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História Delicada - Essas decisões


Escrita por: Azumy_18

Capítulo 19 - Essas decisões


Fanfic / Fanfiction Delicada - Essas decisões

[...] Que dia! [...]

                                                                                     Sophia

Já era domingo, o final de semana estava passando rápido demais e eu não tinha feito nada de produtivo, exceto dormir e comer. Gente eu estava parecendo um adolescente que não queria nada com a vida. Levantei da cama e encontrei Anna sentada no sofá assistindo filme, de romance como sempre:
- Oi – Sentei do seu lado.
- Oi – Ela me olhou rapidamente e voltou a prestar atenção no filme.
- Você voltou tarde ontem
- Eu voltei a tarde – Ela me corrigiu.
- Você saiu de manhã cedo e voltou final da tarde. Tava onde?
- Em um piquenique
- Todo aquele tempo? E com quem? – Fiquei surpresa, ela não me disse nada sobre piquenique.
- Com um amigo
- Anna você não sabe mentir. Me diz a verdade, com quem você esteve?
Ela continuou olhando para a televisão por longos segundos, e eu já estava pensando em desliga- La quando Anna soltou um suspiro e virou para me encarar:
- Eu estava com Gabe
Acho que se eu estivesse bebendo algo com certeza teria cuspido fora. Eu me ajeitei para olhar bem em sua cara e perceber se estava mentindo ou não:
- Como é?
- Não me olhe assim
- E como quer que eu te olhe? Isso é algo totalmente surpreendente, eu esperava qualquer resposta, menos essa.
- Eu sei, mas ele me convidou e eu resolvi aceitar
- Desde quando estão se falando? Você não queria nem olhar para a cara dele há pouco tempo.
- É eu sei, mas nós conversamos e decidimos que antes de continuar julgando é melhor nos conhecermos.
- Hmm! Simples assim?
- Simples assim – Ela deu de ombros.
- Anna não me enrola, o que houve realmente entre vocês?
- Nada
- Você transou com ele?
- O que? Mas é claro que não – Ela me acertou com a almofada. Ok! Ela não estava mentindo, caso contrario estaria mais vermelha que um tomate.
- Então me explica exatamente o que estavam fazendo
- Eu já disse, era um piquenique
- E?
- E o que?
- Arg! Você é cansativa. Eu quero saber as razões que levaram Gabe a fazer esse pedido e você a aceitar.
- Sophi... Eu quis aceitar.
- Isso quer dizer que gosta dele
- Talvez
- Talvez? – Ergui uma sobrancelha inquisitiva. Anna não sabia mentir nem para ela mesma.
- Ok! Eu gosto de verdade dele, eu não sei explicar como isso foi acontecer, mas...
- Então no dia da festa você não foi embora por causa de dor de cabeça não é?!
- Não, eu o vi beijando uma loira gostosona e... Quis fugir dali. Fiquei com ciúme e com raiva.
- Eu sabia. – Cruzei as pernas, aquela história tava ficando boa – E o que aconteceu depois?
- Ele veio atrás de mim, viu que eu estava indo embora pelo o que vi, e quis se justificar.
- E pelo jeito você acreditou – Falei cheia de sorrisos.
- Ele foi bem convincente – Ela soltou uma risadinha, e eu sabia que tinha mais coisa.
- Hmmm! Me pergunto quais os métodos que ele usou para te convencer
- Você quer saber de tudo, não se contenta só  com essas informações
- Sabe que não. Vamos conta tudo.
- Eu tentei afasta- lo, falei para me deixar em paz porque não queria me envolver com um homem igual a ele. – Anna suspirou me olhando esperando alguma recriminação, mas tudo o que lhe ofereci foi minha compreensão. A incentivei a continuar – Gabe bateu o pé e disse que não ia aceitar se afastar de mim, por que... Gosta de mim.
- Mentira – Meu queixo caiu.
- Eu também disse isso, quando eu me virei para ir embora ele me segurou e... Me Beijou.
Desta vez meus olhos também se arregalaram. Estava anestesiada com tudo o que minha irmã me contara, eu dei um toque em Gabe sobre os sentimentos de ambos, mas eu jamais pensei que ele fosse insistir assim. Eu comecei a abrir um sorriso:
- E você gostou?
- Sim, muito – Ela enrolou os dedos sobre a almofada em seu colo e corou.
- E o que houve depois?
- Ele me pediu uma chance para mostrar que não era mais aquele homem que todos dizem que é, que por minha causa ele mudou. – Anna não conseguia manter os lábios fechados, seu sorriso insistia em continuar iluminando seu rosto – Ele me convidou para ir ate um restaurante e eu aceitei. Nós conversamos um pouco sobre nossas vidas e de madrugada ele veio me deixar. E na porta do prédio quando nos despedimos, ele... Eu...
- Diga mana
- Ele me deu o melhor beijo de toda a minha vida. Eu nunca havia sentido nada daquilo antes... Eu quase... Me entreguei ali.
- Uau! Anna. Você está... Florescendo
- Eu não sei o que acontece comigo quando estou com ele, eu fico nervosa, apreensiva, feliz, e muito empolgada. Gosto quando ele me toca e diz coisas bonitas.
Eu tinha um sorriso congelado no meu rosto, era automático, quanto mais a escutava falar sobre seus sentimentos mais eu me sentia feliz. Era incrível escutar minha irmã me falar sobre tudo aquilo, logo ela que sempre foi tão calada e reservada, com medo de tudo, e agora estava se abrindo para um novo sentimento em sua vida sem precisar da ajuda de ninguém, exceto a de Gabe, que ouso dizer que também precisava de uma ajudinha nessa apaixonante situação. Anna tinha um brilho nos olhos que eu nunca havia visto antes, suas bochechas coravam como dois tomates e sempre            que pronunciava o nome de Gabe esboçava um sorriso sonhador. Oh! Meu Deus eu vou chorar, minha irmãzinha está apaixonada. Eu não resisti e me lancei para frente abraçando- a.
- Oh! Eu pensei que nunca fosse ver você assim
- Calma Sophi
- Você fica tão linda apaixonada, parece ate outra pessoa
- Mana você está me esmagando
- É porque estou feliz. Vanessa também ficará.
- Ela vai dizer que isso é baboseira
- Mas é claro que não – Voltei a sentar sobre minhas pernas – Ela jamais te desencorajaria se soubesse que é realmente isso o que você quer. Vanessa pode não acreditar em amor, mas ela inventa um quando se trata da nossa família – Eu coloquei a mão em seu ombro – Se você gosta do Gabe, com certeza ela vai apoiar. Você sabe que nossa irmã jamais deixou que tomássemos suas opiniões como nossas, se ela não acredita, não quer dizer que eu ou você também devemos desacreditar, muito pelo contrário.
- Eu sei, ela sempre me incentivou a encontrar um homem que me amasse e me tratasse como uma princesa. Dizia que para uma pérola como eu, há uma concha querendo me guardar.
- E ela tem razão. Você é uma perola, uma linda princesa, e Gabe tirou a sorte grande ao escolher você.
- E se ele perceber que não gosta de mim? Que não sou tudo o que estava imaginando?
- Isso é impossível, você é a mulher que todos os homens querem que caçam feito loucos. – Apesar do sorrisinho que me deu, eu sabia que essa não era a verdadeira questão para esse pânico – Você está com medo que ele a rejeite quando descobrir que você é virgem? É por isso que acha que ele não vai gostar de você?
Anna apenas assentiu com um movimento da cabeça. Eu suspirei:
- Mana isso não é algo de outro mundo, existem virgens da sua idade, você nunca se intimidou ou sentiu vergonha por isso, pelo contrario, falava com bastante orgulho sobre sua virgindade.
- É, mas foi antes do Gabe. Você sabe a fama dele. Ele é um homem lindo, rico, encantador e que pode ter a mulher que quiser.
- E escolheu você
- É, mas não sabe que sou virgem. No nosso piquenique ele me mostrou o desejo que sente por mim, se deixou levar pelos impulsos.
- Ele tentou alguma coisa?
- Mais ou menos. Ele começou a se declarar e quando nos beijamos as coisas meio que foram esquentando, me deitou sobre a toalha e...
- Te tocou? – Eu perguntei, já que ela parecia que ia cavar um buraco para se esconder.
- Não lá... Mas se eu não o tivesse impedido provavelmente faria.
- Entendi. Você não se sentiu pronta.
- Não. E se eu nunca me sentir? Não quero perder o Gabe, apesar de ser recente nosso relacionamento eu já me apeguei a sua companhia. Uma hora ou outra ele vai deixar os impulsos falarem mais alto de novo, e não sei se conseguirei conte- Lo.
- Então diga a verdade
- Mas tenho vergonha... E medo. Talvez ele me rejeite, ache que não sou digna para ficar com ele.
- Tá louca? Desde quando está pensando nisso? Anna se algo assim acontecer, é porque ele vai pensar que não é digno de ter você. Qual é, mana você precisa relaxar um pouco, pensar em dar um passo de cada vez, e contar a Gabe sobre isso seria o próximo passo.
- Eu ainda não sei, estamos só começando a nos conhecer, talvez se eu contar ele vá me tratar igual a uma boneca.
- E isso não seria bom? Sinal de que ele está respeitando suas vontades.
- Não, não é bom. Eu sou virgem, mas isso não quer dizer que sou de cristal, não é como se ao menor toque meu hímen vá se romper.
- Há! Há! Há! Eu sei boba, mas você entendeu o que eu quis dizer. Ouça, eu estou realmente feliz por você está se abrindo a novas oportunidades, e acho justo tanto com você quanto com Gabe que fale sobre essa sua preocupação. E se um dia ele tentar algo e você sair correndo por medo? Ele vai pensar que fez algo de errado e se sentirá culpado.
Anna me olhou com tanta preocupação e resignação que eu sabia que tinha acertado em cheio no ponto. Conhecia o suficiente minha irmã para saber que quando gosta de alguém, faz o impossível para nunca desaponta- La, e vendo em seus olhos apreensivos eu percebo que gosta de verdade de Gabe:
- Só pense nisso, mas cabe a você decidir a hora certa de falar. Ok?
Ela concordou e soltou um longo suspiro. Eu queria distrai- La para que não ficasse se martirizando com esse assunto:
- Vamos voltar a assistir o filme, parece interessante.
- É – Ela se ajeitou no sofá voltando sua atenção para a televisão, bom pelo menos o rosto estava virado para a tela, mas o foco estava longe. Sabia que ia passar longas horas pensando nisso.    

 

                                          
                                                                                                       Anna

Na segunda de manhã, Sophia e eu pegamos o metrô para as Empresas Lencastre. Eu estava com um frio no estômago por encontrar Gabe, não nos vimos domingo, pois ele tinha alguns assuntos para resolver com Ryan, mas trocamos mensagens boa parte da noite. Ele fora carinhoso em cada palavra, mas eu sabia que ele se segurava devido à promessa que fez em fazer tudo ao meu tempo, mas se desse corda veria um Gabe cheio de más intenções. E isso não parecia ser tão ruim. Eu não consegui segurar a risada quando pensei nisso, a ideia de ver o famoso Gabe Scott em ação me deixava animada. Um dia com certeza iria querer ver isso.
Sophia me cutucou perguntando o motivo da minha risada, mas disse que não era nada demais, apenas algo que lembrei. Entramos na empresa e cumprimentamos Jane que já estava a todo o vapor com seu fone de ouvido e atendendo algumas pessoas em frente ao seu balcão. Seguimos direto para o elevador ate o 44º andar. Assim que adentramos nos despedimos, cada uma seguindo na direção da sua mesa. Para minha surpresa Stuart já havia chegado:
- Nossa que milagre foi esse? Caiu da cama? – Brinquei puxando a gaveta da minha mesa e guardando minha bolsa.
- Chris que me expulsou de casa cedo, ela disse que você provavelmente havia sentido minha falta final de semana e devia vir o mais rápido possível para matar sua saudade –
Ele abriu os braços na minha direção – Vamos agora eu sou todo seu gatinha.
- Oh! Meu Deus, e eu ainda tenho de escutar isso logo pela manhã.
- Que crueldade, eu nem tomei café para está aqui antes de você e abraça- La para que não ficasse mais triste.
- É muito bom ver você Stuart, mas não vou te abraçar, e saiba que meu final de semana foi ótimo
- Mesmo sem mim? Ai! Acho que estou sentindo algo –
Ele colocou as mãos no peito como se estivesse sentindo alguma coisa – Acho que é o meu coração se despedaçando.
- Há! Há! Há! Pare com isso seu chato – Bati em seu braço, o que o fez rir. De repente ele fechou a cara e virou para sua mesa, senti um frio no estômago, e nem precisava me virar para saber quem é. Gabe parou ao meu lado e estava com cara de poucos amigos.
- Senhorita Lonergan venha a minha sala, agora.
Aquele seu tom autoritário me deixou com medo. O que aconteceu para ele está agindo assim? O que eu fiz? Olhei rapidamente para Stuart que também parecia chocado com a atitude do nosso gerente. Com as mãos trêmulas eu peguei meu bloco de notas e o segui. Senti os olhares de alguns colegas e fiquei ainda mais constrangida. Gabe abriu a porta e esperou eu passar na frente, dei três passos e minha coragem já havia diluído. Escutei quando fechou a porta e trancou:
- O que está... – Quando me virei para questiona- Lo antes que caísse no chão de fraqueza, Gabe me pegou em seus braços e sua boca se moldou a minha. Soltei um arquejo de surpresa e deixei meu bloco cair no chão. Sua barba roçou ao redor da minha boca, provocando cócegas em meu nariz, tomou posse dos meus lábios que já eram seus e os manuseou da forma que queria. Um gemido escapou da minha garganta, segurei seus braços para me manter de pé, pois mesmo de salto estava na ponta dos pés, fora que minhas pernas estavam moles devido a alta e baixa adrenalina que vivi em poucos segundos.
- Eu estava morrendo de saudade – Encaixou sua mão abaixo da minha orelha mantendo minha cabeça no lugar.
- Saudade? Mas você parecia tão bravo – Minha voz era praticamente um sussurro, ate eu me surpreendi com a suavidade.
- Me desculpe, mas não queria que ninguém suspeitasse o que eu pretendia fazer.
- Entendi –
Eu apertei seu braço como se estivesse beliscando – Você me assustou, pensei que tivesse feito algo de errado.
- A única coisa errada que fez foi ter mantido por tanto tempo essa deliciosa boca longe da minha.
- Você estava ocupado
- E odiei cada segundo, pensei em você o dia todo
- É mesmo?
- Sim. Agora quero compensar o tempo perdido –
Sua boca se jogou sobre a minha outra vez e seu beijo me tirou todo o fôlego. Deslizei minhas mãos de seus braços para sua nuca, cravando a ponta dos meus dedos em seus cabelos.
- Gabe... Alguém pode... – Ele me virou me grudando contra a parede ao lado da porta. Eu senti todo o meu corpo reagir ao seu e instantaneamente meus sentidos ficaram mais apurados e tudo a minha volta desapareceu, nem mesmo som dos passos pelos corredores já não escutava mais. Os únicos sons eram de nossas respirações e os estalos de nosso beijo.
- Está trancada, ninguém vai entrar. – Sua língua invadiu o espaço entre meus dentes e encontrou a minha enrolando- se a ela, em uma espécie de boas vindas. O que estava acontecendo comigo? Meu corpo se mexia sozinho, parecia que ia jorrar lava do meu estômago, todos os meus movimentos estavam sendo controlado por uma força superior, o toque de Gabe entorpecia meus sentidos e me faziam deseja- Lo de tal maneira que se estivesse em sã consciência coraria como um pimentão. A mão de Gabe se fechou contra minha cintura e um gemido surgiu das profundezas do meu ser, e naquele momento tudo o que eu queria era que meu lindo loiro me arrancasse daquelas roupas e me fizesse sua. Que loucura. Eu estava praticamente a ponto de implorar, quando um barulho vindo de fora me despertou de meu transe, foi então que me dei conta de aquele não era o lugar para me fazer tomar tal atitude, não daquele jeito. Eu segurei seus ombros e tentei afasta- Lo:
- Gabe... Espera
- O que? – Seu corpo imprensou mais contra o meu.
- Não podemos. Estamos em seu escritório, e... Aqui não é o lugar ideal.
Eu pude sentir em seus músculos a força que teve de fazer para parar de me beijar e controlar seus desejos. Aquele homem era maravilhoso, reprimia suas vontades para me satisfazer:
- Me desculpe, eu não queria passar dos limites
- Não, não, não peça desculpas, eu adorei, também senti sua falta e dos seus beijos.
- Sério? –
Seu sorriso iluminou meu dia.
- Sim, eu queria muito beija- Lo. O que posso dizer? Você me viciou.
- Não tem ideia do quanto me deixa feliz escutar isso
- Eu sei –
Toquei seu rosto com sua barba roçando a palma das minhas mãos. – Gabe eu precisava conversar com você sobre uma coisa.
- O que? Pode dizer.
- Não aqui, em outro lugar – Não sei de onde estava vindo essa coragem, mas eu pretendia aproveita- La ao máximo. Eu finalmente diria a Gabe sobre minha condição, e esperava que ele entendesse se ainda não estivesse pronta para dar esse passo.
- Por que não almoçamos? Por favor, não me dispense desta vez.
- Há! Há! Há! Não vou, eu aceito.
- Finalmente –
Eu comecei a rir e o beijei.
- Acho que é melhor eu voltar ao trabalho, já que ninguém escutou gritos ou objetos se quebrando podem suspeitar o que está acontecendo aqui.
- Há! Há! Certo – Ele se afastou e deu um passo ao lado destrancando a porta, se abaixou para pegar meu bloco de notas que deixei cair e me devolveu. Eu segurei a maçaneta, mas a soltei me lançando de volta aos seus braços para beija- Lo.
- Nos vemos mais tarde senhor Scott
- Mal posso esperar senhorita Lonergan –
Seu sorriso me arrebatou e eu sabia que se não saísse dali coisas irreversíveis aconteceriam. Abri a porta e voltei para minha mesa ainda zonza e com o gosto doce dos seus lábios. Aquele homem ainda vai me enlouquecer.

 

Continua...



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