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História Demons - The truths need to be said.


Escrita por: oceano-infinito

Notas do Autor


Hello babesss. Não quero falar muito aqui em cima.
Boa leitura.

Capítulo 5 - The truths need to be said.


Os últimos minutos da fisioterapia finalmente haviam acabado e Harry pôde sair. Já tinha ligado para Niall e o loiro prometera que em poucos minutos estaria aqui.

O garoto empurrava com força as rodas de sua cadeira, indo para fora do hospital. O estacionamento estava vazio, como sempre. Harry achava que era o único que frequentava aquele lugar. Sempre achou que era o único ser no planeta a usar cadeira de rodas e fazer fisioterapia para acabar com isso.

A única coisa que tinha de diferente dos outros dias naquele local, era o carro de Louis. O mesmo continuava lá durante as duas horas que se passaram. Talvez tivesse quebrado, ou qualquer coisa assim. Mas não.

Em poucos segundos, Louis saiu.

Parecia nervoso. Colocou as mãos nos bolsos da calça e respirou fundo, caminhando até o outro.

Hazz riu.

– O que você ainda tá fazendo aqui, Lou?

– Esperando por minha donzela indefesa. – Louis riu, tentando ignorar a tensão que seu corpo transmitia.

– Seria uma pena desapontá-lo, mas meu cavalheiro está a caminho em seu automóvel totalmente chique. Para a sua informação, o nome dele é Niall.

Louis nem se quer ouvia o que Harry dizia. Sua cabeça latejava as mesmas palavras: ''Conte-o, conte-o, conte-o''.

Fora para isso que Tomlinson o esperara. Para lhe contar tudo. Não conseguiria conviver com aquilo. Não estaria sendo justo com Harry. Não estaria sendo justo consigo próprio.

Sentia-se tão estúpido. Tão frouxo, tão... Louis.

Tirou as mãos dos bolsos e passou na testa suada.

– Harry, podemos conversar?

Styles concordou com a cabeça.

Lou pôs-se atrás da cadeira e a guiou a caminho do carro devagar. De onde estava, podia ver toda a extensão dos cachos de Harry e como eram bonitos. Era até injusto para alguém ser tão bonito, tão alegre, tão fofo e doce.

Pararam ao lado da porta do passageiro. Harry balançava o celular entre as mãos, esperando pela ligação de Horan, avisando que estava chegando, mas até agora, nada.

Louis estava à ponto de vomitar. A cada vez que abria a boca, a ânsia lhe cobria por inteiro e tudo que conseguia fazer era gofar. Estava entorpecido pela culpa. Olhou para o céu com algumas nuvens e respirou fundo, piscando os olhos com força.

– Lou? Tá tudo bem? – Harry o olhava com uma sobrancelha arqueada.

– Lembra-se de sua redação? – Ainda não o olhava. – Quando contou que fora atropelado e que aquele ''infeliz'' quase tirara sua vida? Que seus sonhos terminaram ali?, que ele tirou todas as suas chances de ser alguém na vida?

O que faria agora? Céus, por que era tão difícil assumir a culpa?

– Sim... eu sei que fui péssimo, mas, por favor, não me diga isso. Vou acabar ficando deprimido – Hazz riu. Louis não.

Soltou a cadeira e caminhou até a frente de Harry. Ambos olharam-se. Louis não queria chorar; mas parecia impossível. Toda vez que passava as mãos nos olhos, os mesmos pareciam se encher automaticamente. Odiava ser o coitadinho, odiava quando tinham pena dele. Ele não era o coitadinho ali, o coitadinho era Styles e ele sabia disso.

– O carro... o carro que te atropelou – ajoelhou-se no chão, perto demais de Styles. – Aquele carro era meu. Eu te atropelei, Harry.

A feição de Harry mudara drasticamente. Seus enormes olhos ficaram marejados. Suas bochechas ficaram extremamente vermelhas. Demorou alguns segundos para que tivesse de fato alguma reação, mas quando a teve, Tomlinson assustou-se.

– Eu odeio você! – Harry inclinou-se para frente, empurrando Louis. O menor bateu com a bunda no chão e arrastou as mãos no asfalto. Com a força que usara para empurrar o outro, Harry veio junto, caindo com as mãos no chão, sobre as pernas de Tommo.

De relance, Louis levantou-se e segurou o braço de Hazz, ajudando-o a ficar de pé. Harry não queria ajuda, queria bater em Louis.

– Me solta! Eu tenho nojo de você. Como você pôde fazer isso comigo? Por que me trouxe aqui? O que corre em suas veias? Sangue de barata? Como pode ser tão frio? – O mais alto disparou.

– Hazz, me desculpe... ninguém me odeia mais do que eu mesmo agora... por favor, Harry.

– Não me chama assim! – Harry socou o rosto de Louis, fazendo-o cair no chão de novo. Ambos estavam no chão. Ambos indefesos, ambos com o coração partido. Ambos sem poder dizer mais uma palavra.

Alguns médicos viram o excesso de movimentação no estacionamento e correram para ''acabar'' com a briga. Colocaram Harry sobre a cadeira, prendendo-o com o cinto da mesma. Louis estava encostado na lataria do veículo, secando o sangue com a barra de sua blusa. Nenhum lugar doía mais que seu peito.

– Rapaz, é melhor você ir embora. Seja lá o que for, resolva em outra hora. – Um dos médicos pediu.

E foi isso que Louis fez. Entrou no carro e saiu às pressas. Era como se um pedaço seu ficasse naquele chão quente. Como se sua parte mais digna houvesse ficado lá, com Harry. O que sobraram eram só restos. Nada mais que isso. Suas mãos tremiam sobre o volante. Sua imagem no espelho interno era devastadora. Havia sangue no canto de sua boca. Seu olho estava roxo, suas mãos arranhadas. Tentava manter a calma e dirigir devagar.

Pegou seu celular e digitou o número de Zayn. No terceiro toque, seu amigo atendeu.

– Hey, estrelinha! Como foi seu dia?

– Posso ir até a sua casa? – Louis fazia seu melhor para não desabar no telefone.

– Oh, claro que sim, Lou. Estou te esperando. Espero que esteja tudo bem.

Não, não estava tudo bem.

~

Tomlinson estava deitado no sofá do apartamento de Zayn. O seu amigo tentava limpar o sangue seco que permanecera em sua boca. Mas não era possível acabar com aquilo sem antes acabar com o choro.

– Lou, não posso limpar isso aqui se você não parar de chorar. Toda vez que você tenta puxar ar, mais lágrimas saem. – Respire fundo. Louis tentou, mas tudo que aconteceu foi o esperado: mais choro. Zayn já estava ficando com raiva de tantas lágrimas. – Tomlinson, pare de chorar. Você fez a sua parte.

O garoto sabia que havia feito o certo. Toda a culpa tinha evaporado, mas a dor, a maldita dor permanecia. Ainda estava ali, em seu peito e na sua cabeça. Cada vez que pensava em Harry chorando e dizendo que sentia nojo dele, seu coração se apertava.

As consequências estavam começando a vir à tona.

~

Demorou algum tempo para que Louis conseguisse para de chorar e aceitar o fato de que tudo estava feito. Era como se houvesse nascido de novo. Poderia seguir sua vida sem medo, por mais que o medo tivesse voltado novamente. Mas Zayn o alertara que ainda não tinha acabado. Harry poderia denunciá-lo por tentativa de homicídio e que poderia ser preso. Isso era o de menos. Estar longe de Hazz era uma prisão, de qualquer forma.

Uma vez que o corte provocado por Hazz tinha parado de sangrar e o curativo estava feito, Zayne ligou para Liam e pediu para que levasse Louis para casa. Alguns minutos se passaram até que Payne apareceu na porta, com as chaves na mão.

– Louis deixou a chave na ignição, alguém poderia... – Então viu o estado do amigo deitado no sofá.

– Só o leve para casa, tudo bem? Ele precisa descansar. Pedi para que ficasse aqui, mas ele não quis.

Liam concordou, ainda vendo os restos que sobrara de Louis. A roxidão em seu olho havia piorado. Tomava quase toda a extensão de sua bochecha esquerda. O que era estranho, já que tomara um soco no olho e outro no canto da boca. Talvez os hematomas tivessem se espalhando pelo rosto.

Payne segurou no braço esquerdo de Louis, ajudando-o a ficar de pé. Caminharam devagar, passando pela porta. Liam acenou para Zayn e desceu os degraus devagar. Era como se tivessem no prédio de Louis. Era tudo tão igual: as escadas, a fachada do prédio aos pedaços, os latões de lixo abandonados no fim do beco.

Tomlinson sentou-se no banco do passageiro e tocou o curativo devagar, evitando qualquer dor que pudesse ser sentida. Liam entrou do outro lado, olhando para o garoto. Colocou sua mão sobre a dele em apoio e sorriu, orgulhoso. Estava de fato orgulhoso de Louis. Enfiou a chave na ignição e deu partida.

Enquanto tirava o cinto, Louis revia todos os seus conceitos. Queria saber se era realmente frio, se era realmente babaca e nojento. Achava que Harry não tinha dito nenhuma mentira. Tudo que saíra de sua boca era verdade e Lou estava começando a acreditar naquilo, por mais que doesse lidar.

Abriu a porta e pôs o primeiro pé para fora, pronto para sair. Liam segurou seu braço, fazendo-o virar-se.

– Lou, você quer que eu fique? Sério, não há problema algum; eu posso dormir no sofá.

– Não precisa, Liam, mesmo. Obrigado. Tenha uma boa noite.

Liam concordou, suspirando.

Saiu do veículo, caminhando devagar até a escada lateral do seu prédio. Ouviu o barulho do carro se distanciando e percebeu que estava sozinho novamente. Subiu os degraus devagar, tateando os bolsos à procura de suas chaves. A tirou do bolso traseiro e enfiou na porta, abrindo com certa dificuldade. Acendeu as luzes, jogando as chaves sobre a mesa da cozinha. Tirou os sapatos, jogando-os em um canto qualquer. Arrastou-se até o quarto, tirando o que sobrara de roupas.

Abriu a torneira da banheira e esperou que o lugar ficasse parcialmente coberto. Entrou devagar, primeiro as pernas, depois as coxas, seguidas pela cintura, e em seguida, as costas. Pousou a cabeça na quina do local. Era aconchegante. Por ser pequeno, não precisava se dobrar.

Queria saber se Harry também tinha uma banheira em casa e se conseguia deitar-se sozinho. Aliás, queria saber se ele morava sozinho. Hazz parecia tão independente, tão auto-suficiente de si próprio. Não ter o movimento das pernas não parecia significar nada para ele.

Louis afundou-se totalmente na banheira, vendo o teto tremer conforme a água se mexia. Soltava o ar devagar, fazendo as bolhas subirem. Piscava com cuidado, vendo os fios do seu cabelo boiarem e dançarem. Apoiou-se sobre as bordas e subiu, deixando a cabeça para fora. Puxou o máximo de ar possível, tentando controlar os pulmões.

Se levantou, enrolou a toalha na cintura e caminhou até o quarto. Parou em frente ao espelho, tirando o curativo com cuidado. Secou o corte e cobriu com um ban-aid. Parte de seu rosto ainda estava roxo, mas não se importava, aquilo só confirmava o quão babaca era. Vestiu o pijama e jogou-se na cama.

Durante longos minutos, Louis ficou relembrando toda a cena do estacionamento. Sua cabeça latejava sempre que ouvia as palavras que saíram da boca de Harry. Era como se estivesse diminuindo de tamanho, como se o mundo – Harry – estivesse o colocando para baixo, – se é que isso é possível.

O teto parecia tão mais importante do que dormir. Não havia nada de tão surpreendente naquele lugar. Tudo que Louis queria era que a droga da força da gravidade fizesse jus ao nome e caísse sobre o seu corpo, matando-o e levando todos os moradores do andar de baixo.

Não tinha nada a perder.  


Notas Finais


Então... eu quero me desculpar pela demora.
Como alguns sabem, eu tô no terceiro ano e preciso cursar um pré-vestibular e tá sendo foda, galera. Eu saio da escola às 18:30 e já pego um ônibus direto pro pré. Entro no pré às 18:45 e só saio às 22:00. Como eu moro longe, chego em casa as 23:45, ou até mais. Por isso não consigo nem ligar o notebook. E eles dão fichas que precisam ser feitas no pré-vestibular, ou seja, eu acordo cedo e preciso resolver tudo.
Por isso, me perdoem pelo capítulo minúsculo, tosco e exagerado. Eu só tenho a agradecer por ter leitores/leitoras tão doces!
Luv u!


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