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História Deeper than the Ocean - Capítulo 32 - Origens, ajuda e outra fuga


Escrita por: shitty_stay

Notas do Autor


oi pessoas, tudo suave?
então, eu demorei um pouquinho hj tbm 😬
mas não foi de propósito tá? 👉🏻👈🏻
eu ando tendo dificuldades pra escrever, mas enfim, vamos ao cap de hj
boa leitura ❤

Capítulo 35 - Capítulo 32 - Origens, ajuda e outra fuga


Fanfic / Fanfiction Deeper than the Ocean - Capítulo 32 - Origens, ajuda e outra fuga


[Domingo, 11/08 de manhã]


Jae não aguentava mais ouvir aqueles velhos falando, sua cabeça parecia que ia explodir.


Ele estava na biblioteca, de novo. Nos últimos dias era praticamente só ali que ele ficava. Depois que foi declarado que o Rei Chan iria... Partir, digamos assim, os anciãos queriam prepará-lo pra assumir no lugar dele. Aparentemente, o que ele estava aprendendo ali, Minho tinha aprendido a vida inteira. Então imaginem só quanto tempo estão o mantendo ali.


Obviamente, ele não aprenderia tudo a tempo da coroação, então mesmo depois de ser o rei, ainda levaria tempo pra aprender tudo que deveria, durante esse tempo os anciãos tomariam conta do reino e digamos que Jae serviria apenas pra assinar no final da folha.


O que eles não sabiam e que partia o coração do Park em pedaços, era que não haveria um "depois". Assim que sua mãe tivesse o tridente em mãos, aquilo passaria de uma monarquia constitucional pra uma ditadura vitalícia com sua mãe no poder. Basta apenas ela recuperar os poderes com o tridente e pronto, será o fim da paz no Oceano. Tinha certeza que isso afetaria os humanos também, mas não tinha ciência dos planos de sua mãe, ela não confiava em si pra contá-los.


Pensava em Felix e Minho todos os segundos que podia, pensava na traição que estava cometendo aos seus primeiros amigos. Eles confiavam em si, achavam que tudo estava bem ali embaixo, mal sabiam que estavam a pouco de perder o pai.


Ficou sabendo que Hyunjin, um dos chefes da guarda e aparentemente amigo íntimo dos príncipes, tinha saído em sua busca pessoalmente. Mas sabia que a menos que ele tenha conseguido pernas e ido pro mundo humano, o que ele duvidava, seria impossível que ele achasse os irmãos Lee.


"Quem dera isso fosse possível..."


- Alteza? - chamou um dos anciãos, percebendo como o mais novo da sala parecia distraído e avoado - Vossa Alteza? - e ele ainda olhava pra janela sem dar sinal de que prestavam atenção - Príncipe Jaehyung!!


- Sim? - respondeu o ruivo, ficando envergonhado por ter sido pego no flagra divagando.


- Peço sua total atenção ao assunto, estamos falando dos tratados da realeza com cada espécie - disse o ancião que o chamava. Recebeu um aceno de cabeça do príncipe e pigarreou, continuando seu discurso.


Eles ficaram ali por umas seis horas seguidas, falando apenas de burocracia e mais burocracia. A única parte interessante pro mais novo foi quando chegaram ao tópico "magia".


- Como deve saber, magia não é pra qualquer um - outro ancião falava enquanto nadava de um lado para o outro no andar - Há milhões de anos atrás, quando o Oceano foi formado, tudo se resumia a caos e escuridão. As espécies viviam em guerra e a paz era apenas uma lenda. Porém - e fez uma pausa dramática, virando pro príncipe e se orgulhando de ter capturado a atenção do futuro rei - O deus dos mares, YongWang, vendo o sofrimento em que se encontrava seus súditos, decidiu que deveria eleger alguém, alguém especial e poderoso, um líder, corajoso, confiante e de pulso firme: alguém pra governar os sete mares.


Jaehyung estava encantado pela história, como tinha sido criado apenas pela mãe, que não o dava a atenção que deveria, sejamos sinceros, nunca tinha ouvido completamente as histórias de como seu mundo surgiu ou coisa do tipo. Ele se aproximou mais da mesa, ficando na beirada da cadeira em que estava sentado.


- Esse alguém foi o primeiro tritão criado, inclusive, o nome dos machos de nossa espécie é devido ao nome dele. Tritão, o primeiro Rei do Oceano, e Sereia foi o nome de sua esposa, criada algum tempo depois também por YongWang ao perceber a solidão de Tritão - voltou pra frente do ruivo e olhou bem pra ele - Ele foi o mais poderoso tritão já existente, ele botou em ordem todo o mar, baniu quem propagava a desordem, puniu quem desobedecia suas ordens para contribuir com o caos e governou com bondade e sabedoria seus súditos. Os tratados que você ouviu Jihoon falando sobre? - perguntou retoricamente apontando pra trás de si, aonde sentavam os outros anciãos - Foram os primeiros tratados já feitos, são originais, apenas algumas coisas foram mudadas, coisas adicionais que o tempo pediu.


Ele concluiu e voltou a andar com as mãos pra trás, olhou alguns livros rapidamente enquanto sentia os olhos do príncipe queimando em suas costas.


- Pare de drama, Siwoon, seu velho caduco - falou a única anciã, Yujin, revirando os olhos pro drama do velho amigo.


- E sabe como ele fez isso? - perguntou Siwoon virando-se repentinamente pro ruivo, que negou com a cabeça, os olhos atentos e a boca aberta  - Magia, pequeno Park. Magia! - ele usou as mãos pra fazer gestos e deixar tudo mais dramático - YongWang sabia que sem algum tipo de poder Tritão nunca conseguiria estabelecer a paz que ele queria pro nosso mundo. Então, presenteou-o com um instrumento que era embebido com uma minúscula parte de sua divindade, mas suficiente pra capacitar O Escolhido - Jae percebeu que por mais que burocracia o irritasse, descobrir como ela surgiu era interessante - E então, quando Tritão foi criado a partir da espuma do mar, junto a ele foi criado também o tridente! - ele disse com força na voz, assustando levemente o Park - Exatamente, jovemzinho, o mesmo tridente que está hoje nas mãos do nosso Rei Chan e que amanhã à noite será oficialmente seu - ele apontou pro mais novo, fazendo ele involuntariamente ir pra trás na cadeira - Entende a responsabilidade que estará em suas mãos, Park? Você será o responsável por governar bilhões de seres marinhos, por manter os tratados em vigor e tirar de seu caminho qualquer um que possa desestabilizar a ordem - ele disse, sério, olhando diretamente nos olhos do ruivo, que engoliu em seco - Haverão outras responsabilidades, mas essas são as mais impactantes - completou e voltou a nadar pela área - Bom, dito isso, creio que você tenha consciência de que além do Rei, apenas poucos seres tem a capacidade de manipular magia, certo? - ele virou pro príncipe pra ver ele concordando com a cabeça - Bom, sobre esses seres, deixarei nas mãos de meu amigo Yejun contar a você - concluiu e finalmente foi pro seu lugar sentar ao lado de Yujin, que deu um tapa em seu braço.


O tritão citado se levantou e, diferentemente do amigo, sentou na cadeira que havia de frente pro príncipe. Ele tinha uma expressão séria, dura e rígida, parecia o tipo de pessoa que o repreenderia por respirar alto demais. Ele cruzou as duas mãos em cima da mesa e inclinou-se levemente pra frente, nunca desviando o olhar do que estava a sua frente.


Coitado do Minho criança que teve que lidar com esses velhos.


- Bom, Alteza, os únicos capazes de manipular a magia são, por ordem de idade: Sanghun, também conhecido como Fred, a tartaruga marinha mais velha de todos os tempos - o queixo de Jae foi ao chão, seria possível que fosse o mesmo Fred que conhecia? Não... Devia ser coincidência - Ele tem a hidrocinese a seu favor, assim como a geocinese e até a aerocinese, mas apenas em áreas com grandes quantidades de ar, tudo isso devido ao poder da Concha de Habaek; depois temos SeongSu, o narval nômade, ele viaja pelos sete mares em busca de conhecimento e paz interior, sua última aparição foi no Oceano Antártico, seus poderes são: manipulação corporal, regeneração celular instantânea e fisiologia incorpórea - concluiu ele, respirando fundo levemente.


- Uma pergunta: o tridente também permite a regeneração instantânea pro rei? - perguntou Jae, realmente preocupado que sua mãe tivesse essa informação.


- Sim, porém, todo rei faz um juramento em sua coroação prometendo seguir o curso natural da vida e dar hereditariedade ao trono, assim como Tritão fez - respondeu ele - Continuando, SeongSu tem seus poderes devido ao amuleto do deus Hwanin; depois temos o tritão SeongJin, um dos mais velhos existentes, ele tem o poder da invisibilidade e do amorfismo, por isso raramente é visto, sua fonte de magia é a espada de YonDung Halmoni; em seguida temos a única mulher da lista...


Jaehyung sabia quem viria ali, infelizmente sabia.


- JinJoo, metade humana, metade polvo, uma das únicas de sua espécie, também conhecida como Nayra. Curiosamente o nome de sua mãe também...


- Minha avó gostava de magia - Jae disse rápido e sorriu amarelo pro outro.


- Enfim, seus poderes se resumiam a manipulação da matéria e da genética através de poções, principalmente. Sua fonte? Ninguém sabe, afinal sua devoção foi sempre à magia negra, provavelmente tem a ver com o deus Kud. Agora, deve estar se perguntando o porquê do "resumiam", creio eu. Bom, quando o rei Chan tinha cinco anos, nosso antigo rei, seu pai, da geração Wang, enfrentou-a e tirou temporariamente sua magia, tentando ensiná-la uma lição, mas isso não foi o suficiente. Quinze anos depois, quando Chan já tinha assumido o trono, Nayra voltou e causou um caos em Delphium, infelizmente muitas vidas foram perdidas nesse dia. Entrentanto, quando facilmente nosso Rei a derrotou, ele tirou permanentemente 75% da magia dela. Os outros 25% eram desconhecidos, afinal nunca descobrimos a fonte dela - disse avoado, mas voltando logo em seguida - Enfim, ele a exilou na parte mais escura e funda dos Sete mares. Boatos dizem que ela conseguiu sair e se esconde em algum lugar, apenas esperando sua chance de vingança...


A biblioteca entrou em um silêncio mortal, todos estavam sérios e de cara fechada.


- E então, desde seu nascimento e ascensão como usuária de magia, após ela vem o atual Rei. No caso, o Rei Christopher e a partir de amanhã, você - ele assistiu o ruivo entrar em profundo estado de reflexão.


- Hora do almoço - disse Yujin, levantando e acordando todos de seus transes.


[Domingo, 11/08 à tarde]


Jae já tinha almoçado, sozinho como havia sido nas outras refeições depois que o Rei Chan foi acamado. Sua mãe? Fazia de tudo pra não comer junto com ela, dava desculpas de aulas e afins, não queria ficar sozinho com ela, não mais.


Andava pelos corredores com a intenção de esfriar a cabeça antes da próxima aula, que começava dali uns quarenta minutos. Enquanto andava sem rumo acabou parando perto da cozinha e viu uma lula saindo de lá com uma bandeja na mão. Ali haviam dois pratos, bem completos inclusive, e ele deduziu serem pros dois reis, afinal Seungmin mal saía do quarto depois que Chan adoeceu.


- Com licença? - ganhou a atenção da lula, que imediatamente se curvou - Não, não precisa de disso. Não sou o rei ainda - e sorriu gentil pra ela - Essas são as refeições dos Reis? - ela concordou - Será que eu poderia levá-las, por favor? - A lula não via problema em deixar o príncipe levar se quisesse, além de que tinha muito o que fazer na cozinha, então só entregou a bandeja pro tritão e se retirou.


O Park foi nadando calmo até o quarto dos Reis, pensando em que desculpa daria pra estar indo ao quarto dos dois. Mal conseguiu pensar em um motivo quando chegou na frente das portas do quarto. Apenas respirou fundo e bateu levemente, indo um pouco pra trás e esperou. Segundos depois o rei mais novo abriu uma das portas, dando de cara com o ruivo em sua frente, sorrindo nervoso pra si.


- Jae! - exclamou ele - Que surpresa agradável! Venha, entre, querido - disse ele, puxando o mais novo pelo braço pra entrar - Vejo que trouxe nosso almoço, hm? Algum motivo especial pra isso?


- Acho que... Só queria ver vocês... - respondeu confuso, afinal nem ele sabia. O Kim sorriu gentil pra ele e o abraçou de lado.


- Já almoçou? - perguntou ele.


- Já, vim apenas trazer os seus almoços - disse ele, indo mais adentro do quarto e finalmente notando o rei mais velho sentado na cama. Ele continuava no mesmo estado deplorável de antes, pálido, fraco, respirando com dificuldade e com os olhos levemente fechados - Vossa Alteza - se curvou pra ele, com o respeito que verdadeiramente tinha por ele.


- Jae... - falou o Bang, sorrindo o máximo que conseguia naquele estado.


- Ele trouxe nosso almoço, querido - disse o Kim, sentando na beirada da cama e passando a mão nos fios ruivos desbotados do marido.

- Que... Gentileza... A sua... - disse pausadamente o ruivo mais velho, recebendo um sorriso do mais novo.

- Pode colocar em cima da cômoda aqui, Jae, por favor - pediu o moreno. E assim o mais novo fez, colocou a bandeja na cômoda ao lado da cama enorme dos Reis - Sente-se, vamos, conte-nos como andam suas aulas - falou Seungmin enquanto pegava um dos pratos.


Jae sentou na poltrona que tinha visto o rei mais novo usar no dia em que o Bang tinha desmaiado de exaustão.


- São... Interessantes - disse ele, não querendo ofender os Reis ao dizer o que realmente achava das aulas.


- Aqueles velhos caducos estão te enlouquecendo não estão? - perguntou risonho o moreno, pegando uma garfada de comida e levando pra perto da boca do marido - Abra a boca, meu amor - E o Bang abriu, devagar, mas abriu. Ele parecia ter dificuldade pra mastigar, então o marido o dava quantidades pequenas a cada vez. Eles revezavam, uma garfada pra Chan e a outra pra Seungmin, e assim os dois comiam os dois pratos.


- Alguns deles até que são legais às vezes... - comentou triste ao ver a cena que se desenrolava em sua frente.


O amor deles era tão puro e tão forte que chegava a deixar o peito do Park doendo. Seungmin realmente cumpria o "Na saúde e na doença", cuidava do Bang como se ele fosse uma criança, dando comida na boca e limpando o que escorria e o ruivo não conseguia pegar. Já Chan nunca soltava o mais novo, sua mão no momento estava na cauda do marido, já que ele usava as duas mãos pra alimentá-los.


- E... Vocês, como estão? - perguntou o Park.


- Eu estou muito bem, obrigado por perguntar, querido - respondeu o Kim, limpando a boca do marido - Já o Channie... - ele parou levemente com o garfo ainda no ar, mas logo saiu de seu transe - Bom, ele está melhor, não é, querido? - e o ruivo mais velho balançou levemente a cabeça em concordância.


- Fico feliz... - sorriu fraco Jae, apertando levemente as mãos umas nas outras - Alguma notícia de Hyunjin?


Seungmin de novo parou levemente antes de continuar a levar o garfo pra sua boca, mas assim que levou, rapidamente mastigou e pôde responder o mais novo.


- Não, infelizmente não... - respondeu, terminando o primeiro prato e pegando o segundo - Bom, falando nisso, Jiwoon é tão entediante ensinando como Minho costumava falar? - perguntou, tentando se distrair.


- Ele... É meio lento, mas acho que é o jeitinho dele - comentou simples, ouvindo a leve risada do moreno.


- Você é muito gentil, Jae - comentou rápido.


Eles conversaram um pouco, até os Reis terminarem seus pratos. Porém, quando Jae estava pra levantar e dizer que tinha que ir, Chan começou a tossir e apertar o peito.


- Channie? - chamou o Kim, levando as mãos até o marido, mas não realmente sabendo o que fazer - Channie? Está tudo bem? - Jaehyung levantou e foi até a cama.


- Seungmin, deite ele, por favor - pediu e o Rei mais novo só olhou pra si, mas não tinha muitas opções, seu marido estava sentindo dor e não sabia como ajudar, então deitou o Bang - Agora afaste-se, por favor - o Kim levantou da cama, mas ficou perto pra ver o que o Park faria. E o que ele fez foi uma massagem no peito do ruivo mais velho, bem onde se encontrava seu coração. O por quê? Bom, o veneno atacava principalmente o coração, então a massagem que fazia ajudava a dissipar um pouco a concentração dele no órgão, aliviando um pouco a dor. Aprendeu isso nos livros de sua mãe quando os lia escondido. Vendo que o Bang tinha parado de tossir, afastou-se dele, deixando com que o Kim voltasse a sentar na cama e chegasse o marido - Toda vez que ele sentir dor no peito, faça essa massagem bem em cima do coração dele, vai aliviar a dor.


- Obrigado... Mas como sabia disso? - perguntou Seungmin, segurando a mão do marido, que jazia fraco na cama.


- Eu... Li alguns livros de cura lá onde eu morava... - respondeu simples, olhando pra baixo - Bom, se me derem licença, está quase na hora da minha aula - ele foi até a cômoda pegar a bandeja - Até mais - e saiu do quarto, não ouvindo a resposta do Kim.


Jae foi até a cozinha levar a bandeja e depois, quando percebeu que ainda faltavam dez minutos pra sua aula, sentou na enorme janela ao lado da biblioteca, que dava pro jardim. Ele pensava em toda a situação, em Felix e Minho na superfície, em como Seungmin era bom consigo, em Chan morrendo naquela cama, no plano de sua mãe... Tudo vinha como um turbilhão em sua mente confusa. Queria contar sobre os planos dela, assim salvaria não só o Bang, mas também o Oceano inteiro, mas o medo que tinha de sua mãe era aterrador. Tremia só de imaginar o que ela faria com ele se estragasse a vingança tão esperada dela.


Estava com a mão na cabeça, fazendo uma leve massagem, quando duas mãos vindas de trás de si passaram suavemente por seus ombros. Ele levou um susto e virou pra trás rápido, dando de cara com Wonpil e seu sorriso arrebatador.


- Wonpil! Quase me mata de susto!


- Desculpa - disse rindo do susto do maior - Mas te matar nunca me passou pela cabeça - sorriu de novo e sentiu o peito acelerar com as bochechas vermelhas do Park - Enfim, vim aqui te convidar pra ir de novo ver as conchas - o Park estava pra abrir a boca quando ele continuou - Eu sei que você tem aula com os anciãos, mas eu preciso te contar uma coisa muito importante e depois que você for coroado isso vai ser impossível de acontecer de novo e você sabe - soltou tudo rápido, querendo convencer de todas as formas o ruivo. Aquela era sua última chance - Por favor?


- Eu... - Jae não sabia o que fazer, queria ir, mas ao mesmo tempo sabia que não devia.


Ao fundo, ouviram as vozes dos anciãos vindo em direção à biblioteca, e nessa hora o Kim olhou bem fundo nos olhos do Park. Já este, olhou de volta pros olhos do Kim, depois pro corredor de onde vinham os anciãos, mordeu o lábio inferior e por fim concordou com o mais novo. Wonpil só faltava pular de felicidade, ele agarrou a mão do ruivo e empurrou ele pela janela, bem a tempo de fugirem dos anciãos.


- Você viu aquilo? - perguntou Siwoon, apontando pra janela que tinha visto um vulto.


- Viu o quê? - perguntou Yejun, olhando pra onde o outro apontava, mas não vendo nada.


- Aquele vulto na janela!! - explicou Siwoon.


- Você tá tão caduco que me assusta - comentou Yujin, empurrando a porta da biblioteca e entrando - Ué, cadê o príncipe?


- Deve ter se atrasado - comentou Jihoon - Coisa de jovem.


Bom, já o jovem mencionado nadava com toda a sua força de mãos dadas com o causador de sua fuga. Eles riam e desviavam dos transeuntes da cidade, deixaram o Reino e logo já estavam na formação de corais tão amada pelos dois. Cumprimentaram Fred, que até se assustou com o vulto colorido e o turbilhão de bolhas que veio em direção a seu rosto, nem teve tempo de responder, e subiram direto pra  beirada da formação. E então, como da primeira vez, desceram rápido pela parede, sendo premiados com a visão dos corais e das milhares de conchas que ali haviam.


Foi tão mágico como da primeira vez, mas dessa vez o Park moveu a mão pra poder passá-la nos corais e sentir suas texturas enquanto desciam. Quando finalmente chegaram ao final, Wonpil continuou a puxar o Park pro centro da formação arredondada. Assim que estavam no meio, o Kim rapidamente fez os dois ficarem em pé e abraçou o ruivo, girando-os, se embebedando nas risadas fofas dele.


Eles giraram abraçados por alguns segundos até pararem, por mais que o Kim fosse menor, ele deu um jeito de deixar o ruivo menor que si naquela situação. Quando eles pararam de rodar, as risadas foram se acalmando até só restarem os sons do mar, até mesmo os seres que ali viviam estavam em silêncio pra que a cena se desenrolasse de forma perfeita.


Jae percebeu como estavam, mas não quis se importar com aquilo no momento, então só levantou a cabeça e olhou pro mais novo, sentindo o coração quentinho com o sorriso dele.


Wonpil, de repente, desmanchou o sorriso e tirou sua mão direita da cintura do ruivo, levando-a até o rosto dele.


- Wonpil? - chamou confuso o maior, mas aceitou o carinho que ele fazia em sua bochecha.


O Kim não perdeu mais tempo, ao ver aquele rosto que tanto o atraía, os olhos que tanto o encantavam, os lábios que tanto o chamavam, abaixou-se e beijou o ruivo. Já esse, bom, ele se assustou, mas aquilo era estranhamente bom, então só deixou acontecer. Subiu suas mãos pro pescoço do moreno e enroscou-as ali.


Wonpil, com a permissão que recebeu, decidiu mover os lábios, aprofundando um pouco o contato. Conseguia sentir o gosto daqueles lábios cheinhos e isso o entorpecia. Jae não sabia o que fazer, então foi na onda do outro, moveu seus lábios como ele fazia.


Timidamente o mais novo pediu passagem com a língua, o outro não compreendendo, apenas abriu a boca e se surpreendeu com a língua do outro encostando na sua. Era uma sensação diferente, explosiva, mas muito boa. Com o tempo aprendeu a enrolar sua língua na do outro e essa foi uma das melhores coisas que já fez. Porém, infelizmente tiveram que se separar, ainda precisavam do nariz e das bocas pra respirarem.


Afastaram-se devagar, processando o que tinha acontecido, Jae sorriu tímido e abaixou a cabeça, mas Wonpil a levantou de novo pelo queixo e o fez olhar em seus olhos.


- Park Jaehyung, eu te amo.


O tempo de Jae parou, seus olhos arregalaram e seu coração parecia ter pulado uma batida. Sentiu sua respiração acelerar e olhou pro menor por alguns segundos, esperando pra ver se ele diria que era uma brincadeira, mas ele não disse.


O ruivo não sabia como reagir, nunca esperou ouvir aquelas palavras de alguém, afinal, era a primeira vez que as ouvia. Pensava que o moreno não diria essas coisas se soubesse quem ele realmente era e o que estava fazendo. Não teria a capacidade de poder dizer aquelas palavras de volta pro outro com a mentira entalada em sua garganta.


Devagar foi afastando-se do de cauda prata até se ver livre dos braços dele. Já o Kim, bom, ele só esperava, e aquela reação não era um bom presságio.


- Wonpil, eu... - ele levou as mãos pra abraçarem a si próprio, afastando-se cada vez mais - Eu não posso, eu sou...


- Eu sei que você é o futuro rei, mas isso não nos impede, certo? - tentou argumentar o Kim.


- Não, não é isso. Eu só... Não posso, desculpe, Wonpil, mas não posso... - ele disse, estando quase na beira da parede - Não é você, realmente e com toda a certeza, não é você, sou eu. Me desculpe... - e virou-se, subindo a parede enorme cheia de corais e sumindo da visão do Kim, este ficando pra trás com apenas decepção, arrependimentos e uma coração quebrado.


Notas Finais


pela madrugada a bad bateu forte aqui minha nossa

pois então, finalmente vocês sabem mais sobre a magia de dtto o sobre a história da nayra, achei q era necessário comentar k

velhos caducos porém eu adoro eles

ver o seung dando comida na boca do chan me deixou devastada tô jogada no chão aqui

jae tadinho não sabe oq fazer pq a jabucréia assustou ele por 22 anos inteirinhos

como eu imagino a formação de corais da história tá lá na imagem do cap, pelo menos uma parte da parede né. bom, ela é em forma de tigela, por fora é só pedra e por dentro, nas paredes que tem os corais, já no fundo são as conchas

wonpil meu amor calma tudo vai se resolver :(

até semana q vem meus amores 💕💕


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