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História Delicate Hybrid - JiKook - Medos.


Escrita por: _PARK_J_I_M_I_N e euphxria

Notas do Autor


Bom, último capítulo de 2017.
Boa leitura.
Desculpem os erros ortográficos.
*LEIAM AS NOTAS FINAIS *

Capítulo 15 - Medos.


Fanfic / Fanfiction Delicate Hybrid - JiKook - Medos.

– Eu acho que amo você. – Disse ao abrir os olhos.


JiMin arregalou os seus, deixando uma lágrima cair.


– Gosto de você como um namorado gosta do outro. – Completei com o coração à mil.


JiMin me abraçou forte e começou a chorar, eu estava vermelho, meu coração estava acelerado. 


Admitir aquilo me deixou tão mais leve. Admitir que meu coração acelerava porque eu o amo. Admitir que eu sinto borboletas no estômago. Admitir que somente ele trás meu sorriso com tanta facilidade. Admitir que minhas mãos suam por causa dele. Admitir que fico vermelho por causa dele. Admitir que tudo é por causa dele.


Eu me sinto feliz e estranhamente tonto, acho que por causa das mãos frias e da revirada no estômago. Parece que a qualquer momento, eu vou desmaiar de felicidade enquanto via a felicidade dele.


– Kookie... – Sussurrou em meio às lágrimas.


– Sim, amor. – Sorri para JiMin, mesmo que ele não visse, já que estava com o rosto enterrado em meu peito.


– Você ama de verdade o JiMin? Como um amor de namorado? – Falou com a voz falha, embargada em meio ao choro.


– Sim, Minnie. – Sorri. – Eu sinto meu coração acelerar, sinto como se mil borboletas estivessem em meu estômago sempre que estou muito perto de você, fico nervoso, minhas mãos suam, parece que qualquer coisa que eu faça vai te magoar e eu quero te proteger mais que tudo. Meu coração aquece sempre que você me diz “eu te amo” e meu peito parece queimar em alegria. Você também é o único que pode me deixar envergonhado e extremamente vermelho. – Falei entre sussurros, sentindo meu peito acelerar cada vez mais a cada palavra e JiMin somente me abraçou ainda mais forte.


– Eu me sinto assim agora. – Sussurrou e eu sorri. – Seu coração está tão acelerado... Parece que quer sair do peito. – JiMin retirou o rosto de meu peito e riu, logo me olhando, extremamente vermelho. – Eu estou feliz, Kook-ah.


Nossos olhares fixaram-se um ao outro, comecei a observar as lindas íris de JiMin. Eu sorria bobo com o olhar ao olhar para o garoto, comecei a observar sua linda face branquinha, JiMin era realmente lindo. Seus olhos pequenos com pequenas "bolsas" abaixo, e seus pequenos cílios, sua pupila dilatada e sua íris em um tom castanho. Suas bochechas com pequenas e quase escassas sarnas que, somente olhando com atenção, poderiam ser vistas, suas sobrancelhas bem modeladas mesmo que nunca tivessem sido feitas e o formato bonito de seu rosto. O nariz pequeno, como se tivesse feito especialmente para encaixar-se com perfeição ao rosto do híbrido e seus cabelos rosados caindo sobre sua testa, suas bochechas rosadas e cheinhas deixavam seu rosto com um leve semblante infantil, seu queixo em um formato de "V" dando ainda mais perfeição a ele e por fim, seus lábios. Estes que eram rosados e carnudos, meus olhos pararam sobre o local assim como os olhos de JiMin também pararam sobre meus lábios. 


Como um ser poderia ter lábios tão perfeitos e atrativos? 


A carne rosada de seus lábios me chamavam a atenção, sua boca entreaberta e carnuda pareciam clamar para uma junção de lábios. Levei minha mão direita ao rosto de JiMin e acariciei suas bochechas, logo levando o dedão aos seus lábios. JiMin fechou os olhos vagarosamente, eu estava me aproximando de si.


Levei minha mão a nuca de JiMin e o trouxe o mais carinhosamente para perto, selando nossos lábios em um beijo carinhoso e cheio de amor. Senti meu estômago revirar de uma maneira surreal e meu coração parecia realmente querer sair pela minha boca. Acariciei a nuca de JiMin e comecei a movimentar vagarosamente meus lábios, de uma forma em que transmitisse segurança a ele. Logo senti JiMin fazendo o mesmo. Sua mão direita segurou levemente minha cintura, acariciando o local, logo eu colei mais nossos corpos, em um abraço amoroso. Levei minha mão esquerda para a cintura de JiMin com dificuldade e acariciei o local, assim como o mesmo fazia comigo. Mordi seus lábios com certa pressão e JiMin os entreabriu, gemendo manhoso sobre os meus. Passei minha língua para dentro de sua boca, sentindo sua surpresa ao mesmo tempo em que meu músculo quente envolvia o seu, tornando o beijo cada vez mais quente. A língua de JiMin logo começou a acompanhar meus movimentos de maneira inexperiente, porém de uma maneira extremamente gostosa. Suguei sua língua e percebi outro gemido saindo por seus lábios. Inclinei mais minha cabeça para aprofundar ainda mais o beijo enquanto começava a sentir a falta de ar. Eu queria conhecer cada pedaço de sua boca, e assim o fiz, passei minha língua por cada local que consegui e senti JiMin fazer o mesmo em mim. 


Céus! Aquilo era gostoso demais!


Colei-me ainda mais ao corpo de JiMin – isso se fosse realmente possível – e o segurei com possessão. Senti ele fazer o mesmo comigo e senti vontade de sorrir. Separamos o beijo pela falta de ar, ofegantes e vermelhos. Deixei um último selar singelo nos lábios de JiMin, antes de me afastar.


JiMin estava com os olhos fechados e os lábios inchados, entreabertos. Eu estava, provavelmente, da mesma forma, porém de olhos abertos.


– Minnie. – O chamei com a voz levemente rouca, fazendo o mesmo se arrepiar e abrir os olhos lentamente. – Eu quero te pedir em namoro... – Falei e o mesmo abriu um sorriso. – Mas não quero agora... – Seu sorriso morreu no mesmo instante. – Eu quero que seja especial, e isso quer dizer que você já é meu e eu sou seu, então não fique triste. – Disse e selei novamente meus lábios aos dele, que voltou a uma expressão feliz.


– Então você vai pedir o JiMin em namoro? – Perguntou com os olhos cheios de lágrimas.


– É surpresa. – Falei e ele riu, logo assentindo.


– Mas o JiMin é curioso. – Colocou um biquinho. Eu novamente beijei seus lábios.


– A curiosidade matou o... – Me lembrei da sua última reação a essa frase e me calei. – Desculpa, vai ter que se controlar. – Disse desviando da frase rapidamente.


– A curiosidade matou quem? – Ele perguntou assustado. Merda.


– Matou? Ela só machucou o gatinho fofoqueiro que quis saber o que era o fogo. – Disse retirando essa mentira dos meus pensamentos mais estranhos. – Ele tinha curiosidade e se queimou, não morreu. – Disse e ele colocou um biquinho.


– Tadinho do gatinho... – Falou e eu ri.


– Mas agora ele está bem, o foco aqui é outro gatinho, um bem manhoso que está à minha frente. – Disse e ele riu.


– Esqueceu de dizer que o gatinho é lindo. – Falou convencido.


Eu comecei a rir.


– Só não falo nada porque é verdade. – Disse e lhe dei outro selinho.


Caramba! Esses lábios são viciantes!


– Vamos dormir? – Perguntei e JiMin assentiu, se ajeitando entre as cobertas e relaxando em meu peito.


JiMin parecia tão feliz, eu me sentia da mesma forma. O abracei apertado e beijei seus fios, passei minha perna por cima dele e ele riu.


– Você vai me fundir com seu corpo. – Falou rindo.


– Isso é bom, assim nunca mais vamos nos separar. – Falei rindo.


Fiquei acariciando os cabelos de JiMin e escutando seu ronronado junto a sua respiração calma por algum tempo, eu estava com sono, mas fazer carinho nele parecia algo realmente mais interessante. Suas reações eram fofas demais.


– Eu te amo. – JiMin murmurou antes de cair em seu sono pesado.


– Eu amo você. – Retribuí deixando mais um selar em seus fios.


Dormi após isso, em uma noite calma e tranquila com sonhos acolhedores junto a JiMin. Foi realmente uma noite bem dormida.


[...]


Acordei dessa vez, de conchinha com JiMin, ainda passando minha perna por seu corpo, o abraçando forte. Levei minhas mãos ao cabelo do garoto e sorri ao percebê-lo ronronar mais alto, afinal, ele passou a noite em um ronronado em um som quase mudo – ou melhor, provavelmente, já que eu estava dormindo. 


Beijei os fios rosados logo segui dando um beijo em sua bochecha. Escutei JiMin resmungar meu nome e sorri. Voltei com o carinho em seus fios e comecei a receber todo o cheiro que emanava dos mesmos.


Morangos.


O cheiro de JiMin era algo como um cheirinho de neném levemente misturado ao cheiro de morangos, morangos muito doces. Era realmente bom. Percebi JiMin se mexendo e logo afrouxei o aperto ao ver que ele queria virar-se para mim. Vi-o abrindo os olhos.


– Bom dia, bebê? – Sorri para ele, que logo levou as mãos aos olhinhos abria um sorriso pequeno.


– Bom dia, amor. – Falou e eu sorri bobo. 


Amor? Eu quase desmaiei quando ele falou aquilo! Eu sinceramente pensei que se não estivesse deitado, teria caído no chão e derretido igual sorvete no sol. JiMin quase me infartou alí mesmo. Meu coração pareceu sair pela garganta naquele instante.


– Repete... – Sussurrei e ele franziu o cenho. – Eu gostei quando me chamou de amor... – Sorri grande. – Repete para mim, Minnie. – Pedi e ele riu.


– O que vamos ter para o café da manhã, amor? – Perguntou da maneira mais fofa possível, fazendo um eye smile e um agyo ao mesmo tempo.


– Ai que fofo! – Disse e ele riu.


– Hmm... Acho que vou te chamar de Nochu , já que você me chama de Mochi.


– Nochu? – Falei franzindo o cenho. – Eu te chamo de Mochi, porque você lembra um bolinho fofo de arroz japonês, mas e Nochu? – Perguntei e ele sorriu.


– É fofo e único, só você é o Nochu, só você pode ser o Nochu. – Disse rindo. – Igual no meu coração, só você pode entrar e só pode ficar lá. – Disse e eu comecei a rir.


– Meu Deus, Mochi, você é perfeito! – Disse o abraçando e nos levantando de uma vez. – Agora vamos tomar banho. – Disse e ele riu.


– Eu quero tomar banho com você. Posso? – Pediu e eu "gelei".


– JiMin... – Falei meio incerto e ele abaixou a cabeça.


– Você não quer? – Perguntou tristonho. Eu fiquei calado.


Não que eu não queira tomar banho com ele, mas eu não o vejo como um simples bebê como eu o via antes – ou como achava que via – e eu com certeza tenho a mente fértil. Eu não queria de forma alguma ter pensamentos assim com um serzinho tão puro como ele.


– Tudo bem. – Sussurrou por fim e se desvencilhou de meu abraço, logo indo em direção ao banheiro. – Eu vou primeiro, se não se importar. – Disse sem me olhar e entrou no banheiro.


– Eu sou tão idiota. – Murmurei, suspirando em seguida.


Peguei uma toalha para JiMin, ao perceber que o mesmo não tinha pegado e uma roupa confortável para o mesmo, peguei para mim também uma toalha e uma roupa, suspirando pesado e criando toda a coragem do mundo antes de entrar naquele banheiro. 


Sim, eu iria entrar.


Segui até a porta e toquei o trinco da mesma, suspirei novamente e escutei fungadas e murmúrios baixos, franzi o cenho e aproximei meu ouvido da porta.


– Eu... Eu só queria... Um banho com ele... – Escutei a voz meio trêmula de JiMin, me assustando ao perceber que ele estava chorando. – Eu... acho que ele... Acha o JiMin... Feio... – Disse e eu arregalei os olhos. – Por isso não... Quer ver o... JiMin.


Era isso mesmo que ele estava pensando? Murmurando idiotices daquela forma? Eu sei que ele é sensível demais, mas isso não me parece somente sensibilidade. JiMin é realmente tão inseguro assim? – Me perguntei em meio aos pensamentos.


Suspirei novamente e girei o trinco da porta, logo percebendo os ruídos pararem de vez.


– Vim tomar banho com você. – Falei sem ainda o olhar.


Vi as roupas dobradas em cima do pequeno balcão de mármore e coloquei as roupas que usaríamos ao lado. Meu banheiro era grande, grande ao ponto de caber uma banheira e um chuveiro elétrico. JiMin estava na banheira, parecia estar lavando levemente o rosto.


– Vo-você veio? – Perguntou de cabeça baixa.


– Sim. – Falei simples, ainda sem o olhar. – Eu... Posso só te dar banho e depois tomar o meu? – Falei meio inseguro.


– Por que? – Perguntou e eu podia jurar que ele estava com um biquinho nos lábios.


Decidi olhar para ele e vi que, na verdade, ele estava com lágrimas nos olhos, deixando-as cair silenciosamente, porém assim que me viu, ele abaixou o olhar.


– Eu tenho vergonha. – Menti, mas acho que ele percebeu, visto a firma que ele me olhou.


– Eu sei que não é isso. Por que mentir, Nochu? – Perguntou e eu quase comecei a sorrir ao escutar o apelido fofo.


– Posso me manter calado e simplesmente tomar banho com você? – Perguntei e ele suspirou e virou o rosto.


– Eu não minto para você. – Disse e colou as pernas ao peito, abraçando a mesma e apoiando o rosto alí. – Mas parece que você quer ser mestre nisso. – Disse e eu suspirei, logo começando a tirar minha roupa.


Eu estava muito, muito nervoso, retirei a calça de moletom, já que estava sem blusa e suspirei inseguro na hora de tirar a boxer, JiMin começou a me olhar naquele momento, meu rosto esquentou e eu desci a boxer vagarosamente. 


Ok, sem roupas.


– Eu... Desculpe. – Disse e só vi ele virar o rosto para o outro lado novamente, suspirei. Fui até a banheira e entrei na mesma, vendo um pouco da água transbordar. JiMin não olhou para mim e eu decidi me pôr na mesma posição que ele.


Estava tão nervosamente desconfortável.


Olhei para a pele de JiMin e meus pensamentos quiseram correr soltos, respirei fundo.


– JiMin... A verdade é que... – Eu meio que travei no memento de continuar. Como eu iria falar para o JiMin que tipo de pensamento eu poderia ter com ele e o que aqueles pensamentos fariam algo com meu amiguinho lá de baixo? – É que... Bem, eu... – Me cortou.


– Aish, é tão difícil assim? – Bufou e se levantou, eu arregalei os olhos ao ver o corpo dele por completo. – Eu vou sair. – Disse e eu acordei do meu transe naquele momento.


Segurei o pulso de JiMin e o puxei para baixo, ele escorregou e gritou, caindo por cima de mim e eu, graças aos céus, consegui segurar ele.


– Eu tenho pensamentos impuros, ok? – Disse de uma vez. – Eu gosto de você, eu sou um adolescente à flor da pele e o seu corpo é perfeito demais! Eu não quero te ver triste, por isso eu estou aqui, mas você não sabe nem o básico dos pensamentos que eu tenho com você. – Eu estava falando aquilo de olhos fechados, não conseguiria olhar nos olhos dele. – Eu me imagino fazendo... Coisas com você, JiMin. – Disse já querendo morrer de vergonha ao falar aquilo. – Sexo e outras coisas. – Sussurrei quase inaudível, mas sabia que JiMin escutaria.


Eu nem em um bilhão de anos pensaria em abrir os olhos nesse momento, não sabia que reação ele estava tento, por isso nem passou pelo meu pensamento mais profundo abrir os olhos que eu estava apertando com toda a minha força naquele momento. Senti as mãos de JiMin em meu rosto e logo uma pequena pressão sobre meus lábios. Ele me beijou. Foi somente um selinho, ele logo se afastou.


– Seu pervertido. – JiMin disse com um ar audivelmente risonho. Eu acho que naquele momento eu estava mais vermelho que a própria cor vermelha. – Eu sei que não quer fazer isso comigo agora, e sinceramente, eu sequer sei se estou pronto. – Confessou. – Eu nunca raciocino direito, principalmente no dia em que eu te pedi para fazer... Amor comigo... – Disse e eu deixei um pouco do ar que nem percebi estar prendendo escapar. – Me desculpe por não pensar em você e ficar emburrado, Kookie. – Senti ele me abraçando e paralisei ao sentir meu membro encostar levemente nele.


– JiMin, pelo amor de Deus... – Disse quase morrendo do coração ali mesmo.


– Tudo bem, relaxa. – Disse e se afastou. – Olhe para o meu rosto, Kookie. – Pediu e eu, à contragosto, abri os olhos vagarosamente, mas relaxei mais ao fazê-lo.


JiMin estava sorrindo carinhoso, levemente vermelhinho, porém sua face pura e sorridente me acalmou drasticamente. Ele se aproximou e me deu outro selinho.


– Foque no meu coração, não no meu corpo. – Disse e dessa vez, eu o abracei.


– Desculpe. – Disse e ele riu.


– Tudo bem. Vamos terminar o banho. – Pediu e eu assenti, me afastando de si.


O banho prosseguiu calmo, eu tentei focar somente nas emoções e expressões de JiMin, mesmo que olhasse para seu corpo e a leve quentura voltasse, eu consegui focar apenas no meu pequeno inocente. Terminamos o banho com um JiMin saltitante e super feliz de ter conseguido uma massagem nos ombros e eu rindo das loucuras dele.


Era adorável.


O resto do dia prosseguiu cheio de mimos e beijos – em sua maioria roubados. JiMin parecia realmente alegre, visto que passava o dia sorrindo e no final até reclamou de um leve incômodo nas bochechas. Fazia gracinhas e sempre tentava chamar minha atenção, mesmo que eu já estivesse concentrado nele. Era fofo ao máximo e sorria até se eu falasse que ele estava com o cabelo bagunçado. E eu não estava lá muito diferente. 


Eu somente ficava triste ao lembrar de Kai e KyungSoo, porém com JiMin dando o máximo para que eu focasse somente nele foi difícil passar o dia lembrando disso. 


A noite caiu mais rápido do que eu esperei e no dia seguinte seria o enterro dos dois amantes, eu estava triste em lembrar disso. JiMin estava em meu colo, no sofá, enquanto comíamos pipoca sentados e agarradinhos debaixo dos cobertores assistindo "Iron man 3". Ele parecia entretido, enquanto eu acariciava seus fios. Suspirei por, agora, estar pensando em Kai e Kyung.


– Tudo bem? – Perguntou se virando para mim. – Você já suspirou três vezes, está incomodado com algo, Kook-ah? – Perguntou com um biquinho.


– Estava pensando no Kai e no KyungSoo. – Disse e JiMin abaixou a cabeça.


– Eu estou tentando não lembrar disso. – Agora foi ele a suspirar. – Sei que vou querer chorar se pensar muito. – Falou e eu o abracei mais forte.


– Me dá uma pipoca. – Pedi, com a intenção de mudar de assunto. – Eu estou abraçando um bebê e não posso pegar. – Falei sorrindo e ele assentiu risonho.


– Aqui, amor. – Colocou três pipocas em minha boca e eu sorri, mastigando.


– Obrigado. – Disse sorrindo após mastigar e selei nossos lábios.


JiMin sorriu envergonhado e se virou para frente. Ele sempre fica envergonhado.


Meio do nada, escutei a campainha tocar, suspirei. 


– Aish, quem é o idiota que está interrompendo meu momento romântico de filme com meu bebê?! – Falei irritado, afastando JiMin para o lado.


– Leva o JiMin, eu não quero sair de perto de você. – Disse levantando os braços, pedindo colo.


Saí do sofá-cama e peguei JiMin nos braços, sem deixar de notar que ele estava mais pesado.


– Acho que alguém andou crescendo. – Falei o ajeitando em meu colo. – Está mais pesado. – Sorri.


– Está me chamando de gordo? – Perguntou com um biquinho.


– Não, estou dizendo que você está deixando de ser anão. – Falei brincando e ele bufou irritado.


Escutei a campainha tocar novamente quando JiMin iria rebater minha última frase e dei pausa no filme, fui até a porta com ele em meus braços, escutando um murmuro dele chamando-me de "bobo". Abri a porta e me deparei com Jin e NamJoon, os dois sorriram ao me ver e cumprimentaram a mim e a JiMin.


– O que fazem aqui? – Perguntei sorrindo e abrindo passagem. – É sobre o JiMin?


– Na verdade sim. NamJoon descobriu algo interessante. – Jin disse sorridente. – Ele ainda não me contou, então não faço a mínima ideia do que é, por isso vamos sentar logo antes que eu tenha um treco de curiosidade. – Começamos a rir dele, logo o vendo se jogar no sofá. – Assistindo isso novamente, JungKook? – Falou revirando os olhos.


– Deixa eu adivinhar. Homem de Ferro? – NamJoon perguntou rindo e logo se jogando no sofá.


– Exatamente, agora afastem a raba que a casa é minha. – Disse rindo.


Eles se afastaram e eu sentei JiMin no sofá, logo pegando a pipoca e encaixando-me atrás dele, o puxando para nosso abraço quentinho novamente. Olhei para NamJoon esperando ele começar.


– Vocês deveriam se beijar logo. – Jin disse sorrindo bobo enquanto nós olhava.


Eu ri e olhei para JiMin, logo o vendo se virar para mim rindo. Segurei o queixo do baixinho de forma carinhosa e colei nossos lábios, logo escutando um gritinho fino vindo de Jin. Senti novamente a sensação de corrente elétrica passar por meu corpo, trazendo junto todos os sentimentos que me deixavam embriagados sempre que eu beijo o JiMin. Me afastei após deixar mais um selar singelo em seus lábios e ele se encolheu em meus braços novamente envergonhado.


– Acho que vou desmaiar! – Jin dramatizou caindo sobre o colo de NamJoon e eu comecei a rir. – JiKook é real! – Ele gritou se levantando novamente e estendendo a mão para o namorado, que riu e colocou algumas notas de dinheiro em sua mão.


– Para que o dinheiro? – Perguntei ainda rindo, porém confuso.


– Jin apostou que você confessaria seu amor até dia dez de janeiro, eu disse que somente depois de fevereiro porque você é muito cú doce. – NamJoon disse também rindo.


– Enfim, desembucha NamJoon. – Falei e ele riu, logo pegando sua mochila que eu nem percebi que ele tinha trago e retirando algo de lá. – O que é isso?


– Uma espécie de pergaminho, eu acho. – Falou segurando o tubo com desenhos chineses, logo o abrindo e mostrando-me a "folha" amarelada e meio suja. – Eu encontrei isso em uma casa de relíquias, em minha viagem com Jin, antes de encontrarmos o JiMin na rua. – Falou e eu suspirei ao lembrar do fato. – Isso está, por incrível que pareça, em grego e latim, o que me fez levar dias para traduzir pelo menos a metade dessa coisa. – Falou e eu franzi o cenho, curioso. – O fato é que isso estava em uma parte mais afastada e escura da casa de relíquias, tinham alguns pergaminhos lá e esse tinha o nome "hybrid et deos", que vem do latim e significa "Híbridos e deuses". O que me surpreendeu, foi quando eu peguei o conteúdo e abri, logo me deparando com isso. – Ele pegou o pergaminho e abriu uma pequena parte, logo mostrando-me uma pintura, mas não uma qualquer, era o rosto de JiMin.


– Que porra é essa? – Falei meio embasbacado.


– O senhor da loja não queria me vender, eu acabei por comprar por um preço até alto demais, porém, após ler isso, eu não me arrependo em nada. – Disse e logo pegou algumas folhas normais em sua mochila. – Isso foram as traduções, eu tive que usar cinco sites diferentes para fazer isso. – Suspirou.


– Vai logo ao ponto, NamJoon, eu entendi que essa merda foi difícil. – Falei irritado com a demora.


– Aish, tudo bem. – Revirou os olhos. – É o seguinte, me avise se eu estiver indo rápido. – Falou em relação a sua explicação ainda não começada. – Isso é como algo que está "prevendo" o futuro, ele explica muitas coisas sobre o JiMin que antes, eu não conseguia entender. O JiMin entrar no cio cinco meses antes de seu aniversário é uma dessas coisas. – Disse e eu suspirei. – Eu vou explicar toda a história. O JiMin é descendente do último híbrido que veio a terra séculos atrás, não existem outros dele, porém ele tem sua alma gêmea. Sua alma gêmea, assim como o próprio JiMin, tem coisas guardadas no passado que não podem ser reveladas. A alma gêmea de JiMin, no caso, seria seu guardião, ou seja, você JungKook. Eu sei do seu segredo com YoonGi, o que você quer manter longe dos seus pais. YoonGi sempre te "ameaçou" com isso. – Falou e eu suspirei. – Mas o problema não é o presente, mas sim o futuro e o passado. JiMin quase perdeu a mãe, ela ainda está viva, porém em coma por todos esses anos. – Falou e JiMin arregalou os olhos, assim como eu.


Logo JiMin começou a chorar como louco, quase tendo um ataque ali mesmo. Eu o beijei e acariciei os fios do garoto, me sentia surpreso e feliz por ele, NamJoon parecia só agora ter se tocado da grande notícia que deu. Jin estava somente mudo, parecia pensativo. 


– Vou ter que esperar ele se acalmar para continuar, não é? – Ele perguntou risonho e eu assenti.


Senti uma lágrima cair de meus olhos, percebendo o quanto eu estava feliz por ele. JiMin se culpou por todos esses anos, sempre amou sua mãe e sempre a quis por perto, mas a mesma teve que o deixar. Pensar em tudo que ele passou, ver a única pessoa que amava e até mesmo que conhecia "morrer" aos seus olhos e somente depois de anos se culpando, saber que essa pessoa ainda está viva, deve ser choque demais. Pensar que ainda se pode ter esperanças.


JiMin somente se acalmou depois de vinte minutos chorando como um louco e eu pedindo para ele se acalmar.


– Kookie, eu quero ver minha mamãe... – Disse com pequenas lágrimas escorrendo por seus olhos.


– JiMi- – fui cortado por NamJoon antes de terminar.


– Não vai poder ainda. – Disse e JiMin me abraçou forte, voltando a chorar baixinho. – Desculpe, JiMin, mas eu achei o pergaminho e como eu disse, ele tem coisas do passado e de alguma forma, do futuro. É arriscado vê-la agora, mas em breve eu nos levarei até ela. – NamJoon disse e JiMin ficou calado.


– Por quê? – Disse JiMin após alguns segundos. – Por que eu ainda não posso ver minha mamãe? O JiMin está com saudades. – Falou com a voz embargada em lágrimas.


– Tudo bem, promete que não vai ficar triste ou com raiva? Nessa situação, você tem que se acalmar ou seu lobo pode vir e eu sei que não queremos problema. – Falou NamJoon e JiMin assentiu. Suspirou. – JiMin, isso – se referiu ao pergaminho – "contém" de uma forma difícil, toda a sua vida até os dezenove anos, também aparecem coisas que ainda não aconteceram, porém que seguem esse curso. Nessas escrituras explicam a história dos híbridos e o que você é, fala sobre a tentativa de assassinato que você e sua mãe sofreram e fala sobre sua vida na floresta, mostra seus caminhos e escolhas, mesmo com difícil compreensão na forma de escrita, eu consegui entender algumas coisas. O problema é o que o passado e o presente podem causar no futuro. – Disse e abaixou a cabeça, aparentemente triste. – JiMin... Você corre risco de vida. – Falou e eu arregalei os olhos, logo sentindo um aperto em minha mão. 


– NamJoon, o que pode acontecer? O que vai acontecer? Por que ele corre perigo? Ele vai ficar bem, não vai? E se algo acontecer? O que eu tenho que fazer e... – Falei desesperado, logo disparando todas as perguntas que vinham em minha mente sobre o mais alto.


– Calma, JungKook. – NamJoon disse em uma tentativa inútil de me acalmar.


– Calma? O JiMin está correndo risco de vida e você me pede calma? – Quase gritei com ele, desesperado e com os olhos já cheios de lágrimas. JiMin se encolheu em meu colo, chorando baixinho.


– Se desesperar não vai ajudar em nada! – NamJoon aumentou a voz.


– E o que quer que eu faça? Sorria e bata palmas enquanto faço uma festa de despedida? – Perguntei irritado.


– Não! Eu quero que me escute. – Disse e eu suspirei, peguei JiMin melhor em meu corpo e o virei de frente para mim, deixando-o em minhas pernas, com as suas de cada lado de meu corpo, o abraçando forte.


– Continua. – Disse por fim, enquanto acariciava os cabelos rosados do baixinho e escutava o mesmo chorando contra meu peito.


– Ele ainda pode se salvar, com a sua ajuda e a do próprio lobo, mas para isso, você tem que se resolver com seu passado e aliviar o coração dele. Ele tem que aprender a dominar o próprio lobo. – Falou e senti JiMin me abraçando mais forte. – Existem dois caminhos pelo pergaminho, um em que mostra o guardião ao lado do híbrido durante o cio, que mostra a eternidade unida para os dois e o outro é a faca banhada em sangue, onde mostra a morte e a separação. O que quer dizer que vocês têm um período até antes do cio do JiMin para se prepararem. – Falou e eu olhei para JiMin, deixando pequenas lágrimas caírem.


– Como faremos isso? – Perguntei receoso.


– Superem seus medos. – Falou simples.


– Não é como se o meu passado fosse uma brincadeira antiga que eu posso simplesmente voltar a brincar, aquilo foi doloroso, NamJoon. Eu prometi a mim mesmo não me meter mais com isso. – Falei e ele abaixou a cabeça.


– E você acha que para o JiMin também será fácil? O JiMin quase perdeu a mãe, só tem você e tem medo de todos ao redor dele, tem medo de si mesmo e se culpa por tudo o que ele foi obrigado a passar, ele teve uma vida solitária onde tudo o que aconteceu foram mais e mais feridas. O JiMin é alguém com o coração frágil e quebradiço, mas mesmo assim ele tem que superar tudo o que ele passou durante a vida inteira para conseguir ficar ao seu lado. É a vida do JiMin que está em jogo, JungKook. – Falou sério.


– Eu sei, eu sei de tudo isso! – Chorei mais. – Mas é difícil! – Falei novamente quase gritando. – Eu quase matei uma pessoa, NamJoon! – Falei e JiMin me olhou, não assustado, porém confuso e surpreso.


– Todos temos algo que queremos esconder, esquecer ou simplesmente deixar para trás como se nunca tivesse existido. Todos temos um segredo doloroso, por mais idiota que possa ser isso. Superar é o básico e você vai ter que enfrentar isso. Pense no JiMin, JungKook. – Falou e eu abaixei a cabeça.


Aquilo era doloroso demais. Somente lembrar, me dava náuseas e repulsa, o medo tomava conta de mim e a imagem do sangue manchava minhas memórias. Era assustador. Porém eu não poderia desistir do JiMin, não poderia esquecê-lo e muito menos deixá-lo morrer por um egoísmo meu. JiMin era quem trazia meu sorriso, era quem fazia meu coração frio de depois "daqueles" tempos voltar a se esquentar. Era meu tudo, assim como eu era o tudo dele. Eu só precisava tentar novamente, por mais que me doa, por mais difícil que fosse. Eu precisava superar por ele.


– Eu... Eu vou fazer o meu melhor. – Avisei e abracei JiMin mais forte, me desmanchando em lágrimas. – Eu vou... Salvar você. – Sussurrei para ele. – Quero... Que dê o seu melhor também. – Disse e JiMin assentiu, chorando juntamente comigo. 


As lágrimas caíam soltas, a angustia de perdê-lo parecia cada vez maior. Lembrei de Kai e KyungSoo.


Foi assim que eles se sentiram? É uma dor tão insuportável.


Era ruim, o gosto amargo parecia ter vindo a minha boca, era sangue. Eu estava mordendo os lábios com força demais. Percebi JiMin se afastar e me olhar com o rosto molhado.


– Bobo, você está chorando mais que eu e sou eu quem vai morrer.


– Você não vai morrer. – Disse com um biquinho nos lábios. JiMin sorriu.


– Têm razão, você vai me salvar e depois ainda vai me dar chocolate. – Disse sorrindo carinhoso, logo selando o canto dos meus lábios.


– Me beija? – Pedi manhoso.


– Me salva? – Perguntou também manhoso e eu sorri.


– Com toda certeza. – Disse e ele sorriu.


– Minha resposta é a mesma. – JiMin disse.


Ele se aproximou vagarosamente, selando nossos lábios em um beijo simples e carinhoso, vagaroso e cheio de amor vindo das duas partes. A explosão de sentimentos e a segurança pareciam querer retornar ao meu corpo, eu estava feliz. Tratei de começar o movimento em nossos lábios, começando a sucção vagarosa e gostosa sobre o lábios carnudos de JiMin, levei uma mão até sua nuca e a outra à sua cintura. O trouxe mais para perto, colando, além dos lábios, nossos corpos. Aumentei a velocidade, deixando o beijo mais afoito e gostoso para ambos, passei minha língua pelos lábios de JiMin e o mesmo rapidamente os entreabriu, passei meu músculo rapidamente para sua boca, inclinando um pouco mais o rosto para aprofundar o contato ainda mais. Sua língua se esfregando na minha, seguindo da mesma forma que eu sugava a sua me faziam querer gemer. Senti uma leve fisgada em meu membro quando JiMin decidiu se ajeitar em meu colo enquanto gemia por eu estar apertando sua cintura com possessão e mordendo seus lábios. Aquilo era bom demais. Nos separamos pela falta de ar, quando já estava impossível competir com a mesma. 


Maldito ar, eu nunca pensei que o odiaria tanto.


– Eu... Amo você. – JiMin disse arfando, seu peito subia e descia contra o meu.


– Eu te amo mais. – Disse sorrindo, tentando recuperar o ar e selando o pescoço de JiMin, que logo inclinou a cabeça para o lado, fechando os olhos e deixando a boca entreaberta.


– Impo... Impossível. – Dei um chupão em seu pescoço branquinho e sorri ao escutar o arfar junto ao gemido sôfrego vindo de si.


– Melhor pararmos. – Falei e ele me olhou confuso. – Posso não me segurar. – Falei e ele pareceu ainda mais confuso. – Esquece, Mochi. Depois você vai entender. – Falei rindo e ele colocou um biquinho fofo nos lábios.


– Já mandei no grupo. – Escutei a voz de Jin sussurrar e me lembrei que ele ainda estava aqui. JiMin ficou vermelhinho na hora.


– Hm? Mandou o que? – Perguntei. Ele riu.


– Uma foto sua e do JiMin se pegando e uma selfie minha usando "adesivos" de vela e vocês de fundo. – Mostrou as fotos e eu comecei a rir. Jin estava com uma velhinha na cabeça e nós estávamos nos beijando ao fundo, na outra, estávamos também nos beijando, porém essa pegava melhor nosso rosto e aparecia uma pequena parte da minha língua, indicando que o beijo foi intenso. – NamJoon filmou. Deixa eu ver, amor. – Pediu ao namorado.


– Enviei no grupo. – Ele disse rindo.


– Espera. – Falei um pouco mais exaltado. – Me digam que foi no nosso grupo e não no grupo da família. – Disse temendo a resposta.


– Desculpa, Kookie. – Jin falou rindo. – Minha mãe está pedindo mais fotos, a mãe do NamJoon também e a sua... – Ele riu alto. – Está vindo para cá para ver pessoalmente, junto com os meninos. – Falou rindo.


– Só pode estar de brincadeira comigo. – Falei incrédulo.


– Na verdade estou, sua mãe não está vindo agora, ela disse que virá amanhã. – Falou e eu revirei os olhos.


– Pelo menos o JiMin pareceu beijar bem. – NamJoon falou sorrindo malicioso.


– Ele beija, idiota. Beija bem para um caralho. – Disse sorrindo malicioso para ele, entrado na brincadeira.


– Nochu! – Ele bateu em meu braço e escondeu ainda mais o rosto em meu peito, ficando ainda mais vermelho.


– Nochu? – NamJoon perguntou rindo.


– Apelido. Depois eu explico. – Voltei a ficar sério. – Mas como vamos fazer o JiMin controlar o próprio lobo?


– Eu sabia que me perguntaria isso. Na verdade, ele também pode chamar o próprio lobo, fazer com que ele chame e depois volte ao normal quando quiser é que é difícil. – Falou e eu suspirei. – Tentem agora. – Falou simples. 


– O quê?! Agora? – Arregalei os olhos.


– Você está do lado dele e ele se sente seguro. No máximo o lobo dele vai bater em mim ou no Jin se nós falarmos alguma merda. – Ele riu. – Mas você pode pará-lo, então eu estou relaxado.


– Como eu o chamo? – JiMin perguntou assim que NamJoon terminou.


– É só chamar como se chama alguém normal. Não o chame de lobo, mas você sabe o nome dele? – Perguntou.


– Na verdade, ele me disse não ter nome. Era obrigação do JungKookie escolher. – Falou com um biquinho. – Acho que ele quer o JungKookie também. – Me abraçou. 


– JiMin, ele é parte de você, não outro ser diferente. Ele é você e ele ama JungKook da mesma forma que você. Somente se "funda" com ele. Entenda ele. – Falou para JiMin, que assentiu e suspirou.


– Chimmy. – Falei do nada, todos franziram o cenho. – O nome dele será Chimmy. – Sorri. 


JiMin do nada fechou os olhos e abaixou a cabeça, logo me abraçando.


– JungKook. – Me chamou, eu estranhei a forma que ele me chamou.


– É o Chimmy? – NamJoon falou do nada, olhando sério para o baixinho.


JiMin ficou calado, não respondeu nada e não se mexeu.


– Chimmy? – Falei.


"JiMin" levantou a cabeça, sorrindo pequeno. Logo acenando positivamente. Eu prendi o ar, surpreso com o garoto.


– Olá. – Falei voltando a sorrir e o garoto retribuiu. – Por que me chamou de JungKook? Pode me chamar de Kookie ou qualquer outro apelido carinhoso. Eu gosto. – Falei e ele assentiu.


– O JiMin está com medo. – Voltou a ficar sério.


– Por que? – Perguntei, os meninos somente observavam.


– Ele tem medo quando fica longe de você. – Falou.


– Mas ele está aqui, no meu coração, não está longe. Eu sei que ele pode escutar minha voz. – Falei acariciando os cabelos de Chimmy.


– Ele ainda não consegue escutar sua voz. Ele ainda é medroso demais. – Falou. 


– Você sabe o que pode acontecer com o JiMin se ele não superar esse medo? – Perguntei e ele assentiu. – Você poderia me ajudar com isso? – Perguntei esperançoso.


– Eu também tenho medo. – Falou e abaixou a cabeça.


– Mas eu estou aqui, vou fazer o possível para proteger os dois. – Disse sorrindo e logo dei um selinho nos lábios do garoto, que sorriu tão envergonhado como JiMin.


– Uma junção do lado humano com o lado lupino dele antes do cio é difícil, principalmente quando ele tem tantos medos. Eu sou um lobo ômega, Kookie, não sou tão forte quanto um alfa. Eu também tenho medos. Eu não sei se conseguiria proteger você e o JiMin. – Disse tristonho. – É como se vocês estivessem jogando tudo para cima do ômega e esquecendo que eu também tenho sentimentos. – Disse e eu suspirei.


– Você é tão fofo quanto o JiMin, fariam uma bela dupla compartilhando esses pensamentos. – Disse sorrindo e ele franziu o cenho. – Por que não tenta conversar com ele? 


– Ele tem medo de mim. – Falou tristonho.


– Mas como uma pessoa tem medo de si própria? – Perguntei rindo.


– Ele tem. – Disse com um biquinho. – Seu cheiro é de alfa. – Ele se aproximou de meu pescoço. – É amadeirado. – Disse respirando e fechando os olhos. – Acalma tanto a mim quanto ao JiMin. – Ele falou e logo se afastou mais.


– Pode deixar o JiMin vir? – Perguntei manhoso e fazendo aegyo.


– Não posso ficar mais? – Perguntou com uma expressão triste. – Eu não quero ir. – Falou triste.


– Mas o JiMin está triste, não quero deixá-lo assim. – Falei.


– E vai deixar eu ficar triste? – Me perguntou mais sério.


– JungKook, não o estresse. – Escutei NamJoon falar baixo.


– Se não quer ir, se junte a ele. – Falei também sério.


– Mas não seria mais fácil eu simplesmente ficar e tentar acabar com isso sozinho? – Ele usou um tom duro.


– Se não quiser me ver com raiva e triste com você, pare de ser egoísta. Ele também faz parte de você! – Falei também duro e escutei ele rosnar, mas não me assustei.


– JungKook... – Jin nós olhava receoso, parecia nervoso.


– Ele não vai me machucar, eu sou o guardião e a alma gêmea dele, eu quem o alimento e o dou abrigo, eu que faço tudo por ele e sou eu quem vai dar a vida para salvá-los. – Falei desafiando os olhos de "JiMin". – Tente conversar com o JiMin.


– Eu não quero. – Desafiou.


– Ok. Então saia do meu colo. Não quero olhar na cara de quem pode acabar matando a pessoa que eu amo e a si mesmo somente por egoísmo. – Falei duro e ele virou o rosto, logo saindo de meu colo e pegando um vaso e o estilhaçado no chão. Eu arregalei os olhos. Ele é louco? 


– Você não sabe o quão ruim é aquele local e eu tenho certeza que não me mandaria embora se soubesse! – Ele gritou, usando uma voz mais grossa que pareceu assustar o Jin, visto que ele logo foi para o colo de NamJoon.


– Qual é o seu problema? Eu só estou pedindo para você tentar entender o lado do JiMin! Ele também está sofrendo! Ele também está com medo! Eu nunca disse que jogaria tudo para as suas costas, eu somente pedi para vocês dois pensarem um no outro, existe algum problema nisso? 


– Eu vou morrer! – Ele gritou. – Se o JiMin conseguir me dominar, eu sei que vou morrer. – Ele começou a chorar. – Ele não gosta de mim... – Disse e caiu no chão, aos prantos.


– Você não vai morrer, você vai ver o céu junto à ele. – Disse me aproximando do garoto, com cuidado para não pisar nos cacos estilhaçados. – Você vai ver a água e vai sorrir, vai sentir a chuva, vai gritar e se alegrar. Vai ficar vermelhinho, vai comer sorvete de chocolate. Porquê você vai ser ele e ele será você. Não vão se separar, você não vai morrer e ele não vai te dominar como no começo eu estava pensando. O JiMin vai te apoiar e confiar em você, mas eu preciso que primeiro conquiste a confiança dele. Conte o que sente, como ômega. Ele não conhece esse lado de si. – Falei e me abaixei, logo o abraçando. – Pense nisso como um grande amigo que você irá fazer. – Falei sorrindo e logo senti o peso de JiMin cair sobre mim.


– Eu... Vou falar com... Ele. – Falou por fim.


Logo eu senti todo o peso de JiMin sobre meus braços, o ajeitei e peguei no colo, o colocando no sofá-cama e suspirando ao me deparar com um pequeno corte de vidro em sua perna.


– Ele é explosivo. – Falei suspirando.


– E parece que só responde a você. – NamJoon falou.


– E que afasta outros "ômegas". – Disse Jin e eu e NamJoon franzimos o cenho.


– O quê? – Perguntei a Jin, tentando entender seu devaneio.


– Se Você fosse da classificação alfa, beta e ômega, JungKook, você seria um alfa, assim como o NamJoon. Vocês dois são ativos e "grandes", são sérios e conseguem impor medo quando querem, tem o cheiro forte e másculo. – Falou. – Se fossem da caracterização alfa, beta e ômega, sim, vocês seriam alfas e eu... Ômega. – Falou.


– Cara, você é louco. – Ri. – Mas faz sentido, visto que você é manhoso e florzinha como o JiMin. – Falei rindo enquanto ia até a estante e pegava a caixa de primeiros socorros dentro da gaveta. – Vou limpar esse ferimento na perna do JiMin antes que ele acorde. – Falei olhando para o ferimento pequeno.


– Acho que ele vai demorar a acordar. – NamJoon comentou.


Comecei a limpar o ferimento de JiMin e desinfeccionar. Estanquei o sangue e coloquei o curativo, logo dando um selinho em cima do mesmo.


– Para sarar rápido. – Falei rindo e lembrando do pequeno.


– Isso foi gay. – NamJoon começou a rir.


– Eu achei lindo. – Jin falou sorrindo bobo. 


Ficamos ali por mais um tempo, eu abraçando forte com JiMin, o fazendo carinho enquanto o mesmo estava frio, porém "dormia" pesado. Eu estava preocupado, porém resolvi não pensar no pior.


NamJoon e Jin foram para casa, já eram quase onze da noite quando eles se despediram e saíram calmos. Peguei JiMin no colo e o levei para nosso quarto, o deitando na cama e retirando a roupa justa do mesmo, deixando somente com uma blusa grande minha e uma cueca. Fui tomar um banho rápido e logo voltei para JiMin, vestindo somente uma calça de moletom, o pequeno se contorcia no colchão, me deixando levemente preocupado, porém ele melhorou quando eu comecei a afagar seus cabelos e sussurrar coisas carinhosas em seu ouvido enquanto o abraçava. Eu fiquei até tarde daquela forma, somente cuidando dele, até conseguir dormir pelas altas horas da madrugada.


[...]


Acordei com os raios de sol batendo levemente em meu rosto, suspirando ao ver JiMin ainda dormindo, porém dessa vez ele quem estava agarrado a mim.


– JiMin? – O chamei, acariciando seus cabelos. – Amor? – O cutuquei, escutando um resmungo. – Minnie, você está bem? – Perguntei e o vi abrir os olhos vagarosamente.


– Kookie? – Falou levando as mãos aos olhos, coçando-os de maneira fofa. – Eu estou com raiva de você. – Falou com um biquinho choroso e se encolheu, eu franzi o cenho.


– Hm? Por que? – Falei o mostrando uma expressão triste.


– Porque você beijou o Chimmy. – Disse e deixou uma lágrima cair.


– Eu beijei você, JiMin. – Falei levantando seu rosto. – Ele não falou com você? – Perguntei.


– Ele tentou, mas você me deixou naquele lugar escuro e eu não escutei. – Disse deixando mais uma lágrima cair.


– JiMin, me escuta. Aquele lugar não é real. Você pode transformá-lo no lugar mais lindo apenas imaginando. Aquele lugar faz parte da sua mente. Não vai te machucar, apenas te lembrar das coisas ruins. – Falei o que eu deduzi. – Eu acho que ele mora lá, sabia? – Perguntei e ele colocou um biquinho.


– Deve ser horrível. – Murmurou.


– É sim, ele chorou por causa disso. Ele disse que iria tentar ser seu amigo, mas para isso você precisa tentar entendê-lo também. Somente dessa forma vão salvar os dois. – Falei sorrindo e lhe roubei um selinho. – Meu bebê, não está na hora de começar a pensar positivo? Sua mãe não se machucou por sua culpa, quem a machucou foi o homem malvado, a culpa é dele. Você não esteve sozinho por todo esse tempo porque ninguém te queria, mas porque eu não havia te achado ainda. Sabe os seus Hyungs? Eles te amam. NamJoon estudou como um louco para te ajudar, Jin sempre sorri quando te vê, Tae sempre quer brincar contigo, HoSeok sempre interage com você e YoonGi sempre te dá dicas que eu abomino, mas não vamos deixar de adicionar. – Ele sorriu com o final. – Eles te amam, não fique se remoendo com o passado trágico e olhe para o futuro. – Ele estava chorando e eu segurando as lágrimas. – O NamJoon disse que se você conseguir, irá passar seu cio comigo no futuro, não fica feliz? – Sorri para ele, mesmo que só pensar nisso me deixasse nervoso.


– Eu te amo. – Falou sorrindo pequeno.


– Eu também te amo, meu Mochi. – Falei e ele riu.


Fomos tomar o café da manhã após mais alguns mimos nele. JiMin parecia estar meio avoado, porém sempre sorrindo quando olhava para mim.


– Por falar nisso, como sabe que eu beijei o JiMin ômega? – Perguntei aleatoriamente e ele colocou um biquinho.


– Eu senti algo, como um aquecimento pequeno no peito, senti que vocês haviam se beijado. – Disse e eu ri.


– Eu não falei que seu lobo era parte de você?! – Disse e ele franziu o cenho. – O que você sente, o seu lobo sente minimamente, do mesmo jeito com ele. Se vocês se entendessem, sentiriam na mesma intensidade e os dois seriam mais felizes. Você seria como um Park JiMin completo. – Falei e ele desfez o biquinho.


Ficamos mais algum tempo por alí, terminando de comer. Lembrei que hoje seria o enterro dos amantes Kai e KyungSoo e me senti triste, mas os beijos do JiMin me fizeram sentir-me melhor. 


Após o almoço, ficamos sem fazer nada, apenas conversando até três da tarde, quando começamos a nos ajeitar, o enterro seria ao pôr do sol, começaria dezessete e meia. JiMin parecia tristonho e ansioso, eu estava da mesma forma. Suspirando a cada segundo.


Chegamos ao local faltando, ainda, cinco minutos para começar, Tae já estava lá, segurando firme as mãos de YoonGi e HoSeok. O pai de Kai estava tristonho e de cabeça baixa. Eu sentia raiva ao olhá-lo, assim como todos os meninos que o miravam com um olhar assassino, porém ainda assim transbordando de tristeza. Os minutos passaram-se e agora todos se encontravam alí.


– Hoje é um dia triste para muitos. – O homem, provavelmente o cerimonialista do enterro, começou. – Dois dias atrás, os jovens Kim Jong-In, também conhecido como Kai, e Do KyungSoo, morreram em uma linda prova de uma tragédia romântica e hoje, estamos aqui para nos despedir dos dois amantes.


Ele falou por mais alguns minutos, coisa que eu não fiz questão de ligar por estar mais ocupado chorando rios e rios de lágrimas junto com JiMin e todos os meninos, Tae quase caia no chão por causa da maneira silenciosa, porém chamativa, que chorava.


A família de KyungSoo olhava com nojo e repulsa para o pai de Kai, enquanto choravam tristonhos pela morte do parente. O homem somente deixava pequenas lágrimas silenciosas caírem de seu rosto.


Kai e KyungSoo foram enterrados juntos, à pedido, por incrível que pareça, do pai de Kai, que queria o filho, pelo menos na eternidade, junto ao amado. A hora de entregar flores chegou, Tae jogou três pequenas flores, enquanto fazia um desejo murmurando a cada uma delas.


– Espero que vocês fiquem juntos para sempre na eternidade. – Murmurou como último pedido, jogando a última rosa. – Me desculpem e eu amo vocês. – Disse deixando mais lágrimas saírem por seus olhos e por fim, colidissem com o chão.


O próximo foi JiMin, este que mal conseguiu falar em meio às lágrimas.


– Vocês... deveriam me dar o doce que me prometeram... e... serem felizes juntos e vivos. – Murmurou chorando.


Eu fui em seguida.


– Espero que tenham toda a paz que sempre quiseram à partir de agora. – Desejei a eles.


O resto ocorreu comovente, imerso em lágrimas e tristes, desejamos tudo o que queríamos a eles, chorando e nos despedindo.


– Eu sentirei falta. – Escutei JiMin murmurar, já enquanto enterravam o caixão.


No final, todos voltamos com os olhos inchados e tristonhos demais para casa, pensando em o quanto eles poderiam ter sido um lindo casal, porém se foram cedo demais. Eu e JiMin chegamos em casa cansados, rapidamente tomamos banho e nos jogamos na cama, já eram nove da noite e eu e JiMin não estávamos com nenhum ânimo para comer, por isso, simplesmente nos abraçamos e dormimos.


[...]


Eu não sei que horas eram, porém algo parecia incomodar o JiMin, ele estava se mexendo demais na cama e parecia suar, sua face estava inquieta e demonstrava leve medo. JiMin parecia assustado, até que ele do nada, abriu os olhos, estes que, agora, se encontravam vermelhos.


Eles estão nos procurando. Querem nos matar. – Falou do nada, com os olhos assustadores em uma expressão... Assustada? Sim, era o ômega de JiMin assustado. 


JiMin ainda não está pronto. 



E o pior, eu sequer pensei sobre o meu passado. E tudo o que eu consegui pensar foi:


– Puta merda!


Notas Finais


Última capítulo de 2017. Como o tempo passou rápido.
Agradecemos a todos os leitores, por todo apoio, compreensão e carinho. Vocês são de mais.
Feliz ano novo a todos. Nós os amamos. ♡

Aqui é a Yoongi.
Gente, eu estou fazendo uma fanfic solo.
Eu postei um prólogo.

LINK: https://www.spiritfanfiction.com/historia/candy-floss--jikook-shipper-11488505

Eu queira a ajuda de vocês, pois preciso de um feedback, se poderem me ajudar, eu iria agradecer.
Comentem o que vocês acharem, pois, a partir de vocês eu irei decidir se vou continuar ou não.
Desde já agradeço. Amo vocês ♡


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