No hotel com a vista ao mar, em Incheon, onde Ji Ho e Ji Hye estavam hospedados, a garota recebeu uma carta à noite, uma bela rosa vermelha junto. Abriu-a no jardim do local:
“Ji Hye,
Espero que, um dia, você entenda que o que houve no seu apartamento não é culpa minha. Uma força maior controla tudo isso. Maior que eu, você, seu irmão, ou qualquer morto naquele dia. Essa força é inalcançável e estamos subordinados a ela.
Não sou do tipo que corre atrás das pessoas, mas me senti um pouco obrigado a tentar explicar a você que não sou o monstro que você deve achar que sou. Sou apenas humano.
Incheon? Você costumava fugir para lugares melhores antigamente. Foi facílimo rastrear você. Sequer está tentando se esconder? Porque qualquer um acharia você aí. Ficou com preguiça de cobrir seus rastros ou perdeu suas habilidades?
Volte quando quiser, mas não esqueça que você também tem que interpretar seu papel de celebridade Jiji Kim. Você não tem uma entrevista marcada?
Tente não arrastar seu novo brinquedo para nossos problemas. Park Jae Beom já foi o suficiente, não preciso de mais dos seus fantoches metidos nessa situação. Aliás, o Jae Beom está vivo, nem era tão grave.
Até.
Kwon Hyuk.”
- Apenas humano. - Repetiu Ji Hye. Sacou um isqueiro e brincou com o fogo. - Humanos são os piores monstros.
Ela acendeu, mais uma vez, o fogo, e aproximou a chama da rosa vermelha que tinha em mãos. A flor pegou fogo e Ji Hye analisou a cena com fascinação. A beleza mais pura sendo destruída tão fácil pelo poder do fogo.
Ji Ho deu um tapa na rosa, jogando-a longe, quando o fogo estava prestes a queimar a mão de Ji Hye. As pontas dos dedos dela estavam ardentes e vermelhas, fazendo a garota se sentir vívida.
- Está louca? Você ia se queimar! - Exclamou o homem.
- Às vezes, é bom sentir um pouco de dor. Faz eu sair do estado de torpor e perceber que ainda estou viva. - Ela murmurou.
Acendendo um cigarro, com o isqueiro bem longe de Ji Hye, Ji Ho encarou o céu. Estava nublado, as nuvens escondendo o brilho das estrelas do mesmo modo como alguma névoa de problemas fazia, ultimamente, com o brilho de Ji Hye. Desde que ela saíra do próprio prédio, tremendo, os pés sujos, a garota estava estranha como se não pertencesse a esse mundo.
O rapper colocou o maço de cigarros sobre uma mureta em que estavam encostados e voltou para o interior do prédio com a intenção de comprar algumas garrafas de vinho. O casal já estava bebendo álcool por cinco dias seguidos, senão ficavam brigando por motivos bobos. Ao Ji Ho voltar com duas garrafas de Romanée-Conti, Ji Hye havia sumido, portanto ele deixou o vinho de lado e correu para o portão do jardim, preocupado.
Ji Hye aproveitara a ausência de Ji Ho para dar uma volta na praia. Adorava caminhar respirando a brisa marítima, não queria desperdiçar sua visita a Incheon sem dar uma olhada no oceano. Precisava voltar logo para Seul, tinha que conversar com Ji Ho, mas não sabia como. Ela mesma que insistira para viajar, pretendiam ficar ao menos um mês fora de Seul, e agora Ji Hye queria voltar tão rápido. Não se importaria com a opinião alheia, normalmente, porém Ji Ho era diferente. Importante.
- Não desapareça assim! - Exclamou o homem, alcançando Ji Hye.
- Desculpa. Eu precisava respirar.
- Está bem, mas avise na próxima vez. - Ele tentou cruzar o braço com o dela, mas Ji Hye se desvencilhou.
- Eu quero voltar para Seul. Agora. - Ela disse simplesmente, começando a voltar ao hotel e deixando o outro parado ali, observando a silhueta dela cada vez mais distante, confundindo-se com a escuridão da noite. Ji Ho resolveu ficar mais um tempo na beira do mar.
No carro velho que o casal comprara discretamente para despistar qualquer atenção indesejada, Ji Ho encontrou Ji Hye deitada com o banco do carona abaixado, as bagagens de ambos já colocadas pela garota no porta-malas. Ela fumava no carro com as janelas fechadas, analisando a fumaça que subia e se dissipava no ambiente.
- Ah, por favor, você quer morrer?! - Indagou Ji Ho, abrindo as portas e janelas do veículo.
- Feche a conta do hotel. - Ji Hye tragou o cigarro, ignorando o que o outro dissera.
- Você está insuportavelmente linda, caralho. - Ele murmurou, pegando uma câmera profissional no porta-luvas do carro e tirando uma foto da garota deitada. - Impossível ficar bravo com você.
- Vamos embora logo.
Após Ji Ho pagar a conta do hotel, eles partiram para Seul. Ji Hye ficou quieta durante toda a viagem, por mais que Ji Ho tentasse conversar com ela, porque não queria papo com ele. Ela estava de mau humor. Em Seul, eles trocaram de carro em uma garagem discreta, voltando ao Porsche preto de Ji Ho. A garota pediu para ficar no apartamento dele, não queria voltar ao próprio. Ji Ho permitiu.
O rapper Punchnello ainda estava no apartamento, vestindo um roupão azul e comendo um pão com geleia quando o casal entrou. Ficou um pouco chocado ao ver Jiji Kim com Woo Ji Ho, porém não tanto quanto ficou o dono do apartamento, ao ver que Punchnello ainda estava ali desde a festa.
- Eu dormi aqui nesses dias, já que você sumiu. Você não disse para eu cuidar da sua casa? Esse era o melhor modo de cuidar. - Explicou o visitante.
- Você veio comer minha comida e se aproveitar de mim, isso sim. - Disse Ji Ho, suspirando. - Sinta-se em casa… idiota.
- Mereço saber por que ela… está aqui. - Punchnello apontou para Ji Hye, que deu de ombros. - Tipo, é a Jiji Kim. E você é o Zico, cara.
- Obrigado, Capitão Óbvio. - Ji Ho revirou os olhos. - Você mesmo a chamou para a festa. Por que fica fazendo essas perguntas tolas?
- Eu chamei ela para a festa, mas não estou entrando em casa, cheio de bagagens, com ela.
- Não é da sua con-… - Começou Ji Ho, sendo interrompido.
- Ji Ho é meu amigo. - Ji Hye disse. - Com alguns benefícios, talvez. - Ela levou sua bagagem para o quarto de Ji Ho, deixando-o para trás com as palavras duras que ela dissera.
~~~
- Jae Beom! - Uma voz chamou.
Seria um sonho? Jay Park só se lembrava de estar deitado em um sofá, amarrado, refém, e, então, levar um tiro. Sua memória estava um pouco oscilante, em pedaços, porém ele se lembrava do bastante para pensar que estava morto. Depois do tiro, Jay se contorcera e caíra no chão, dando uma última olhada no líder do grupo que entrara no apartamento de Ji Hye antes de toda a confusão.
Kwon Hyuk. Dean. Quando Jay Park ainda estava são, Dean ignorara o refém e avançara em direção dos sequestradores. Aquilo ainda estava claro na mente dele, o seu colega de indústria, Dean, o cantor tão querido dentro e fora da cena underground, estava lá, arma em mãos, rindo da situação de perigo em que Jay se encontrava.
- Park Jae Beom! Park Jae Beom! - A mesma voz de antes chamava e chamava. Jay não conseguia identificar se era feminina ou masculina. Talvez fosse Deus falando com ele e o mandando para o Inferno.
- Deixa o cara…
- Ele se mexeu, eu vi!
- Dane-se!
- Ele abriu os olhos por alguns segundos! Tenho certeza!
Se Jay Park estava morto e aquele era o Purgatório, então era mais barulhento do que ele imaginava. Por que Deus era tão barulhento? Com quem Deus discutia? Seria o Diabo?
- Park Jae Beom! Park Jae Beom! - Um barulho de ferro batendo tomou conta.
Todo esse ruído deixou Jay Park irritado. Com certeza, ele estava no Inferno. Queria dormir, estava cansado, todavia aquele barulho incomodava demais. Resolveu bater de frente com o Diabo que fazia tal ruído.
- Porra, eu sei que eu morri, mas dá para me deixar morrer em paz?! - Exclamou Jay, sentando-se.
- Jae Beom! Presidente Park! Você está bem… como é bom ver você… - Disse Hoody, começando a chorar.
- Hyun Jung?!
- Ah, fala sério. Que chatice. - Reclamou Park Tae Joon.
- Onde estou? Não morri? - Indagou Jay.
- Você está numa cela de prisão do Kim Ji Hoon. Isso é pior que a morte. - Resmungou Tae Joon.
Jay Park olhou ao redor pela primeira vez. Estava numa maca, sem camisa, o peitoral e ombros enfaixados, em um pequeno local rodeado por barras de ferro. Na cela ao lado, estava Hoody, soluçando com as mãos no rosto, e, à frente dela, estava Park Tae Joon, que Jay conhecia de algumas festas que participara.
- Legal. Pelo menos, posso escrever uma música sobre isso depois. - Comentou Jay.
~~~
Simon Dominic estava preocupado. Jay Park e Hoody sumiram, deixando apenas um bilhete misterioso: “Fugimos juntos. Não nos procurem”. Os outros empregados da AOMG estavam desmotivados com essa história, deixando de produzir bem. “É típico do Jae Beom me deixar sozinho gerenciando essa merda”, pensou Simon.
Um subordinado da empresa que entrevistaria Ji Hye sobre o namoro ligou para Simon. Ofereceram a ele uma chance de “surpreender seu amor”, fazendo uma participação surpresa na entrevista. Simon aceitou, claro. Talvez conseguisse conversar com Ji Hye por fim.
Quis pegar o ônibus para ir para casa, a fim de pensar melhor no que dizer na entrevista. Ao descer a rua do prédio da AOMG, passou por um carro preto, do qual saíam dois homens de meia-idade.
- Tenho quase certeza que aquele desgraçado do Kim Ji Hoon começou aquele tiroteio. - Reclamava um deles.
Simon parou. Kim Ji Hoon… não era o irmão da Ji Hye? Porém era um nome comum demais para se preocupar com aquilo.
- Deixe essas gangues se resolverem sozinhas, cara. - Respondeu o outro. - Temos um trato com o Kim Ji Hoon, lembra?
- Não concordo com esse trato. Por que a polícia tem que fazer trato com a escória?
O rapper voltou ao seu caminho, tentando ignorar. Poderia ser qualquer Kim Ji Hoon de toda a Coreia do Sul, não necessariamente era o irmão de Ji Hye, Simon pensava.
~~~
- Você tem uma entrevista hoje?! Por que não avisou antes? - Perguntou Zico.
- Porque eu pretendia ficar em Incheon por um bom tempo. Eu queria perder essa entrevista, mas agora mudei de ideia. - Respondeu Ji Hye, olhando-se no espelho do quarto. - Preciso mudar um pouco meu visual… O público ficará cansado dessa minha aparência.
- Eu posso ajudar, adoro fazer uns experimentos de cabeleireiro. - Ofereceu Punchnello, surgindo repentinamente no quarto.
- Você ainda está aqui? - Zico suspirou e apontou para o roupão que o outro usava: - Aliás, esse é o meu roupão favorito?!
- Não sabia que era o seu favorito, me parece bem normal. - Punchnello zombou. - Voltando ao assunto, Ji Hye, eu posso ajudar, se você permitir.
- Tudo bem. - Ela concordou.
Ji Hye e Punchnello expulsaram Zico do próprio quarto e ficaram um bom tempo trancados, deixando o anfitrião impaciente. O que será que aprontavam sozinhos? Zico perdeu a paciência e voltou ao quarto dele.
- Eu sabia que você entraria. Eu já terminei, tanto faz. - Disse Punchnello.
- Onde está a Ji Hye? - Zico perguntou, procurando a garota.
- No banheiro. Ela já vem.
A porta do banheiro se abriu, revelando uma Ji Hye de cara amarrada. Melhor ainda: ela estava loura. Zico ficou chocado, porque ela ficara ainda mais bonita. Ji Hye, pessoalmente, não gostara de descolorir os cabelos. Tudo fora ideia de Punchnello, que basicamente a forçara a mudar.
- Eu sei que ficou ruim, foi ideia desse seu amigo aí, mas não precisa ficar me encarando como se eu fosse um fantasma. - Reclamou Ji Hye para Zico.
- Não ficou ruim, você está maravilhosa. - Ele negou, sorrindo timidamente.
- Qual de vocês me dará uma carona até o local da minha entrevista? - A garota cruzou os braços, intercalando o olhar entre os dois rapazes.
~~~
- Ki Seok. - Cumprimentou Ji Hye com um aceno de cabeça.
- Você está linda com o cabelo desse jeito. - Ele a encarou.
- Eu sei. - Retribuiu o olhar. - Temos que combinar o que falaremos na entrevista.
- Sobre o quê?
- Sobre nosso relacionamento.
- Nós temos um? Eu… estou confuso há um bom tempo.
Ji Hye colocou os braços em volta do pescoço de Ki Seok, colando seus corpos:
- Você não quer voltar comigo? - Sussurrou.
O rapper agarrou a cintura dela e a beijou, ansioso. Enquanto trocavam seus toques, uma funcionária da transmissão os chamou timidamente, pois a entrevista começaria em breve. Assim que saiu, a funcionária de imediato pegou seu celular e criou uma postagem em um fórum, dizendo: “Jiji Kim e Simon Dominic se amam de verdade! Não é falso! Eu vi!!”.
- Eu o vi no clube, mas fiquei tímida de conversar com ele, então acabamos nos desencontrando. Sempre fui uma grande fã do Simon D, e vê-lo lá, pessoalmente, era como um sonho. Mesmo assim, mais tarde, incrivelmente nos conhecemos por meio de um amigo em comum. Estávamos destinados um ao outro. - Explicava Ji Hye, com brilho nos olhos, como conheceu o suposto namorado.
- Para mim, ela é a mulher mais linda do mundo, e agradeço muito por tê-la ao meu lado. - Replicou Ki Seok.
Quando a entrevista terminou, eles saíram juntos, abraçados, do prédio da emissora. Por mais que Ki Seok odiasse a atenção das câmeras dos paparazzis, dos fãs e curiosos, Ji Hye o segurou no lugar, sorrindo e acenando a todos.
Em casa, Zico assistia a tudo, rindo ironicamente. Punchnello tentava consolar o amigo, sem sucesso. A falsidade de Ji Hye diante das câmeras era algo que surpreendia Zico, porém, de alguma forma, ele já esperava por aquilo. Algo em seu coração o avisara que Ji Hye o deixaria de lado.
- O que você gosta nela? Sei que ela é linda, mas tem muitas por aí. - Comentou Punchnello.
- Eu não sei. - Zico passou a mão pelos cabelos.
- Tem que ter algo, cara.
- Eu adoro o jeito… que ela fuma. - Zico escondeu o rosto entre as mãos. - Pensativa, delicadamente saboreando o cigarro com calma.
- Cara, que isso… Você gosta mesmo dela.
- Mas alguém como eu não pode fazer alguém como ela feliz. Estou sempre ocupado, enrolado… não posso fazer as vontades dela.
- Ah, para, você é sensacional. É perda dela se não quiser ficar com você. - Punch deu leves tapinhas nas costas do outro.
- Não é verdade. O Ki Seok é melhor para ela. - Zico se levantou, indo se esconder no quarto.
~~~
- Kim Hyun Jung, você foi convocada. - Chamou Dean, abrindo a cela de Hoody.
- Me obrigue. - Ela respondeu cinicamente.
- Isso é fácil. - Ele a pegou pelo braço com força, arrastando-a para fora do local. - Tente se opor, então sofrerá ainda mais.
- Por que eu…? - Hoody se perguntava repetidamente em voz alta.
- Achei que estivesse bem claro que você estava na hora errada, no lugar errado.
Os corredores que eles passavam estavam em ruínas como o resto da construção, as paredes e o chão em cimento puro, largando uma poeira seca que fazia arderem as narinas. Dean abriu uma porta que parecia nova demais com relação ao prédio, jogando a garota para dentro de um quarto.
O papel de parede do cômodo era azul-marinho em um padrão florido mais claro, o carpete era da mesma cor. Havia apenas um guarda-roupas e uma cama, brancos, que pareciam nunca ter sido usados. Uma porta, também branca, situava-se ao lado da cama.
- O gosto de vocês para decoração é horrível. - Hoody resmungou, chorando de medo.
- Foda-se. - Dean virou as costas. - Tome um banho, tem um banheiro na outra porta e roupas e toalhas no guarda-roupas.
- Eu não vou usar as roupas de vocês.
- Quer encontrar o Ji Hoon pelada? Tudo bem, mas, pelo menos, tome um banho, você está nojenta demais. O Ji Hoon odiaria esse fedor. - Ele bateu a porta às suas costas e trancou. - Volto em 20 minutos! - Gritou do corredor.
Tentando engolir as lágrimas, Hoody foi direto ao banheiro. Uma ducha e produtos de higiene simples estavam à sua espera num local mal projetado, que contrastava com o quarto. A cerâmica do chão e das paredes estava toda quebrada e, apesar de possivelmente ter sido branca algum dia, agora era bege.
A garota ignorou o estado de conservação do banheiro, abriu o registro e entrou na água gelada, observando a sujeira acumulada em seu corpo se unir com as gotas que caíam em sua pele e escorrer pelo chão. Fazia tudo roboticamente, sem pensar, esfregando o corpo com tanta força que, normalmente, machucaria. Lavou os cabelos de qualquer jeito e terminou o banho.
Saiu nua e molhada para o quarto, agarrando uma toalha qualquer no guarda-roupas e mal se secando. Antes que chegasse a secar o cabelo, Hoody notou as roupas disponíveis a ela, todas enfileiradas em tons diferentes de azul. Pegou um vestido azul-claro de um cabide, logo o jogando no chão, chocada, então arrancando todos os vestidos de seus lugares e fazendo o mesmo.
Suas lágrimas se misturavam com os pingos que caíam dos cabelos no chão. Seja lá o que Ji Hoon quisesse com ela, era definitivamente cruel. Lembranças voltavam à sua mente em turbilhão, desde a sua infância até conversas que tivera com Ji Hoon.
Cinderela sempre fora a princesa favorita de Hoody. A história a cativava de modo a fazê-la sonhar com um amor predestinado durante toda a vida, deixando de sair com vários homens porque eles não pareciam ser seu príncipe dos contos de fada.
Ela comentara isso com Ji Hoon certa vez. Eles discutiam clichês em histórias, sobre como tudo, no fim, tinha a mesma fórmula dos contos infantis. Ji Hoon preferia histórias trágicas, claro, enquanto Hoody defendera avidamente o romance de Cinderela. Algum tempo depois, lá estava ela, sua suposta relação destruída.
Ji Hoon se lembrava do que ela dissera, portanto disponibilizara várias customizações do mesmo vestido de Cinderela. Alguns em azuis mais fortes, outros mais fracos, porém todos lembravam o conto de fadas. Para Hoody, era como se ele estivesse zombando dela, jogando-a na realidade de que nunca realizaria seu sonho de criança.
Embora os vestidos fossem de Cinderela, Hoody se sentia como Bela, presa por estar no lugar e na hora errada. Era mesmo uma pena que Ji Hoon fosse apenas Fera, sem o coração e a alma de Príncipe Encantado.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.