História Death Note - A deusa do novo mundo - Episódio 34 - O verdadeiro Jeff, O demônio

Não posso controlar meus impulsos que

correm

- Está escutando isso?- pergunto para Sehun que assente sem animação.

- Vamos voltar para sua sala. - Sehun diz e coloca sua mão em meu ombro tentando me empurrar para que eu continuasse meu caminho.

- Eu sinto que há algo errado. - digo me sentindo tensa, eu jurava que havia escutado a voz de Chanyeol vindo do banheiro.

- Nada em que você deva se envolver. - Sehun me olha rígido.

- Eu não entendo você, Sehun, de verdade. - tiro sua mão de meu ombro com um tapa – Mas eu vejo que você não quer meu bem, eu não devo escutar aquilo que você diz.

- Socorro… - escuto a voz de Chanyeol dessa vez saindo mais alta do banheiro masculino e me apresso a adentrar o lugar.

Vejo Jeff descontrolado socando a face de Park, aquilo estava longe de uma briga normal. Os olhos de Chanyeol vacilam e percebo quando sangue já está escorrendo de seu rosto, Jeff parecia estar fora de si, possuía um olhar assassino que fez meu corpo inteiro tremer ao o olhar.

- Jeff para. - vou segurar seus braços para que ele se controle, mas ele sorri para mim de uma maneira maníaca e me empurra contra a parede do banheiro.

- Você quer que eu pare de machucar seu namoradinho?- ele ri enquanto eu o encaro perplexa com a situação – Sinto lhe informar… mas hoje é o último dia dele.

- Não mesmo. - me levanto e acerto um soco em Jeff que o faz cambalear e cair para trás – É melhor recuperar sua sanidade agora, em breve o banheiro vai lotar de pessoas curiosas com essa comoção, é melhor sair daqui agora.

- Não vou sair daqui antes de matar seu queridinho, ninguém pode me parar… nem a escola inteira. - ele ri se levantando e limpando o rastro de sangue que saia de sua boca.

- O que está acontecendo com você Jeff?- pergunto assustada já pensando em sair correndo do banheiro e gritar por ajuda, eu sozinha não iria conseguir controlar ele dessa forma.

- Não é nada de novo. - ele suspirou se aproximando de mim, Chanyeol parecia não conseguir se mover – Parece que você não me conhece de verdade.

- Jeff… - solto assustada quando ele coloca uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha de maneira carinhosa.

- Você será minha, não posso permitir que outro a tenha. - ele ri.

Percebi que era minha chance de fazer ele parar, dei uma joelhada em sua barriga, o empurrei fazendo-o cair um pouco afastado de mim e tossindo.

Corro o mais rápido que posso para perto de Chanyeol tentando o levantar e apoiá-lo em meus ombros, eu precisava tirar ele dali, se eu saísse para chamar ajuda Jeff provavelmente aproveitaria o momento para matar Chanyeol. Eu já não duvidava que o moreno fosse capaz de fazer alguma atrocidade.

- Sehun, me ajuda. - digo ao Shinigami que assistia tudo com um olhar apavorado.

- Não posso. - solta – Se eu salvar qualquer humano… eu não posso.

- Sehun!- grito quando vejo Jeff recuperar suas forças e se levantar sorrindo macabramente, eu devia ter escutado Lisa – Alguém… socorro!

Eu não conseguia me mover muito com Chanyeol desacordado apoiado em mim.

- O que deu nessa escola que ninguém vem ajudar?- bufo desesperada.

- É horário de aulas querida. - Jeff ri – Acho que você está sem sorte.

- Chanyeol, acorda. - tento fazer o mesmo voltar a si e fazer um esforço para que saíssemos dali.

Jeff se aproximou muito rápido e tirou uma faca estranha do seu Jeans, era bem pequena para passar despercebida, mas mesmo assim parecia ser mais do que o suficiente para ele tirar uma vida.

- Jeff não faça isso. - peço com os olhos úmidos, parecia que eu iria perder alguém importante.

- Eu faria qualquer coisa por você. - ele diz e coloca a faca em meu pescoço, não no de Chanyeol – Mas para te ter comigo, não com outro.

- O que?- sinto a faca cortar um pouco a pele de meu pescoço e um pouco de sangue descer.

- Morta você não poderá ser de mais ninguém. - ele ri e vejo Sehun se desesperar.

- Sehun… - solto seu nome com medo, ele era o único que poderia me ajudar ali.

-Então esse é o nome de seu amigo que veste preto?- Jeff tira a faca de meu pescoço e a lambe como se apreciasse o gosto metálico de meu sangue.

- Você o vê? -pergunto.

- Mas é óbvio. - ele riu – Nada foge aos olhos de um demônio.

- O que?

- Ele está possuído, S/n. - Sehun solta.

- Então não é o Jeff… - fico aliviada com o fato daquilo não ser meu amigo.

- Eu e o Jeff somos a mesma pessoa. - ele ri – Ele gosta de me ter consigo, ele se aproveita de meu poder… Jeff é um demônio também, mesmo sendo humano.

- Merda. - sussurro e decido que não há tempo para eu desperdiçar.

Aproveito que Jeff está lambendo a faca e bato em seu braço, fazendo com que o mesmo cortasse sua própria língua. Tento agir rápido para tirar a faca dele, enquanto ele agoniza com a dor eu me aproximo mais e tento tirar a faca dele com a força.

Ele ri e me empurra facilmente me fazendo cair no chão, acabei recebendo um corte no braço durante a queda já que rocei em sua faca.

- Fico impressionado com você. - ele lambe a própria boca, de onde estava quase jorrado o tão conhecido líquido vermelho – Você briga.

- Não posso deixar você matar Chanyeol. - digo com os olhos em fúria.

- S/n… fuja. - Chanyeol solta com suas últimas forças restantes – Chame ajuda, saia daqui.

- Isso S/n, saia daqui. - Jeff ri – Como se isso fosse possível.

A porta do banheiro se fecha novamente porém sozinha, como se tivesse acabado de bater um vento forte na mesma, mas eu sabia que não era isso… era Jeff, ou o demônio que o possuía.

- Sehun faça algo. - peço irritada, ele era o único ali que podia fazer realmente algo contra aquela coisa, eu estava sem meu Death Note.

- Querida, se ele salvar um humano … ele morre. - Jeff ri – É por isso que eu respeito os shinigamis, eles são tão egoístas, se importam demais com sua imortalidade… Nunca dariam a vida por um humano.

Abri minha boca em choque com a informação. Eu não sabia que Sehun poderia morrer ao salvar um humano, se eu soubesse eu nem chegaria a pedir que ele fizesse isso.

- Parece que nosso encontro foi cancelado. - Jeff ri – Já que você estará morta, não poderá ir.