Eu sinto muito....
P.O.V' S ________________ ON:
18:14 P.M
Namjoon tinha os olhos presos na pessoa atrás de mim, seus olhos ficaram com algumas gotas de lágrimas e eu me virei rapidamente batendo o rosto no peito farto de Jimin.
Eu sorrio e o abraço forte, não tinha a menor idéia de que ele voltaria tão rápido, me afasto devagar e dessa vez foi Namjoon que o abraçou falando o quanto Park era um grande filho da puta, os dois sorriam e meu coração se sentiu aquecido por ver os dois se dando tão bem.
-É bom te ver também, cara. - Park fala e alisa as costas do amigo - Mas agora eu quero ter uma conversa a sós com a __________.
Namjoon acena que sim e entra na mansão quase saltitante.
Park me olhava bravo agora, respirei fundo e ele começou:
- Que idéia idiota! De onde você tirou que trazer Yoongi seria algo bom? Não pensou em tudo que poderia acontecer? - ele vocifera apertando os punhos.
-Eu não pensei em nada, só no Taehyung que está piorando! - falo e ele revira os olhos.
-Acha que eu não sei? Eu disse que iria pensar em algo, então não se intrometa!-o olho incrédula e abaixo os ombros.
-Eu achei que você tinha mudado. - viro em direção a porta da mansão e começo a andar.
-Não _____________, me perdoa não foi minha intenção, vem cá vai. -ele me vira para ele. - Vamos recomeçar, admiro muito que você tá tentando ajudar o Tae, mais isso iria prejudicar todo mundo. - ele acaricia minha bochecha e selou minha testa em um beijo fofo.
-Achava que você demoraria mais para voltar... - falo e sorrio, ele encostou nossas testas e nossos narizes começam a roçar um no outro.
- Não gosto de admitir, mas senti sua falta. - no mesmo instante Rosé chega correndo e quando vê para.
Ela tosse irônica para chamar a atenção de Park, conseguindo.
Ele a olha irritado e ela se aproxima o abraçando, um sentimento estranho se apossou mim, eu não estava me sentindo confortável, muito menos feliz com aquilo, então dei meia volta e entrei na mansão.
Chegando lá fui até a cozinha onde Jin procurava algo em seu livro de receitas, ele estava feliz o que acabou me contagiando.
Hoseok chegou todo empolgado e colocou algumas coisas em cima da mesa.
-Eu não esperava a hora de usar essas coisas. -ele fala e vai tirando de dentro da sacola alguns balões e Jin começa a rir.
-Estamos fazendo uma festa para Park e não para uma criança, Hoseok.- Jin fala e vai procurar algo no armário.
-Eu te ajudo a encher. - falo empolgada.
O Kim vê que Park entrou e esconde a sacola debaixo do balcão.
Jin e ele vão dar as boas-vindas à Park e eu vou no livro do Jin procurar algo que Park goste.
Rosé chega na cozinha e me olha sorrindo maliciosa, ela se aproxima e senta no balcão me encarando.
-Eu sei que está rolando algo entre você e Park, e sei também como ele faz as mulheres se sentirem única, você é só mais uma.
A olho irritada e falo:
-Como você tem tanta certeza? Não sabe o que eu sinto por ele!
- O que você sente? Eu sei exatamente o que uma sequestrada sente pelo sequestrador. - ela sorri e pega uma mecha do meu cabelo.
-Como assim? - levanto uma sobrancelha.
- _______________ só você não percebe não é?
-Percebo o que Rosé? Desembucha! - falo e ela sorri mais ainda.
-Você está com a síndrome de estocolmo, sabe? Quando a presa deseja o predador, quando a vítima quer conquistar a simpatia do agressor... - ela jogou aquelas palavras na minha cara com tamanha facilidade, aquilo acabou comigo, como não pensei nisso antes?
Ela sai da cozinha como se nada tivesse acontecido e eu apenas caí sentada na cadeira, respirando rapidamente, ponho a mão na boca para evitar fazer barulho.
Rosé acaba de me destruir com simples palavras.
Síndrome de Estocolmo? Isso é possível?
Não queria acreditar, mas sabia que existia essa possibilidade.
Jin chega na cozinha sorridente me tirando do meu transe.
-Park disse que vai descansar, esse é nosso momento de fazer algo.
Hoseok e Namjoon entraram na cozinha e pegaram as coisas e começaram a arrumar no salão principal, fiquei na cozinha procurando algo com Jin.
[...]
-Melhor impossível. -falou SeokJin feliz com o resultado que havíamos chegado, o bolo estava lindo e parecia saboroso, assim como as outras coisas.
Levamos tudo para o salão que estava perfeito, parecia até o aniversário de alguém.
Me fez recordar das festas na minha casa, todo mundo feliz e empolgado.
Estavam todos lá em baixo, menos Lisa e Taehyung claro.
Jungkook se aproxima de mim sorrindo e sussurra:
- Já provou os doces? Estão maravilhosos. -bato no ombro dele rindo.
-Não era para pegar agora Jungkook! - ele começa a sorrir e por um momento vejo que ele parou e me olhou firme nos olhos.
Na mesma hora murmurinhos nos despertaram e vi Park descendo as escadas e quando viu aquilo arregalou os olhos e pôs a mão na boca, ele sorria como uma criança.
E ver ele assim só me fez pensar mais no que Rosé disse, abaixo a cabeça tentando não transparecer minha tristeza.
Ele começa a abraçar todo mundo e a conversa começou a fluir rapidamente, eles bebiam e sorriam felizes, como se aquilo realmente fosse apenas uma festa inocente, com pessoas de bem e com uma vida justa e perfeita, mas não era.
Vou até a grande janela e encaro as árvores, o clima estava muito bonito e ao mesmo tempo triste, o céu estava escuro e as árvores balançavam forte indicando que um temporal estava por vir.
Sinto braços me agarrar por trás e um beijo ser depositado no meu pescoço.
-O que você tanto pensa aí sozinha? - ele fala e encosta a cabeça na minha.
-Jimin, posso te perguntar uma coisa? - ele sussurra um "uhum" e eu respiro fundo pensando em como falar isso.
Lisa começa a gritar por ajuda desesperada,subimos correndo e assim que entramos vimos Tae tendo uma convulsão, ele se debatia na cama.
Jungkook e Namjoon foram correndo prender ele contra a cama.
Puxei Jimin para fora do quarto e o encarei.
-Jimin se não podemos falar com Yoongi, deixa eu chamar minha mãe, ela é enfermeira, pode ajudar!
- Não! Claro que não! - ele grita e eu o pego pela blusa.
-Você quer ver seu amigo morrer Jimin?- ele olha para o quarto mais um vez e fecha os olhos.
-Jin, Hoseok, vão fazer uma visitinha a senhora Hana. - ele fala e os dois saem correndo escada abaixo.
Fomos até o quarto dele e esperamos notícia, ambos não proferiu nenhuma palavra, nos mantermos calados e irrelevantes.
22:12 P.M
Depois de algumas horas um carro entrou na mansão e fui até a janela vendo minha mãe sendo trazida pelos dois enquanto gritava e tentava de soltar, meu coração acelerou e eu fui correndo rapidamente ate o hall de entrada, ela foi colocada sentada e tiraram o pano da boca dela.
-Eu vou gritar se vocês não me soltarem. - ela estava extremamente irritada.
- Mãe...- falo baixo a olhando, ela se vira rapidamente para trás e para no mesmo instante, parecia um sonho distante ver minha mãe novamente, não me aguentei e fui correndo em sua direção, foi o tempo que Jin soltou os braços dela e nos agarramos.
Ela acariciava meu cabelo enquanto chorava e repetia que me amava, passamos longos minutos abraçadas até que nos separamos e ela começa a tocar meu rosto.
- Você está viva! Minha filha está viva!- ela sorria abertamente até que avistou Park descendo das escadas e me puxou para trás dela.
-Fique longe Park! - ela falou e ele sorriu.
-Como é bom te encontrar novamente Hana.- ele se aproxima e ela coloca uma mão na frente fazendo ele parar.
-Vocês se conhecem? Desde quando? - perguntei curiosa.
-Quando seu pai e o senhor Min se conheceram Park trabalhava para ele, e você parecia ser um bom garoto Jimin, o que te deu?
-A raiva nos obriga a fazer coisas Hana, e como eu me arrependo, mas você não está aqui para batermos papo, preciso da sua ajuda.
- Mãe uma pessoa foi baleada naquela perseguição, precisamos da sua ajuda!
-Eu não vou salvar a vida de bandido ____________ !
-Se você não vai fazer isso por ele, faça por mim mãe,por favor.
Ele pareceu pensar um pouco e por fim se deu por vencida.
-Me levem até o paciente.
Subindo pelas escadas, minha mãe apertava minha mão e eu a dela.
Entramos no quarto e ela começou a examinar Tae.
-Isso não está nada bom, eu preciso fazer alguns exames, então me tragam algumas coisas para eu colher sangue e eu levarei para o hospital imediatamente.
Ela cuidava do Taehyung delicadamente, acho que aos poucos ela foi se acostumando com a idéia.
Jimin se aproximou de mim e pegou na minha mão entrelaçando nossos dedos, ele parecia apreensivo então deixei com que o toque continuasse.
Minha mãe olhou de relance e ficou desconfiada, mesmo assim continuei segurando sua mão.
Lisa estava desesperada no canto do quarto e não parava de chorar nos braços de Jungkook.
Minha mãe colocou as coisas na bolsa dela e se levantou da cama.
-Preciso ir para o hospital, e não se preocupe filha isso só vai ficar entre nós, mas quero ficar sozinha com minha filha um pouco.
Jimin permitiu e eu e Hana descemos as escadas, ela do nada pegou minha mão e passou a correr.
-Filha venha comigo, podemos fugir juntas agora, volta para casa comigo e tudo ficará normal de novo.- minha mãe segura meu braço me puxando levemente até a saída mais eu tiro meu braço das mãos dela e a olho com meus olhos cheio de lágrimas.
- Mãe, me perdoe. - ela pareceu fingir não ter entendido. - mas eu estou apaixonada pelo Park. - ela me olhou com fúria e acertou um tapa em cheio no meu rosto.
-A minha filha não era assim. - ela profere com desgosto.
-As pessoas mudam mãe, eu também. - ela morde os lábios e sai batendo a porta.
Jimin toca no meu ombro.
-Você ouviu tudo não foi? - ele concorda e me abraça forte. - eu amo minha mãe, mas Jimin o que eu sinto por você chega a me deixar sem opções, mas eu tenho medo.
-Medo de que? - ele pergunta.
-Medo de que isso só exista na minha cabeça, que seja a forma que eu achei de aceitar que eu não tenho outra escolha.
-O que você está dizendo _________? Que o que sentimos foi projetado por sua cabeça? - eu concordo e abaixo a cabeça.
-Desculpa...- ele se afasta de mim e bate na porta enquanto põe os cabelos para trás.
- O que eu sinto por você não é uma doença! Nunca mais profira essas palavras! - ele não me deixa falar e sobe as escadas.
Sento no chão e deixo as lágrimas desceram rapidamente.
[...]
Estava esperando uma ligação da minha mãe com o resultado dos exames eu e Park estávamos na sala que tem a porta preta, ele estava na ponta da mesa rabiscando em uma folha de papel e eu cantarolava uma melodia triste.
O celular tocou e ele rapidamente me olhou.
Atendi e percebi o clima pesado que se fez quando falei:
-Oi mãe.
-Filha...- ela estava com a voz pesada e parecia triste.
-Fala logo mãe. - profiro sem muita paciência.
-Eu sinto muito filha ...
"Se eu cair, você pode me puxar para cima?
É verdade que você está olhando
E que quando eu estiver cansada,você irá se deitar comigo?
Na minha cabeça então, eu posso dormir sem você?".
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.