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História Delinquente em outro mundo (Bl) (Yaoi) (isekai) - Espelho


Escrita por: BrianToribio

Notas do Autor


❤💯❤

Capítulo 39 - Espelho


❖ ❖ ❖


Naquele momento de comoção generalizada, o som de um barulho foi ouvido repentinamente por de trás das principais portas da casa.


Toc toc.


Toc toc. 


Rei então decidiu averiguar quem era que estava batendo como se não houvesse amanhã. Certamente a pessoa que estava do outro lado não parecia se importar em quebrar a porta com o seu punho. 


O estudante deslocou-se de perto de Kazuki e Tyrant, dando alguns passos rápidos até chegar próximo da porta, abrindo-a lentamente.


Entre as suas frechas, percebeu de cara a figura de uma mulher e, assim que abriu completamente a porta, deu de cara com Rina bem à sua frente.


Sua figura era mais nítida do que a da última noite. 


A mulher estava com cabelo loiro claro amarrado em um rabo de cavalo, e diferente de antes, dessa vez ela aparentava estar em ótimas condições: Suas vestimentas de seda clara destacavam a sua pele pálida. Seus olhos eram azuis claros, quase mornos pela maneira como se destacavam em seu rosto fino. 


Rina, ao notar que a atenção de Rei estava em sua volta, abriu um pequeno sorriso no rosto e o agradeceu com um tom de voz extremamente formal e polido. 


— Bom dia, salvador. 


Ela agradeceu, podendo notar como o garoto a sua frente era realmente bonito, se comparado com a última noite em que não podia vê-lo adequadamente. 



Envergonhado com aquele comentário, o estudante coçou a parte de trás da cabeça meio sem jeito, então respondeu um momento depois. 


— Er… Bom dia. 


— Mas… salvador? Não está sendo formal demais? — indagou, sem conseguir acreditar que aquela menina debochada poderia falar dessa maneira. 


— Sim, você é o nosso salvador. Muito obrigada por sua benevolência em nos conceder mais uma chance de viver — declarou ela enquanto fazia uma expressão de satisfação


— Não precisa de tanta formalidade. Apenas fiz o que qualquer outro faria — respondeu ele da forma mais natural que encontrou, com o tom de sua voz morno e indiferente. 


O dia estava refrescante, e todo o arredor era iluminado pelos raios solares. O pequeno jardim da Tyrant ao lado era visto ainda na porta pelo garoto, assim como inúmeras flores e plantas que destacavam aquela pequenina casa em que estavam. 


Todo aquele cenário parecia ter sido tirado de uma pequena casa do exterior, localizada nas montanhas. E, somente pela forma como o clima e todo o conjunto de fatores próximos se completavam, o sentimento de estar presente era revigorante e inflexivelmente calmo. 


O garoto, que percebeu todo o clima aos arredores, respirou fundo, e contemplou toda a beleza natural e harmonia daquela área, e vislumbrou todo o cenário… Que mais parecia um quadro de artes, igual aos que são feitos manualmente por grandes artistas em seu mundo. 


A mulher à sua frente, após notar que o estudante observava toda a zona com interesse, virou-se para trás e soltou um suspiro. Mas não um suspiro de decepção ou surpresa. Foi mais um suspiro de alívio e felicidade. 


— Aqui realmente é bonito, não acha? — comentou Rina por sua vez, seu comentário apenas ressaltou o que estava sentindo nesse momento. 


— Sim, aqui é realmente incrível — concordou o garoto, com um olhar contemplativo. 


"E pensar que tudo aqui poderia ter sido destruído por aqueles desgraçados fanáticos… Igreja de Querpyn? Nunca vou perdoá-los pelo que fizeram."


Pensou na hora, revoltado só de imaginar o que seria das coisas caso não tivesse intervido naquele massacre ridículo que ocorreu poucas horas atrás. 


No mesmo instante em que estava imerso em pensamentos, e contemplava fixamente toda a área junto com Rina ao seu lado, o barulho de algum objeto de vidro se espatifou sobre o chão, e o som de um grito agudo rompeu até o local em que Rei estava. 


Os dois olharam assustados para a direção do ruído. 


O estrondo vinha do interior da casa. 



Rei então virou-se e deu alguns passos firmes para o lado, adentrando na sala de estar, com Rina acompanhando-o logo atrás. 


Na sala, estava Tyrant, próxima a Kazuki. 


Na superfície do chão notava-se uma espessa quantidade de cacos de vidro de uma espelho antiga que revestia toda a superfície do chão… Era provável que tivesse ocorrido algum tipo de acidente no local. 


Com um semblante envergonhado, a pequena menina próxima de Kazuki dirigiu seu tom de voz em direção à Rei, que observava todo o incidente de longe, perto do sofá. 


— Isso foi um acidente, me desculpe caso tenha assustado vocês. Eu tinha pego o espelho na mesa para testar algo. Mas acabou que careci de força em minhas mãos, e deixei o vidro cair. Se não fosse por esse jovem próximo a mim, eu teria caído junto ao vidro. — Ela explicou vagarosamente, com uma expressão de lástima no rosto. 


Em seguida, colocou a mão no ombro do homem-fera, que apenas ouvia a menina falar. 


— Muito obrigada por me salvar, que a deusa Vênus o saúde na porta do além. 


— Não foi nada! Obrigado pelas palavras, eu… eu acho… — Kazuki declarou depois, confuso com o conjunto de palavras de agradecimento da vidente. 


Na visão do homem-fera, aquilo não parecia um agradecimento. Era mais como se ela estivesse lançando uma maldição, mas por trás de palavras normais. 


— Fico aliviado. Que bom que não aconteceu nada sério com vocês. Ah, sério, cuidado, pô — advertiu Rei no momento seguinte, lançando um olhar na direção dos dois. 


Rina, ainda sem entender muito bem a situação, compreendeu levemente que o susto repentino foi apenas um acidente. 


Entretanto, reparou que a menina próxima ao homem-fera, parecia muito similar a alguém a quem conhecia. Até mesmo seus trejeitos e formas de falar eram inexplicavelmente estranhos. 


E, com uma expressão desnorteada e em dúvida, ela indagou para o garoto ao seu lado. 


— Então… Tenho duas perguntas antes. Você poderia me responder? Não irá demorar.


— Sim, claro. Sem problemas — respondeu ele. 


— Assim como eu, a maior parte da vila gostaria de lhe agradecer de forma apropriada. Gostaríamos que você comparecesse para a cerimônia de reinauguração que acontecerá hoje a tarde. Você pode nos graciar com a sua presença? — pediu ela com os olhos brilhantes, enquanto esperava atentamente a sua resposta. 


Assim que Rei recebeu a indagação de Rina, uma expressão de surpresa se formou naquele intervalo de tempo. 


"Mas… O que é isso? Estou sendo tratado com muito respeito. Isso chega a ser um extremo exagerado, não gosto tanto de chamar atenção ou ser agradecido pelas coisas que já fiz..." 



Pensou ele, com os lábios curvando-se em um sorriso torto. 


Antes de respondê-la, Rei pensou sobre isso por um tempo e com um sorriso suave, começou a declarar pobres falas de persuasão. 


— Me desculpa… Não vou conseguir acompanhar vocês. Eu preciso chegar a Svishtar ainda hoje.


— Eu peço desculpas por não conseguir participar, mas por favor, anime-se. Pense positivamente, mesmo que eu não compareça, vocês ainda poderão reconstruir a cidade, a minha presença não vai mudar muito, beleza? — acrescentou ele. 


E, assim que recebeu a resposta, ela olhou para o garoto com uma expressão deprimente. Seu semblante parece dizer algo como: "Está tudo bem. Não vou me ressentir".


— Está tudo bem… Muito obrigada pelas palavras. 


— A propósito, alguns indivíduos de Svishtar chegaram aqui mais cedo. Pelo que fiquei sabendo, eles vieram para tomar conta dos fanáticos. Mas acabou que você os derrotou antes da intervenção deles — declarou Rina, colocando a mão no cabelo. 


— Eles não deveriam ter vindo antes? Sabe… esse pessoal. Os fanáticos, eles estavam aqui há mais de uma semana, por que o pessoal de Svishtar só se prontificou a tomar uma ação agora? 


— Eu também não sei! As irmãs do convento saíram há mais de uma semana no intuito de os notificar. Talvez tenha sido por causa do caos da guerra que eles não vieram? — questionou ela em desconfiança, mas tentando encontrar uma resposta plausível para aquela pergunta. 


Embora estivesse sentindo, acima de tudo, dúvida e inquietação pelo questionamento de Rei, que serviu apenas para acertar um ponto de desconfiança. 


Ao perceber a intensidade da pergunta, Rei estranhou o comportamento dos elfos. Entretanto, não pensou sobre o caso de maneira profunda. 


— Talvez… — respondeu secamente, coçando o queixo, como se estivesse pensando profundamente. 


Após notar que todo o clima estava rodeado de uma leve desconfiança, Rina tentou mudar de assunto rapidamente, não era sua intenção causar algum tipo de desentendimento ou plantar dúvidas em relação ao comportamento dos elfos. 



Continua… 


❖ ❖ ❖






Notas Finais


❤💯❤


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