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História Deeper than the Ocean - Capítulo 30 - Canudos, árvores e mais gatos


Escrita por: shitty_stay

Notas do Autor


oi galerinhakkkk
pois então, vim aqui postar o cap e pedir desculpas pelo atraso 👉🏻👈🏻
inclusive, eu sei q tem gente q pula essa parte então vou usar emoji pra chamar a atenção
⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️
pois então, pra quem me segue, eu enviei uma msg avisando q eu ia atrasar, mas eu tinha dito q ia postar ontem
porém, pessoas lindas q eu amo, eu viajei nesse fim de ano né, aí eu cheguei em casa no sábado de noite
porém o problema não é exatamente esse, o real motivo de eu não postar o cap é q ultimamente eu não ando tendo um psicológico muito estável
eu não lembro se comentei, mas eu tenho transtorno depressivo confirmado
eu tenho várias nuances de humor e muitas vezes não consigo escrever
sr isso acontecer de novo, eu posso avisar vcs, mas só se vcs ne seguirem, não tem como eu saber quem lê minha história se vcs não me seguem k
⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️

era só isso msm
boa leitura!!

Capítulo 33 - Capítulo 30 - Canudos, árvores e mais gatos


Fanfic / Fanfiction Deeper than the Ocean - Capítulo 30 - Canudos, árvores e mais gatos

[10/08 Sábado, de manhã]


-- Ah! Espera aí que eu esqueci uma coisa! - disse Jisung a Minho quando estavam saindo do apartamento. Ele voltou correndo pra dentro e foi até o quarto, já o Lee ficou esperando na porta mesmo, usando uma calça jeans preta, uma camiseta branca e uma jaqueta de couro preto por cima, além da corrente prata no pescoço. Estava calçando o Vans preto (ainda os de Changbin) quando Jisung voltou - Pronto, agora sim.

Minho olhou pra ele de corpo inteiro, pra ver o que tinha mudado, mas ele estava com a mesma camiseta bege, a mesma calça jeans escura, a mesma jaqueta jeans clara, os mesmos sapatos brancos e a mesma touca preta.

Olhou de novo pra ver se via diferença, e era óbvio que o Han estava realmente esperando o Lee perceber a diferença. Finalmente ao olhar mais atentamente pro rosto do mais novo, percebeu os brilhantes em suas orelhas.

-- Você usa adornos?? - ele disse, perguntando seriamente, afinal, no fundo do mar os únicos que usavam eram as mulheres. O que ele não esperava era Jisung começar a gargalhar - Tá rindo do quê??

-- Adornos - disse Jisung tentando imitar seu tom de voz - Pois ora, não sois Vossa Majestade acostumada com tais "adornos"? - e riu de novo. Minho estava bravo pelo deboche do outro, cruzou os braços e ficou imitando Jisung falando, mas sem realmente pronunciar alguma coisa, apenas mexia a boca e as mãos, no final apenas deu a língua pro outro e saiu do apartamento - Know-Hyung~ - ele cantarolou e trancou a porta, indo atrás do outro, que já descia as escadas.

Ele viu o outro descendo rápido os degraus e começou a descer quase correndo também, desceram os três andares sem falarem um com outro pela distância. Quando Minho finalmente chegou no térreo ele escutou os passos rápidos do outro, mas não imaginava o que estava por vir. Jisung desceu correndo pra poder alcançar o maior e pulou do penúltimo degrau, se jogando nas costas do moreno. 

Minho apenas sentiu o impacto, mas graças aos reflexos de todos os anos de treinamento, ele conseguiu segurar as pernas do Han e se equilibrar.

-- Você tá doido?? - perguntou o Lee, mas em resposta recebeu apenas uma risadinha sapeca e um beijinho na bochecha. Apenas sorriu bobo e desceu o menor, virou pra trás e segurou na cintura do outro e este levou as mãos pra enroscarem em seus fios. Eles dois encostaram as testas e encararam os olhos alheios, Jisung amava a cor azul profunda das orbes do maior. E o que ele não sabia era que Minho também amava seus olhos, não pela cor, mas pelo brilho que eles sempre tinham. Devagarzinho eles foram se aproximando, e mais devagar ainda encostaram os lábios.  

Oh, Deus, como eles se encaixavam tão bem?

As bocas abriram e permitiram que as línguas se encontrassem, sentiram o gosto de menta da pasta de dente durante o beijo, mas isso não cortou o clima. Mas o elevador apitando cortou. Eles se separaram e olharam pra trás, era um casal hétero de adolescentes. A menina ficou vermelha e abraçou o braço do namorado, que só olhou pra baixo e saiu andando. Assim que eles saíram pela portaria, Minho e Jisung riram abraçados.

-- Vamos? Nós ainda temos que tomar café da manhã - disse o Han, soltando o pescoço do maior, mas este não gostou do afastamento e segurou a mão do outro. 

Jisung mal podia acreditar, o cara que não gostava de receber abraços seus agora estava tomando a iniciativa pra segurar sua mão. O mais novo apenas fingiu arrumar a touca com a mão livre e sorriu bobo com o rosto pra baixo, estava nas nuvens.

-- De qualquer forma, como vocês chamam essas coisas? - perguntou o Lee, apenas seguindo o outro sem de fato saber aonde iriam.

-- Esses daqui são brincos - respondeu ele - Vocês não tem isso daqui lá em baixo? - perguntou enquanto desciam a rua de seu prédio.

-- Até temos, mas geralmente são as mulheres que usam - eles chegaram a um sinaleiro e o Han explicou pro maior o que era aquilo e pra que serviam - Muito seguro esse tal seláforo.

-- Semáforo - corrigiu o mais novo, virando a esquina depois de atravessarem.

-- Foi o que eu disse - respondeu teimosamente o Lee.

-- Enfim, você estava dizendo que só as mulheres usam? Mas por quê? - questionou Jisung ao empurrar a porta da lanchonete aonde tomariam café.

-- Sei lá, mas eu que não quero usar uma pedra pesada na orelha - disse Minho, tendo um calafrio so de imaginar.

-- Espera, mas você quer dizer pedra, tipo joia, ou pedra pedra? - o Han disse enquanto sentava na mesa que ficava de frente pra vidraça que permitia ver o interior da lanchonete.

-- Pedra pedra - disse o maior, também sentando - O que vamos pedir?

-- Não sei você, mas eu quero cheesecake de morango e um latte - Jisung disse e abaixou o cardápio que antes olhava - Já que você não é muito fã de doces, eu sugiro um cheesecake de chocolate meio amargo - falou ele, ouvindo o mais velho falando baixinho "Eu gosto de chocolate" - E que tal um suquinho? - o moreno, que olhava o cardápio curioso, só concordou meio confuso e então o outro chamou a garçonete - Dois cheesecakes, um de morango e outro de chocolate meio amargo, um latte e um suco de laranja natural.

-- Mais alguma coisa pra vocês hoje? - perguntou a moça, anotando tudo, ao receber o aceno negativo do Han, completou - Trago em um instante - e saiu, deixando os dois quase sozinhos, já que não havia muitas pessoas no local.

-- Voltando ao assunto, por que eu nunca vi você usando esses brincos? Parece que gosta deles - questionou o Lee, observando as correntes pratas que pendiam da orelha do que estava a sua frente.

-- Ah, eu tive uma reunião no trabalho e tirei, pra ir mais formal, sabe? - respondeu o menor, olhando pra rua calmamente.

-- Você trabalha???? - o mais velho questionou genuinamente confuso, já que o mais novo nunca tinha comentado sobre isso.

-- Claro que sim, daonde achou que tirava meu dinheiro? - perguntou risonho o outro, bem quando ia continuar a garçonete chegou, deixando seus pedidos. Ele puxou seu cheesecake e empurrou o do Lee pra ele, abriu o pacote do canudo e colocou no copo do maior, mas este olhou feio pro copo - O que foi? Não gosta de laranja?

-- Não gosto dessa coisa, já vi várias no fundo do mar e já tive que ajudar várias tartarugas a tirar isso das narinas delas - ele disse, apontando pro canudo de plástico. Ele olhava pro pequeno objeto com ódio, então Jisung retirou ele do copo do Lee e levantou, indo jogar ele na lixeira de lixos recicláveis.

-- Pronto, sem canudos malvados - falou o Han, sentando de novo - Então, continuando, eu trabalho sim, no mesmo lugar que o Bin-Hyung inclusive - falou e pegou uma garfada generosa do cheesecake, vendo o maior fazer o mesmo com o dele e mostrar uma carinha fofa de satisfação, riu baixinho e engoliu - Lembra da música que eu te mostrei? - Minho concordou com a cabeça - Então, nós dois trabalhamos pra uma gravadora ainda não muito conhecida, nós editamos as faixas, depois mandamos um pro outro pra uma checagem e só daí enviamos pra gravadora de novo. Como isso depende só do uso do computador, nós trabalhamos de casa mesmo, e é só alguns dias da semana. Eles esperam juntar umas quatro músicas pra mandar pra gente - pegou seu latte e tomou um pouco - E incrivelmente nos pagam bem por isso, já que não é um serviço muito fácil.

-- Mas você não queria fazer fotografia? - perguntou o Lee, provando o suco, que ele particularmente gostou.

-- E eu vou, mas enquanto não tenho o diploma fica meio difícil ganhar uma quantia significativa trabalhando com isso - falou enquanto mexia o garfo fazendo gestos, depois pegou mais um pedaço do cheesecake e levou à boca - Mesmo depois que eu me formar, eu não vou sair desse emprego. Ele não toma muito do meu tempo e além do mais, por mais que eu ame fotografia, ela ainda não é uma profissão muito reconhecida, então o salário não é lá essas coisas - revirou os olhos no meio da frase, depois tomou seu latte de forma agressiva, demonstrando sua raiva - Por isso que meu pai não foi muito a favor dessa escolha, minha mãe me apoiou, mas disse pra eu ter a mente aberta pra outras áreas também.

-- Você nunca me falou dos seus pais - comentou o Lee, terminando o suco, já que já tinha terminado a fatia de torta também, ele estava com fome.

Ele sabia que se Jisung não tinha comentado sobre antes, era ou porque não achava que deveria ou porque não era assunto pra se comentar com qualquer um. Em caso da segunda opção, ele ficava feliz de perceber que não era mais qualquer um pro Han, era uma coisa importante e ele valorizava isso.

-- Ah, não tem muito o que falar. Somos normais, nossa vida sempre foi normal, desde que eu era pequeno. Exceto termos nos mudado pra Malásia do nada na minha infância - comentou, comendo o último pedaço de seu cheesecake.

-- Pra onde? - perguntou o antigo tritão.

-- Um outro país - respondeu o menor, encostando as costas completamente na cadeira e tomando seu latte - Foi até engraçado, meu pai do nada decidiu que nossa vida estava muito parada e queria uma mudança, nesse caso literalmente - riu sozinho se lembrando dos surtos de seu pai naquela época.

-- Como ele é? - perguntou Minho, colocando o cotovelo na mesa e a cabeça apoiada na mão. Ele queria prestar total atenção no que o outro dizia, era uma parte importante da vida dele e queria aprender mais sobre o homem que amava. Ai santo tritão, que Jisung não ouça isso, foi o que ele pensou.

-- De aparência ele parece comigo, as bochechas são coisa de família, da minha mãe peguei só o cabelo, o do meu pai é preto - disse, terminando seu latte e colocando o copo na mesa - De personalidade... - parou pra pensar um pouco - Ele é um cara engraçado, adora fazer piadas, geralmente aquelas que só ele entende, adora agir como criança pra minha mãe e tem um gosto pra moda questionável - pontuou, fazendo o Lee rir - Mas ele sabe ser duro quando quer, leva o trabalho muito a sério, ele é gerente de importação em uma empresa, ele também é meio superprotetor, era mais antes, mas ainda é. No início, quando eu saí de casa, ele me ligava todo dia, geralmente é a mãe que faz isso, mas no meu caso era ele perguntando se eu não preferia voltar pra casa - levantou e esperou o mais velho levantar também, foram até o caixa e ele pagou, logo saíram e Minho segurou sua mão de novo, de forma instantânea. 

-- E sua mãe? - perguntou o mais velho.

-- Ela é muito calma, sabe? É baixinha e adora cozinhar, principalmente doces, anda sempre com a franja presa com uma presilha rosa, inclusive eu lembro daquela presilha desde que eu era pequeno, não duvido nada que aquilo seja mais velho que eu - de novo eles andavam e o maior não sabia pra onde, apenas seguia o Han - Ela tem a loja de roupas dela no centro, segundo ela é o que ela ama fazer, ajudar pessoas a encontrar a roupa que melhor ficam nelas. Eu nunca entendi muito bem essa parte - comentou e ouviu a risadinha do outro - Ela também adora vestidos florais e gosta de ir na praia molhar os pés - eles estavam passando na frente de uma praça quando o menor parou - Hyung, que tal a gente ficar aqui nessa praça? Eu ia levar a gente no shopping, mas lá tem tanta gente que eu não fico confortável pra ter conversas assim.

-- Claro, quero conhecer você melhor mesmo - falou e deu de ombros, vendo o sorrisinho malicioso surgir na boca do menor. Automaticamente percebeu o que tinha falado.

-- Ah, quer é? - perguntou Jisung, empurrando o outro de leve com o ombro.

-- Anda logo, acha um lugar pra gente sentar antes que eu desista e volte pra casa - falou emburrado o Lee, o menor só riu e foi puxando ele pela praça.

-- Que tal sentar de baixo daquela árvore ali? - apontou pra uma grande árvore num dos cantos da praça, ela parecia antiga e fazia uma generosa sombra sob o sol que já começava a esquentar demais.

-- Pode ser - Então eles foram até a tal árvore, chegando lá o Han sentou encostado no tronco e ficou olhando pra si, esperando algo - O quê?

-- Deita aqui - disse e bateu em suas próprias coxas. Minho até pensou em questionar, mas deixou pra lá e só deitou na grama, colocando sua cabeça nas coxas do menor de forma que enquanto Jisung apontava as pernas pra frente, seu corpo todo apontava pra um dos lados.

O Han começou a fazer um carinho nos fios escuros do maior, que apenas aproveitava o cafuné de olhos fechados. Eles provavelmente ficaram uns dez minutos sem falar nada, apenas aproveitando a brisa fresca e o momento de paz que finalmente tinham.

-- Sabe, eu gosto de olhar o céu, mas tipo, só pra ele - disse Minho, abrindo os olhos, que agora refletiam a luz solar - Quando eu vejo só ele e mais nada, eu ainda consigo imaginar que estou no oceano.

-- Você sente muita falta de lá? - pergunta o mais novo num tom doce, queria deixar o outro confortável pra falar sobre o que ele sentia, o que era raro de acontecer.

-- Sinto... Eu amava a sensação da água me envolvendo, de nadar mais rápido que a correnteza, de não ter limites de quão alto eu podia ir - suspirou e olhou nos olhos do Han, que até se assustou com a mudança repentina - Mas tem coisas aqui que eu não trocaria por nada - e sorriu, aquele sorriso que tirava o fôlego de qualquer um. Jisung sentiu o peito doer em amor, como era possível amar alguém àquele nível? Enquanto ele estava naquele pensamento, o maior virou pra olhar o céu de novo - Mas acho que o que eu mais sinto falta são meus pais.

-- Eu te contei como são os meus, agora é sua vez - disse risonho o Han, vendo o maior olhar desconfiado pra si - Por favor?

-- Tá. Bom, meu pai mais novo se chama Kim Seungmin- 

-- Ele não se chama Lee igual você e o Lix? - disse o mais novo, interrompendo o outro.

-- Não, por quê? - perguntou Minho virando pra olhá-lo de novo.

-- Ah, não sei. Aqui na superfície, a gente geralmente herda o sobrenome dos pais - disse e viu a confusão nos olhos do outro - Por exemplo, o sobrenome da minha mãe antes dela casar era Min, mas depois que ela casou com meu pai o sobrenome dela virou Han, como o dele. E eu herdei o sobrenome do meu pai, assim como ela.

-- Hmm... Não, lá no mar as coisas não funcionam assim, pelo menos não na família real. Meu pai Seungmin não mudou o sobrenome dele, ele ainda tem o Kim. Já meu pai Chan tem o sobrenome Bang, mas isso é porque todas as gerações da família real tem um segundo nome diferente. Por exemplo, meu avô, o rei antes do meu pai, tinha o sobrenome "Wang", assim como meus tio-avôs, meu pai tem o "Bang" e eu e o Lix temos o "Lee".

-- Então, se seu pai tivesse irmãos eles também teriam o "Bang", mas os filhos deles não? - perguntou o menor.

-- Isso, mas minha avó morreu no parto do meu pai, então ele foi filho único - concluiu o Lee - Bom, voltando, meu pai Seungmin é três verões mais novo que meu outro pai, ele é muito sensato e às vezes meio debochado, mas consegue ser muito fofo quando quer, principalmente com meu pai Chan. Ele também é muito cuidadoso com quem ele ama, lembro que mesmo depois que eu já era adulto, sempre que eu me machucava no treino ou coisa assim, ele sempre me arrastava pra enfermaria e cuidava dos meus ferimentos como se eu fosse o bebê dele - disse e sorriu sozinho, lembrando do cuidado extremo de seu pai mais novo - Ele também é como o mediador lá no castelo, se meu pai Chan está muito exaltado ou muito estressado, ele vai lá e o acalma ou faz as coisas por ele. Por eu ser o suposto futuro rei, eu passava mais tempo com meu pai Chan depois que cheguei aos 16 verões, e o Lix passava mais tempo com meu pai Seungmin, apreendendo as partes burocráticas do reino.

-- Ele parece ser uma pessoa incrível - comentou Jisung, recebendo um aceno do outro.

-- Fisicamente ele é alto, tem cauda vermelho vivo e cabelos castanhos, os olhos dele são castanhos e sempre tem um brilho amável e o sorriso é sempre reconfortante - concluiu ele, fechando os olhos e imaginando seu pai mais novo sorrindo pra si.

-- Gosto como você descreve ele, mostra todo o amor que sente por ele - disse casualmente o menor.

-- Nós quatro sempre fomos muito unidos - complementa o Lee - Agora, meu pai Chan... Bom, o nome completo dele é Christopher Bang, Chan é tipo um apelido que deram pra ele quando ele era mais novo. Ele é o melhor líder que eu já vi, sabe como tomar decisões difíceis e nunca fraqueja em suas escolhas. Ele é meio dramático às vezes, mas é mais por brincadeira, ele é grudento com meu pai Seung e é superprotetor com todos nós, mas com o Felix chega a ser extremo - riu lembrando dos surtos dele sobre seu irmão ter um namorado - Ele adora contar a história sobre como ele e meu pai Seung acabaram juntos. O amor deles é lindo e o mais forte que eu já vi até hoje, parece até uma versão mais madura do Lix e do Changbin.

-- Aqueles dois são lindos juntos, né? - perguntou retoricamente o Han.

-- Fisicamnete ele tem cabelos vermelhos iguais aos que o Lix tinha, olhos verdes e cauda completamente dourada, ele também anda sempre com o tridente e só tira a coroa pra dormir, igual meu pai Seung - finalizou a descrição e abriu os olhos de novo - Acho que é isso...

-- Sua família parece incrível, Hyung. Queria poder conhecer eles um dia - falou sonhador o menor, nunca parando o cafuné nos fios do outro.

-- Eu também, Hannie. Eu também... - disse sonhador o Lee. Ele olhou mais um pouco pro céu e se espreguiçou, depois virou o corpo e abraçou a cintura do menor, afundando seu rosto na barriga dele.

-- Ei! Que isso? - perguntou o Han, rindo com a leve cócega que aquele movimento causou - Você tá muito carente hoje, hm?

-- Hmm... - foi a resposta que Minho deu, abraçando mais forte a cintura fina do outro. Quando ele ia falar algo, o som da barriga do mais novo o corta - Acho que alguém tá com fome - disse e olhou pra cima, vendo a cara envergonhada dele, então caiu na risada.

-- Não ria de mim! Já faz mais de duas horas que a gente tá aqui! Eu tenho um metabolismo rápido, se quer saber - finalizou e cruzou os braços, mas ainda ouvia leves risadinhas do maior - Anda, sai de cima de mim! Vou comprar algo pra gente comer! - falou e começou a empurrar de leve o que estava em seu colo, este logo levantou e sentou de seu lado, então ficou de pé e passou a mão na bunda pra tirar a sujeira - Já volto, não sai daqui.

-- Tá - respondeu simples Minho, vendo o outro andar e sumir na praça.

Ele aproveitou que agora estava sentado pra poder olhar minuciosamente o local, via pessoas correndo sozinhas, outras sentadas debaixo de árvores e comendo algo, haviam crianças brincando com os pais ou entre elas. Uma coisa que ele achou curiosa eram aquelas coisas de metal com duas rodas que os humanos andavam em cima, iria perguntar pra Jisung o que elas eram depois.

Ah...Falando em Jisung, Minho parou pra pensar no que eles eram... Ainda não eram namorados, mas também não eram só amigos... Ele sabia que tinha que contar pro outro como se sentia, mas era tão difícil... Ele nunca foi alguém que saía por aí demonstrando seus sentimentos, por muitos era taxado como frio ou sem sentimentos. Mas apenas ele sabia o que sentia com exatidão, e ele amava Jisung, amava mesmo, como achou que seria impossível para si amar alguém. Jisung conseguiu seu ódio e seu amor de forma rápida, tão rápida que chegava a assustá-lo. Queria poder conversar com seu pai Seungmin sobre isso... Ele com certeza saberia o que fazer nessas horas.

Minho tinha certeza que já tinha ficado tempo demais esperando, quando já estava quase levantando pra ir atrás do Han, ele apareceu.

-- Desculpa a demora, Hyung. A fila tava enorme e olha que não é em hora do almoço ainda - disse entregando um sorvete pro maior - Olha, como você gosta de chocolate, eu peguei desse sabor pra você.

-- E o seu é do quê? - perguntou o mais velho, já lambendo o seu.

-- De uva - respondeu o outro, vendo como o Lee olhava seu sorvete com curiosidade - Quer provar? - recebeu um aceno positivo do outro, então pegou um pouco do seu com a colherzinha de plástico e direcionou pra boca do outro - Diz "Aahh" - viu o olhar estranho do maior e suspirou - Anda logo, seu chato - e Minho abriu a boca, provando do sorvete de uva de Jisung - Gostou?

-- Aham.

Eles dois terminaram os sorvetes e decidiram que iriam andar um pouco pelo bairro antes de voltar pro apartamento. Estavam andando calmamente de mãos dadas quando Jisung para do nada no meio da calçada.

-- O que foi? - pergunta o Lee, estranhando o comportamento do menor.

-- Não olha agora, mas eu acho que vi o Changbin e o Felix do outro lado da rua - sussurrou o Han.

-- Onde? - perguntou alto o mais velho, virando com tudo pra procurar pelo irmão e o namorado, mas foi puxado bruscamente pro lado oposto.

-- Eu falei pra não olhar - sussurrou bravo Jisung.

-- E por que você não quer que eles nos vejam? - sussurrou de volta Minho, mesmo que não soubesse o porquê.

-- Porque eu quero tirar uma foto deles sem que eles vejam - respondeu o mais novo, puxando seu celular do bolso - Agora fica assim e não se mexe - ele disse pro maior, fazendo com que ele ficasse com o corpo em sua frente, depois passou as duas mãos pelo pescoço do outro e puxou ele um pouco pra baixo, pra que conseguisse enxergar a tela do celular. Ele colocou o queixo apoiado no ombro do Lee e se preparou pra tirar a foto - Como eles conseguem ser tão fofos? - perguntou pra si mesmo, tirando umas duas fotos deles, ele só não esperava sentir as mãos de Minho abraçando sua cintura e o rosto dele encaixando em seu pescoço.

-- Me faço a mesma pergunta sobre você todos os dias - disse o mais velho, logo em seguida deixando um beijinho no pescoço do Han.

Jisung tinha dado curto, estava tão chocado que nem percebeu Changbin e Felix virando a esquina e saindo do campo de visão deles. Ele sentia o rosto vermelho e o coração acelerado, também sentia como se algo borbulhasse dentro dele. Bloqueou o celular e abraçou o mais velho, também virando pra deixar seu rosto no pescoço dele.

-- Know-Hyung, eu te-

O que quer que fosse o Jisung tivesse pra falar, foi cortado por uma buzina de um carro passando na rua atrás deles.

-- O quê? - perguntou Minho, soltando o mais novo pra olhar no rosto dele. Viu como ele estava vermelho e como os olhos dele pareciam assustados e sem rumo - Hannie, você tá bem?

-- T-Tô... - disse e soltou completamente o maior, depois segurou a mão dele - Vem, vamos continuar.

E eles foram, andaram mais algumas quadras, Jisung estranhamente quieto e Minho pensando no que ele iria falar naquela hora. Faltava apenas umas três quadras pra chegarem de novo no apartamento quando passaram em frente a um centro de adoção de animais, com uma vidraça enorme e alguns filhotes brincando em frente a ela.

-- Sunggie!! Gatos! - exclamou Minho de repente, já o outro se assustou porque estava no automático e nem percebia seu arredor.

-- Ah, sim. Nem lembrava desse centro de adoção aqui perto.

-- O que é adoção? - perguntou o Lee, abaixando pra poder olhar mais de perto os filhotes de gatinhos brincando.

-- Você pode adotar um desses gatos e não pagar por eles, só assina uns papéis e pronto, ele é seu - explicou o menor, vendo como o outro estava encantado com os bichinhos - Quer entrar e escolher um pra levarmos?

-- Eu posso???? - perguntou surpreso o maior, ficando de pé e olhando pro outro.

-- Eu disse que ia te dar outro depois do que aconteceu com a Dori, não disse? - perguntou retórico o mais novo - Vamos, vamos entrar pra você escolher um.

E eles entraram, Minho foi direto pra onde estavam os filhotes de gatos que ele viu pela vitrine, chegou lá e olhou pros mais de quinze filhotinhos brincando juntos. Riu ao ver dois deles embolados juntos brincando e quase morreu de fofura ao ver um outro bocejando.

-- Hannie! - chamou pelo outro, que estava um pouco pra trás no celular, respondendo Changbin, mas que logo veio até ele - Eu não sei qual escolher! Eles são todos fofos! - disse e fez uma cara de sofrimento que fez Jisung rir.

-- Com licença - chamou uma moça com um avental azul bebê com o nome do centro bordado num canto - Estão interessados em adotar um filhote?

-- Sim, mas não sabemos qual escolher - disse Jisung por Minho, que se entretia fazendo carinho num filhote que dormia encostado na divisória que os separava dos filhotes de cachorro.

-- Bom, isso depende de que tipo estão procurando. Por exemplo, aquele branco com manchinhas pretas adora brincar, aquele outro ali laranja é mais na dele, mas é carinhoso, já aquele preto no canto prefere ficar dormindo. Aí é a critério de vocês - disse ela, simpática.

-- E então, Hyung? - perguntou o Han, queria deixar a escolha nas mãos do maior.

-- Eu ainda não sei... - respondeu ele. Estava olhando pra todos os filhotes que ali haviam quando um filhotinho de pelagem rajada entre preto e marrom claro chegou perto de si, ficando em pé na divisória e miando pedindo atenção - Oi, pequeno... Ou melhor, pequena - disse o Lee, levando a mão pra fazer carinho na filhote de olhos verdes profundos. A gatinha deitou a cabeça em sua mão, ronronando com o carinho - Eu quero ela - disse olhando pro Han.

-- Essa então? - perguntou só pra confirmar o mais novo, que então se virou pra atendente - Vamos querer aquela ali, por favor.

-- Certo, parece que nosso trio vai se separar... - comentou ela, alheia ao que dizia.

-- Como assim? - perguntou Minho, olhando pra ela.

-- Ah, estão vendo aqueles dois filhotes brincando juntos? Um laranja e o outro malhado de laranja e branco? - perguntou ela, apontando pra dois filhotes que rolavam juntos no canto inferior do espaço - Eles são irmãos dessa que escolheram.

-- Então nós vamos separá-los? - perguntou Minho, franzindo as sobrancelhas e vendo a gatinha que brincava consigo dar meia volta e ir atrás dos irmãos.

Jisung notou como o maior estava se sentindo culpado, parecia até que ele sentia a dor dos gatos, como se fossem ele e Felix sendo separados à força.

-- Vamos levar os três - falou de repente, ganhando a atenção do maior, que olhava surpreso pra si.

-- Podemos?? - recebeu um aceno do mais novo - Tem certeza? Não quero te fazer gastar muito, Hannie.

-- Nah, tá tudo bem. Você gostou daquela e nós não queremos separar os irmãos, certo? - perguntou olhando pra atendente, que negou, sendo cúmplice dele - Pois então, vamos levar os três, por favor - Pediu pra moça, que pediu licença e foi buscar uma caixa de papelão com furos pra pôr os três gatinhos. 

Com os filhotes já dentro da caixa, os três se dirigiram até o balcão.

-- Certo, agora preciso de um documento de um de vocês, que assinem aqui - puxou uma ficha de uma gaveta - e que escolham os nomes.

Jisung pegou sua identidades e deu pra atendente, que cadastrou-o no sistema do centro, depois ele assinou na ficha e agora só faltavam os nomes.

-- E então? Já escolheu? - perguntou ele pra Minho, que segurava a caixa com os filhotes.

-- Só avisando vocês, a laranjinha é a mais velha, o do meio é o malhado de laranja e branco e a mais nova é a marrom com preto - disse a atendente - Inclusive vou escrever isso na carteirinha de vacinação deles, aqui tem as datas de nascimento, uma foto, as vacinas e logo terão os nomes.

-- Hmm... Então, a mais velha... - falou pra si mesmo Minho, olhando pra gatinha laranja - Seu nome vai ser Soonie! - disse feliz, acariciando a gata - Hannie, quer escolher o nome dele?

-- Ah, sei lá, não sou bom com essas coisas... - disse ele, coçando a nuca.

-- Vamos! Eles são seus também! - incentivou Minho. 

Jisung chegou mais perto da caixa e olhou pro gatinho, que brincava com a irmã mais nova.

-- Que tal... Doongie? Pra combinar com a irmã...

-- Então você vai ser o Doongie! - disse Minho, cutucando de leve a cabeça do gato, que miou para si.

-- E a mais nova? - perguntou a moça, que anotava os nomes nas carteirinhas.

-- Hmm... - Minho olhou bem pra gatinha, que mordia a orelha do irmão - Dori!

-- Mas a Dori não era laranja? - perguntou Jisung.

-- Era, mas ela tem cara de Dori! - respondeu convencido ele.

-- Então tá - disse Jisung, recordando do dia em que deu a gatinha de plástico pro maior.

-- Então, Soonie, Doongie e Dori? - perguntou retórica a atendente, anotando o último nome na carteirinha da mais nova - Prontinho, aqui estão - entregou as três carteirinhas pra Jisung - E aqui um folheto pra ajudá-los a aprender a como cuidar deles e o que precisam comprar.

-- Certo, muito obrigado! - disse Jisung pegando o folheto e saindo da loja com Minho - Certo, então vamos às compras!


Notas Finais


surto checkkkk

ai galera não dá com os minsung sinceramente

aprendam com o Lino galera não usem canudos de plástico salvem as tartarugas (e os outros animais marinhos)

eles tendo o momento soft deles me derrubou sério

changlix: a
Jisung: 📸📸📸

galera eu realmente não sei se os gatos do Minho são todos machos se são fêmeas se são não binários, eu sei lá, então aqui eu fiz meio q meio a meio k

espero q tenham gostado 🥺

até sábado (se eu estiver viva k 🙏🏻)


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