmente consegui seguir em direção ao meu quarto, ouvi vozes e uma delas conhecida.

- Junmyeon? – O chamei quando reconheci seu corpo, mas ele pareceu não me ouvir. – Ei!

Falei um pouco mais alto, mas não o suficiente, pois ele nem ao menos se moveu. Ele estava agachado no último degrau da escada, conversando com alguém que não pude ver de onde estava, mas conforme me aproximava a imagem de duas crianças se formavam, e pelo que percebi, eram um casal de irmãos gêmeos, mas não eram normais. As crianças não tinham seus olhos e seus pescoços estavam cortados, e com aquela terrível imagem gritei, chamando a atenção de Junmyeon, que ao perceber minha presença atrás de si, virou seu rosto para o lado, e assim como as crianças, os olhos estavam ausentes de seu rosto.

- Ei, o que aconteceu?

Ele perguntou conforme se aproximava de mim, mas eu continuava me afastando quando as crianças desapareceram. Ele olhou para a escada outra vez e voltou a olhar para mim, mas sua aparência estava completamente normal e seus olhos ainda estavam no lugar.

- Você os assustou!

- O que está acontecendo neste lugar?

- O que quer dizer, Sehun?

- Algum problema, senhores?

Hoseok perguntou ao se aproximar de nós com uma vela em mãos, e seus olhos prenderam-se aos meus, tão convidativos que não pude desviar um minuto sequer, mesmo após perceber o tom avermelhado que os mesmos possuíam. Hoseok sorriu para mim e balançou a cabeça, e com aquele simples ato tudo pareceu apagar-se de minha visão, e a última coisa que ouvi foi Junmyeon chamar o meu nome antes de eu adormecer.

 

JungKook

 

 

A noite fria tornava o ambiente ainda mais melancólico que de costume e nem mesmo o fogo da lareira me aquecia. Há algumas horas atrás a última criança do orfanato foi transferida para outro abrigo distante deste lado da cidade, pois o governo ainda considera o local arriscado para a vivencia das crianças, e senão pela Yang Mi, a última órfã que decidiu permanecer aqui, eu estaria sozinho neste lugar. O suave barulho que soa da lareira se mistura perfeitamente ao som dos pés inquietos da garota um ano mais nova ao meu lado, e por conhecer o seu jeito, já sabia o que ela queria.

- Fale de uma vez o que quer dizer, Yang Mi.

- De que adianta falar? Você sempre me ignora. – Ela bufou, virando o rosto para o lado.

- Diga de uma vez.

- JungKook, eu acho que você deveria sair da Coreia. Vá viver com Sophie na França, se distraia e apague o passado.

- Outra vez com a mesma bobagem.

- Eu estou preocupada com a sua situação, JungKook.

- Você nunca se preocupou comigo, Yang Mi, por que mudou?

- Porque antes você era sorridente, cheio de vida e alegre, agora parece um velho rabugento.

- As pessoas mudam.

- Você não mudou, JungKook! Você apenas deixou que a dor ocupasse todo o seu corpo.

- Não sabe o que está dizendo.

- Desde a morte dela... desde que EunJi se suicidou, você se tornou frio.

As palavras de Yang Mi me atingiram em cheio, como se fossem arrancar um pedaço de mim. Há quanto tempo eu não ouvia o nome dela? Um ano? Não importa quanto tempo passe, aquela cena jamais sairá da minha cabeça, assim como aquela mulher jamais sairá do meu coração.

Percebendo o estado em que fiquei, Yang Mi tentou se redimir, mas foi em vão, já que eu apenas a deixei falando para trás e subi ao quarto que costumava ser de EunJi, o qual deixei exatamente do mesmo jeito que ela costumava deixar. As roupas ainda têm o cheiro dela e o copo de água ainda está com a marca de seu batom, e mesmo com toda a poeira que o cobre, preferi deixa-lo ali. Yang Mi está certa, eu deixei que a dor me dominasse, mas que culpa tenho eu se EunJi está em cada detalhe da minha vida?

Retirei calmamente minhas roupas, permanecendo apenas com a peça íntima, e caminhei até a janela para tranca-la, mas algo me chamou a atenção antes que eu realizasse o meu ato: um vulto que não consegui identificar o que era, correu entre as árvores do jardim, como se estivesse se escondendo de algo, e quando decidi que iria até lá para averiguar o que acontecia, Yang Mi apareceu no jardim, talvez por ter visto o mesmo que eu; aguardei por alguns minutos enquanto ela não reaparecia, e quando o fez, suspirei tranquilo por perceber que ela não encontrou ninguém. Talvez fosse algum animal.

Quando finalmente apaguei as luzes, deitei-me na cama e coloquei o cobertor por cima de meu corpo, mas um frio imenso invadiu o meu quarto e nem com o meu corpo encolhido consegui me proteger do ar gélido, e logo após aquela corrente de ar, senti o colchão afundar ao meu lado, e então algo pesado passou por minha cintura ao mesmo tempo em que uma respiração fraca tocou o meu pescoço. O medo tomou conta de todo o meu corpo tremulo, mas eu parecia estar preso naquela posição, imerso à sensação prazerosa daquele medo desconhecido, e então, quando uma voz doce e suave soou, a tranquilidade em meu corpo retornou.

- Boa noite, JungKook.


Notas Finais


E por enquanto é só, amores! Nos vemos em breve.
Beijinhos e até logo. <3


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