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História Deep sea- Hope and Justice - Hello, welcome home


Escrita por: Pooph

Notas do Autor


Boa leitura 🌺

Capítulo 14 - Hello, welcome home


Fanfic / Fanfiction Deep sea- Hope and Justice - Hello, welcome home

As coisas se tornaram lentas rapidamente. Talvez fosse a doce melodia de seus fones, que o trazia a ele, um exagerado sentimento de vastidão mental. Seus pensamentos, embora embaralhados, faziam com que cada segundo parecesse não apenas lento e calmo, mas estranhamente prazeroso.

O sol poente tocava sua pele e aquecia de maneira aconchegante, igual a brisa gostosa da tarde que entrava pelas janelas e tocavam o seu rosto de forma tão sútil.

Algo mais naquela situação, demonstrava-se ainda mais confortável e  prazerosa. Jonathan Kent, mesmo distraído em seu celular, por impulso passava seus dedos pelo cabelo de Damian, que se encontrava deitado em seu colo.

Jon não parecia se incomodar com a intimidade do casal quando a sós, ele parecia ainda mais avoado e anestesiado por sentimentos doces de um lar. Gotham não era seu lar, mas Damian sim. 

Encostado contra a cabeceira da cama e diversos travesseiros, mal notava os olhos esmeraldas de Damian, que o analisavam por completo. Ambos podiam ficar dias alí, sem nem mesmo precisar de palavras para se comunicar, era como se algo os conectasse internamente.

E como algo totalmente fora de controle, o corpo de Damian protestava contra todas as suas barreiras de se manter com a sanidade intacta, sempre que seu contato com Jon se tornava mais intenso. Não queria ultrapassar limites que nem mesmo ele entendia o que significava, mas aquela visão impecável, era como uma tortura.

As mãos quentes do garoto Smallville, acariciavam seus cabelos, vez ou outra descendo por sua bochecha, por mais bobo que fosse, esses simples gestos de Jon eram inúmeras vezes mais preciosos para Damian, do que qualquer outra demonstração de afeto.

Se irritava consigo mesmo pelos pensamentos estranhos e ardentes que vez ou outra emergiam pela sua mente, o fazendo alucinar com possíveis acontecimentos futuros. Mesmo que tentasse guardar em seu íntimo essa sensação estranha e o desconforto que lhe causava, ele sabia o quanto se denunciava sempre que Jon se aproximava.

Tanto seu físico, quanto a sua mente imploravam por mais, imploravam pelo toque desconhecido que apenas Jon era capaz de o fazer desejar. Tentou distrair sua mente dos pensamentos impróprios, focando-se na música que ele tanto gostava.

Por que até mesmo o menino prodígio podia ser totalmente amaldiçoado pelos seus hormônios cada vez mais incontroláveis. 

Se levantou bruscamente do colo de Jon, sentando-se na beira da cama. Jon desviou sua atenção para ele, confuso com a movimentação repentina. Damian se levantou, indo até a janela sem emitir qualquer sinal sobre o que planejava.

Jon se levantou, o acompanhando ainda confuso. Se aproximou de Damian sentindo-o fitar com os olhos. Ele entendia o quão frágil podia ser para Damian, toda a situação em que estavam passando, ter a notícia na invasão da Liga, sabendo que Damian era o último a quem poderiam recorrer, era uma responsabilidade dolorosa.

Damian, porém, ao observar a paisagem do exterior da mansão, estreitou os olhos confuso, tirando seus fones de ouvidos.

— A quanto tempo meu pai chegou? — Falou ao notar o carro.

— Eu não sei. — Jon respondeu, assistindo Damian passar por ele. Fez questão de o seguir para qualquer lugar que fosse, não se viu surpreso quando Damian traçou caminho para o elevador da caverna.

— Damian, você está bem? — Perguntou ainda apreensivo em relação a estranheza recente do garoto.

— Me perguntou isso cinco vezes hoje, Alien. Eu estou bem. — Respondeu com humor. Jon deu um sorriso com o apelido bobo, no qual Damian o dara quando ambos ainda eram crianças.

A porta do elevador se abriu e ambos andaram até a área central da caverna, o silêncio entre os demais membros que ali estavam, denunciavam que apesar de nenhum dos outros quatro irmãos terem saído da caverna, algo ruim aconteceu.

Ao avista-los, o silêncio se quebrou, o clima era pesado entre todos e principalmente Bruce, era quem se demonstrava mais pensativo. Ele não era do tipo que deixava sentimentos transparecer, mas seus olhos ainda sim, eram tão expressivos quanto os de sua prole.

— Damian... — Bárbara sussurrou assustada ao encarar o garoto. Os demais voltaram sua atenção para ele, com excessão de Tim, que com os olhos pediu a permissão de Bruce para seu próximo ato.

— O que aconteceu? — Damian falou pressentindo que algo estava errado.

— Alguém nos mandou um vídeo... Um vídeo direto da Liga dos Assasinos. — Explicou Dick, se aproximando de Damian. Tim foi até o computador, abrindo o tal vídeo de qual falavam.

Damian sentiu sua boca secar.

O início do vídeo, parecia apenas um dia qualquer na Liga. A câmera parecia posicionada em um dos pilares mais altos, alcançando a visão de todo pátio e grande parte da estrutura do templo. Devido ao horário, poucos ninjas caminhavam pelo espaço aberto.

As imagens familiares, eram um tanto acolhedoras, matavam aquela saudade que ele mal sabia existir, dentro de seu peito. Isso o fazia ficar ainda mais assustado com o que poderia acontecer a seguir. Se questionava como aquelas filmagens haviam chego a caverna, sabia bem que qualquer tecnologia de comunicação era parcialmente cortada em grande parte da ilha, e a existência da câmera causariam um grande desconforto entre os residentes locais.

Não havia som algum, o que causavam em todos uma tensão ainda maior. Não era necessário os poderes de Jon para poder ouvir os corações acelerados e ansiosos diante as imagens.

Um grande helicóptero entrou em cena, ainda sobrevoando o pátio externo, e por cordas de metais, dezenas de homens desceram do helicóptero. Suas roupas cheias de proteções totalmente pretas e sem qualquer identificação, só não chamavam mais atenção do que as armas grandes e pesadas que carregavam.

Os ninjas ao redor rapidamente se viram em posição defensiva, indo em encontro aos homens desconhecidos na tentativa de impedir, ou ao menos causar um atraso na invasão a ilha. Não demorou para que o helicóptero pousasse no pátio, revelando a existência de mais dezenas de invasores. 

Quando o número de ninjas fora grande o suficiente para qualquer tipo de luta corporal, começaram os tiros. Por mais ágeis e inteligentes fossem os soldados de Al Ghul, mesmo assim, não havia qualquer chance contra o número de balas que saiam das armas. Pouco a pouco, a violência se instaurava em toda visão onde as filmagens alcançavam, eram nítidos a confusão e desespero, e mesmo sabendo das baixas, nenhum ninja cedeu ao ataque.

Entre todos eles, uma figura bem conhecida por Damian entre a disputa sangrenta. Nyssa carregava uma longa espada, sua lâmina reluzia um brilho tão assustador quanto mortal. A atenção dos invasores se voltaram para ela, sendo uma distração suficiente para que grande parte dos atiradores fossem rendidos.

Ela foi contra aquele que parecia liderar, por mais distante e imprecisa fossem as imagens, podia notar a sede por sangue no qual ela derramava a todos que a atiçavam, Nyssa era ágil e eficaz, qualquer desavisado poderia facilmente notar o senso de liderança no qual ela exalava. Lutou bravamente, sem ceder, mas a cada segundo que se passava, mais ninjas eram impossibilitados e mais os invasores focavam nela. 

Dezenas deles se concentraram em a imobilizar, não havia chance, nem possibilidades de Nyssa escapar dessa. O líder deles tomou-lhe a espada, enquanto os demais a seguravam com brutalidade. Ele parecia saber da câmera, parecia estar em um show privado no qual o final, era muito bem ensaiado. Com um golpe rápido, a lâmina a atravessou o pescoço, fazendo jorrar seu sangue pelo pátio.

Voltaram todos então para dentro do helicóptero, carregando com eles o corpo já falecido de uma mulher que uma vez, foi família. Assim que o helicóptero alcançou voo, e se distanciou da ilha, um soldado que Damian pensou não ser capaz de reconhecer, surgiu entre as dezenas de corpos, carregando um arco e flecha tão grande quanto a si próprio.

Com uma única flecha, o helicóptero foi atingido, sendo consumido pelas chamas laranjas, sem qualquer controle caiu contra o mar sombrio e violento que cercava a ilha. Não haviam mais esperanças para qualquer um que tivesse no interior daquele helicóptero, uma vez que as gigantes ondas os engoliram. Nem mesmo as águas sagradas de Lázaro seriam capaz de trazer Nyssa de volta.

O vídeo se encerrou, Damian cerrava os punhos de maneira tão forte, que suas unhas o atravessavam a pele, fazendo seu próprio sangue manchar a mão. Trincava a mandíbula tentando não expressar a dor diante de seus olhos trêmulos.

Acabara de assistir a morte de Nyssa, junto de diversos ninjas que diferente dele, estavam lutando. Sentiu como se uma lâmina o atravessasse o peito, era mais que uma culpa, era a raiva o tomando conta de modo que não podia nem mesmo discernir os pensamentos pertencentes a Damian Wayne, dos sentimentos de ódio e desejo de sangue que apenas um Al Ghul podia absorver e canalizar.

Aquelas imagens pareciam ter penetrado sua mente, se repetindo em loop diante sua visão. O sangue de Nyssa, que mesmo não sendo azul como deveria, machariam para sempre o chão da Liga dos Assasinos. A rainha estava morta.

— Damian... — Bárbara falou tentando o chamar a atenção, mas tudo o que Damian se concentrava era na tela agora preta do grande computador. Tentando controlar a dor, tentando controlar a raiva.

— Eu falei que ia ser demais para ele. — Disse Tim ainda assustado com toda informação. Era visível os sentimentos de Damian rasgando a pele morena e contagiando a todos alí.

— Damian. — Chamou Bruce, o tirando do transe imediatamente. O garoto puxou o ar com força, caindo de volta contra a realidade. — Essas imagens são muito mais que uma comprovação do que Cassandra já imaginava. Algo a fez pensar que isso aconteceria e não havia nada que pudessemos fazer para impedir.

— Repete o vídeo. — Damian falou com a voz firme, cedendo a frieza dos sentimentos morbidos em seu interior. Tim o analisou brevemente e pôs o vídeo para repetir. 

— Pausa. — Falou Damian. — Amplie o canto superior direito. 

O computador seguiu suas ordens. O vídeo havia sido pausado no exato momento em que o helicóptero entrava em cena, e bem onde Damian havia ordenado a ampliação, era a pista mais concreta e repulsiva até agora.

Uma lgo bem conhecida, que os fez embrulhar o estomago. Em tons cinza e laranja, muito bem marcado no metal estava a logo. LexCorp.

Damian quis gritar de raiva, mas manteve a pose. Todos ficaram tensos e confusos diante as imagens.

— O que Lex Luthor iria querer com a Liga dos assasinos? — Dick comentou ao analisar as imagens. — Isso não faz sentido.

— E alguma porra faz? Diz aí Timbo, o que caralhos Luthor quer mandando seus peões para a ilha? 

— Eu não sei Jason! Pode ser uma disputa de poder, algo que ele queira. Talvez esteja procurando por algo ou apenas... — Tim ficou em silêncio, claramente pensativo.

— A Liga das sombras guarda diversos artefatos magicos e poderosos, Lex é amante de poder. — Falou Bárbara.

— Não. Não é nada que ele queira lá. — Damian respondeu seco. — Nem se Lex Luthor destruisse cada centímetro de pedra da ilha, ele encontraria os tesouros Al Ghul.

— O que tem lá? — Dick perguntou. — Existem coisas mais poderosas que as águas de Lázaro? E se sim, o que são essas coisas Damian? O que é mais poderoso que isso?

— Muitas coisas são mais valiosas que o poço. A mais poderosa está segura, como eu disse, nem se explodissem a ilha, encontrariam os tesouros. Não foi uma invasão...

— Foi uma execução. — Tim completou. — Eles atraíram a atenção de Nyssa, a mataram e foram embora levando seu corpo. Ela era o tesouro, eles não queriam mais nada... Foi uma morte encomendada.

Bruce acenou com a cabeça, provavelmente já deduzira essa possibilidade. O homem porém, se preocupava mais com Damian naquele momento, não apenas ele, mas todos alí tinham suas atenções voltadas ao garoto.

Jon permaneceu calado, completamente assustado com as imagens e principalmente preocupado com Damian. Ele foi até seu par, o tocando o ombro.

Foi como um suspiro de vida para Damian, o toque de Jon era tão curativo quanto confortável. Olhou no fundo dos olhos azuis, azuis como a água que agora engolira a última família materna que tinha.

— Pai. — Damian o chamou, engolindo em seco ao ver a expressão de Bruce, que já deduzira bem o que ele falaria. — Eu preciso voltar para a Liga dos Assasinos.

— Não. É perigoso.

— É o lugar mais seguro que eu posso estar! — Falou aumentando seu tom de voz. — Eu sou um Al Ghul!

— É seguro, então olhe o que aconteceu com Nyssa! Ela também era uma Al Ghul e agora está morta. — Falou ríspido, fazendo Damian se irritar ainda mais.

— Você não entende!

— Eu entendo muito bem a situação aqui Damian. Entendo que sinta a necessidade de retornar para cumprir a missão que seu avô te deu, mas Ra's não está aqui, eu sou seu responsável.

— Vai me proibir de novo não é? Quantas vezes você vai repetir essa palavra, até que seja o suficiente para me ter em suas cordas? — Falou ácido.

— Não vamos ter essa discussão.

— Por que? Está com medo de perder seus argumentos? Ou não tem nenhum? — Damian dizia cada vez mais violento, intolerante e radical.

— Damian...

— Não! A Liga é meu lar igual a Gotham! E talvez seja mais do que essa maldita casa! Você não pode me prender aqui para sempre pai!

— Sim eu posso. — Falou alto. Os outros se levantaram, prontos para apartar uma possível briga física.

— Bruce. — Dick o chamou, tentando o acalma-lo.

— Você tirou a minha liberdade como sempre! Tirou o Robin de mim, me mandou para uma escola estúpida, tentando fingir que nós sequer somos normais. Essa vida não é para mim! Eu preciso de adrenalina, preciso voltar para a Liga! — Damian falou se aproximando.

— Saiam todos. — Bruce falou para os irmãos e para Jon, por um instante, continuaram exatamente no mesmo lugar em que estavam. — Agora.

— Vamos Jon. — Falou Dick, puxando Kent para uma das saídas da caverna. Damian observou todos eles saíndo lentamente do local.

— Fale Damian, diga o quanto odeia minhas atitudes, o quanto odeia o fato de eu ter tentado te dar uma vida normal. — Bruce falou com uma expressão indecifrável, tom de voz sério e frio como jamais fez.

— Você fala do meu avô... Fala o monstro que ele foi, mas você é identico a ele pai. Ele demonstrava sentimento, ele pelo menos morreu tentando me proteger... Você me tranca aqui todos os dias, você me ignora e faz de tudo para que eu esteja a sua disposição. Tenta me fazer seu dependente emocional, mas eu cansei! Eu não sou mais uma criança pai, não sou! Você tirou a minha liberdade, me forçou a frequentar lugares que eu odeio, tentou me transformar em outra pessoa, só por que não aguenta o fato de que só restou a mim aqui! Você vai ficar sozinho e não suporta isso! — Damian gritava, sentindo sua garganta doer diante a tonalidade de voz. Soltava as palavras ferozmente, sem medo dos seus significados, frio e raivoso como só um digno Al Ghul sabia fazer.

— Eu te ouvi Damian, agora peço que escute o que eu tenho a dizer. Sabe bem que eu não sou o melhor pai, não como o meu pai foi, mas tudo o que está ao meu alcance te oferecer, eu o faço.

— Agora está tentando me manipular? — Damian falou revirando os olhos com repúdio.

— Não é manipulação Damian. Quando sua mãe revelou a sua existência, passei noites em claro pensando no quanto eu perdi. Você era egocêntrico, era arrogante e poderoso, sabia que era poderoso e isso te fazia ingênuo. Eu tentei te trazer para o meu mundo Damian, assumi o fato de ser sangue do meu sangue, a última geração Wayne. Mas igual outras quatro vezes anteriores eu falhei. Você se tornou um vigilante tão bom quanto qualquer outro, um no qual eu terei orgulho de passar o manto do Batman. Mas você nunca soube diferenciar Damian de Robin. — Bruce dizia sereno, sem expressar qualquer emoção. 

— E isso iria te destruir igual me destruiu. Eu jamais desejaria a você, ser igual a mim, Damian. E mesmo sabendo que você me odiaria por fazer o que eu fiz, foi necessário. Acha que eu nunca notei as suas crises de ansiedade? Ou o quanto você se afundava a cada dia mais em um círculo vicioso de ódio, ansiedade e depressão? Sim eu notei, e igual a qualquer pai, me preocupei. Foi por isso que tirei de você o Robin, por que você jamais aceitaria que o Robin era uma das raizes que te prendiam a isso, por não saber separar essas coisas.

— Mas e a explosão? — Damian falou sentindo sua boca seca, seu coração batia forte, em sentimentos que ele jamais saberia descrever.

— Foi apenas um motivador, para tira-lo de cena. Após isso, te coloquei na escola para ter a oportunidade de formar um círculo social, ter pessoas para confiar e te distrair das obrigações, para ser um adolescente normal. Mas seu primeiro dia foi uma catástrofe, eu estava a meses negociando com Clark para poder trazer Jonathan a cidade caso nada fosse como o planejado. Vocês eram melhores amigos e eu imaginei que poderia te ajudar, pedi a Jon apenas para que me informasse como andava seu desempenho, para ter certeza se estava no caminho certo ou se eu precisaria tomar outras medidas. Como imaginei ele se recusou a dizer qualquer coisa, e para mim foi gratificante, já que significava a sua confiança nele.

— Pai eu... — Damian tentou encontrar palavras, mas um nó se formava em sua garganta.

— E como qualquer adolescente, você foi a festas, espero que tenha se divertido. Usou drogas da maneira como eu sempre o instrui a evitar, mas reconheceu seu erro. Não falei nada ao te ver de ressaca, muito menos evitei demonstrar que não sabia o que você tinha feito. Aprendeu que tudo tem consequências e como eu esperava, se aproximou de pessoas externas a essa família. Não vou dizer que não sei tudo a respeito da família Sentine, te ver próximo aquela garota me fez ter duvidas a respeito de sua preferência, de certa forma foi divertido pensar que você não é mais um menino, Damian. Obviamente não chocou ninguém ao demonstrar ser bem mais seletivo, ao escolher Jonathan como seu par romântico.

Damian sentiu-se totalmente desestabilizado, as palavras de Bruce doiam mais do que qualquer ferimento físico que já sofrera em sua vida.

— Vejo a maneira como olha para ele Damian, seus olhos demonstram os sentimentos tão bonitos que eu jamais fui digno de sentir. Sei que agora seu hormônios podem estar totalmente a flor da pele, falando mais alto que sua própria voz, e acredite, você vai sentir falta disso. Nesses meses você fez amigos, foi a festas, cometeu erros, criou laços e memórias, começou um relacionamento saudável e me arrisco a dizer que está mentalmente saudável. Não quero que deixe tudo isso para trás, apenas para voltar a Liga dos Assasinos.

— São as minhas origens pai.

— Eu sei, eu sei... Não quero que faça algo no qual vai se arrepender futuramente, agora está de férias, sua amiga planejou diversas viajens e compromissos, acha que vale apena deixar tudo isso para trás?

— Eu não vou deixar nada, eu vou voltar. Pai eu tenho uma vida lá, igual tenho uma vida aqui, mas eu ainda tenho assuntos inacabados.

— Eu não vou te impedir de fazer qualquer coisa. Eu dei essa opção a Cassandra e vou dá-la a você também, só não se esqueça quem você é Damian. Você não é mais uma criança, você se tornou um homem tão corajoso quanto eu jamais imaginei. Estou orgulhoso. E se vale de alguma coisa agora, está livre para ter o Robin novamente. — Falou, por um momento Damian se viu confuso pela demonstração de afetividade. Mas aceitou de bom grado as palavras de Bruce. Ouvir que podia ter o Robin novamente, era como o som mais satisfatório que ouvira em meses.

— Pai, antes de ir, eu tenho algo que gostaria de te pedir. — Damian falou engolindo em seco. — Não sei se vai entender a minha intenção... Eu preciso de um pouco de krypitonita.

— Krypitonita? Quanto e para que?

— Uma quantidade pequena, suficiente só para anular os poderes de um kryptoniano por pouco tempo. — Bruce o observou desconfiado por um tempo, tentando entender o que Damian pretendia, sua expressão mudou para compreensão ao perceber sobre o que se tratava.

— Vai fazer o ritual Eushaaq com Jonathan. — Falou sério. — Damian, esse ritual é perigoso.

— O sistema de hierarquia na Liga é marcante, não posso convencer Jon a não vir comigo, mas não quero que ele seja tratado diferente só por causa de ser de fora. — Falou tentando o convencer.

— Jon é um kryptoniano e você um Al Ghul, o ritual vai valer um preço muito alto, Damian. Não acho que seja uma idéia racional, é uma magia antiga e muito poderosa.

— Eu sei como funciona, pai. Vai me dar a krypitonita, ou não? — Damian falou de modo persuasivo.

— Apenas isso, me de sua palavra que vai tomar cuidado.

— Eu prometo.

— Vai a querer bruta, ou lapidada em uma jóia? — Bruce falou ao notar a aliança no dedo de Damian. O garoto não tentava esconder a sua paixão pelo anel de prata, Bruce diversas vezes o notou analisando a pedra verde e delicada da aliança, ou a recente mania que adquiriu de rodar a jóia em seu dedo, sempre que estava pensativo ou ansioso.

Bruce achava graça na maneira como Damian havia se apegado a Jon com rapidez, até se preocupava com a destruição que poderia causar no estado mental de Damian, caso o casal viesse a discutir ou se separar.

Ele nunca desejou que Damian fosse dependente emocional de alguém, no início pensou que os garotos acabariam passando por um relacionamento tóxico e corrosivo, devido a imaturidade de ambos. Mas observando agora, via o quanto o casal havia evoluído e admirava a relação leve que levavam. Damian não era mais uma criança.

— Em um colar, a quero em um colar. — Damian respondeu, o tirando um sorriso discreto. Com certeza o garoto havia planos, e ele não pretendia o interromper. Mesmo que Damian estivesse tomando decisões totalmente arriscadas e perigosas, sabia bem o quanto as coisas poderiam tomar proporções gigantes e destrutivas por causa da escolha de Damian. 

Apesar disso, torcia internamente que Damian não fosse tolo o suficiente para fazer o ritual, e que caso a tentação e os hormônios falassem mais alto, que fosse excessivamente cuidadoso com as consequências.

— Sugiro que suba para o jantar. 

— Eu tenho que fazer algo antes. — Damian respondeu de forma pretenciosa, observou com o canto dos olhos a visão de seu uniforme. Todo o traje completo e muito bem preservado, dentro de uma cápsula de vidro.

Como sentia falta da ação das ruas de Gotham, e como sentia falta de Robin. Agora que tinha a permissão que tanto almejava, finalmente poderia fazer aquilo que tanto queria, aquilo que precisava.

Visitaria a mansão Sentinele.



Notas Finais


Espero que tenham gostado ❤️❤️❤️
Até a próxima ❤️❤️❤️


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