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História Deep Feelings - Coração de vidro


Escrita por: riquemaxx

Capítulo 2 - Coração de vidro


Fanfic / Fanfiction Deep Feelings - Coração de vidro

Ao entrar em meu quarto, vou até meu banheiro para tomar um bom e relaxante banho. Após sair do banho escovo meus dentes e vou em direção ao meu guarda roupa.

Abro as portas do meu armário e começo a analisar todas as minhas roupas.

~~ Bem... Eu não queria ir até essa festa mas se eu tiver que ir, no mínimo tenho que ir bem arrumado.~~

Do jeito que sou indeciso não vou conseguir escolher minhas roupas nunca. Porque me sinto tão nervoso? Não é como se eu fosse encontrar alguém que eu gosto mesmo.

Após algum tempo decido ir com uma blusa preta básica junto de uma calça jeans rasgada e uma jaqueta comum.

~~Sim, eu fiquei uns 15 minutos pra ir vestido da maneira mais básica possível.~~

Após me vestir vou em direção ao meu espelho para dar uns toques finais e pentear meu cabelo, o que não é muito fácil por ele ser liso e caído, mas até que eu me acho bem bonito e atraente, não que eu esteja no padrão de beleza mas eu de certa forma amo o meu corpo.



Após me arrumar e pentear meu cabelo, pego um de meus perfumes (que não foram nada baratos) e dou umas duas borrifadas pra dar um toque especial.

Já pronto, desço as escadas e vou em direção a cozinha, passando pela porta vejo meus pais jantando e me junto a eles, eles olham pra mim com um olhar confuso e contente.

– ( mãe ) Filho posso saber o porquê de estar tão cheiroso e arrumadinho? Não me diga que vai sair com alguém.

–Nao é isso mãe, é só que Matako me chamou pra festa da namorada e eu sinceramente não queria ir, você sabe que não gosto de muita gente em volta, mas no fim das contas ele acabou me obrigando e aqui estou eu.

–Sabe Hiro, eu acho ótimo você estar indo á essa festa, você não costuma sair, você precisa se divertir um pouco, eu sei que gosta de ler, mas interação social também é importante, e se um dia você quiser arranjar um namorado? Aposto que seria bem difícil se você continuar sendo tão indisponível.

– ( Pai ) Sua mãe tá certa...

–Fala sério, interação social pra quê? Eu posso me sentir muito mais feliz lendo uma história de alguém do que investir tempo na minha própria história romântica.

E vocês estão muito interessados na minha vida amorosa pro meu gosto, parece até que pensam que vou morrer sozinho.

–...

– ( Pai ) O que sua mãe quis dizer é que você precisa sair mais, porque é o que pessoas normais fazem.

– ( Mãe ) Isso...

–Ja entendi, já entendi.

Ainda jantando pego meu celular rapidamente para conferir o horário, vejo que já eram 22:23.

Após terminar de comer levanto-me da cadeira rapidamente e me despeço dos meus pais, lhes dou um beijo no rosto e aviso que tentaria voltar cedo.

Sigo em direção à porta e pego meu celular para mandar uma mensagem para Matako avisando que estava a caminho. Após enviar a mensagem, sigo pela calçada a pé, pois a casa de Matako não ficava muito longe da minha, então não demoraria muito tempo até chegar lá, ainda mais que normalmente as festas costumam acontecer um pouco mais tarde do que o horário proposto.

Algum tempo depois de caminhar a pé consigo ver as luzes na casa de Matako, vejo também algumas pessoas carregando bebidas e entrando na casa dele.

Chegando na porta consigo ver as pessoas do lado de dentro e pra minha surpresa eu não imaginava que teria tanta gente, começo a ficar totalmente congelado por não saber lidar com multidões, mas pensei comigo mesmo que eu poderia apenas ficar isolado em um canto até a festa acabar.

Entro na casa e começo a analisar o local, a casa não havia mudado muito desde a última vez que estive lá, tirando o fato de que estava cheio de adolescentes bêbados e copos por todos os lugares.

~~Cade os pais desse cara...~~

Após ficar andando por alguns minutos pela casa sem rumo algum, uma rapaz toca em meu ombro e me cumprimenta, olho para o rosto do mesmo e vejo ser um rosto conhecido.

Era o garoto que me parou hoje mais cedo e não disse absolutamente nada, inclusive aquele abraço foi bem bizarro parando pra pensar agora.

–a... é você de novo?- Digo com um tom debochado.

–Prazer, eu sei que devo ter te assustado mais cedo com aquele abraço mas precisava te ver.

–Okay... Mas, de onde você me conhece exatamente? Já nos vimos antes? A minha memória pode não ser muito boa mas tenho quase certeza que nunca vi você na minha vida.

–Sim, é verdade, me desculpa por isso, é só que eu me mudei faz alguns meses e como não conhecia ninguém passava a maior parte do meu tempo na biblioteca, com o passar do tempo eu vi que você sempre ia pra lá nos intervalos, e estranhamente só lia livros de romance.

Eu sou um grande fã do romance também e eu morria de vontade de falar com você sobre livros e essas coisas, mas eu tinha muita vergonha de chegar em você, porque você podia me achar um grande psicopata.

~~Errado ele não tá, esse cara é surtado, meu pai...~~

–A.. entendi, pô, legal você também gostar de romances.

–Sim, e també...

Matako chega de repente interrompendo nossa conversa.

~~Sim universo, eu te amo por isso~~

–Hirooo.

–  Matakooo!?- Digo com um olhar confuso.

–Haha foi mal eu não esperava que você viesse, pensei que ficaria em casa lendo livros.

– ( ??? ) E qual e o problema das pessoas com a leitura? Eu acho bem saudável.- Diz o garoto que eu se quer sei o nome.

– ( Matako ) Nao tem problema em ler, é só que o Hiro só vive disso, e particularmente me incomoda que não possamos nos divertir tanto.

~~Fala sério..~~

– ( Matako ) Mas enfim, Hiro quem é esse? Algum amigo seu? E por que eu não conheço ele?

– ( Hiro ) Voce sabe que isso que acabou de dizer soou bem doentio né, Matako?

– ( Tomiro ) Desculpa por não ter me apresentado antes Hiro, na hora não sabia o que dizer e quando o sinal tocou acabei fugindo, me chamo Tomiro Ozuke.

– ( Matako) a.. então vocês não se conheciam, viu Hiro, eu conheço todos os seus amigos, isso prova que sou o melhor de todos eles.

– ( Hiro ) Convencido você, você não deveria ficar com a sua namorada? Afinal de contas, hoje é o dia dela.

– ( Matako ) Tem razão, bem... Vou indo então, foi um prazer te conhecer Tomiro.

– ( Tomiro ) Igualmente..- Diz ele com um tom sarcástico em sua voz.

– ( Tomiro ) Enfim a sós de novo Hiro.

~~To fudid*... Esse cara não vai me deixar em paz tão cedo.~~

– ( Tomiro ) O que acha de bebermos algo? Assim a gente pode se conhecer melhor e sem vergonha dessa vez.

~~Nem o conheço direito e já quer me levar pro mal caminho.~~

– ( Hiro ) Então... Eu não sou muito de beber sabe, eu sou fraco pra essas coisas e também não posso chegar tarde em casa.

– ( Tomiro ) Qual foi Hiro? Uma cerveja não faz mal a ninguém, Eu prometo que vai ser só uma.

~~Meu deus, vir a essa festa foi a pior decisão de todas, como é que eu vou me livrar desse cara agora, vou aceitar logo essa bebida e ir pra casa, qualquer coisa aviso pro Matako que eu acabei passando mal.~~

Suspiro bem fundo...

– ( Hiro ) Tudo bem, uma cerveja não deve fazer mal a ninguém.

Logo após aceitar a bebida de Tomiro, fomos em um dos sofás, nos sentamos e começamos a conversar. Um tempo depois não sei como, mas já havia tomado três cervejas, foi quando me toquei que estava passando dos limites e deveria ir embora.

Meu corpo estava quente, eu estava com um pouco de dor de cabeça e tontura.

~~Como é que isso foi acontecer...? Eu sabia, Eu sabia!! Tudo culpa desses conhecidos que ficam me oferecendo bebidas, eu sou muito patético.~~

Me viro para Tomiro e começo a olhar seus olhos, pronto para começar a culpá-lo por estar passando mal. Começo a me sentir estranhamente bem próximo a ele, de alguma forma o mesmo estava atraente, não havia notado antes mas sua pele clara em conjunto com seu cabelo escuro davam um charme em sua pessoa, seus lindos olhos azuis cianos me chamavam para cada vez mais perto, seu cheiro adentrava pelas minhas narinas e me deixavam agradavelmente excitado.

Cada vez mais perto de Tomiro, eu o olhava com um olhar de impureza e necessidade do toque dele, desço meu olhar para seus lábios e começo a me sentir cada vez mais quente.

Tomiro fita seus olhos nos meus lábios que clamavam pelo desejo de tocar os dele, o mesmo aproxima seu rosto do meu lentamente até o momento em que seu rosto e sua respiração junto da minha se tornam uma.
Nossos lábios se tocam e meu coração acelera, começo a entrar em pânico. "É meu primeiro beijo, eu deveria me sentir bem?" Penso ficando corado.

Após um breve momento nossos lábios se soltam lentamente e ficamos nos encarando com vergonha ou talvez culpa.

Após nosso beijo, um forte som de algo se quebrando ou explodindo percorre por fora da casa, todas as luzes se apagam e ficamos em um completo breu, assustado com o ocorrido e não muito bem por conta da bebida pego meu celular e ligo a lanterna para conseguir enxergar. Momentos depois todos na festa acendem suas lanternas também.

Matako aparece com uma luz forte em meu rosto.

– ( Hiro ) Tá querendo me deixar cego porra? O que é que está acontecendo??

– ( Matako) Foi mal, aparentemente alguém derrubou um poste de luz aqui na vizinhança.

Uma multidão começa a se formar e todos da festa começam a ir embora.

– ( Matako ) A.. qual foi tá todo mundo indo embora... Falando nisso, onde está aquele cara?

~~É verdade, eu nem parei pra pensar nisso...~~

– ( Hiro ) Então... Ele estava bem aqui até agora, mas ele sumiu, deve ter saído quando as luzes se apagaram, mas é estranho ele não ter se despedido, será que...

– ( Matako ) Será que o que ?

~~Droga pensei alto de mais~~

– ( Hiro ) Nada não, esquece. Matako, aproveitando eu também vou indo, boa sorte na limpeza, você vai precisar.

Após me despedir de Matako, sigo em direção a porta, assim como todos estavam fazendo, vou em direção a calçada e sigo em direção à minha casa. Estava todo molenga e sem forças, eu sabia que não deveria ter ingerido nenhum pingo de álcool se quer, agora as dores de cabeças já estavam ficando cada vez mais fortes, mas continuei seguindo adiante.

Ainda seguindo em direção à minha casa, começo a pensar no motivo pelo qual Tomiro sumiu de repente sem se despedir, "Será que eu beijei mal, ou fiz algo de errado?" Talvez ele deve ter ficado com muita vergonha após o beijo, mas... Espera quem beijou quem primeiro?

Inúmeras e inúmeras dúvidas chegavam a minha mente no caminho de casa, um tempo depois de ter caminhado bastante eu resolvo pegar meu celular, ao notar que já eram três horas da manhã, acabo tomando um susto pois eu definitivamente não achava que chegaria tão tarde, mais alguns passos depois chego até a porta.

Estranhamente a chave de casa não estava onde costumávamos guardá-la, começo a procurar por elas mas não as encontro, já sabendo que estaria morto por chegar tão tarde resolvo bater na porta na esperança de alguém vir abrir pra mim, dou três batidas rápidas e consecutivas mas não escutava passos por trás da porta.

Resolvo dar mais três batidas, na terceira batida a porta se abre, como se estivesse apenas encostada ou algo do tipo, ainda confuso, eu entro mesmo assim.

~~Mamae deve ter deixado encostado para quando eu voltasse, mas ainda sim é muito perigoso deixar a casa aberta.~~

Tiro meus sapatos e entro dentro de casa, resolvo tomar um copo de água na expectativa de passar um pouco do meu mal estar, vou em direção do interruptor para ascender a luz mas ele não funciona, passo mais uma vez meus dedos pelo interruptor sem conseguir enxergar direito nada.

~~As luzes devem ter acabado aqui também~~


Pego meu celular e ligo a laterna novamente, no momento em que a ligo, com a câmera virada para baixo vejo que o chão etava com uma mancha estranha, decido seguir a mancha que estava começando a ficar mais densa próxima a sala, começo a levantar a luz lentamente próximo ao sofá quando me deparo com uma poça enorme de sangue, e ao lado... Eles... Meus... Estavam mortos.






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