Nnoitra estava estático ao saber que Neliel era a garotinha que por duas vezes ele tinha humilhado, sentou-se na cama, colocou a chave da porta ao seu lado, apoiou os cotovelos nos joelhos e cobriu o rosto com as duas mãos, a fim de disfarçar um pouco sua vergonha.
Neliel o olhou e sentiu que ele estava realmente pensativo sobre aquilo, mas não pretendia ficar mais ali então se aproximou dele a fim de pegar a chave da porta, mas nesse momento as mãos dele rodearam sua cintura, a puxando para perto.
— Me perdoe... – Pediu ele ao colocar o rosto perto do ombro da garota, já que ele era mais de vinte centímetros maior do que ela.
— Sim, eu perdoo, mas me deixe ir, por favor. – Disse ela ainda nos braços dele.
— Eu quero que saiba que não me lembrava disso e também... Quero te mostrar o quanto eu gosto de você... Afinal o que importa é o agora. – Disse ele tentando chegar aos lábios dela, mas ela virou o rosto.
— Não misture as coisas. Não é porque eu disse que te perdoo que vou aceitar seus beijos. – Disse ela com o olhar gélido, o que fez com que ele se desesperasse, sentiu imediatamente que ela não lhe daria nenhuma chance...
— Não vou deixar você sair daqui, pois eu sei que vai correr pros braços do Grimmjow!
— Você é mesmo louco. – Disse ela e pegou a chave, em seguida tentava de qualquer forma se soltar dele, mas já era esperado que ele fosse infinitamente mais forte do que ela então a jogou na cama, avançando por cima de si.
Quando o moreno levou Neliel da frente da cafeteria, Rukia viu tudo e tratou de ligar para Ichigo e Grimmjow, os três se encontraram e foram para lá, mas isso levou algum tempo e quando chegaram já não os puderam ver no meio de toda aquela gente, o azulado foi mais esperto e subiu direto para o quarto do amigo, mas não conseguiu abrir a porta.
Rukia e Ichigo logo estavam junto dele e se esforçavam para arrombar a porta, mas Grimmjow estava impaciente com a demora e foi até o quarto dos pais do moreno, que ficava ao lado. Ambos os quartos tinham portas-balcão enormes de madeira que davam para suas respectivas sacadas, ele seguiu até ela e pularia de uma sacada a outra assim que percebeu que ambas estavam abertas.
Dentro do quarto, Nnoitra estava sob Neliel e tentava despi-la, mas ela se debatia muito e por várias vezes acertava-o com tapas, ele perdeu a paciência e rasgou a blusinha que ela vestia. Logo percebeu que seu sutiã tinha abertura frontal e não tinha alças, então o tirou enquanto aguentava os tapas da garota.
Assim que ele se livrou de seu sutiã, lançando-o longe, segurou firme as mãos da garota com somente uma das suas e travou-se em meio às pernas dela, ficando assim com uma mão livre. Ele olhou bem para o rosto dela e sorriu vitorioso...
— Como você gosta de morder, vou evitar esses lábios deliciosos, mas assim que eu terminar de fazer amor com você, sei que vai implorar por meus beijos. – Disse ele e desceu pelo pescoço dela depositando muitos beijos e leves mordidas, ela não quis lhe dar o gostinho de gritar ou de chorar, só se mantinha com os dentes travados e tentava a todo momento se livrar da mão dele.
Em menos de um minuto ele já estava a deslizar a língua pelos seios de Neliel, logo em seguida abocanhou o esquerdo e passou a sugá-lo, com calma no início, mas logo se viu mais excitado e passou a fazê-lo com mais força, o mesmo fazia ao se movimentar no vão de suas pernas, mesmo sob a grossa calça jeans que ele vestia, ela podia sentir bem sua intimidade a pulsar sob ela, já que a garota trajava somente uma saia curta, saia essa que já estava quase que pela cintura.
O moreno se deliciava nos seios da garota enquanto sua mão a apalpava pelas coxas e subia lentamente até o meio de suas pernas, alcançando assim o local que tanto desejava, depois de acariciá-la por alguns instantes passou a tentar puxar sua calcinha de lado e logo desabotoaria sua calça, porém foi nesse momento que ouviu um barulho forte na porta, que em seguida era aberta subitamente.
— Saia de cima dela! – Esbravejou Rukia assim que invadiu o quarto juntamente com Ichigo, ao estilo Batman e Robin.
Nnoitra deixou Neliel na cama e avançou por sobre o maior, Rukia pulou sob suas costas e ficaram os três embolados na frente da porta. Neliel rapidamente engatinhou sob a cama e pegou sua bolsa, ficando de costas para a grande porta-balcão que dava acesso à varanda, pressionando os braços sob o busto, em alguns instantes foi abraçada pelas costas por Grimmjow.
— Não vamos conseguir passar por ali, venha comigo. – Disse ele e subiu na pequena mureta que rodeava a sacada.
— O que pensa que vai fazer?! – Perguntou ela assustada, ainda segurando os seios com um dos braços, já que sua blusinha estava rasgada.
— Vamos dar um mergulho. – Ele respondeu e logo a puxou para si, de cima ela pôde ver a piscina que ficava logo abaixo do quarto de Nnoitra. A saia de Neliel esvoaçava com a forte brisa inconveniente que os açoitava, bem como seus cabelos e seus pés custaram a se manter em equilíbrio.
— Minha bolsa! – Disse ela já que lá estavam seus documentos e celular. Ele então tirou sua jaqueta e enrolou na bolsa, jogando-a sob um arbusto, em seguida os dois pularam e surpreenderam a todos que festejavam lá em baixo – Eu não sei nadar! – Ela ainda gritou enquanto ambos caíam na água.
Grimmjow estava imerso e podia ver por debaixo d’água a garota a se debater, seus seios tinham ficado totalmente à mostra, mas ele não tinha tempo para admirá-los, então a pegou pela cintura e a levou até a borda da piscina.
Neliel tossia muito e permanecia agarrada ao azulado, ele então tomou mais um impulso e chegou até a escada, saindo da piscina tendo a garota abraçada a ele com braços e pernas, não a soltaria de jeito algum, ou todos veriam que ela estava praticamente nua. Passou pelo arbusto, pegou a jaqueta enrolada a bolsa da menor e saiu rapidamente de lá cortando pelo meio do jardim.
Ao chegar na calçada, a vestiu com sua jaqueta, ela agradeceu...
— Obrigada Jowjow, você me salvou de novo.
— Vamos correr, eles não vão conseguir segurar o Nnoitra por muito tempo. – Disse ele e passou a correr de mãos dadas à ela.
— Eu nem acredito que fizemos aquilo. Parecia uma cena de filme, eu nem sei como sobrevivi. – Ela não parava de falar e ele viu isso como algo bom, estava emocionalmente abalada, mas não se debulhou em lágrimas.
— Vou te levar pra casa, seus pais vão saber o que fazer, pois eu estou de malas prontas para ir pro seminário. – Ele arquitetava tudo para que nada saísse errado.
— Meus pais não estão em casa, eles viajaram... – Dizia ela quando ele mudou bruscamente seu caminho, para sua casa agora – Hey, minha casa é pra lá! – Disse ela ao ver que ele tinha mudado de direção.
— Se eles vão ficar o fim de semana fora, você não pode ficar sozinha, o Nnoitra sabe onde você mora e ele não vai desistir até conseguir o que quer. – Explicou ele e logo eles estavam na frente de sua casa, então completou: – Você vem comigo pro seminário.
Os dois entraram ainda molhados na casa e ele a empurrou para seu quarto com a finalidade que ela colocasse alguma roupa sua e ela o fez. Rapidamente os dois se trocaram com algumas poucas roupas que tinham ficado lá, a maioria moletons, já que o restante estava em seu novo apartamento, depois ele passou pelo quarto de seus pais e saiu de lá com uma bolsa, então correram até o carro dele, onde estavam suas malas.
Quando estavam já tirando o carro para fora, Nnoitra virou a esquina correndo e gritando, ainda conseguiu se aproximar do vidro do carro de Grimmjow...
— Grimmjow devolva ela! – Esbravejou o moreno todo maltrapilho pela confusão com Ichigo e Rukia.
— Ela não é um objeto. – Rebateu o azulado e acelerou o carro.
— Se tocar nela eu juro que te mato! – Gritou o maior sendo deixado para trás enquanto via seu amigo fugir com “sua garota”.
Grimmjow se sentia um James Bond da vida, tinha efetuado uma fuga eletrizante e escapado com a mocinha, não podia conter seu sorriso.
— Jowjow, para onde vamos? – Perguntou ela enquanto ligava o som do carro.
— Para um hotel, tenho que me hospedar hoje para amanhã estar descansado e pronto para o seminário. – Respondeu ele e depois passou a cantarolar a música que tocava no rádio, ela o acompanhou...
“So honey now take me into your lovin' arms... Kiss me under the light of a thousand stars... Place your head on my beating heart... I'm thinking out loud... Maybe we found love right where we are”
Neliel pegou no sono no breve caminho de três cidades que teriam que cruzar até o tal hotel, o mais próximo do centro de eventos onde o seminário seria realizado.
Ao chegar lá ele estacionou e ia acordar Neliel, mas antes de fazê-lo, ficou a admirar seu belo rosto adormecido, não resistiu à tentação de beijá-la novamente sem seu consentimento. Os lábios dele tocaram os dela de leve, para que ela não acordasse e o pegasse no flagra, mas o calor de sua respiração o embriagava e acendia ainda mais aqueles sentimentos confusos que tinha em seu interior, então preferiu se afastar.
— Bebê... Nós já chegamos. – Sussurrou ele ao pé de seu ouvido, para não assustá-la.
— Ok... – Respondeu ela ao abrir os olhos de forma preguiçosa.
Os dois foram até a recepção e lá eles pediram seus documentos, Grimmjow logo gelou, pois ela era menor de idade e se tinha alguém que entendia desses assuntos, esse alguém era ele, mas estranhamente o rapaz somente conferiu seus nomes e os dispensou, ele suspirou aliviado ao perceber que o rapaz da recepção era tão descuidado ao ponto de não conferir a idade da garota.
— Quarto vinte e três, sejam bem vindos pombinhos. – Disse o debochado recepcionista louro por nome Shinji.
Os dois não fizeram muito caso disso e logo entraram no elevador, o quarto ficava no terceiro andar e eles logo estavam lá. Assim que abriram a porta, Grimmjow quase que teve um colapso...
— Onde está a sua cama?! – Perguntou ele ao perceber que só havia uma cama de casal.
— Está bem ali, oras. – Respondeu ela na maior tranqüilidade ao apontar para a mesma.
— Não, aquela é a minha cama! – Retrucou ele ao se virar de frente pra ela.
— Podemos dividi-la, ou você pode dormir no chão como um bom cavalheiro. – Ela o olhava em tom de desafio, era a mesma forma de iniciar uma discussão de sempre.
— Eu vou lá na recepção, talvez eles tenham um quarto com duas camas sobrando. – Disse ele ao se virar e tentar evitar uma nova briga.
— Jowjow... – Disse ela ao segurar a barra da camisa dele – Não acredito que eles teriam, todos os participantes do seminário parecem ter se hospedado aqui, então porque nós não deixamos assim? – Ela perguntou esfregando os olhos, pois estava tarde e o dia deles tinha sido cheio.
— Ok, eu posso me ajeitar no chão... – Murmurou ele contrariado, mas ela sorriu encantadoramente e lhe deu uma resposta um tanto estranha:
— Pode dormir comigo, eu prometo que não vou abusar de você.
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