1. Spirit Fanfics >
  2. Deixe-me sozinho! >
  3. Capítulo Único.

História Deixe-me sozinho! - Capítulo Único.


Escrita por: ForsakenBoy

Notas do Autor


Olá, ser humano! Aqui quem vos fala é a pessoa que escreve.
Baseei, livremente, este Oneshot numa música (como de praxe) chamada "Leave Me Alone" da banda "FIDLAR".
Como de costume, recomendo que ouça a música antes ou até enquanto lê.
Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único.


Há milhas e milhas longe de casa.

Haha... Foda-se!

Suor, eletricidade, embriaguez e loucura.

Eram dezenas... Centenas de pessoas na mesma porra de lugar. Todas juntas curtindo um som dos bons.
 

- PUTA QUE PARIU! – Eu grito no meio da galera.

Por mais alto que eu tenha gritado ninguém ali me ouvia. A música que saía das gigantescas caixas de som nos ensurdecia, nos possuía.

Sinto um toque leve nas minhas costas nuas. Já havia perdido minha camisa há muito tempo, talvez no começo daquilo tudo.

Me viro e vejo quem me tocara: Uma garota.

Ela sorri.

Eu a beijo.

Simples assim.

Começamos a dançar juntos. Dançávamos como se tivéssemos ensaiado aquilo há meses, mas era claro que não passava da merda de uns passos aleatórios.

A garota me carrega pra um canto vazio da festa, era escuro e bem atrás da porta de saída. A música não tinha diminuído nem um pouco ali.

A beijo outra vez, agora com mais vontade, mais tesão.
As mãos dela descem até os meus quadris e desabotoam a minha calça.
Sinto a boca quente e úmida dela.

Sorrio e encaro ela nos olhos.

Êxtase.

Se eu não tivesse me controlado com certeza teria rasgado a porra da camiseta dela.

Preliminares pra quê?

Exalávamos energia cinética com cada movimento dos nossos corpos.
Eu não conseguia ouvir os gemidos dela, mas, claro, ela estava gemendo feito louca.

Agarro os cabelos dela e a empurro bruscamente para a parede.
Orgasmos.

- Acorda cara. – Uma voz conhecida me chamava. – Você tá uma merda. Espero que não esteja todo cagado.

Solto uma risada.

- Vai te foder. – Digo.

Eu estava dormindo dentro da cabine do DJ. A festa já tinha acabado, o lugar estava vazio.

- Onde tá a sua camisa? – Carlos me pergunta.

- Foda-se a minha camisa. – Digo. – Devo ter perdido no início da festa. Cacete, eu preciso muito mijar.

- Vamô embora. – Ele diz. – Tô te caçando faz tempo. Como é que você conseguiu dormir bem aqui?

- Não faço ideia. – Respondo. – Caralho, que frio da porra.

- É. – Carlos diz. – Vamô logo embora. Não sei se eu tô bêbado ou tô de ressaca, não dormi ainda.

Falando em ressaca, puta que me pariu, eu tava com uma dor de cabeça das grandes.

- Beleza, eu mijo lá fora. – Digo.

Saímos e caminhamos até o estacionamento vazio.

- Cê tá ligado que teu chefe vai ficar puto contigo. – Carlos diz.

- Por quê? – Pergunto.

- Tá atrasado. – Ele diz.

- Quanto tempo atrasado?

- Umas três horas.

- Ah. Legal.

Mijo num poste de luz e entro na Kombi.

- Dirige rápido, eu tenho que aparecer no trabalho. – Digo.

- Não vai passar em casa primeiro? – Carlos pergunta.

- Não caralho, se eu fosse passar em casa eu tinha falado. – Respondo.

Carlos pisa no acelerador. A Kombi é velha pra caralho, mas corria bem.

- Cara, cadê aquela minha camisa do Pink Floyd? – Pergunto fuçando nas coisas dentro da Kombi.

- Puta merda, faz quase um mês que cê largou ela aqui. – Carlos diz.

- E daí? – Pergunto.

- Ela tá suja velho. Você tinha vomitado nela lembra?

- Foda-se. – Digo.

Acho a camisa.  Cheiro. Estava cheirando a vômito e suor.

- Vai assim mesmo. – Digo rindo.

- Você tá todo fodido. – Carlos diz rindo.

- Sei bem. – Digo vestindo a camisa.

Carlos para a Kombi na frente da pequena vendinha e me deixa lá.

- Te vejo hoje à noite. – Ele diz.

- Já é. – Digo.

Entro na venda.

O Sr. Andrade estava no balcão.

- Você sabe que horas são, Leonardo? – Ele diz me encarando.

Olho para todos os lados da loja.

- Sinceramente não. – Respondo.

Sr. Andrade suspira.

Velho muquirana e careta.

Ele vem em minha direção. Logo vejo uma careta.

- Que cheiro é esse? – Sr. Andrade pergunta.

- Acho que é vômito. – Digo. – Mas relaxa, é vômito de um mês atrás. – Respondo.

- Vai pra casa. – Ele diz. – Tira folga hoje.

- Já é. – Digo. – Meu skate ainda tá aqui?

- Na dispensa... – Ele diz voltando ao balcão.

Busco meu skate e saio da venda.

Começo a remar de volta pra casa.

A parte mais legal do caminho era a ladeira que eu descia pra chegar em casa. Eu podia sentir o vento jogando todo meu cabelo pra trás.

Entro em casa. Meu pai está na sala, jogado na sala.

- Fala ai saco de banha. – Digo passando pra cozinha.

- Você tá fedendo. – Ele diz.

- Eu sei. Mas tô fedendo menos que você, coroa. – Digo pegando uma cerveja na geladeira.

- Você não tinha que estar no trabalho? – Ele pergunta.

- Fui liberado . – Respondo.

- Liberado ou despedido? – Meu pai pergunta.

- Se eu tivesse sido despedido eu estaria fazendo uma festa em comemoração a isso, coroa. – Respondo e entro no meu quarto.

Fecho a porta. Jogo meu skate num canto e me jogo na cama. Tiro toda a minha roupa e jogo num canto.

Dou um gole na cerveja. Ligo o rádio e coloco um CD do Blink-186.

- Cacete! – Digo depois de conferir minha gaveta de roupas. Abro a porta do quarto.

- Coroa, cê pegou o meu maço? – Pergunto.

- Peguei. O meu tinha acabado. – Meu pai responde.

- Caralho! Já falei pra não mexer nas minhas coisas. – Digo.

- Você precisa limpar esse quarto, tá fedendo pra caralho. – Ele diz.

- Tá melhor que o seu, que cheira à porra. – Grito.

Tranco a porta novamente.

Me jogo na cama.

Viro a cerveja. Minha cabeça doía pra cacete.

- Ah, que merda...

Suspiro.

Vou pro banheiro e tomo um banho, só pra ver se a dor de cabeça passava.

Volto pro quarto e visto uma roupa aleatória. Pego meu skate e vazo.

- Tá indo onde? – Meu pai pergunta quando já estou na porta.

Me viro e mostro meus dedos do meio.

- Se você pegar cigarro meu outra vez, juro que vou jogar fora o seu acervo de pornô. – Digo.

Saio de casa, ponho o skate no chão e saio remando.

Fones nos ouvidos, porque porra, Blink não pode parar de tocar.

Faço um ollie, só por diversão.

Chego na pista de skate rapidão.

- Porra! Que é que cê tá fazendo aqui vacilão? – Carlos pergunta ao me ver.

- Vim pra andar na prancha, né caralho. – Digo cumprimentando ele, como se não tivéssemos nos visto há alguns minutos atrás.

Me sento na beira da pista, ao lado de Carlos.

- Me arranja um careta. – Digo.

- Onde tá o teu maço? – Ele pergunta.

- O velhote pegou outra vez. – Respondo.

Carlos ri.

- Teu pai é tão inútil quanto você. – Ele diz.

- Cê acha que eu não sei. – Digo rindo.

Acendo o cigarro.

- Aí, hoje a noite eu não vou pra festa que te disse. Tenho que terminar um trabalho da faculdade. – Carlos diz.

- Porra, vai arregar? – Pergunto.

- Foi mal cara, fica pra próxima. – Ele diz.

- E como eu vou chegar naquela porra? É longe pra caralho. – Digo.

- Não vai, simples assim. – Carlos diz.

- Ah é, vai nessa. – Digo.

Pego a minha prancha e começo a mandar algumas manobras simples, só pra aquecer.

Fui tentar mandar um double kickflip, mas a porra do skate virou uma vez só.

- Ih, já esqueceu como se faz mané? – Carlos diz rindo.

Mando meu dedo do meio pra ele.

Tento outra vez, e aí sim consigo mandar a manobra.

Algumas garotas passam pela pista, nos encarando.

Uma delas me dá um tchau, mas eu ignoro.

Laura era a garota. Uma careta que era a fim de mim há muito tempo.

Depois de um tempo na pista eu decido passar no bar, comprar um cigarro fiado e ir pra casa.

Eu curto ficar sozinho no meu quarto. Ficar só de boa, sem nada nem ninguém pra ficar dando da minha bunda. Era só eu e eu.
De fato eu era o cara mais de boa que eu conhecia; Sem frescura, sem limite.

Acendo um bagulho só pra relaxar.

Posso ser o cara mais de boa que eu conheço, mas claro que eu tenho meus problemas: Eu tava apaixonado.

Apaixonado pelo skateboarding caralho!

Perto das sete eu saio de casa, aproveito que o coroa tinha se trancado no quarto dele pra bater punheta.

Caminho até o local que eu costumo me encontrar com o Carlos. Eu sabia que ele não viria, mas era o hábito.

Suspiro e começo a caminhar.

Ouço um sino. Olho pra trás.

- Oi Leo. – A garota diz.

- Fala ai careta. – Digo.

- Tudo bem contigo? – Ela pergunta.

- Na paz. – Respondo. – E contigo?

Ela sorri.

- Tá tudo bem. – A garota diz. – Tá indo praquela festa?

- Ih, olha lá. Cê sabe da festa? – Pergunto.

- Sei sim, eu também to indo. – Ela diz.

Seguro uma risada.

- Fazer o que lá? – Pergunto. – Não sei se você sabe, mas é barulhento demais pra fazer o dever de casa por lá.

A garota ri.

- Não, eu tô indo pra festa mesmo. – Ela diz. – Você vai a pé?

- É, o filho da puta do Carlos não vai. – Respondo.

- Quer carona? – Ela pergunta.

Olho ao redor.

- De quem? – Pergunto.

- Minha. – Ela diz. – Sobe ai na bike.

Solto uma risada.

- Nah, valeu careta. Vou andando mesmo. – Digo e começo a caminhar.

Ela desce da bicicleta e caminha ao meu lado.

- Então vou junto, pelo menos assim você não fica entediado.  – Ela diz.

Fico quieto.

- Então, você sempre vai pras festas né? – Ela diz.

- Pois é. – Digo.

- Você gosta mesmo dessas festas? – Ela pergunta.

- Pra caralho. – Respondo.

- Por quê?

- Porque sim, caralho. – Digo. – É bom pra porra a vibe dessas festas.

A garota ri.

- Poxa Leo, você é engraçado mesmo. – Ela diz. – E o que você faz além de ir pra festas?

- Ando de skate. – Respondo.

- Ah, sei. – Ela diz.

Se sabe então não pergunta, cacete.

- Vem cá, cê não tem umas amiguinhas pra visitar não? Sei lá, fazer guerra de travesseiros com elas, falar sobre o garoto afeminado que vocês estão apaixonadas. Essas coisas de mulher. – Digo.

Ela ri.

- As minhas amigas ficaram em casa, não quiseram vir comigo. – A garota diz.

- Ah é? – Pergunto. – Mas que foda-se.

Silêncio.

Caminhamos até a festa, em silêncio. A careta não saiu do meu lado por um minuto sequer.

Estávamos há três quadras de distância, mas eu já conseguia ouvir uma música bem baixinha.

- Nossa... Dá pra ouvir daqui. – A garota diz.

- Já é. – Digo.

- Será que isso não incomoda os vizinhos? – Ela pergunta.

- Eles que se fodam. – Digo.

Chegamos até a festa.

- Onde será que eu posso deixar a minha bike? – Ela pergunta.

- Sei lá, se vira careta. – Digo.

- Tá, acho que vou prender ela ali. Já venho. – Ela diz.

Entro na festa.

Já estava uma bagunça considerável, mas ainda não era o tanto que eu queria.

Pego uma cerveja e viro, só pra começar.

Um copo de Vodka. Um copo de aguardente. Danço um pouco com a galera. Pego duas gatas que estavam dando bola pra mim.

Outro copo de Vodka.

Saio um pouco pra fumar um careta, só que acabo dando de frente com a careta, outra vez.

- Nossa, te achei. – Ela diz.

- Vem cá, como é o seu nome mesmo? – Pergunto.

- Laura. – A garota diz sorrindo.

- Então Laura... – Digo e acendo o cigarro. – Cê não tem mais o que fazer não?

Ela me encara e inclina a cabeça um pouco pro lado.

Suspiro, dou um trago no cigarro.

- Quer um trago? – Digo oferecendo o cigarro pra ela.

Seguro uma risada. A garota se desespera um pouco.

- Ah, eu entendo se você não quiser. Sei que você é careta e...

- Um trago! – Ela me interrompe.

Sorrio. Entrego o cigarro.

Ela puxa a fumaça e assopra. Não tragou.

- Opa. Você disse um trago. E isso não foi um trago. – Digo.

Ela me encara um pouco receosa e puxa novamente.

- Isso. Agora respira. – Digo.

Ela traga e começa a tossir.

- Muito bom. – Digo rindo.

Pego o cigarro de volta.

- Então... – Ela diz. – Você gosta de que tipo de música?

- O que tiver eu ouço. – Digo e trago o cigarro.

A garota começa a falar sem parar. Algo sobre o cigarro ter não sei quantas mil substâncias tóxicas, e o meu pensamento naquele momento era “mas que foda-se”.

Uma gata sai de dentro da festa e tenta acender o cigarro dela, mas sem sucesso.

- Dá licença careta. – Digo para Laura.

Caminho até a moça.

- Fogo? – Pergunto estendendo o isqueiro.

Ela pega e acende.

- Valeu. – A moça diz.

Aparentava ter uns 27 anos. Gosto assim. Sempre preferi as mais velhas.

- Ai, posso te fazer uma pergunta? – Digo.

- Hm? – Ela pergunta.

- Cê consegue ver aquele treco ali, no 10º andar daquele prédio? – Pergunto.

A garota encara o prédio para qual eu estava apontando. Sorrio. Caiu na armadilha.

Roubo um beijo.

Ela ri.

- Tá, se você queria me beijar era só ter pedido. – Ela diz.

- Opa, então me dá um beijo? – Pergunto.

Nos beijamos outra vez.

- Ei, para de fazer isso com a minha bike! – Ouço a careta gritar braba.

Continuamos a nos beijar. Aperto a bunda dela. E que bunda.

- Se você não parar de fazer isso eu vou ter que tomar medidas extremas! – Ouço a careta gritar.

Paro de beijar a gostosa e suspiro.

- Foi mal. – Digo. – Valeu pelo beijo.

Caminho para longe.

- Aliás: Você tem uma bunda boa do caralho! – Grito para ela.

Vou até onde a careta estava. Uns caras estavam pichando a bike dela.

- Ah, oi Leo. – Ela diz. – Já falo com você, eu só tenho que impedir esses babacas de detonarem a minha bike.

Suspiro. Caminho até os caras. Eles estavam na vibe deles, bem bêbados. Eu acho que tá tudo bem você ficar na sua vibe, desde que você não foda a vibe dos outros.

- Aí seus manés. Já chega. – Digo.

Os caras me encaram. Um deles vem até mim e me encara.

- Ai cabeludinho de merda, vaza. – Ele diz.

- Cê tá detonando a bike da careta, cara. – Digo. – Para ai, numa boa.

O cara cospe no meu tênis.

- Nossa como você é mal. – Digo rindo. – Pena que eu sou mais, seu filho da puta!

Viro um soco bem no maxilar do cuzão, que cai no chão feito merda.

Os outros dois que estavam com sprays laranja nas mãos me encaram.

O filho da puta que cuspiu no meu sapato tinha desmaiado. Eu nocauteei ele.

- Na boa: Dá pra parar de foder com a bike da careta, porra?! – Grito pra eles.

Os dois soltam os sprays e correm pra dentro da festa.

Suspiro.

Laura vem até mim.

- Obrigada. – Ela diz.

- Chillax. – Digo. – Aí, quer tomar uma breja comigo?

Ela acena positivamente.

Entramos na festa. Pela primeira vez nesses meus anos de vida, eu não estava fodendo alguma garota ou dando um cheiro; Eu estava simplesmente conversando com alguém.

- Mentira que você nunca se apaixonou! – Laura diz.

- Ah... Pois é. – Digo.

Talvez eu devesse mesmo me apaixonar, mas é que isso parece ser tão entediante.

- É claro que eu vi que você não sabia fumar! – Digo rindo.

- Poxa, então por que você me fez fumar? – Laura pergunta.

- Porque era engraçado, foi mal. – Digo.

- Relaxa... Ou como você diz: Chillax. – Ela diz rindo.

O tempo vai passando. Olho ao redor. Todos na festa estavam muito loucos. Se fosse ontem eu estaria da mesma forma.

- Tá, me explica outra vez essa coisa, Leo. – Laura diz.

- Argh... Tá, saca só: É tarde demais pr’eu morrer jovem, mas eu sou jovem demais pra enlouquecer. Quer dizer, qualquer um enlouqueceria com um pai como o meu. – Digo rindo.

Laura ri e vira a cerveja a dela.

Pois é... Tarde demais pra morrer jovem; Jovem demais pra enlouquecer.

Durante o meu papo com a Laura, algumas garotas vieram até mim.

Eu até entendo isso. Porque, caralho, eu sou lindo.

- Como assim você se sente sozinho? – Laura pergunta.

- É que ninguém que eu conheço vive assim; Ninguém vive como eu. – Respondo.

- Nossa. Que loucura. – Laura diz.

- Mas sabe o que é mais doentio? Eu adoro isso. – Digo sorrindo.

A música estava muito alta, ensurdecedora. Quase não conseguíamos mais conversar, porém ainda tentávamos.

- Eu sei que você é meio estúpido! – Laura diz.

- Foi mal, mas é que essa é a minha vibe. – Digo rindo.

- Eu entendo. – Ela diz rindo. – Eu também sou pouco estúpida.

Tomamos outra cerveja.

- Você tem vontade de desaparecer? – Laura pergunta.

- O tempo todo. Mas é estranho porque... Bem, eu tô o tempo todo desaparecendo. – Respondo.

- Isso é difícil de entender. – Ela diz.

- Não pra mim. – Digo.

Mais uma cerveja.

Era óbvio que eu não ficaria bêbado com apenas seis cervejas. Porém Laura já estava começando a ficar meio alta.

- Tá, eu vou te admitir uma coisa, mas você tem que ficar chillax. – Ela diz.

- Vai lá, pode falar. – Digo.

- Eu sou muito afim de você. – Ela diz. – Ai meu Deus, eu disse isso mesmo.

Solto uma risada.

- Chillax. – Digo.

Mais duas cervejas.

- Vamô rapar. – Digo para Laura.

Começamos a caminhar juntos, ainda conversando.

- Eu não consigo ver romantismo em você, muito menos drama. – Laura diz.

- É porque você nunca me viu sozinho, trancado no meu quarto. – Respondo.

- Ah, claro. – Ela diz rindo.

- Onde fica a sua casa? – Pergunto.

- A gente tá perto. – Ela diz.

- Ainda bem, porque porra, tô cansado pra caralho. – Digo.

- Eu também! – Ela diz.

Continuamos a andar.

- Tá, é aqui. – Ela diz.

- Então tá. – Digo.

Laura olha para o chão e então me encara.

- Quer entrar? Meus pais estão fora. – Ela diz.

- Já é. – Digo.

Suspiro.

Entramos no quarto dela. Rosa demais. Rosa pra caralho.

- Tá, eu posso admitir uma coisa pra você? – Pergunto.

- Pode. – Laura diz sentando-se na cama.

- Eu não tinha coragem de admitir que eu gostava de uma careta que nem você. – Digo.

Ela se espanta.

Sorrio.

Vou até ela e a beijo.

- É sério? – Ela diz.

- Claro. Eu gosto de você. – Digo a encarando no olho.

Eu diria qualquer coisa que ela quisesse, afinal, eu iria embora na manhã seguinte.

Tiramos às roupas. Preliminares sim, porque ali era preciso.

- Essa é a minha primeira...

- Tá tudo bem. – A interrompo.

Êxtase. Era tudo o que eu queria sentir naquela noite.

Laura dormia. Eu estava vestindo minhas roupas. Mexo nas gavetas e encontro uns trocados; Pego pra mim, já que eu precisava comprar cigarros.

Vou até a cozinha e abro a geladeira. Uma cerveja e um sanduba, era o que tinha. Abri a cerveja e levei o sanduba comigo.

Abri a porta da casa e saí.

Sorrio. Acendo um careta. Eu disse: Se apaixonar é entediante demais; É mais interessante convencer que se está apaixonado pra conseguir sexo de uma maneira diferente.
Laura queria que eu gostasse dela; Bem, eu disse isso, ela ficou feliz, transamos, e agora eu vou pra casa, porque no dia seguinte vai ter uma festa diferente pr’eu ir, e essa eu não quero perder a porra do meu tempo conversando. Quero acender um bagulho, dar um turbo, me embebedar e foder alguma outra garota.

Entro em casa, vou até o meu quarto. Pego a porra da placa “Deixe-me sozinho” que havia caído no chão e a coloco de volta na porta.

Entro no meu quarto, fico sozinho outra vez. Acendo um bagulho pr’eu relaxar.  Sorrio pensando na festa do dia seguinte, porque porra, essa sim seria foda pra caralho!


Notas Finais


Como sempre, grato por ler!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...