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História Deep Purple - Imagine Jeon Jungkook - Flight


Escrita por: TwinArmy

Notas do Autor


Oie Gente ^^

Maaais um capitulo! Espero que gostem ;***

Capítulo 9 - Flight


Fanfic / Fanfiction Deep Purple - Imagine Jeon Jungkook - Flight

Suran on.

O dia estava muito ensolarado, estava bem quente. Aquela manhã eu tive a prova de recuperação. Graças à ajuda de Mimih e Kook posso dormir em paz, afinal, passamos aquela noite toda estudando.

Eu e Jimin estávamos prontos para ir pra casa, YuMi e meu irmão iriam ficar para as aulas extras, era até engraçado adicionar as palavras ‘aulas extras’ na mesma frase que possuía os nomes YuMi e Jungkook. Aquilo me fez rir.

- O que foi? – Jimin que andava ao meu lado perguntou.

- Nada, estou pensando que dizer que Mimih e Kook ficaram para ter aulas extras soa muito engraçado. – Sorri novamente.

- Tem razão. – Jimin sorriu comigo. – Eles ficando para ter aulas extras e nós dois indo pra casa, isso soa muito errado.

Chegamos ao estacionamento da escola, havíamos vindo no carro do pai dele. Eu gostava quando Jimin ou Kook dirigiam, eles pareciam mais maduros, afinal, somente os dois foram emancipados para poder tirar a carta.

Jimin desativou o alarme do carro e abriu a porta pra mim.

- Obrigada. – Sorri entrando.

Jimin entrou no banco do motorista e deu partida.

- Quer ouvir música? – Perguntou já ligando o rádio.

- Quero! – Comecei a escolher, eu amava ouvir música enquanto eles dirigiam. Escolhi uma da Halsey, Without Me. Eu ouvia todos os dias aquela música, era a minha favorita.

Jimin dirigia muito sério e concentrado, Seoul estava bem movimentada aquele dia. Fiquei o olhando e reparando vários detalhes dele.

Seu braço dava para ver um leve musculo saltado quando virava o volante, as veias saltadas de sua mão esquerda ao mudar a marcha do carro. Ele sempre foi assim? Ele estava muito... Muito... Homem. Desde quando ficou tão lindo? Inclinei minha cabeça para o lado e fiquei me perguntando, afinal, eu o vi crescer, tomamos banho juntos quando criança, puxei seu primeiro dentinho, ele chorou horrores aquele dia. Sorri.

- Está sorrindo de novo. O que foi dessa vez? – Perguntou chamando minha atenção.

- Estou lembrando do dia que seu dente estava mole, e você me deixou puxar com um alicate. – Comecei a rir novamente.

Jimin suspirou.

- Você não faz ideia de como aquilo doeu. – Disse virando o carro por uma rua menos movimentada.

Parei de rir e o encarei novamente. Lembro-me do dia que ele e Kook inventaram de pular o muro da casa do vô dele só para fugir das aulas particulares de inglês. Fiquei sem falar com eles três dias, pois tinham me deixado para trás.

Lembro quando tínhamos 15 anos e os meninos o zoavam por não ter beijado uma garota ainda. Lembrar daquilo me deixou muito vermelha, abaixei a cabeça para ele não notar.

Não entendia porque ele nunca tinha beijado aquela época, afinal ele sempre foi lindo e xavecado pelas garotas. Eu fiquei com muita raiva daqueles meninos o tratando mal só por causa de uma coisa tão banal e o beijei, foi o meu primeiro beijo também. Será que ele se lembra?

O encarei novamente. Jimin era uma das poucas pessoas que me conhece nas palmas das mãos. Ele sempre me ajudou e protegeu, ele é incrível.

- Se continuar me olhando... – Chamou minha atenção. – Eu vou bater o carro naquele poste ali, esta me desconcentrado.

-Desculpa. – Sorri e abaixei a cabeça.

- Você está estranha. – Disse.

- Estou? – Perguntei levantando a cabeça.

- Sim, desde o dia do hospital quando pegamos a YuMi, você vem me encarando muito.

Droga, ele notou.

- E-eu não. – Virei para a janela na intenção de conter o nervosismo. Na verdade nem eu sabia por que o estava encarando tanto ultimamente e nem por que quando falava olhando em meus olhos me deixava nervosa.

- Está sim. – Insistiu.

Virei o rosto para teimar como sempre, mas uma abelha pousou em meu cabelo naquele momento, eu morria de medo de abelhas. Um dia eu, Kook e Jimin subimos em uma arvore muito alta. Eu escorreguei e caí, não consegui me segurar então puxei um cacho de abelha junto com a minha queda. Já se pode imaginar o que aconteceu. Todas me picaram, passei um mês no hospital por causa disso, e até então essa fobia me pespegue.

Comecei a gritar e dar tapas no ar na esperança de acerta-la, me esperneava como uma criança.

-JIMIN! UMA ABELHA! – Comecei a gritar sem parar.

Ele estacionou o carro rapidamente e me segurou.

- Calma Suh! – Disse desesperado, ele sabia o quanto uma abelha apenas me assustava.

No desespero levantei do banco e fui para o colo dele e encavalei o abraçando.

- Está tudo bem. – Ele pousou as mãos em minhas costas. – Ela já saiu.

- Não! Está no meu cabelo, está no meu cabelo! – Mexia a cabeça sem parar.

Senti-o pegar em meus cabelos e passar as mãos.

- Pronto! Pronto! – Disse.

Suspirei aliviada. Estava a salvo. Afastei e senti minhas costas baterem no volante. Eu estava no colo dele? Como fui parar ali? Jimin apenas me encarava, aquilo fez meu coração acelerar. Ultimamente ele tem despertado certas emoções em mim, coisa que nunca havia sentido com ele. E nem com Hyuk.

- É...é... – Levantei minhas mãos que estavam em seu ombro. E ele fez o mesmo com as suas que estavam em minha cintura. – Desculpa. – Saí do seu colo e voltei para o banco torcendo para não notar meu nervosismo.

Jimin olhou para um lado e depois para o outro, ele estava sem graça também. Ligou o carro e saiu.

Terminamos o caminho para casa em silencio, meu coração ficou acelerado o percurso todo.

Chegamos em casa, Jimin estacionou.

- Não vai entrar hoje? – Perguntei.

-Não, meu pai me lembrou de que tenho casa ontem – Sorriu. – Preciso devolver o carro dele também.

Sorri. O Tio Jun era hilário.

- Estou tentando convencê-lo de chamar a Enfermeira Kang pra jantar em casa.

-Ele ainda é apaixonado por ela? – Perguntei.

- Sim, ele morre por causa dela. Eu quero muito que ele seja feliz, ela foi a primeira pessoa que mexeu com seu coração depois que mamãe foi embora. – Era raro ver Jimin falar da mãe. Ela foi embora quando ele tinha oito anos, era mais novo do que eu e kook quando a nossa mãe morreu.

- Pede ajuda da Mimih, se tudo der certo, vocês serão irmãos. – Bati palmas.

- Verdade. – Me olhou empolgado. – Eu já pensei nisso, só estou esperando a hora certa para contar a ela, agora que sabemos que aquele babaca do Yejoon não as merece.

- Jimin, você acha que o padrasto de Mimih é apaixonado por ela? – Eu queria saber o que ele achava, eu mesma não parava de pensar aquilo.

- Acho! – Disse para a minha surpresa. – Ele é um maníaco.

- Ai que nojo. – Me abracei.

Vimos o senhor Yang chegar. Jungkook desceu do carro. Desci e fui ao seu encontro, ele sorria, e parecia feliz e perdido nos pensamentos. Assim que nos viu, fechou a cara e colocou as mãos nos bolsos e aquele brilho todo se desfez.

- As aulas são rápidas ou vocês são tão incríveis que os professores foram inúteis. – Jimin disse saindo do carro também.

Vi Kook revirar os olhos.

-Não revire os olhos pra mim Jeon Jungkook! – Jimin tentou parecer sério.

Kook apenas riu com aquilo. Eles eram amigos há tanto tempo que sabiam exatamente a hora de brincar e a hora de falar sério. Eles eram como irmãos, acho impossível achar amizade igual à deles.

- As aulas vão começar amanhã. – Suspirou. – Deixei a Mih na casa dela.

- Mih? –Jimin e eu dissemos ao mesmo tempo.

Vi meu irmão parar e pensar no que acabou de dizer, mas não fez muita questão no assunto, virou e saiu andando.

- Vai entrar? –Perguntou sem olhar pra trás.

- Ele vai levar o carro para o tio Jun! – Respondi.

- AH Mas não vou mesmo! – Jimin disse indo atrás dele. – Eu quero saber mais sobre ‘essa’ Mih.

Sorri e os segui.

 

YuMi On.

 

Eu ainda estava parada em frente de casa com as mãos onde os lábios de Kookie encostaram. Estava sorrindo feito boba, aquele garoto mexia comigo de uma forma inexplicável. Eu podia senti-lo ainda ali na minha frente. Fechei os olhos, seu perfume ainda estava no ar.

- O que faz aqui fora? – Virei e vi Yejoon se aproximando.

Virei e me apoiei nas muletas e saí ‘pulando’. Senti Yejoon me seguir casa adentro. Quando comecei a subir as escadas o ouvi.

- Quem é aquele sujeitinho que estava encostando em você no hospital?

- Não é da sua conta. – Respondi seca. Comecei a subir.

- Ah YuMi, Ah YuMi. – Yejoon puxou minhas muletas. Sem elas seria complicado subir. – Você não aprende mesmo não é princesa?

- O que está fazendo? – Estiquei as mãos em sua direção. – Me devolva às muletas!

- Eu irei leva-la ao quarto – Sorriu ladino.

Aquilo me assustou, ele não podia estar falando sério, só imaginar ele me tocando me deixava sem ar. Yejoon começou a caminhar em minha direção. Puxei minha bolsa a frente do peito.

- Não toque em mim. – Disse colocando a mão esquerda dentro da bolsa e pousando os dedos sobre o meu celular.

- Então aquele garoto pode carrega-la e eu não? – Fez um bico nojento. – Assim eu fico com ciúmes.

Tirei meu celular e o levantei para que ele pudesse ver.

- Se fizer algo ou me tocar, chamarei a polícia! – Mantive a mão firme para que não tremesse.

- Não... Você não vai! – Deu mais um passo em minha direção.

- Experimente! – Respondi.

- Você gosta dele não gosta? – Perguntou me surpreendendo.

- Dele quem?

- Do garoto alto que te carregou no hospital! – Me olhou sério.

Aquilo me deixou muito nervosa, eu não sabia o que responder. Eu temia pela segurança do Kookie, se Yejoon fizesse algo á ele não suportaria.

- Não é da sua conta se gosto dele ou não!

Aquilo não foi o suficiente para Yejoon, ele veio bruscamente em minha direção.

-VOCÊ GOSTA DELE QUE EU SEI, EU VI COMO O ABRAÇOU NO HOSPITAL E VI O BEIJO QUE ELE TE DEU AGORA POUCO! – Aquilo me deixou desesperada, ele havia visto? Mas não notei sua presença, Yejoon se aproximou de mim e me puxou pela cintura.

Nojo e repulso me dominaram naquele momento. Eu o empurrei com toda a foça que tinha escada á baixo, meus machucados arderam e minhas pernas falharam. Yejoon rolou quatro degraus abaixo e meus pés escorregaram no mesmo lugar.

Aquilo me fez cair também. Senti meu queixo bater com foça no corrimão da escada, estava com uma dor insuportável. Comecei a engatinhar para cima. Eu precisava sair dali, vovó me ajuda.

- EU JÁ DISSE QUE VOCÊ É MINHA! – Yejoon disse provavelmente levantando.

Eu não tinha força para levantar, vi meu celular no degrau de baixo vibrar, e olhei para o visor.

Jungkook.

O nome dele piscava na nela. Ele estava me ligando. Olhei, Yejoon vinha subindo a escada devagar, estava mancando.

Eu tinha duas opções, voltar dois degraus ou seguir em frente e correr para o quarto sem meu celular.

Jungkook.

Voltei sentindo muita dor, peguei o celular, Yejoon encarou meu movimento com os olhos cheios de raiva.

- O QUE ESTÁ FAZENDO? O QUE ESTÁ FAZENDO! – Começou a correr em minha direção.

Atendi o mais rápido que pude.

- ME AJUDA! – Gritei.

Mas não consegui ouvir a voz do outro lado. Yejoon bateu em minha mão fazendo o celular ser arremessado para longe.

Jogou-me nas costas feito um saco de arroz e saiu andando.

- ME SOLTA! ME SOLTA! –Eu balançava as pernas na intenção de desequilibra-lo, já não sentia mais dor nos machucados.

Ele abriu bruscamente a porta do meu quarto e me jogou na cama. Arrastei-me desesperadamente até alcançar a cabeceira da cama e me encolhi. Yejoon chegou bem perto do meu rosto, segurou meus cabelos com força.

- Eu.já.te.avisei.se.gostar.de.alguém.eu.o.mato. – Disse pausadamente, seu hálito batia em meu rosto como veneno.

Senti gosto de sal na boca, eram as minhas lágrimas, quando foi que comecei a chorar? Eu não conseguia dizer nada, eu apenas pensava nele, Jungkook, em seus braços protetores, seu olhar gentil, seu cheiro.

Ele se levantou e ficou me encarando. Eu não conseguia olhar pra ele, eu tremia sem controle. Vi ele virar lentamente e sair do quarto. Ouvi-o trancar a porta pelo lado de fora.

Abracei meu elefante roxo e chorei. Estava começando a achar que tudo seria mais fácil se eu deixasse de existir. Vovó, você ficaria feliz se eu me encontrasse com você?

 

SuRam On.

 

Jungkook como sempre entrou e foi direto para a geladeira se servir de água, Jimin se jogou em uma das poltronas e começou o infernizar de novo.

- Já está assim Kook? Está chamando minha futura irmã de Mih. – Provocou.

- Futura irmã? – Perguntei.  Sorri, nunca o vi a chamar assim.

Vi Kook levantar uma sobrancelha também.

- Sim poxa, eu vou fazer meu pai conquistar a enfermeira Kang nem que custe minha vida. – Disse fechando os olhos com determinação.

- Que exagero! – Disse sorrindo. – Kook, me empreste seu celular, vou ver se a Mimih quer assistir filme comigo hoje.

- Porque vocês sempre usam meu celular pra ligar pra ela? – Meu irmão perguntou lentamente esticando o braço com seu celular nas mãos.

- Costume. – Peguei e disquei.

Esperei, esperei, esperei... Quando estava prestes a desistir ela atendeu. Quando abri a boca para dizer oi ela gritou.

(ME AJUDA!) – Sua voz estava desesperada. Mas o celular foi desligado logo em seguida.

Fiquei encarando o celular com olhos arregalados, o que foi aquilo? Minhas mãos começaram a tremer.

- Suh, está tudo bem? – Jimin veio ao meu encontro.

Eu estava sem ar... Minha melhor amiga corria perigo.

- A Mimih... Ela... Ela... - Eu não conseguia falar.

- Ela o que? – Kook veio em minha direção já com os olhos arregalados. – ELA O QUE SURAM?

Quando ele gritou, Jimin e eu nos assustamos. Isso me trouxe de volta ao planeta terra.

- Ela gritou no telefone. – Olhei pra eles. – Gritou ‘Me ajuda’.

Jungkook saiu correndo imediatamente, abriu a porta e sumiu por ela. Jimin foi atrás dele e eu os segui.

Jimin desativou o alarme do carro, Kook entrou no volante, Jimin do lado e eu atrás. Jungkook pegou a chave da mão do amigo, deu partida e saiu.

Kook sempre foi um garoto calmo, nada abalava seu comportamento. Era raro vê-lo perder a calma ou a paciência, no máximo o víamos suspirar e fechar os olhos. Mas com isso já estávamos acostumados.

Mas aquele Kook dirigindo em alta velocidade eu nunca havia visto, as juntas de suas mãos estavam brancas de tanto que apertava o volante, ele estava nervoso. Estava preocupado com YuMi, ele se importava com ela, mas do que eu ou Jimin podíamos imaginar.

Ele parou em frente a uma casa, só Jimin e Kook haviam visto até então a casa de Mimih. Era muito linda, tinha detalhes em azul.

Fomos até o portão e tocamos o interfone. Será que a Mimih estava bem? Comecei a desesperar, ela parecia muito assustada no telefone.

Vimos Yejoon abrir a porta e vir em direção ao portão. Ele estava mancando, nos olhava sério. Estava com um olhar assustador.

- Senhor, a YuMi está? – Perguntei.

-Está dormindo. – Respondeu seco.

Jungkook enfiou a mão pelas grades e puxou Yejoon com força, o fazendo bater o rosto no portão, Jimin o olhou surpreso e colocou a mão no braço dele.

- CADÊ ELA? – Perguntou assustadoramente.

Yejoon se livrou das mãos do meu irmão e manteve uma distancia segura dele.

- Saiam daqui! Eu já disse que ela esta dormindo. – O padrasto de YuMi direcionava um olhar de ódio ao Kook, porque será que ele o odiava assim?

- Mas... - Insisti, mas Yejoon virou e entrou.

Vi Kook fechar os punhos ao lado do corpo. Jimin começou a dizer.

-Vou pedir para meu pai avisar a enfermeira Kang!

- Não! – Exclamei. – Ela esconde isso da mãe por algum motivo, não seremos os relatores disso. Temos que achar outra forma de ajuda-la. Vamos!

Fomos até o carro. Kook se abaixou encostado no carro do tio Jun, passava as mãos violentamente em seus cabelos. Eu realmente estava conhecendo muitos lados dele hoje. Sai andando, eles pareceram nem notar, fui contornando a casa de Mimih pelo lado de fora.

Foi quando vi uma janela aberta, uma cortina roxa balançava conforme o vento batia nelas. Lembrei que Mimih ama roxo. Aquele era o quarto dela.

Voltei correndo até onde os meninos estavam.

- Kook! Jimin! – Jimin apenas me olhou, Jungkook permaneceu com a cabeça baixa. – Venham ver!

Jimin levantou Kook e veio até mim.

- O que foi Suh? – Jimin perguntou.

- Eu achei o quarto dela, vamos subir pela janela! – Apontei para o outro lado da casa.

- Subir pela janela? – Jimin me encarou confuso. – E como vamos fazer isso?

- Não sei! Vocês que são os meninos aqui. - Respondi colocando a mão na cintura.

Sabíamos onde o quarto dela era, mas chegar até lá seria o problema.

- Vocês dois fiquem aqui. – Kook disse chamando nossa atenção. – Eu irei tirá-la de lá, Jimin deixe o carro pronto, você vai ter que pegá-la aqui em baixo. – Jimin o encarava assustado.

- Tirar ela de lá? – Jimin perguntou espantando.

- A mãe dela não está  Jimin! – Os cortei. – Não podemos deixa-la sozinha com esse louco.

- Tudo bem, vou trazer o carro aqui perto! – Jimin concordou e saiu correndo em direção ao carro que estava estacionado em frente a casa.

Virei para meu irmão, ele olhava o muro trajando um plano ou uma forma de subir e conseguir desce-la.

Peguei em sua camisa fazendo o mesmo me olhar.

- Kook, tome cuidado! É muito alto. – Ele estendeu a mão e a colocou no meu rosto e sorriu.

Saiu correndo e subiu no muro.

 

YuMi on.

 

Meus machucados ardiam, mas eu nem me importava. Outras dores estavam presentes no momento. Yejoon havia me trancado naquele quarto, eu não tinha para onde ir. Não estava com meu celular.

Mamãe chegaria só amanhã de manhã, e só Deus sabe o que ele pretendia fazer comigo até lá. Quem será que tinha tocado a companhia? Ergui meu elefante na altura dos olhos. 

Jungkook!

O abracei forte, lágrimas escorreram pelo meu rosto. Eu estava sozinha, e não tinha ninguém no momento.

Vi minhas cortinas mexerem e uma mão as abrindo. Fiquei assustada, quem poderia estar do lado de fora da minha janela? Meu quarto ficava no alto.

Ele entrou.

Era Jungkook, entrando pela minha janela. Será que estava vendo coisa? Aquilo era uma miragem? Ele estava olhando pra mim. Ajoelhei-me na cama, senti meus machucados arderem pelo toque da cama, mas isso não era importante no momento.

Engatinhei até a beirada da cama.

- K-Kookie? – Levantei uma mão em sua direção.

Ele diminuiu a nossa distância e tocou gentilmente em meu rosto, passou o polegar levemente aonde eu havia batido no corrimão da escada. Eu tinha me esquecido daquele machucado.

Ele me olhou nos olhos e eu o encarei também.

Coloquei as mãos em seu peito.

-Kookie... – Comecei a chorar, não era uma migarem. Ele estava realmente ali, de pé no meu quarto.

Envolvi seu pescoço e o puxei para um abraço, sua mão em meu rosto desceu automaticamente para minha cintura. Kook se desequilibrou e apoiou um joelho na cama ao meu lado, e a mão que não me segurava manteve firme apoiada na cama para não cairmos para trás.

Seu braço que envolvia minha cintura me apertou contra seu peito. Eu chorava feito criança, afinal era nos braços dele que eu estava, o único lugar que venho me sentindo segura ultimamente.

- Eu vou tirá-la daqui! – Falou baixo entre meus cabelos.

- Ele trancou a porta. – Respondi sem soltá-lo. Eu ainda chorava muito.

- Vamos pela janela! – Aquilo me fez afastar dele sem deixar de tocá-lo, o suficiente para olha-lo nos olhos.

- Mas eu não vou conseguir descer Kookie, ele tomou minhas muletas e celular. E meus machucados pioraram quando cai na escada.

Ele me encarou.

- O que? – Fechou os olhos. – Depois você me conta, Jimin está lá em baixo para pegá-la.

Jimin havia vindo também?

- Confie em mim. – Inclinou-se e selou minha bochecha!

Aquilo aqueceu meu coração e confortou a minha alma.

- Uhum... – Mesmo naquela situação meu rosto ardeu em chamas.

Kookie me pegou no colo, eu estava de uniforme ainda. Ele também estava.

- Tem uma caixa de ar condicionado bem abaixo do seu quarto, você vai pisar nele e logo afrente tem uma arvore. Suba na arvore e me espere.

Como eu iria fazer aquilo machucada? Não faço ideia, mas eu iria. Naquela casa eu não ficaria mais. Agora eu tinha pessoas que se importavam comigo, pessoas que me amavam... Eu não iria desistir da minha vida por causa de Yejoon, ela valia muito para isso.

Desculpe vovó, mas eu não vou encontra-la por enquanto.

Fiz o que Kookie mandou, ele me desceu devagar até a caixa. Assim que fiquei de pé nela, avistei a arvore que ele falara, subi nela e sentei em um galho. Estava com muita dor, pareciam mil agulhas sendo enfiadas nos machucados da minha perna.

Logo ele desceu na caixa e foi até a arvore com uma facilidade surpreendente.

Ele se aproximou de mim e pousou a mão em meu rosto com um olhar preocupado.

- Está tudo bem? – Fofo, eu queria puxa-lo para um abraço novamente, mas com certeza derrubaria nós dois daquela arvore.

Coloquei a minha mão em cima da dele e concordei com a cabeça.

-O muro é bem ali. – Apontou. – Você consegue?

- Uhum... – Ele me puxou pela cintura e me virou de costas para ele. Segurou com uma das mãos na arvore e me deu apoio até subir no muro e sentar.

Encavalei, era muito alto. Consegui ver Suh com um sorriso embaixo dele e um Jimin preparado para me pegar.

Kookie subiu no muro e sentou atrás de mim.

-Mê de a mão Mih. – Estendi a mão a ele. – Eu irei descê-la agora, o Jimin irá pega-la, não se preocupe.

Eu estava eternamente agradecida pela Coréia exigir short embaixo da saia do uniforme feminino.

Jungkook foi me descendo pelo braço, ele tinha uma força incrível. Senti Jimin pegar em minha cintura e terminar o caminho até meus pés tocarem o chão.

Minhas pernas falharam se Jimin não tivesse me segurado eu teria caído no chão.

Kookie pulou em um único salto aterrissando ao nosso lado. Suh veio correndo em minha direção e me deu um abraço.

- Mimih! Tudo bem? – Se afastou e olhou em meu rosto. – Oh meu Deus, o que aconteceu?

- Não é hora pra isso Suh. – Kookie a cortou. – Jimin coloque-a no carro.

Jimin passou os braços por baixo das minhas penas e me pegou no colo, ele tinha uma força igual ao Kookie. Senti um grande amigo me pegando, ele era muito gentil, eu agradecia por ter a honra de tê-lo por perto.

Estava tão acostumada lidar com meus monstros sozinha que nunca havia imaginado que ter pessoas ao seu lado apoiando era gratificante. E esse três me traziam paz e tranquilidade, me inspiravam viver.

Jimin colocou-me no banco de trás junto com Suh. E foi na frente com Kookie dirigindo.

- Mimih, o que houve? – Suh perguntou ao meu lado, pude sentir certa insegurança em sua voz, ela não sabia se deveria ser a primeira a perguntar ou não.

- Jungkook me deixou em casa depois da escola, e ele viu. – Não tinha mais nada a ser dito era simplesmente isso.

- Ele ficou com ciúme não foi? – Suh perguntou sem rodeios.

A olhei surpresa.

- Não minta pra mim YuMi! – Aquilo me surpreendeu nunca a vi alterar a voz.

Kookie nos escarou pelo retrovisor, pois estava dirigindo, Jimin a olhou de lado.

- Isso. – Abaixei a cabeça. Foi ai que notei que não havia posto sapato, estava com a meia do uniforme.

Vi SuRam abrir a boca para dizer mas alguma coisa, mas desistiu, sentou-se ereta e abaixou a cabeça também.

Terminamos o caminho para a casa deles silenciosamente, e lá estava eu novamente, na casa dos irmãos Jeon, sem sapato, com o uniforme da Suh ainda, e nenhuma peça de roupa minha.

Mamãe provavelmente ficaria preocupada, sem meu celular não tinha como avisar, ainda não tinha decorado o numero dela. Eu queria correr até aquele hospital e contar tudo a ela, contar como eu estava infeliz, contar a ela que se casou com um monstro, eu queria muito dizer que ela merecia coisa melhor.

 Pela primeira vez eu senti tanto a falta do papai, eu não me lembro dele, seria tudo diferente se papai estivesse aqui.  Vovó não teria fugido pro Canadá pra confortar seu coração longe do país que tirou seu único filho. Vovó também estaria aqui.

- Mimih, venha tomar um banho. – Suh disse me tirando dos meus pensamentos.

Kookie e Jimin estavam me olhando, estavam preocupados, eu podia ver isso em seus olhos.

- Tudo bem. – Sorri, eu precisava melhorar aquele humor. – Vou precisar das suas roupas novamente Suh.

- Vamos então! E depois vamos ver um filme esta bom? – Ela sorriu.

 Eu podia ser feliz também, eu tinha amigos, amigos verdadeiros. Havia encontrado o amor, tudo isso era novo pra mim, já não me imaginava sem eles.

-Uhum ... – Sorri

- Consegue andar? – Kookie perguntou dando um passo em minha direção.

- A-Acho que sim. – Peguei na mão da Suh e caminhei devagar.

Estava decidida, eu iria enfrentar os meus medos. Eu iria contar a mamãe, iria dizer tudo. Contar o que Yejoon fez comigo a quatro anos, contar como fez sua filha sofrer por anos. E que ele nunca a amou.

Afinal, eu não estou mais sozinha! Não é mesmo vovó?


Notas Finais


Ehh isso ^^

Continuem lendo!

;**


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