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História Deixe que nosso amor os mate! - Challenge Accepted


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 5 - Challenge Accepted


Fanfic / Fanfiction Deixe que nosso amor os mate! - Challenge Accepted

“Desde quando eu te conheci eu queria te falar

Eu decidi que nós somos a próxima grande coisa

Como Bonnie e Clyde, o que nós quisermos

Nós iremos fazer

Nós podemos fazer tudo”

 

 

A mulher, sangrando, tentava tirar do pulso a algema que a prendia na janela de grades firmes e grossas. O sangue, porém, não era seu, mas ela chorava por estar com ele no corpo. Seus cabelos loiros, longos até os cotovelos e suados, escorriam pelo rosto juntamente com as lágrimas. Suas pernas estavam bambas e o corpo parecia cada vez mais fraco. Ela acabara de ter seu parto induzido. O cômodo de tom amarelado, pela luz da lâmpada prestes a queimar, só tinha uma mesa de centro que fora empurrada para um canto da parede, enquanto lençóis sujos estavam jogadas no chão. Uma mulher, no banheiro da suíte onde estávamos, segurava a barriga protuberante da gravidez de seis meses, do mesmo porte e cor de cabelo que Lana. A porta, escancarada, mostrava como ela tentava arrancar as correntes dos tornozelos enquanto gritava de dor.

O Sr. C ria alto, segurando a pistola em sua mão, andando de um lado para o outro, enquanto eu, no canto do cômodo, chacoalhava o bebê recém nascido, envolto de uma lona, no colo, tentando fazê-lo parar de chorar antes que o pudinzinho perdesse a paciência.

- O Detetive Bullock nunca disse que a mulher dele era tão… Bonita! - disse o Sr. C, passando o cano da arma pelos cabelos da Sra. Bullock para vê-la melhor, mas ela logo desviou o rosto, amedrontada - Não acha, Harley?

- Muito linda - sorri, conseguindo fazer o bebê silenciar - Ela é tão linda, podemos ficar com ela? - perguntei, me referindo a criança.

- Ah, Harley, sabe como é o nosso trabalho, sempre vivendo pelas ruas de Gotham, assassinando pessoas sem propósito… Não temos tempo para isso!

- Ah, mas ela é tão…

A arma foi destravada e ele a apontou para mim.

- Eu disse que não temos tempo, doçura, não insista!

Engolindo a seco, afirmando.

Ele sorriu em compreensão é voltou a olhar para a mulher a sua frente.

- Então, quando o seu marido vai chegar em casa?

- E-ele não vem... - choramingou a mulher - Ele… Ele… Ele vai acabar com vocês! - gritou, nos olhando com raiva.

- Será? - ele andou até mim, pegando meu telefone que estava no bolso da minha jaqueta.

Seus dedos digitaram números aleatórios, pondo a chamada em viva-voz.

- Alô? - uma voz ranzinza soou ao fundo.

- Alô? - repetiu o Sr. C, contendo a risada.

- Quem está falando? - indagou Bullock, impaciente.

- Amor eu… - interveio a mulher.

- Lana! - gritou o outro lado da linha - Seu maldito!

- Ah. Bullock! Tem que aprender a brincar

- Vou brincar com você não cadeira seu filho da puta!

- Ahn, ahn, ahnnnn - negou meu pudinzinho - Como pode dizer isso para o homem que está com a sua mulher e o seu bebê? Tenha mais respeito.

- Seu… - engoliu as palavras - Aonde você está?

- Na sua casa, bobinho, aonde mais?

Bullock desligou a chamada imediatamente, fazendo o Sr. C estourar de rir. O telefone foi estourado no chão com um tiro.

- E agora, amorzinho? - perguntei.

- Agora que ele está vindo aqui, provavelmente com o Comissáriozinho também.

Sorri.

Tudo estava indo do jeito que o Coringa gosta e isso me deixava cada vez mais contente, afinal, ele não sabia sobre o Pistoleiro (Pasteleiro) e eu, o que o impedia de ter um surto, além do mais… Bemmm… Fico feliz por ele estar feliz, isso significa menos agressões e muito mais amor para dar.

- Por favor… Nos deixe ir! - disse a segunda mulher no banheiro, chorando histericamente.

- Podemos deixar ela ir. - disse eu - Digo, a gente nem conhece ela, só pegou ela na rua e trouxe para cá...

- Você é tão burra! - gritou ele - Às vezes eu tenho vontade de atirar na sua cabeça! Ela faz parte do plano! - apontava a arma sucessivamente, ida e volta, para a mulher no banheiro.

- Desculpe, amorzinho - abaixei a cabeça.

- Me dê meu filho… Por favor! - clamou a Sra. Bullock.

Afirmando, andei até ela, colocando o bebê a poucos metros da mulher, sem que ela pudesse alcançá-lo, então ela choramingou mais com o meu gesto. O bebê, porém, começou a chorar.

- Sua inútil! - berrou o Sr. C, me pegando por uma das chiquinhas - Faça ele parar de chorar!

- E-eu não consigo...

Estalando a língua, ele me soltou e começou a andar de um lado para o outro, sua impaciência só aumentava, mas tudo pareceu amenizar quando ele conseguiu ouvir, entre os choros, o som das sirenes se aproximando. Sorrindo, ele correu até o banheiro, tirando as chaves do sobretudo para abrir o cadeado e libertar a moça das correntes. Meu corpo, mesmo ainda dolorido pela briga com a Canário, continuava em posição para qualquer futuro ataque. Toquei o ferimento no meu nariz e fiquei feliz pelo sangue ali já ter secado, assim como o pequeno corte na testa. Sorrindo, fui até o Sr. C, e rapidamente pude ver a mulher, grávida, chutar o seu rosto, quase no mesmo instante que a porta abaixo de nós foi estourada com um chute. Tentei pegá-la antes que ela chegasse a escadaria, mas ela conseguiu avançar, porém, não antes de tropeçar no meu pé e cair degraus abaixo. Sua barriga se espremia conforme batia na madeira. E ao cair no chão ao fim de tudo, um sangue escuro saiu pela sua cabeça.

Bullock correu até a mulher no mesmo instante.

- Lana! - gritou, tirando os cabelos ensanguentados do rosto da mulher.

Ao ver que não era ela, deixou com que Gordon a analisasse.

Atrás de mim, Sr. C foi para o plano B, o melhor que ele queria conseguir completar. Ele agarrou o bebê no colo e apontou a arma para a cabeça dele, enquanto o ouvia chorar.

- Por favor, não, não! - gritou Lana, esticando os braços.

Ele suspirou, revirou os olhos e sorriu, jogando o bebê para Lana, que rapidamente o pegou no colo, dando um beijo na testa da criança, esperando que ele se acalmasse. No entanto, nem eu tive tempo de piscar antes da bala estourar os miolos dela, deixando-a cair para o lado, enquanto o bebê caíra junto, sobre o sangue espesso que saía da cabeça aberta.

- Tome, meu amor - Sr. C entregou a arma para mim - É agora que o show começa!

Sorrindo, afirmei, pegando a arma de sua mão e me escondendo no pequeno closet, com a fresta entreaberta para conseguir enxergar toda a situação. Provavelmente Johnny Johnny estava estacionando nosso carro a poucos quarteirões daqui. Sr. C ergueu as mãos assim que Gordon apareceu, Bullock veio logo atrás, correndo para sua mulher morta e sua filha que chorava histericamente.

- Eu me rendo - disse pudinzinho, sem seu sorriso.

Num ataque de fúria, Bullock correu até ele, socando o seu rosto com força, tirando sangue da boca do docinho. Minha ideia era ir até eles e atirar nos dois, mas não era agora. Eu precisava da reação do James. Bullock o enforcava, enquanto Gordon tentava separá-los. Apreensiva, mordi o lábio inferior. Logo, ao não conseguir separá-los, Jim, como aviso, atirou no chão, sem notar que acertou de raspão o joelho do Sr. C.

Sorrindo, meu pudinzinho segurou o ferimento quando se viu livre de Bullock, que decidira, invés da vingança, agarrar seu bebê.

- Eu entendi a referência, Comissário - riu ele - Está tentando me deixar aleijado como eu fiz com a sua filha, huh?

Pronto, talvez essa fosse a deixa.

Saindo do closet, apontei para Bullock, atirando em seu pé, fazendo-o cair de joelhos, gritando de dor, ainda segurando a criança. Apontei então, logo me seguida, para o Comissário, atirando em sua arma, jogando-a para longe.

Rindo, Sr. C agarrou o meu pescoço, se apoiando no meu corpo, beijou minha bochecha rapidamente e descemos as escadas, não antes do meu amor apertar um botão, estourando a porta atrás de nós com uma bomba auxiliar que ele deixara no batente e nas paredes antes de eu chegar.

- E agora, amorzinho? Para onde vamos? - perguntei, terminando de descer os degraus, ultrapassando o corpo cadavérico da mulher grávida.

Os outros policiais estavam todos no chão, mortos. Nem eu notara quando eles morreram. Mas de qualquer forma todos estavam jogados no chão, com os sorrisos endurecidos estampados no rosto, enquanto as sirenes soavam alto e Johnny Johnny nos esperava do outro lado da calçada, do lado de fora do carro.

- Vamos para a casa, Harley, e depois resolveremos outros assuntos.


Notas Finais


Puddins! Sei que uma parcela não leu a fic que deu origem a esse SpinOff que eu estou fazendo, então, se não quiserem ficar boiando, acho uma boa lerem ^^
https://spiritfanfics.com/historia/para-o-sr-c-6218733


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