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História Demônio da Guarda - A implacável


Escrita por: aegel

Notas do Autor


Oláaa, eu sei que não apareço há tempos e talvez vocês nem lembrem de mim ou da fic
Podem me xingar a vontade, eu permito
Depois daquele episódio eu fiquei com um block eterno, eu sabia exatamente o que fazer, mas não sabia o que escrever ou como fazer, me desculpem
tentei reescrever diversas vezes e nenhum resultado me agradava, até que eu parei de escrever, mas cá estou 3 meses depois de parar de tentar, enfim...
eu senti uma vontade enorme pra voltar escrever e cá estou
talvez vcs notem algumas coisas diferentes na capa, como os efeitos e as fontes, mas é pq eu perdi tudo o que tinha dos materiais que editava
escrevi esse capítulo mais como uma recapitulação, mas ela faz parte da história, acho que deveria considerar mais um tapa pra voltar pra história rsss
enfim, boa leitura

10/06/21 capítulo revisado e parcialmente rescrito.

Capítulo 4 - A implacável


Fanfic / Fanfiction Demônio da Guarda - A implacável

~ Um tempo atrás ~

Era de manhã,  Lucy havia chegado atrasada e pulado o muro da escola, ele havia aproveitado desse momento para fazer o que todo demônio faria: se espreitar e observar enquanto preparava o seu próprio palco, facilitaria para conhecer melhor o território, aquele lugar possuía uma energia estranha e ao mesmo tempo familiar, exalava de todos os cantos e lados. Não queria ser descuidado caso essa energia fosse algo desconhecido, já viveu o bastante para tomar cuidado com as coisas que talvez desconheça. Caso ainda existam caçadores poderosos como na sua época, teria um problema em seu plano de liberdade.

Ela olhou para trás procurando Natsu que até agora a seguia em silêncio, mas não encontrou nada, apesar de ele estar logo atrás a observando, sem nenhuma presença — algo muito útil que aprendeu com a sua irmã carmesim —.

 

 

 

Era o intervalo, todo esse tempo o deu oportunidade para investigar todo o local em busca daquela energia tão estranha e familiar, mas não obteve nenhum sucesso, estava escondida, mas tinha a certeza que havia algo, a sua própria intuição o gritava, e nunca foi de ignorar uma intuição que sempre esteve certa em diversas situações que passou. 

A observou como fez toda manhã, ela sentou-se apoiada no pé da árvore e escondeu o rosto nas pernas, ele conseguia ouvir a respiração forte dela da árvore mais a longe que estava. 

Era um ambiente agradável com o vento fresco da manhã que balançava tanto as folhas quanto a grama no mesmo ritmo.

Se posicionou em uma árvore mais próxima, estava em sua forma demoníaca e não podia ser visto daquele jeito por humanos normais a menos que quisesse.

— Olha se a assassina não deu as caras — Uma voz até agora desconhecida disse em tom debochado, ele havia a puxado pelo pulso, uma enorme vontade de matá-lo o consumiu, um humano desconhecido havia apresentado grosseria com alguém que pertencia a ele, o deixa desconfortável, e se tem uma coisa que também odeia é se sentir desconfortável. — Deve estar se sentindo um lixo por ter assassinado a própria mãe, não? — Continuou. Natsu desceu da árvore andando stealth¹ com sangue nos olhos, iria matá-lo rapidamente que nem teria chance pra piscar. — Ah, esqueci, você odiava ela, né?

— Eu não matei ninguém.

— Sua vadia suja. — Já estava próximo o bastante para matá-lo. — Você não têm valor a própria mãe, gente que assassina a própria mãe como você merece ir para o inferno.

"Que inocente." — pensou.

Se posicionou pronto para dar o golpe, antes do tal humano ser puxado bruscamente pela nuca, se escondeu novamente na árvore soltando resmungos, um moreno deferia socos no sujeito que até agora ele ia passar a faca. Parou para observá-lo, ele possuía uma parte da energia estranha que sua intuição o alertava.

— Tsc — resmungou jogando todo o ar que segurava pra fora.

O moreno o desmaiou no chão e se virou para ela com um sorriso gentil no rosto, estendeu a mão, o rosado desferiu um olhar enciumado.

— Cheiro de caçador — sussurrou com um olhar odioso no rosto.

O moreno olhou para o local em que Natsu estava escondido desconfiado, sentia uma sensação ruim vindo dali. Relaxou o olhar  e prendeu a respiração ao perceber o olhar do moreno, se continuasse com aquele olhar iria acabar revelando sua presença de vez. Talvez algum dia acabaria com aquele humano, caçadores desde épocas distantes existiam como uma resistência para demônios e bruxas — e tiveram êxito —, quanto mais pararem de incomodar, melhor. Primeiro possui outro foco, e é aquele humano no momento desmaiado no chão, poderia muito bem matá-los agora, mas não sabia se existia mais caçadores espalhados no local, e quanto mais numerosos mais dificuldade.

Não queria ter os mesmos problemas descontrolados de antes.

Observou bem o rosto daquele jovem deitado no chão, não sabia o nome dele porém conhecia alguém poderia localizá-lo somente pela aparência, uma caçadora implacável.

E apesar pelo pouco tempo que esteve na superfície, já sabia muito bem onde ela estava.

 

 

 

~ Por volta da madrugada... ~

Foi logo após Lucy ter fechado a porta do quarto em sua cara depois de toda aquela "tortura", todas as luzes estavam apagadas como um bréu com somente o fogo em seus olhos no meio de todo escuro, a luz lunar que saía da janela era fraquíssima, já que era a lua minguante, a que representava a morte devido a próxima lua ser a totalmente negra, a morte que antecede a vida, infelizmente ela não estava completa para observar o que iria fazer, mas com seu significado era o momento perfeito, a hora perfeita.

Saiu pela janela e partiu até o seu destino em mente.

Havia tentado descobrir o nome do sujeito de mais cedo com Lucy, seria até mais fácil, mas sem sucessos.

Se apoiou na sacada da janela aberta do cômodo completamente escuro, a brisa fraca entrava no quarto pela janela juntamente com a luz fraca da lua minguante e balançava os seus fios rosados no mesmo ritmo que as cortinas brancas. Ouviu-se um som de cadeira arrastando em um som agudo.

Botou as pernas para dentro do cômodo e sentou-se na sacada com a mão esquerda apoiada também na sacada.

— Erza — disse, a ruiva sorriu e se levantou na direção do rosado o analisando de braços cruzados. Vestia o uniforme da escola, só que bem mais formal, como se fosse alguém mais importante na escola. — Que surpresa, logo você em um lugar de humanos como esse.

— Olá, irmãozinho. Vejo que conseguiu sair do inferno. — Arrumou o cabelo para trás da orelha e sentou-se ainda de braços cruzados. — Deixa eu adivinhar, você precisa de ajuda pra localizar alguém? 

Natsu sorriu como se ela entendesse exatamente o que queria sem precisar de nenhum papo.

— Como você é pratica, bem, acertou em cheio — disse. — Eu não sei o nome desse humano, se me permite adiantar.

— Ótimo, um trabalho chato. — Desviou o olhar aborrecida, odeia procurar demais, sempre foi precisa e rápida em tudo o que faz.

— Mas... posso terminar? — Ela resmungou "hum" ainda com o rosto virado. — A informação que tenho é que ele pertence ao seu território. — Olhou para ele com um brilho avermelhado nos olhos. — Têm cara de ser um idiota que acha que tudo gira a sua volta, mesmo sendo um simples humano.

— Hmmm — Ficou pensativa. — Continue.

— Ele possui um cheiro horrível azedo, consegui sentir de longe. Tem um cabelo loiro horrível e desbotado, olhos azuis e...

— Não precisa dizer mais nada. Eu sei exatamente do loiro que está falando. — Se levantou estalando os dedos um por um. — Infelizmente ele é minha presa, mas posso oferecê-lo para meu irmão mais novo se me fazer um favor mais tarde.

— E qual seria? — Desconfiou, sabia muito bem que não deveria ter favores com demônios. 

Ela sorriu sacana o olhando nos olhos totalmente serena.

— Um dia você saberá.

 

 

 

Os dois se posicionavam próximos da varanda do quarto de uma enorme mansão, como era a madrugada, o silêncio dominava e qualquer mínimo barulho chamava a atenção naquele local distanciado.

— E aqui está.  — Olhou em direção ao quarto. Um jovem loiro abre a porta do banheiro com a toalha amarrada na cintura, pingos escorrem pelo seus fios e seu peitoral aparentemente malhado, possuía uma feição aborrecida com curativos no rosto e os olhos arroxeados. — Eu estou de olho nele faz muito tempo.

Sting resmungou irritado e bagunçou os cabelos, fazendo diversas gotas se voarem com o movimento.

— Tsc... aquele doente retardado. — Enfureceu enquanto abria a gaveta na maior grosseria. — Ele acha que pode sair impune? Eu não sou qualquer um. — Bufou jogando as roupas violentamente.

— Você percebe o quanto ele emana perversidade? — a ruiva disse. — É uma presa tão fácil e valiosa... fico triste em dá-la para você.

A caçadora demoníaca sorriu, ela faz parte do porquê os humanos fizeram uma resistência: Uma máquina de caçar humanos alheios. Certamente alguma vez as pessoas quando eram crianças já tenham ouvido da mãe que não deveria ser mal ou perverso, se não o "bicho papão" te pegaria, pois bem, ela seria uma outra versão disso.

— Você pode ficar com ela depois, esse mau gosto não me interessa.

Como seres que vivem da maldade, humanos maldosos são como um tipo de prazer, um hobby, antigamente muitos demônios caçavam esses humanos e os cativavam a fazer coisas ainda mais maldosas do que antes, e mesmo que o humano não seja perverso, pode ser despertada em todos com sua natureza peculiar que destrói tudo aquilo que se interessa — todos possuem seus próprios demônios, afinal. , é como uma diversão motivá-los a serem cada vez mais perversos até chegar no ponto de os consumir por completo. Como a explicação de toda aquela maldade, os humanos diziam que estavam possuídos por demônios, apesar de ser uma meia verdade.

— Senhor Sting...? — Uma voz doce e insegura bateu na porta, Sting olhou para a porta e andou em sua direção. — Eu trouxe biscoitos, o senhor quer?

Abriu a porta com toda brutalidade, o que a fez dar um leve pulo de susto. Ele parecia furioso, o tanto para fazê-la se questionar o por quê havia ido oferecer os biscoitos que acabara de fazer com carinho.

A olhou de baixo para cima. Ela corou ao ver o seu peitoral desnudo.

— Eu não quero. — Virou-se de costas pronto para fechar a porta.

— M-mas... — Levantou a bandeja em sua direção com as mãos vacilantes.

— Você não escutou? — Ele se virou brutalmente virando toda a bandeja de biscoitos para o chão. — Eu. não. quero.

Novamente se virou e fechou a porta com toda força sem dar nenhuma chance de olhar a reação da pobre empregada, o som estrondoso da porta se batendo contra a parede pareceu ter ecoado pela mansão inteira.

— Quer ser desprezível. 

O loiro bufou de raiva e puxou o celular encima da cama digitando no visor com sua típica velocidade com smartphones, deitou-se na cama de qualquer jeito deixando o ranger das molas e praticamente enfiou o celular na cara enquanto mandava mensagens, o brilho do celular iluminava todo o seu rosto.

— Bem, você tá pronto, capitão? 

— Você está mesmo perguntando se estou pronto? 

Chamas envolveram partes do seu corpo começando por seus dedos, deixando suas escamas meio-transparentes a mostra e seu chifre avermelhado, seus olhos brilhavam em excitação, toda vez que fazia era como se seu corpo fosse renovado, como se tivesse recebido uma massagem completa no melhor spa existente.

Abriu a porta de vidro da varanda, o ar frio da madrugada adentrou todo o quarto, Sting olhou em sua direção com o movimento e o ranger da porta de vidro, mas não havia nada ali. Se levantou com as sobrancelhas confusas para fechar novamente a porta. Um calor enorme possuiu as suas costas, era como se estivesse no calor insuportável do inferno. Seu corpo começou a suar imediatamente em resposta de tamanho calor.

— Queria poder torturá-lo durante horas... — disse em sua voz rouca com um olhar sombrio no rosto. Sting se virou na mesma hora com um arrepio na espinha como se sua intuição gritasse perigo.

— O qu-. — Puxou a sua faca em toda velocidade e cortou o pescoço com precisão antes que tenha a chance de alguma reação.

— ...mas, sabe? Não estou com muita paciência — completou observando o corpo caído chão, enquanto o líquido carmesim manchava o carpete azul.

— Que pena, poderia ter aproveitado dele. — Erza desapontou. — Que orgulho, aprendeu com quem, hein?

Guardou novamente a faca, voltando a sua forma normal enquanto seus músculos ficavam novamente tensos.

— Não enche, Erza. — Ela sorriu sacana observando o corpo atirado no chão.

Ele andou até a cômoda de roupas e puxou uma frouxa, segurando-as com somente um braço.

Novamente olhou para o corpo de Sting com seus olhos opacos, apesar de ser um demônio da ira, matar humanos o dava sensações estranhas, mas não podia perdoá-lo por mexer com Lucy, prometeu aniquilar todos os seus inimigos e assim faria, sem nenhuma exceção.

E assim, como a representação da lua minguante, a morte veio.

— Tão fácil. 


Notas Finais


¹ - Stealth: é algo como furtividade, ele andou furtivo pelas árvores. Ele não estava invisível, mas como não tinha uma presença era como se fosse extremamente difícil de ser notado.
É isso, vocês gostaram?
O capítulo ficou bem curto na minha visão, mass se vocês quiserem eu posso acabar escrevendo menos, já que nos outros episódios eu acabo escrevendo 4mil palavras e isso pode ser cansativo pra algumas pessoas
Pretendo aproveitar a minha criatividade do momento e continuar escrevendo, amanhã irei começar o episódio 5 ^^
novamente me desculpem por toda essa demora, beijos e obrigada!!


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