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História Deep thoughts - Dabihawks - Confused thoughts


Escrita por: ninettails

Notas do Autor


Olá!
semana passada não teve atualização, porque eu estava sem inspiração nenhuma, mas hoje eu compensei.
Queria aproveitar para agradecer todo mundo que comentou no capítulo anterior e respondeu a pergunta que eu fiz no final, sério, vocês são uns amores e eu fico boba lendo cada comentário. Foi bom demais ver que vocês estão curtindo acompanhar essa história tanto quanto eu estou curtindo escrever.
Enfim, segue boa leitura.

Capítulo 6 - Confused thoughts


O dia estava claro, o Sol brilhava e concedia uma coloração mais viva para tudo que iluminava, poucas nuvens brancas flutuavam longinquamente onde seus olhos quase não alcançavam. Uma brisa suave dançava invisível pelo ambiente, as folhas verdes das árvores balançavam e produziam um som harmonioso. Dias agradáveis como esse faziam Keigo querer ter a capacidade de mergulhar na imensidão azulada que era o céu, queria poder experimentar a liberdade que os seres com asas experimentavam ao voar em um dia como esse. Keigo gostaria muito de poder abdicar de todas as suas responsabilidades e ignorar seus problemas, bater suas asas imaginárias e ir embora dali em busca da sua liberdade.

Sentiu um leve peso em sua perna, o que o fez desviar os olhos da imensidão acima de si e encarar a garota de cabelos longos e platinados que tentava chamar sua atenção. Eles estavam nos jardins da faculdade, em frente ao auditório, aguardando o início de uma palestra. O loiro estava deitado preguiçosamente no banco, suas pernas acomodadas em cima das coxas de sua amiga, que se sentava no mesmo banco, e sua cabeça abaixo de sua mochila, que utilizava como um travesseiro. 

— Você está bem, Hawks?

— Sim, estou.

— Tem certeza? Você ‘ta’ quieto a semana inteira e você não costuma calar a boca um segundo sequer.

— Só ‘to’ meio reflexivo.

— Você ‘ta’ assim desde aquele dia do bar… 

Mirko agora o encarava com olhos curiosos e atentos, esperando que qualquer mudança na sua feição mostrasse que havia tocado no assunto correto e confirmasse suas suspeitas de que havia algo oculto sobre aquele dia. Hawks se forçou a ficar impassível, não querendo revelar que aquela noite passava em repetição em sua cabeça. Se sua amiga soubesse de algo, ela o encheria de perguntas sobre coisas que Hawks não sabia explicar o porquê tinha feito. Pensar em tudo aquilo já o deixava à beira da loucura, mas falar aquilo em voz alta tornaria toda a loucura real, ele preferia acreditar que todos os sinais - vindo dele e do outro - eram puros devaneios e mal entendidos da sua cabeça. 

— Impressão sua. E não sei por que você continua tocando nesse assunto, já te contei tudo… — Para sua salvação, as portas do auditório abriram indicando que a palestra iria começar — Abriu, vamos entrar.

•••

O céu acima de sua cabeça agora tinha o tom escuro e estava repleto de estrelas, depois da palestra e horas de aulas, Hawks e sua melhor amiga caminhavam em direção a saída da faculdade. Hawks se sentia exausto, seus pensamentos não pararam de o consumir um segundo sequer, precisava de algo que o distraísse e o acalmasse.

— Bem que a gente poderia ir beber né…

— Melhor ideia que você já teve na vida!

O local, como sempre, estava lotado de universitários bêbados e contentes e o loiro foi com urgência em direção ao balcão pedir as bebidas para que pudesse se sentir como todos os outros ou se redor: bêbado e contente. Olhou em volta e notou que Mirko rapidamente já havia conseguido uma mesa daquelas altas e de bancos também altos, mais ao canto do estabelecimento e se dirigiu em direção à amiga.

Algum tempo já havia passado, nesse momento alguns conhecidos já haviam se juntado a mesa e todos conversavam animadamente. Hawks sentiu um leve arrepio subir sua espinha e inconscientemente seus olhos começaram vasculhar o ambiente em busca de algo, ou melhor, alguém. Pela fresta entre os vários corpos que ocupavam o espaço, ele pôde ver do lado de fora do bar, de costas para si, a figura de pele alva e cabelos negros que com certeza acompanham um par de olhos turquesas. Takami desejou por um momento que o outro virasse e ele pudesse ver a cor daquele olhar.

Aquilo foi o suficiente para desestabilizar Keigo e sua respiração se tornou mais pesada, “que merda eu ‘to’ pensando? Eu perdi a cabeça de vez”, pensou em puro choque. Decidiu desviar o olhar e voltar a atenção para a conversa que das pessoas à sua volta.

— …Cada um leva um pack de bebida, vai ter uns lanches por minha conta pra ninguém morrer só bebendo…

Hawks não conseguia focar no diálogo, voltou seu olhar em direção ao outro e a cena que viu o deixou em estado de choque. Dabi não estava mais de costas e era possível ver a lateral de seu rosto agora, contudo, não foi só o rosto do outro que Hawks viu. Ao redor do pescoço de Dabi havia um par de braços o segurando e uma garota de cabelos loiros presos em dois coques tinham os lábios colados aos do moreno. 

Alguém entrou no seu campo de visão e Keigo não mais conseguiu ver a cena, mas agradeceu mentalmente pois agora se achava incapaz de se mover e iria ficar encarando aquela cena se não fosse a tal pessoa. Uma queimação subiu pelo seu peito e sentiu seu estômago revirar, se sentia estranho e extremamente incomodado. Ele já havia esbarrado com Dabi no bar inúmeras vezes e nunca o havia visto se agarrando com alguém, sabia que o outro não era puritano pois já havia ouvido diversos boatos de pessoas que ele havia beijado, mas o achava extremamente discreto porque nunca havia visto nada de fato. Mas ver aquilo, agora, fazia a saliva descer pela garganta de uma forma dolorosa.

Pensou que tinha sido realmente bom não contar nada para sua amiga, pois ele interpretou as coisas de forma completamente errada e equivocada. Tudo não passou dele pensando obsessivamente em algo e por fim delirando sobre coisas inexistentes. De repente, uma voz o despertou de seus pensamentos.

— E aí, Hawks, você vai na minha festa, ‘né’?

Hawks virou e encarou com a visão turva a pessoa de cabelo castanho que o convidava para uma festa. Ele não sabia quando seria e nem onde, mas aquilo era exatamente o que ele precisava para esquecer de tudo: dançar até cansar, beber muito e beijar estranhos.

— Claro.

•••

Era a vez de Dabi pagar a rodada de bebidas com seus amigos, então caminhou para o balcão lentamente enquanto tentava desviar das pessoas bêbadas ao seu redor. 

— Me vê cinco da cerveja de garrafa aí, chefe.

— Beleza, Dabi?

Olhou para o lado, em direção a voz e viu um pouco mais adiante uma pessoa de cabelos castanhos, reconheceu como um companheiro de bebida que tinha feito amizade nesse mesmo bar um tempo atrás. Para sua surpresa, ao lado do sujeito, estava a pessoa que Dabi havia tentado evitar por dias. Com o loiro bem ali na sua frente, Dabi não pode evitar dar um sorriso contido. Cumprimentou o sujeito e não exitou em puxar assunto com o loiro.

— Hawks, precisamos marcar ‘pra’ terminar aquele trabalho.

— Me manda uma mensagem e a gente marca.

O moreno franziu as sobrancelhas, Hawks se retirou do balcão com rapidez e sequer o direcionou o olhar. Depois da madrugada que passaram juntos, Dabi temia que Hawks pensasse no acontecido tanto quanto ele estava pensando nos últimos dias e estava evitando o mais baixo por medo da reação do encontro. Mas ao vê-lo o ignorando com tamanha facilidade, percebeu o quão estava errado e havia se importado a toa.

— Então, Dabi, eu vou dar uma festa, você quer ir?

— Claro.


Notas Finais


Esse capítulo é um capítulo de transição, só para criar uma linearidade nos acontecimentos, então ele deveria ser simples... Porém, surgiu um plot twist na minha cabeça e não consegui conter...
Quem me segue no twitter viu que reclamando que não conseguia iniciar esse capítulo por nada e que na verdade queria escrever o próximo, pois bem, gastei todos os meus neurônios nesse aqui e quero ver eu escrevendo a continuação.
Mas digam aí, o que vocês acham que vai acontecer agora?


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