História Delicate Hybrid - JiKook - Entender.

Kai e KyungSoo estavam mortos em nossa frente. 

E Tae desmaiou caindo sobre a poça de sangue, após tal cena.

[...]

Levamos TaeHyung para o hospital, o médico disse que era somente o "choque" e que ele logo acordaria. Chamamos a polícia e socorristas para o caso de Kai e KyungSoo. JiMin não falou nada desde o incidente e também não sai de perto de mim por um segundo, está sempre abraçando meu braço, me abraçando por trás ou em meu colo, não que seja ruim, não é isso, a verdade é que eu até acho bom que ele se sinta mais seguro comigo. Os meninos estão meio divididos, nós, primeiro fomos até a delegacia dar depoimento e explicar a história, em seguida corremos até Tae, no hospital. Ele ainda estava dormindo quando chegamos. 

Sentei com JiMin em meu colo, o segurando como um bebê e disse que ele poderia dormir. Ele parecia cansado e traumatizado, ele demorou bastante, mas dormiu, por fim. Eu também estava cansado, mas eu não poderia dormir. Não ainda.

Tae acordou duas horas após JiMin ter dormido em meu colo, ele começou a chorar descontroladamente e os meninos ficaram com ele. HoSeok e YoonGi abraçaram ele e fizeram carinho enquanto ele chorava. A enfermeira disse que ele precisava se acalmar e no dia seguinte já estaria liberado. Indicou calmantes – que ele recusou de primeira, mas por alguma magia vinda de YoonGi e HoSeok, Tae acabou por tomar – e ele dormiu mais tranquilo. 

Sobre JiMin, ele pareceu ter pesadelos, mas sempre que escutava minha voz,se acalmava. Decidi cantar para ele após perceber isso.

– Eu preciso ir. – Falei cansado. – Virei mais tarde ou amanhã bem cedo pela manhã. – Estávamos eu e todos os outros Hyungs. – JiMin adoece facilmente, ele está febril é isso pode piorar se ele continuar assim.

– Tudo bem. O pai de Tae já está cuidando dele e eu irei me certificar que ele estará bem aqui. – HoSeok falou sério. – YoonGi também irá ficar comigo. Jin e NamJoon, podem ir para casa descansar, nós ficaremos bem.

Jin decidiu que viria mais tarde, no começo da madrugada, para ficar aqui com Tae e os outros descansarem. Eu viria pela manhã. 

Já era começo de noite quando eu me virei e senti minha barriga roncar alto, logo lembrando que não havia comido nada durante todo o dia. Corri até uma lanchonete na esquina do hospital com JiMin e pedi um sanduíche mega gigante para mim e para o JiMin.

Comemos com JiMin em meu colo, meio sonolento, porém comendo rapidamente. Ele sorriu fofo quando eu beijei seus fios e pedi desculpas pelo cansaço que o causei. Ele negou e disse que tudo bem.

Saímos da lanchonete e eu fui até meu carro no estacionamento do hospital e segui para casa. JiMin cochilou um pouco no banco enquanto eu dirigia e cantarolava alguma melodia aleatória que ele pedia. Peguei ele no colo quando chegamos e segui para casa. Tomamos banho – separadamente, claro – e após colocar um pijama em jimin; uma blusa grande minha e uma cueca, e eu vestir, como pijama, uma cueca e uma calça de moleton, nos esparramamos na cama para dormir.

– Eu te amo. – JiMin sussurrou fofo enquanto me abraçava carinhoso. Sorri com o ato de afeto.

– Eu também te amo, My Mochi. – Falei e ele sorriu. 

JiMin se afastou novamente de meu peito e me olhou nos olhos, suas pupilas estavam dilatadas. Ele olhava sincero em meus olhos, até seu olhar cair sobre meus lábios.

– Eu quero te beijar. – Falou e eu somente o abracei.

– Eu tenho medo. – Falei e JiMin me apertou mais forte em meu abraço. – Eu tenho muito medo de te machucar. Eu tenho muito medo de te fazer chorar. Eu tenho muito medo de partir o coração da coisa fofa mais importante para mim. Eu tenho medo do que pode acontecer se eu te machucar, JiMin. – Falei choroso. JiMin separou-se novamente de mim e sorriu pequeno. 

– Eu te amo. – Falou novamente. – Você só me machuca se me negar. Se for malvado com o JiMin. Me machuca saber que você não quer me beijar. Me machuca saber que você não quer me ter como seu namorado. Me machuca muito você dizer que não me ama e simplesmente vir me beijar depois, para no final, você inutilmente vir dizer que foi reflexo, "saúde", despedida, vontade passageira. Kookie, me diz de uma vez se você quer ou não ficar comigo. Me diz se você sente ou não sente vontade de me beijar. Me diz como você me ama. – Disse já com os lágrimas nos olhos. Eu estava na mesma situação.

JiMin me encarou por alguns segundos, sua primeira lágrima desceu e eu o abracei forte, beijei seus fios e acariciei sua nuca.

– Me desculpe por ser um idiota. – Falei baixinho ao seu ouvido. – JiMin, eu juro que não quero te machucar, mas agora eu vou simplesmente colocar as cartas na mesa. – Disse sério e deixei uma única lágrima cair. – Eu acho, somente acho, que amo de você. Meu coração sempre acelera quando estamos assim. Quando eu te beijo pareço estar indo às nuvens e é algo que eu nunca senti, mas eu não quero te namorar. – Falei e ouvi seu primeiro soluço. – Eu não quero namorar até ter certeza do que eu sinto por você. – JiMin me abraçou mais forte. – Eu quero chegar para você e se for para te pedir em namoro, fazer um verdadeiro pedido. Com direito a lágrimas de felicidade e beijos totalmente possessivos. Eu te amo, JiMin. Eu já percebi isso. Já percebi que tenho um sentimento forte por você. O único problema é que eu não sei defini-lo. Não sei entendê-lo ou explicá-lo. Por isso, por favor, não me pressione para algo que exija tempo e minha total consciência em ordem. Eu quero te amar ao máximo e ter certeza disso para ter algo com você. – Falei enquanto JiMin fungava em meu peito. – Eu nunca namorei, sinceramente, sou o tipo de clichê que quer achar alguém que realmente ame. – Comentei e beijei os fios de JiMin. – Se esforce para ter o meu coração por completo e até meu corpo e alma eu entregarei a você. Eu não acho que vá ser tão difícil, visto que eu já gosto bastante de você. – Falei sorrindo pequeno.

JiMin assentiu e se afastou com o rosto molhado e um biquinho nos lábios. Mordeu o próprio e levou a mão ao rosto, o enxugando. Ele se aproximou e deixou um beijo em minha bochecha. Pedi para ele se virar para o outro lado é o encaixei em meu corpo, ficando de conchinha. JiMin sorriu pequeno quando eu beijei seus fios e o acariciei.

– Eu tenho o pensamento de que quero me apaixonar por você, então assim que eu descobrir, eu juro que te falo. – Sussurrei em seu ouvido após um tempo.

JiMin provavelmente estava dormindo, visto que não recebi resposta. Sorri, dei um último selinho em seus cabelos, o puxei para ainda mais perto e dormi. Sorrindo bobo.

[...]

Eram seis da manhã quando eu acordei com um JiMin totalmente fofo sorrindo enquanto me olhava e acariciava meus fios.

– O JiMin acha o Kookie tão lindo... – Comentou baixinho enquanto eu abria os olhos. – Bom dia, Kookie. – Sorriu bobo.

– Bom dia, meu bebê.

– O JiMin fez café da manhã! – Falou sorrindo largo e eu arregalei os olhos.

"Café da manhã? Oi? Cadê o cheiro de queimado?" – Olhei para ele meio assustado e ele fez um biquinho.

– Minnie, o que você fez? – Perguntei sorrindo amarelo.

– Eu pedi ajuda do Jin Hyung pelo telefone e ele me disse o que fazer. Eu fiz panquecas. – Disse com um biquinho. – Eu queimei uma ou duas, mas o resto ficou bom! E eu não coloquei fogo na cozinha. – Disse subiu em cima de mim, ficando com uma perna de cada lado da minha cintura. – O Jin disse que você iria achar que eu queimei tudo.

Seu biquinho aumentou e eu sorri. Ele me deu um tapa no braço e me abraçou, sussurrando novamente um bom dia e sorrindo fofo.

– Eu quero provar seu café da manhã, vamos? – Chamei JiMin e ele saiu de cima da minha cintura, logo se pondo de pé e me puxando para a cozinha em uma euforia que só vendo. – Calma, Minnie. – Falei rindo de sua afobação.

Chegamos na cozinha e eu logo observei a montanha de pratos sujos e um ovo quebrado no balcão, tentei não pensar que seria eu a limpar aquilo e foquei no café da manhã de JiMin. E sinceramente, ele "arrasou", a aparência, devo dizer, não estava das melhores, mas o cheiro estava magnífico. Eu fechei os olhos e respirei o ar ao sentar à mesa. JiMin sorriu com meu ato.

– Come, Kookie, come. – Sorri e assenti, peguei um pedaço grande e mordi o primeiro pedaço. 

– Uou, cozinha melhor que eu, Minnie. – Falei rindo e mastigando o pedaço gigante que havia posto na boca. JiMin riu e ficou vermelho.

 – Está bom de verdade? – Perguntou sorrindo. Assenti. – Então compra um doce para o JiMin? – Falou e eu franzi o cenho. Doce? – É que eu vi uma loja de doces na volta para casa ontem e lembrei de quando a mamãe trouxe um para mim quando eu era novinho... – Disse cabisbaixo e vermelhinho. – Eu queria provar... Mas não é por isso que eu fiz o café, eu só queria te agradar e... – O cortei.

– Tudo bem, JiMin, eu sei que você já planejava me pedir isso. – Sorri e me afastei um pouco da mesa. – Senta aqui. – Bati levemente em meu colo, indicando-o para entrar no local. JiMin sorriu e veio até mim. – Você já comeu? – Ele negou. – Então eu vou te dar na boca, aqui tem suficiente para nós dois. Antes de irmos ao hospital, passarei numa loja de doces. – Falei e ele deixou um selar casto em minha bochecha.

– Obrigado, Kookie. – Disse e sorriu.

Comecei a comer junto a JiMin, que sorria sempre que seus olhos se encontravam com os meus. Era tão fofo. Eu me sentia quente.

Terminamos de comer e fomos tomar banho, escovar os dentes e nos ajeitarmos para ir ao hospital. Eu ainda estava bastante preocupado com Tae e triste com a morte de Kai e KyungSoo. A verdade era que estar com JiMin me fazia não pensar tanto naquilo e começar a chorar, porém a tristeza era nítida no momento em que eu me distanciava à mais de três metros de JiMin. Era como se ele fosse um calmante vindo juntamente a um regulador de pensamentos. Era bom estar com ele.

Terminamos de nos ajeitar e saímos de casa. JiMin parecia inquieto, olhava para os lados e suspirava direto, sua mão estava disposta em minha perna e parecia inquieta.

– Tudo bem? – Perguntei e JiMin me olhou.

– Não sei. – Suspirou. Eu adorava o fato de JiMin nunca mentir para mim. Ele sempre expressava o que sentia. – Estou com duas sensações diferentes... – Falou confuso. – É como se eu tivesse um bom pressentimento, mas estivesse triste ao mesmo tempo. É como se fosse errado me sentir assim. – Falou cabisbaixo. 

Comecei a lembrar que o lobo de JiMin "previa" coisas a partir de sensações. Ele parecia sempre acertar em questão de intuição, acho que JiMin também era afetado por isso.

Suspirei e sorri para ele enquanto parava em um sinal. Soltei uma das mãos do volante e levei a mão de JiMin que estava em minha coxa.

– Vai ficar tudo bem. É bom que tenha uma boa intuição, é sinal de que a tristeza pode amenizar. – Sorri para ele e levei sua mão até meus lábios, beijando as costas da mesma. JiMin sorriu tímido. – Ah, podemos ir na doceria somente na volta? – Perguntei após alguns minutos. – É que assim, em vez de somente comprarmos e irmos embora, nós podemos ir para nos divertir e comer bastante. – Sorri e ele acenou positivamente.

Seguimos o resto do caminho calmamente, JiMin vez ou outra comentava algo que o deixava curioso e eu o respondia com total atenção. Ele sorria grande sempre que entendia algo. Aquilo me confortava, realmente.

Chegamos no hospital eram sete e quarenta. Fomos à recepção e em seguida ao quarto de Tae. Entramos no quarto e vimos Tae dormindo e Jin junto a NamJoon agarradinhos em uma cadeira grande acolchoada. O quarto de Tae era de luxo, por pedido de seu pai – este que sequer veio vê-lo – e por isso era um quarto bastante confortável e espaçoso. Cheguei perto dos dois pombinhos e vi que Jin estava acordado lendo um livro e NamJoon acariciava seus cabelos e estava sonolento. Olhei para JiMin e este sorriu bobo, logo simulando a palavra "fofo" com os lábios.

– Jin Hyung, vá descansar com o NamJoon Hyung em casa, Eu irei ficar com ele até ser liberado, já que será ainda hoje. – Sussurrei perto dele quando o mesmo me viu e sorriu. 

Jin acenou e se virou, cutucou NamJoon e falou que poderiam ir e que nós já chegamos para cuidar do Tae. Jin saiu após se despedir com um abraço junto a NamJoon. Eles alertaram à dar o máximo de atenção e carinho ao Tae.

Tae demorou uma hora para acordar, nesse tempo, sentei com JiMin e fiz bastante carinho em si. O mesmo somente ronronava e sorria, cochichavam coisa ou outra e me dava beijinhos no rosto de agradecimento. Eu sempre sorria com isso. JiMin é muito fofo. Vez ou outra estendíamos uma conversa e acabávamos soltando pequenos risinhos. JiMin parecia querer chorar sempre que olhava para Tae e eu tentava não o fazer pensar tanto. 

– JungKook? JiMin? – Escutei a voz de Tae nos chamar e olhei para ele. Sorri.

– Bom dia, TaeTae. – JiMin falou e sorriu fofo. – Como você está? Ainda está dodói? – Perguntou com um biquinho triste.

– Bom dia Tae. – Sorri.

– Bom dia. – Falou somente, seu semblante era triste. – Eu estou melhor, JiMin. Não se preocupe. – Falou e JiMin colocou um biquinho nos lábios.

JiMin se levantou, saindo de meu colo e indo até Tae, JiMin se esticou e deu um beijinho casto nas bochechas de Tae.

– Um beijinho ajuda a sarar feridas no coração. Quero que melhore, TaeTae. – JiMin falava com os olhos cheios de lágrimas. – Eu não sei como se sente, mas só imaginar perder o Kookie, já é como perder a própria vida. Somente o pensamento já me deixa em desespero, por isso, espero que seja forte e se cure. – Falou deixando uma lágrima cair e logo os dois começaram a chorar como bebês.

Tae sentou-se e abraçou JiMin, logo chorando como um bebê e desabafando tudo ali mesmo. Eu me levantei – também chorando, mas releve tal fato – e sentei-me junto aos dois, logo os abraçando e pedindo desculpas por não ter conseguido ajudar em nada, não ter conseguido impedir nada. Passamos longos minutos chorando e desabafando. JiMin era o mais calado, ele, na verdade, soluçava tanto que sequer conseguia murmurar. Era um verdadeiro bebê chorão. A enfermeira entrou na sala preocupada após um tempo e disse que nós a assustamos por estar aos berros chorando na sala. Ela disse que quase levou uma queda no meio do caminho. Sorrimos com a garota meio louca, deixando de lado o clima pesado de lado Enquanto a mesma agora avaliava a saúde de Tae e preenchia alguns papéis que decidiriam o momento de sua alta. A médica, por fim, sorriu e disse que logo logo ele sairia daquele quarto.

– Eu me sinto melhor, mesmo que eu ainda esteja muito triste. – Disse ele sério, logo suspirando.

– Vai ficar tudo bem, Tae. – Após falar isso, HoSeok e YoonGi entram no quarto e vão logo abraçando Tae, nem sequer olharam para mim e JiMin.

JiMin colocou um biquinho nos lábios por ter sido ignorado e eu fiz o mesmo. Qualé?! Eu não merecia tal desconsideração. 

Os dois se separaram de Tae e sorriram. Logo eu forcei a garganta em forma de chamar a atenção dos meus amigos babacas.

– Ah, Oi JungKook. – HoSeok sorriu e chegou mais perto, logo estendendo a mão para uma batida.

– Agora me notou? E o JiMin, ele está aqui também, sabia? – Falei em tom de reprovação e ele riu.

– Desculpa, Minnie. – Falou se virando para JiMin e eu bufei pelo apelido que ele me roubou. – Depois te dou um pirulito.

– Ele não precisa, irá à uma doceria comigo hoje. – Falei vitorioso.

– Então eu te levo a um sex shop. – Falou sorrindo de lado.

– Tá louco, idiota? – Gritei do nada e JiMin se assustou, todos os outros caíram na gargalhada. – Eu nunca deixaria o JiMin ir à um sex shop! – Esbravejei ainda irritado.

– Kook, o que é um sex shop? – Perguntou baixinho.

– É um lugar onde vende coisas para sexo. – YoonGi falou.

– Vão tomar no cu, seus arrombados! – Novamente gritei e JiMin se encolheu atrás de mim, os outros riram mais ainda.

– Olha, eu sou passivo, vou numa boa se o Tae estiver afim. – HoSeok falou rindo.

– Eu sou relativo, comigo também pode ser. – Ele riu. – Se o Tae estiver afim, claro. – Riu ainda mais e eu buguei. Tae ficou sem graça.

– Ele deu em cima do seu namorado e você não fez nada? Ele beijou seu namorado depois de te beijar e você, até onde eu vi, apalpou a bunda dos dois. – Falei ao HoSeok, esse que tinha um sorriso sarcástico no rosto.

– Estamos tentando fazer o Tae aceitar um namoro à três. – Disse e eu fiquei de queixo caído. – Mas eu ainda estou namorando ele, então, depois daquele beijo com o YoonGi, eu não o beijei novamente, pois seria como uma traição ao meu TaeTae. – Disse sorrindo e YoonGi confirmou.

– É, ele é cu doce. – Falou e eu ri.

Acho que eu estava mais bipolar que o normal, hoje.

– Kookie. – JiMin sussurrou e eu me virei para si, JiMin estava, ainda, encolhido atrás de mim.

– Desculpa, amor. – O vi se arrepiar e sorri, logo o abraçando. – Não deveria ter gritado, você perdoa o Kookie? – Perguntei e acariciei seus fios.

– O JiMin perdoa. – Senti seus braços me envolverem em um abraço recíproco carinhoso.

– Eles deveriam se casar logo, fazem mais cu doce que o Tae. – Escutei a voz de YoonGi e revirei os olhos.

– Cala a boca, idiota. – Disfarçadamente, desencostei um braço das costas de JiMin e dei um cotoco para ele.

– Vem calar. – Disse sorrindo de lado, pois sabia que eu não iria.

– Deixem de brigar, seus idiotas. – Tae chamou nossa atenção e nós começamos a rir.

– Desculpa, TaeTae, é que é legal brigar com o YoonGi. – Disse rindo.

– Me ama, que eu sei. – YoonGi disse convencido. 

– Acho que o espírito de Jin baixou nele, agora. – HoSeok falou e riu, Jin realmente era um Hyung que tinha uma ótima auto-estima. 

– Mas o Kookie é do JiMin, nem vem que não tem. – JiMin falou para o YoonGi e eu comecei a rir.

– Cuidado, ele já derrubou o TaeMin e nem estava no maior estado de raiva. – Falei rindo.

– Aish, eu quero o Tae e o HoSeok, pode ficar com o seu Kookie, egoísta. – Falou revirando os olhos. 

– Fico mesmo. – JiMin se colocou na ponta dos pés e me deu um selinho, arregalei os olhos.

Porra! Foi na boca!

– Opa, faz de novo, JiMin. Eu quero filmar. – Tae Falou pegando o celular.

Ele não respondeu e simplesmente se atracou a mim. Eu me afastei e peguei sua mão, o levando para fora da sala. Não olhei para a expressão de JiMin, simplesmente o puxei dalí.

– Kookie... Tá doendo... O pulso do JiMin. – Choramingou e eu me toquei que estava o machucando, afrouxei o aperto e o puxei para uma área mais reservada.

– Primeiro, eu não vou brigar com você. Eu também já fiz isso e eu sei que foi por impulso. – Suspirei após colá-lo na parede. – Segundo, você ficaria com raiva se eu quisesse te beijar de novo? – Perguntei e ele deixou o ar que prendia escapar, logo me abraçando.

– Não me beije. – Falou baixo, logo me abraçando. – Não me beije ou eu vou querer mais... – Me apertou. – E eu sei que não terei mais. É sempre assim, se você me beija, eu anseio por seus toques, eu não vou querer parar até me sentir satisfeito. Eu sequer sei quando me satisfaria. – Se afastou. – Não me beije se vai fazer-me ficar triste depois, Kookie. – Disse fofo e eu sorri.

– Me desculpe. – Selei seu nariz. – Vamos voltar para o quarto do TaeTae? – Ele negou.

– Podemos ir para um lugar onde eu possa respirar melhor? Eu ainda estou meio agitado. – Confessou.

– Tudo bem. Vamos ao terraço. – Avisei. – Nele tem um belo jardim, ouvi dizer. 

Sorri para JiMin e o mesmo devolveu, porém mais tristonho. Segurei sua mão e o guiei até o terraço, ao chegarmos, haviam poucas pessoas, somente duas ou três crianças e quatro ou cinco adultos no espaço gigante.

– Aqui é bonito. – JiMin expressou olhando algumas flores no local. Se aproximou correndo de uma. Eu pensei que ele iria arrancar, mas não, ele somente a acariciou. – Minha mamãe disse que vocês estão vivas, não vou machucá-las, bebês. – Disse para as rosas e eu sorri, me aproximando e sentando ao lado dele. – Kookie. – Se Virou para mim. – Sabe qual o significado dessa flor? – Perguntou risonho e eu neguei. – Essa é uma tulipa vermelha, tem o significado de uma declaração de amor duradouro e delicado. – Sorriu bobo e eu fiquei surpreso com sua informação.

– Meu JiMinnie é tão inteligente. – O papariquei e ele começou a rir.

– Eu te amo, Kookie. Sempre vou te amar. – Falou após algum tempo olhando para a tulipa.

– Eu sei pequeno. – Sorri. Eu não poderia falar que também o amo, pois dessa vez, eu tinha certeza que era uma pura declaração de amor dele. – Obrigado por ser tão compreensível com um idiota como eu. Obrigado por ser sempre sorridente e fofo. Obrigado por estar ao meu lado mesmo quando eu te machucou. Obrigado por ser meu, Minnie. – Disse e ele me abraçou.

– Eu te amo tanto... – Sussurrou.

– Meu coração está bastante acelerado. É um bom sinal para você, sabia? – Perguntei rindo. JiMin se afastou sorrindo.

– O coração do Kookie é muito manhoso, só acelera quando o JiMin está pertinho. –Disse e eu ri. – Ele deveria saber que quem tem que ser mimado aqui sou eu, eu sou o gatinho manhoso. – Ele falou com um biquinho.

– Então, para recompensar, quando o Tae sair do hospital mais tarde, vamos todos a uma doceria e eu vou te dar o máximo de carinho enquanto você come bastante doce. – Falei e ele riu, logo acenando.

– Nunca esqueça que eu te amo. – Disse por fim e selou minha bochecha. 

Nos levantamos após um tempo abraçados, JiMin decidiu que era melhor voltarmos. Seguimos para o quarto de Tae e uma médica estava saindo do mesmo, entrei no quarto e sorri ao ver Tae de pé.

– Eu já posso ir. – Falou sorrindo. – Depois de ter dormido essa noite, me sinto melhor, mesmo que tenha sido sobre efeito de remédio. – Falou calmo. – Meu pai me ligou e perguntou se eu estava bem, pediu perdão por tudo chorando e eu nem acreditei, soube que o Kai enviou uma carta a ele. – Suspirou. – Ele também enviou para mim, mas como eu não tive tempo, eu não li. Enfim, meu pai não veio me visitar por estar chegando hoje de uma viagem de negócios.

Suspirei e assenti, logo o abraçando. Eu sei que Tae parecia estar bem, mas sei também o quanto ele estava triste.

– JungKook, ele negou a comida, disse que está sem fome, ele não come desde sei lá quando e agora diz que não tem fome. Manda ele comer antes que eu envie essa comida goela abaixo pela garganta dele. – YoonGi esbravejou irritado.

– Ok, agora vai comer, Kim TaeHyung! – Disse irritado e o dito-cujo fechou a cara.

– Aish, ok! – Bufou e foi até a comida. – Nem fazer drama em paz a gente pode. – Revirei os olhos.

Ficamos com ele até ele terminar de comer e ir se ajeitar. Retirar as roupas do hospital e colocar a muda de roupas que YoonGi e HoSeok trouxeram. Saímos do hospital e eu chamei todos para irem a doceria, Tae demorou a aceitar e disse que não estava no clima, mas nós estávamos tentando o alegrar e de tanto perturbarmos, ele aceitou. Liguei para Jin e NamJoon, chamei-os para ir e eles aceitaram de bom grado. Seguimos para a doceria, encontraríamos Jin e NamJoon lá. 

Ao chegarmos, entramos no local e sentamos na mesa dos dois Hyungs mais velhos. Jin e Joonnie haviam chego primeiro. 

– JiMinnie, o que vai querer? Quer ir às prateleiras de doces ou escolher por cardápio? – Perguntei e ao garoto animado em meu colo.

– Quero ir às prateleiras! – Disse e logo "saltou" do meu colo, eu ri e segui o garoto alegre e saltitante.

– Kookie, eu quero esse e esse. – Disse agitado apontando para um brownie de chocolate com cobertura de chocolate branco e confeitos coloridos por cima e um brigadeiro dois sabores, chocolate e morango. – Esse também... E esse. – Disse e eu comecei a rir.

– JiMin, você vai conseguir comer tudo? – Perguntei rindo e ele pôs um biquinho nos lábios.

– É só eu comer metade de cada. – Falou.

– E a outra metade, bebê? 

– Você come. – Disse e eu voltei a rir.

– Tudo bem, qualquer coisa dou para o guloso do Jin ou ao YoonGi. – Disse rindo. – Pode escolher.

JiMin escolheu os doces de antes e mais dois. Comprei também alguns bombons para levar para casa e ele comesse quando sentisse vontade. Voltamos para a mesa com a bandeja cheia.

– Compraram para nós também? – YoonGi perguntou rindo.

– Na verdade, acho que vocês vão acabar por comer boa parte. Mas não, não são para vocês. – Falei sentando-me na cadeira e pondo a bandeja a minha frente. – Aqui Minnie. – Dei meu colo para ele sentar e ele, assim o fez.

– Não vou querer muito. Pega só um brownie estilo esse do JiMin. – Falou TaeHyung para HoSeok apontado para o brownie disposto na bandeja.

– Então eu vou pedir aqui mesmo, vou comer os doces do JiMin.

– Corrigindo: Vai comer o que sobrar. – Falei e ele bufou.

– Então eu vou pedir para mim.

Logo um garçom chegou e anotou os pedidos dos meninos. Jin pediu três brownies diferentes para comer sozinho, parecia até uma mulher grávida. Mas eu sei que ele não engorda mesmo comendo um bolo inteiro, então nem falei nada. Ele soa demais na cama com o NamJoon.

Outro motivo para eu não falar nada foi o apetite de JiMin, ele literalmente estava comendo a metade de tudo, deixando uma exata metade para mim. Ele estava completamente lambuzado. Eu até iria, se não fosse trágico. Mentira, eu ria e muito.

– Kookie, Não ria do JiMin! – Ele falou com um biquinho cheio de chocolate.

– Des... Desculpa, amor... É que... – Eu mal conseguia falar uma palavra completa por conta do riso.

– Kookie, para ou eu vou virar um JiMin malvado e sujar você. – Disse espreitando os olhos. Os meninos, "vírgula" o YoonGi, se seguravam para não rir, eu e o YoonGi estávamos berrando mesmo. 

JiMin pegou um pouco do glacê da sobremesa do bolo em seus dedos e passou na minha cara, mas parece que ele se arrependeu, pois logo pediu desculpas por ser um mal garoto.

– Tudo bem,... JiMin... – Eu ainda ria. – É só limpar. – Falei e ele corou sem motivo.

Bom, sem motivo até ele se aproximar e lamber o lugar sujo de glacê – Vulgo o canto dos meus lábios – e me deixar mais vermelho que tomate e os meninos sem conseguir segurar mais o riso e YoonGi levar uma queda.

Acabamos sendo repreendidos pelo dono da doceria pelo escândalo, mas foi só ele olhar para mim e o JiMin por trinta segundos que ele ficou rindo junto. Parecíamos até comediantes profissionais. 

Foi uma merda, literalmente, já que o NamJoon deu um peido na hora.

Sem comentários à mais para isso.

No final, o dono da doceria, Jackson Wang – o nome descobrimos depois dele ter se juntado a nós e ter começado a bagunça juntamente à todos – nos deu metade da conta de graça e ainda avisou que à partir de hoje, seremos VIPs no local. Daí eu já amei o cara.

Eu limpei o rosto do JiMin e dei um beijo antes de sairmos.

– Vocês são o casal mais fofo que eu já vi. – Jackson mandou para mim e JiMin enquanto sorria bobo.

– Ah... – Fiquei sem graça.

Eu e JiMin não éramos um casal, mas parecia tão bom ouvir aquilo da boca dele.

– Não somos um casal. – JiMin falou do nada.

Porra! Eu aqui todo pensativo com essa coisa fofa de casal e o JiMin me dá um coice desse para voltar a realidade?! Valeu, JiMin. Nem sonhar se pode mais. – Palmas irônicas para ele.

Pera quê? 

Voltando para a realidade, JiMin estava com um biquinho e cabeça baixa e o Jackson estava com cara de confuso.

– Não são um casal? – Ele perguntar desacreditado. – Mas eu recordo-me muito bem de escutar você chamando o JiMin de amor, bebê, Minine, ChimChim, Mochi, meu fofinho... – Ele ia continuar, porém eu o interrompi.

– Tá, eu entendi. – Falei risonho. – Eu sempre sou extremamente carinhoso com o JiMin, eu gosto dele demais e ele é super importante para mim, mas não somos um casal porque eu não tenho certeza em relação aos meus sentimentos por ele. – Sorri e ele franziu o cenho. – Eu não quero machucar o JiMin, amo estar com ele, mas se este amor for somente amizade, isso irá machucá-lo, ou seja, até que eu tenha certeza que eu o ame de maneira amorosa e não somente carinhosa e pura, eu não irei namorá-lo. – Falei e ele sorriu.

– Ou seja, cu doce. – YoonGi se meteu e eu revirei os olhos. Jackson novamente riu.

– JungKook, me responda três coisas e tire suas próprias conclusões após suas respostas. – Pediu e eu assenti. – Você gostaria de passar um mês inteiro longe dele e sem contato? Mesmo sabendo que ele estaria bem durante esse mês e você estando em um lugar lindo que sempre sonhou? – Perguntou e eu franzi o cenho.

– Eu com certeza prefiro ficar com o JiMin, ele alegra meu dia. – Falei e JiMin sorriu.

– Eles passaram duas semanas separados e o JiMin desmaiou de desnutrição por não querer comer e o JungKook estava tão nervoso por passar os dois dias antes de chegar a Coreia sem falar com o JiMin que passava o dia chorando pelos cantos e sem comer. – YoonGi falou sorrindo de lado. – Foi ridículo chegar no quarto dele e em vez de encontrá-lo, achar um panda – Referiu-se às minhas olheiras – Encolhido e sem comer. 

Jackson começou a rir. Eu ainda mato o YoonGi e sua boca grande.

– Enfim, pense sobre isso. – Jackson falou. – Como se sente quando JiMin chega perto demais? 

– Essa fica no pensamento. – Falei corado e ele assentiu risonho.

– Como se sentiria se eu beijasse o JiMin agora. – Falou e puxou o garoto para perto de si. Eu arregalei os olhos e o empurrei forte.

– Você é louco? – Perguntei meio assustado.

– Ciúmes, JungKook? – Ele riu. – Pense sobre isso e sobre o beijo, eu não iria beijá-lo, já tenho um lindo namorado, que por acaso está vindo com uma carranca na cara gigante em minha direção. – Falou arregalando os olhos. – Mark, eu te amo! – Gritou e o garoto logo olhou para mim e em seguida para JiMin, que se escondeu atrás de mim. 

– Kookie, ele me deu medo. – JiMin falou baixinho.

– Eu te protejo, amor. – Falei rindo.

– São namorado? – O garoto, provavelmente chamado Mark, perguntou.

– Eles estão enrolados, o JungKook é tonto e ainda não percebeu que ama o JiMin. – Jin falou e eu o olhei desacreditado. 

Até ele?!

– Ótimos amigos, esses. – Murmurei sarcástico.

– Eu sei que sou. – Jin falou e eu revirei os olhos.

– Olha, se esse garoto se jogar para cima do Jackson, eu arranco o pinto dele. – Disse Mark ainda irritado apontando para JiMin.

– Kookie, Ele quer machucar o JiMin. – JiMin falou com os olhos cheios de lágrimas e eu me revoltei.

– Primeiro; foi o Jackson quem puxou meu neném. Segundo; eu empurrei ele assim que ele chegou perto do meu Mochi. Terceiro; ele mesmo disse que isso era só para me fazer ciúme e tentar me fazer acreditar que eu gosto realmente do Minnie. Quarto; não te dei direito de ameaçar meu bolinho, eu poderia te denunciar, sabia? – Falei e ele assentiu e suspirou.

– Desculpe. – Falou por fim. – Eu sempre sou impulsivo antes de entender as coisas. – Suspirou. – E se o Jackson me desse essa quantidade de apelidos, eu provavelmente bateira nele por ser tão meloso, então acredito que você realmente gosta dele. – Riu. – Vamos nos apresentar novamente. – Sorriu e estendeu a mão. – Eu sou Mark Yuan, namorado do Jackson.

– Não liga, ele é bipolar. – Jackson falou e eu sorri.

– Meu nome é Jeon JungKook, e esse é o meu pequeno bolinho manhoso e fofo, Park JiMin. – Falei rindo.

– Eu sou do Kookie, não quero o Jackson, só os doces da loja dele. – JiMin Falou baixinho, ainda encolhido atrás de mim e Mark sorriu.

– Ele é muito fofo. – Mark sorriu. – Desculpa JiMin, pode vir comprar os doces que quiser e como pedido de desculpas, forçarei o Jackson a te dar um grande pedaço de bolo da próxima vez que vier. – Ele falou e Jackson riu.

– Até parece que a doceria é sua. – Falou rindo. – Mas tudo bem, eu darei o doce.

No final, Mark acabou mimando o JiMin e eu com ciúmes. Eu já admitia ter ciúmes, só que alí estava insuportável. Eu já estava para dar na cara do Mark para ele sair de perto do Minnie. Mas relevei e fomos para casa. Tae foi com HoSeok e YoonGi de táxi, Jin e NamJoon foram juntos de moto e eu saí no carro com JiMin.

[...]

Já estávamos jantando em casa, eu e JiMin comíamos sanduíches que eu pedi num aplicativo de entrega. JiMin estava escorado em meu peito, esparramado sobre o sofá cama enquanto mordia seu sanduíche sem deixar nada cair no sofá. Eu avisei que não queria meu sofá sujo, ele entendeu bem o recado. JiMin sempre me obedecia. Era até engraçado.

Tae havia me ligado chorando dizendo que o funeral do irmão seria depois de amanhã, eu também chorei um pouco, mas melhorei. Kai seria enterrado junto ao seu amor, por consideração ao amor dos dois. Kai e KyungSoo estariam juntos, no final de tudo. Era triste, porém a realidade.

JiMin já havia terminado de comer, eu dei a mordida final em meu sanduíche – que era maior que o de JiMin –, e coloquei todo o lixo em um saquinho ao lado do sofá-cama.

– Kookie. – JiMin me chamou após um tempo aconchegado em meu peito. – Você pode explicar uma coisa ao JiMin. – Pediu e eu assenti. – É que o YoonGi falou... – Eu nem deixei ele continuar.

– Olha JiMin, se isso vai me constranger ou tem perigo de te machucar caso eu fale algo errado, acho melhor nem perguntar. – Falei e beijei seus fios. – O YoonGi só fala merda.

– Eu preciso saber. Não me importo se vai machucar ou não. – Ele falou e eu suspirei.

– Tudo bem, pergunte, só não prometo uma resposta. – Falei e ele, com um biquinho, resolveu perguntar.

– Eu vou direto ao assunto. – Disse. – O que você faria se eu entrasse no cio?

Porque eu ainda falo com o YoonGi mesmo?

– Eu não sei. – Fui sincero e JiMin suspirou.

– Será daqui a cinco meses. – Falou. – Daqui a quatro dias é ano novo. Eu acho que entrarei antes, NamJoon estava fazendo alguns cálculos e me disse. Ele falou que preferia que você não soubesse agora. Para não se preocupar. – Disse cabisbaixo.

– Cinco meses... – Suspirei. – JiMin, você aguentaria ser dopado?

– Como eu pensei, você me deixaria com dor. – Disse e se encolheu.

Merda! Eu só faço merda.

– Eu acho que essa é uma boa hora para eu falar como eu me sinto. – Falei e o abracei. – Medo de te machucar, medo de te perder, medo de você ficar com raiva ou nojo de mim, medo de você me negar, medo de qualquer coisa que possa dar errado. – Suspirei. – Eu não quero te perder. E se você não estiver afim e for somente por causa do cio? E se você chorar? Eu não aguentaria ver suas lágrimas. – Falei e ele me abraçou mais forte.

– Eu confio em você.

– Como pode confiar em mim, se nem eu confio? – Falei e ele se afastou sorrindo.

– Porque se nem você confia, tem que ter alguém te apoiando e confiando em você. – Sorriu e se aproximou do meu rosto. – E esse alguém sou eu. – Beijou a ponta do meu nariz e eu fechei os olhos.

Meu coração estava disparado, minhas mãos soavam e meu estômago embrulhava como se mil borboletas estivesses dentro dele. Minha respiração estava levemente ofegante e minha mente vazia, somente com as palavras, sorrisos e momentos com JiMin.

– Eu acho que amo você. – Disse ao abrir os olhos.

JiMin arregalou os seus, deixando uma lágrima cair.

– Gosto de você como um namorado gosta do outro. – Completei com o coração a mil.