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História Décalcomanie - Therapy... Yeah


Escrita por: Jaesa

Notas do Autor


Eu escrevo surpreendentemente rápido, esse cap n tava pronto ontem e hoje tá aí, Deus é mais

Capítulo 6 - Therapy... Yeah


A paz finalmente havia voltado a reinar dentro de Eren, já havia voltado para a clínica e tomado seus neurolépticos. Mas ainda havia aquela questão: Terapia em grupo? Sério? Não que aquilo nunca tivesse passado por sua cabeça, mas parecia tão distante. De qualquer forma, teve que concordar. Fazia parte do seu tratamento no final das contas.

E lá estava ele, dia 1 de Dezembro, em uma quinta-feira, na porta de um pequeno prédio. Levi estava ao seu lado, fora ele quem deu carona para Eren até o local.

— Não se preocupe, o Armin também vai estar lá. — o mais velho disse na tentativa de relaxar Eren. O último sorriu levemente, abrindo a porta do local e dando de cara com uma sala vasta. Haviam algumas cadeiras formando um círculo perfeito no meio do local.

Eren pôde perceber que haviam pessoas ali. Sentados em algumas das cadeiras estavam uma loura baixinha que mordia o lábio e batucava os pés no chão toda hora. Parecia preocupada com algo. Ao seu lado estava uma morena aparentemente alta de braços cruzados, como se não quisesse contato com nada ou ninguém. Também havia um moreno sardento, este estava roendo as unhas e não parava de encarar a porta do banheiro, um louro que mais parecia um armário, um outro moreno alto, e... Jean. No entanto, este estava com uma expressão de tédio, como se fosse bom demais para estar ali.

De pé estavam Armin encostado em uma parede com os olhos fixos em Jean, e um outro louro mais alto conversando com o que parecia ser um casal. Provavelmente pais de alguém ali. Levi deu um leve empurrão nos ombros de Eren como se estivesse o incentivando a sentar e se juntou ao Armin.

Com um pouco de custo, Eren caminhou até a cadeira ao lado da menina loura, esta parecia estar mais preocupada em roer as unhas do que prestar atenção no moreno. O louro desconhecido por Eren se despediu dos pais com quem conversava e estes saíram pela porta. Este então se sentou em uma cadeira e sorriu tranquilizador.

— Boa tarde. — disse, atraindo a atenção de todos. — Eu sou Erwin Smith e... vejo que temos gente nova, não é? — olhou diretamente para Eren e Jean. — Por que não se apresentam? Começando por você, Historia.

A loura arregalou os olhos, começando a brincar com a barra de seu vestido distraidamente.

— E-eu me chamo Historia Reiss, tenho vinte e três anos e c-curso pediatria. — dessa vez foi Eren quem se surpreendeu. No máximo daria uns dezenove anos para a garota. Ela parecia acanhada demais para alguém da idade. Ainda mais querendo ser pediatra.

— Muito bem. Ymir, por favor.

A morena alta se mexeu na cadeira, parecia desconfortável.
— Eu sou Ymir e tenho vinte e seis anos. — falou seca.

— Nenhuma outra informação que queira adicionar? — Erwin a incentivou à continuar, porém ela apenas negou com a cabeça. — Então tá, Marco.

— Sou Marco Bodt, tenho vinte anos, curso biologia e... Erwin, será que eu posso ir ao banheiro?

— Marco, você lavou as mãos não fazem nem dez minutos, tenho certeza que não precisa lavá-las agora. — disse como se aquilo acontecesse toda vez. — Pode prosseguir, Reiner.

— Sou Reiner Braun, vinte e sete anos, curso arquitetura. — o louro disse enquanto batia o pé no chão, como algo para aliviar o estresse.

— Me chamo Bertholdt Fubar, tenho vinte e seis anos, também curso arquitetura. — o moreno alto disse após receber um aceno de cabeça de Erwin para prosseguir. O mesmo aceno foi dado para Jean.

— Jean Kirstein, vinte e cinco anos, moro em um manicômio. — respondeu sem tirar a expressão neutra do rosto.

— Esqueceu de adicionar "machuco meu psiquiatra nos tempos livres". — Eren comentou baixinho, de qualquer forma, Jean escutou.

— O que você disse? — se levantou.

— O que você ouviu, cara de cavalo! — imitou o gesto.

— Ow ow ow, os dois, sentem. — Erwin ditou em um tom calmo porém firme, fazendo com que os dois obedeçam. — Por favor, se apresente. — olhou para Eren.

— Eu sou Eren Jaeger, tenho vinte e cinco anos. — fez uma pausa, se lembrando das palavras de Levi. — Gosto de música clássica e tenho medo de gaivotas.

— Muito bom. — o louro elogiou, se virando para Historia novamente. — Se me lembro bem, na sessão passada ficamos de falar sobre a claustrofobia da Historia. Quer comentar alguma coisa?

— Er, bem... — o mulher olhou para algumas janelas abertas no lugar e pareceu se acalmar um pouco. — Tudo começou quando eu tinha seis anos...

Ela começou a contar a história de como tinha ficado presa dentro de uma geladeira durante a infância e os olhos de Eren começaram a vagar pelo local. Com sua visão periférica, conseguiu ver Jean com uma clara cara de deboche enquanto bocejava. Isso irritou Eren profundamente. O moreno fez um sinal para Armin, que conversava com Levi, e assim que conseguiu sua atenção, apontou para Jean. O louro fez uma expressão nada agradável e andou até o Kirstein.

Eren teve que segurar o riso quando viu o médico louro se abaixar até o ouvido do garoto, sussurrar algumas coisas, aparentemente, bem ruins, que aconteceriam caso ele não parasse de agir assim. A cara de espanto que Jean fez foi impagável.

Adestrado, Eren riu com seu próprio pensamento.

— ... Desde então eu não consigo andar mais de elevador, o que é bem ruim já que eu moro no décimo andar. — a loura terminou de contar sua história, ainda brincando com os dedos.

— Então tá, alguém tem alguma dica para dar para Historia? — o psicólogo perguntou. Ymir levantou o braço esquerdo.

— Olha, eu acho que você deveria tentar associar lugares fechados com experiências boas. Tipo, sempre que você estiver em algum lugar fechado, não fica pensando em geladeiras, pense em... sei lá, quando algum cara gostoso de comeu de jeito em um quarto fechado. — disse com uma naturalidade surpreendente para o assunto, causando um rubor nas bochechas de Historia, que apenas desviou o olhar.

— Falando nisso Ymir, como está sendo seu contato com outras pessoas?

— Normal, acho, eu... abracei uma tia minha ontem. Quer dizer, não durou mais que dois segundos, mas ainda é um abraço, né?

Com o passar dos minutos que se tornaram uma hora, Eren descobriu os problemas de cada um ali. Historia era claustrofóbica, Ymir odiava ser tocada ou tocar em alguém, Marco possuía TOC e queria lavar as mãos toda hora. Reiner tinha medo de altura e Bertholdt tinha medo do mar. Isso fez com que Eren pensasse que era o mais louco de lá. Bem, talvez ele perdesse para Jean, o psicopata. Mas só talvez mesmo.

— Eren, já está na hora de ir. — ficou tanto tempo perdido em seus devaneios que só despertou quando Levi colocou a mão em seu ombro, chamando-o para irem embora de volta para a clínica. O médico ficara o tempo todo lá, escorado ao lado de Armin na parede, observando a sessão em silêncio na maioria do tempo. Ele se sentia como um pai levando seu filho para o primeiro dia de aula na escola. A comparação era tosca, porém válida, convenhamos.

— Ah tá. — ergueu um pouco os braços para se espreguiçar e finalmente se levantou da cadeira, caminhando ao lado do menor para saírem da sala. — Por que o Armin não vai com a gente? — perguntou depois de perceber que o louro ia para a direção oposta, levando Jean consigo.

— Acho que ele vai levar Jean para visitar os pais, pelo menos foi o que ele me disse, ou algo semelhante. — respondeu já colocando a chave na ignição.

— Mas ele, tipo assim, não tentou assassinar a mãe? — Eren colocou um de seus cotovelos em cima do próprio joelho, apoiando seu rosto na palma da mão para olhar para Levi com mais facilidade.

— Tentou. Mas acho que isso não importa. Quando você ama alguém, dependendo do tipo de amor, você fica cego por causa disso. As coisas que essa pessoa fez ou faz não te importam, porque você faz o possível para vê-la bem, mesmo que isso te prejudique. — disse em um tom distante, no entanto, com os olhos fixados na estrada.

O mais alto sorriu com o pensamento, isso significava que não importando sua loucura, ainda existiria alguém para amá-lo. Sabia que seus pais e seus irmãos o faziam, mas ainda sim, sentia falta daquele tipo de amor. Eren não é arromântico, quer amar e ser amado, assim como algo dentro de si tinha a certeza e lhe dizia que Levi também queria.

Chegando na clínica, Eren foi rapidamente para seu quarto. Não se importou e muito menos se virou para checar se Levi estava junto de si. Se sentou no chão do recinto e abriu o mesmo baú que continha as fotos de seus familiares e, após retirar algumas do caminho, suas mãos tocaram alguns papéis de cores amareladas, beirando o rosa. Os papéis possuíam linhas horizontais meio apagadas, estampas de flores, em sua grande maioria rosas.

— O que é isso? — Levi se aproximou do mais novo, se pondo de joelhos no frio piso branco do hospício, observando o conteúdo da caixinha.

— Quando eu tinha meus doze anos de idade, criei essa mania de colecionar papéis de carta. Era moda na época, sabe? — disse com um sorriso nostálgico, recebendo um aceno de cabeça por parte do médico, sinal de que havia entendido.

— Você coleciona isso desde seus doze anos de idade? — o menor perguntou, notando a enorme quantidade de papéis que haviam ali, apesar do pouco espaço.

— Não, eu parei quando vim para cá. — não mostrara nenhum sentimento em sua voz, no entanto, seu olhar estava distante. De certa forma, sentia que esses papéis de carta lhe mantinham em contato com o "mundo lá fora", afinal, eles vieram de lá e continuavam consigo, por isso possuía tanto apresso. Mantinha sempre em mente que se algum dia saísse do manicômio, voltaria para sua atividade costumeira de juntar esses papéis.

Com um pouco de relutância, pegou um daqueles papéis e o dobrou no meio quatro vezes, entregando para o doutor que lhe olhou confuso.

— Quero que você me entregue ele quando eu me curar. — disse com convicção, apesar da voz ter falhado uma vez. Sentia que estava entregando um filho seu para um estranho. Mas aquele mesmo "algo" dentro de si, lhe dizia que Levi cuidaria bem de seu papel amarelado. — Por favor, cuide bem dele.

O mais velho se levantou, deu uma última olhada para o paciente que lhe fitava com ansiedade.

— Eu vou. — falou, causando um sorriso em Eren. No final, se virou, saindo do quarto. Assim que fechou a porta, Levi colocou o papel sobre o coração, suspirando.

Intriga número três: o pirralho coleciona papéis de carta, aparentemente os de estilo vintage.


Notas Finais


Gnt, eu tô bem frustrada T.T
Eu fui numa festa hj né, a crush tava lá, a gnt tava jogando verdade ou desafio valendo TUDO, e me desafiaram a fazer uma lap dance p ela, eu já tava pulando de felicidade... Mas aí minha amiga começou a passar mal e eu tive q socorrer ela '-' tô na bad agr


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