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História Delinquente em outro mundo (Bl) (Yaoi) (isekai) - Gratidão eterna


Escrita por: BrianToribio

Notas do Autor


^-^

Capítulo 5 - Gratidão eterna


Fanfic / Fanfiction Delinquente em outro mundo (Bl) (Yaoi) (isekai) - Gratidão eterna

 

 

                               ❖ ❖ ❖

Já era final da tarde, e o dia começou a escurecer. Depois de andar por algumas horas, Rei e Mia decidem descansar por alguns minutos. Aproveitam-se das plantas e árvores locais próximas, para pegar frutas pequenas e saciar a fome.

— Estamos quase chegando. Sabe aquela árvore ali? — aponta para uma grande árvore velha, parecendo ter um rosto humano, com cipós finos caindo sobre ela. 

— Eu e meus amigos chamamos ela de velhota, mesmo que ela pegue fogo ou aconteça algo, ela sempre está lá de pé… Nós usamos ela para saber o caminho de como voltar para a vila… — continua a falar. 

— Rei, por que você estava naquele lugar? — pergunta virando a cabeça um pouco, em sinal de dúvida, enquanto franzia a testa. 

— Eu não me lembro de muitas coisas, acho que perdi a memória.

“Não posso dizer que sou de outro mundo, iria ser considerado louco… Provavelmente.” — pensa nervoso, desviando o olhar da menina.

— Aquele lugar é onde ficam monstros e animais perigosos, as pessoas da vila sempre dizem para evitá-lo. Se não fosse por você eu não teria sobrevivido, obrigada Rei, eu prometo que vou te ajudar de alguma forma. — diz Mia com os olhos brilhando de confiança.

— Não há necessidade disso, só de me levar para a vila já está me ajudando, eu…

— MIA, É VOCÊ!? — Grita um homem de longe, interrompendo a fala do garoto.

Ao reconhecer a voz, Mia corre rapidamente para onde o homem está. 

— TIOOOO – diz chorando, enquanto o abraça fortemente. 

— Você tem ideia de como eu estava preocupado? O Takayo veio me dizer que duas mulheres haviam te raptado de manhã. — diz preocupado, abraçando a menina.

— Toda a vila está te procurando, algumas pessoas saíram da vila e até foram à floresta Heir, até mesmo a senhora Aster, se prontificou em ajudar com a busca. Eu procurei você por todos os lugares e não consegui encontrar nada. — fala rapidamente, enquanto suas mãos começam a tremer.

— Se algo tivesse acontecido com você, eu não sei… O que seria de mim…

                                ❖ ❖ ❖

Depois de alguns minutos de comoção, o homem dirige seu olhar para a direção em que Rei se encontrava.

— A propósito, quem é aquele garoto Mia? — diz apontando para o estudante. 

Rei após ouvir o homem, apenas faz um sinal de Hang loose.

(Símbolo da mão que significa “tudo na paz” ou “a situação está sob controle.”)

Mia então começa a explicar o que tinha acontecido naquela manhã, como havia sido raptada pelas mulheres, e que quando acordou, viu na sua frente os monstros as devorando. Como tentou correr mas eles a perseguiram.

Como encontrou Rei, que a tinha salvo das criaturas, e ajudado a chegar na vila. — relata, enquanto ainda treme aterrorizada ao lembrar daquelas memórias fatídicas.

Atônito, após ouvir a sobrinha relatar toda a história. O homem com raiva de si mesmo por ter deixado a garota presenciar todo aquele horror, caminha em direção ao garoto.

Assim que se aproxima do estudante, Rei repara de imediato que o homem tinha orelhas de cachorro sobre a cabeça, tendo por volta de 1,75 m de altura, robusto e sarado. Possuia olhos azuis profundos, assim que olhados de perto, um vasto oceano azul claro é sentido. 

“Esse cara é… muito bonito.” — pensa, tentando disfarçar seu olhar. 

— Eu não tenho palavras para demonstrar a minha gratidão, prometo que irei devolver esse favor, mesmo que eu tenha que morrer para que isso aconteça. Se não fosse por você, minha sobrinha teria morrido. Por favor, me chame de Kazuki. — diz com sua cabeça abaixada, como um sinal de respeito e gratidão em frente ao garoto.

Sem saber responder diante daquela comoção, Rei envergonhado, move as suas mãos de forma suave para levantar a cabeça do homem, sem se dar conta de sua ação precipitada. 

Kazuki fica surpreso. Pois, apenas pessoas em relacionamento ou familiares próximos poderiam tocar outros. Mesmo vacilando, não afasta a mão do jovem.

— Não precisa dessa formalidade toda, pô. Eu já tinha dito a Mia, só de me trazerem para a vila e me passarem algumas informações, tudo será resolvido. Fico feliz ao ver a sua preocupação com ela. Pelo pouco tempo que estivemos sozinhos, percebi que é uma garota muito carismática e inteligente… Espero que esse incidente não cause algum trauma ou algo relacionado.

Logo após dizer isso, Rei fica triste pensando em sua família e como apesar de todos os problemas que causava, ainda assim era muito amado.

“Espero que estejam bem…”

Ao ouvir as palavras, Kazuki sorri para o garoto e logo vai até onde está Mia, a coloca em suas costas. Em seguida, acena para Rei o seguir, para adentrarem a vila.

Depois de passarem pelo salgueiro-fantasma, a árvore mais velha nas proximidades do vilarejo, que era apelidada de “velhota.” Caminham, até viram à esquerda em sentido sul para a vila.

                                ❖ ❖ ❖

Ao chegarem nos portões da vila, percebe-se um design bem simples e rústico de madeira envolvendo as muralhas e os portões. 

Próximo do portão da vila, várias pessoas que estavam nas proximidades, ao verem a chegada de Kazuki, vão em sua direção, de forma apressada. Perguntando-lhe, preocupados, logo que se aproximam, onde Mia estava durante todo esse tempo.

Kazuki diz pouco sobre o caso, explicando que já era tarde da noite e que pela manhã esclareceria toda a situação de Mia para a vila. Ao mesmo tempo em que acena para Rei o seguir. 

O garoto então, cumprimenta todas as pessoas presentes e adentra na vila.

 — Já que você não tem lugar para ir, pode ficar na minha casa pelo tempo que precisar, isso é pouco em comparação ao que você fez por mim…

— O-ok, obrigado. — agradece, admirando as casas ao redor enquanto o seguia. 

Era nítido o design de pedras e tijolos que formavam as casas locais, dando um destaque no estilo medieval. As numerosas casas próximas apesar de parecerem confortáveis, pareciam frágeis, por conta de sua estruturação que dava a impressão que poderia desabar a qualquer momento. 

A casa de Kazuki ficava afastada de outras casas da vila. Uma casa de pedras e tijolos enorme, em que, era envolvida pelas plantas e diferentes tipos de galhos de árvores. Próximo dela, estava o mercado local e a catedral.

Ao adentrarem na casa, Kazuki pede para Rei se sentar no sofá, perto dos lustres de cristal, enquanto ordena alguém da casa para trazer alguma comida. 

Nesse momento, o tio de Mia a pega e a leva ao andar superior, com o intuito de fazê-la dormir. 

Logo após descer as escadas, Kazuki caminhando em direção ao Rei, o questiona. 

Continua...



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