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História Demons - Capítulo 14 Vamos Passear No Inferno, Enquanto Seu Demônio..


Escrita por: Wuniverse

Notas do Autor


Ooi gente! Tudo bem? Espero que sim! Muito obrigada pelo carinho de todos, pelos comentários e pelas visualizações!

PREPARA QUE AGORA TEM HENTAAAAAI!!! O MOMENTO QUE TODOS ESPERAVAM CHEGOOOOU!!

PS: Thanks Raiza!!

Estou postando hoje porque amanha não vou poder ! Kissuuuz!!

Capítulo 15 - Capítulo 14 Vamos Passear No Inferno, Enquanto Seu Demônio..


Fanfic / Fanfiction Demons - Capítulo 14 Vamos Passear No Inferno, Enquanto Seu Demônio..

Vamos Passear No Inferno, Enquanto Seu Demônio Não Vem
 

“Há dores impossíveis de ignorar” — Instinto Selvagem 2

Ariela quase não conseguiu dormir. Após a conversa com Jesse na noite anterior, se deitou na cama e fechou os olhos. Pode até ter cochilado por uns minutos, mas sempre acordava com uma imagem qualquer de Luana no Inferno. Imagens de fogo, brasas e ferros. Gritos de dor.

Sofrimento.

E Luana estava lá.

Então Ariela acordava assustada todas as vezes. Tendo isso em vista, pulou da cama para o guarda-roupas, escolhendo um macacão preto com listras brancas, de combate ou qualquer coisa parecida que poderia acontecer no território de KyuHyun e colocou em cima da cama forrada. Ainda eram três da manhã.

A ruiva apenas colocou um casaco e saiu pela rua deserta da casa. As árvores balançavam com o vento forte, fazendo um som fantasmagórico unido aos uivos dos lobos ao longe. A menina tinha os olhos tristes, lânguidos, a guarda rebaixada. Coisa que ela nunca fizera antes.

Sentia muita falta de Luana, das risadas da irmã, das coisas que faziam juntas e do fato da mais nova jogar o celular em qualquer canto, acabando por Ariela ligar e ouvir o som a alguns centímetros perto de si. Ao relembrar disso, a mais velha sorriu. Sorriu porque ainda havia esperanças. Explicaria tudo para Luana, o porquê de ter mentido, de ter omitido fatos. Traria a irmã de volta.

Pelo menos era o que pensava.

Então, passos ecoaram perto de si e ela percebeu que alguém se aproximava. Escondeu-se atrás da árvore, mas foi inútil. Ariela estava no chão. Tinha levado um soco na cara e um empurrão.

— Você nos obrigou a fazer isso, Ariela Spencer. — O rapaz gritou e a ruiva percebeu os dentes afiados do garoto. — Você tirou Jesse de nós.

O rapaz era moreno, cabelos arrepiados e vestia calça jeans e blusa branca. As mãos estavam fechadas e estava prestes a ferir a menor, mas alguém maior pegou suas mãos e o nocauteou.

Era Arhmed.

Empurrou o seu ex aliado, que acabou batendo em uma árvore ali perto e quebrando uma costela.

— Você está bem? — O vampiro perguntou à Ariela, ajudando-a  a se levantar.

— Sim. Obrigada.

Ela mal terminou de agradecer e o adversário, antes nocauteado, acertou Arhmed em cheio. O novo líder do clã foi ao chão, sendo atingido com vários socos em sua face. Porém, chutou o subordinado com as duas pernas, elevando-o e o mandando de volta à árvore.

— Sério que você saiu sem adaga, Ariela?

— Sim, mas vou mostrar a esse idiota que não se bate em mulher. — A ruiva tirou o roupão, deixando apenas o pijama de algodão vermelho. Correu até o vampiro que já estava à postos para brigar novamente.

O rapaz, que se chamava Elli Jhonson, tentou se defender do ataque de Ariela, mas devido à experiência e habilidade da mesma, foi inevitável. Um chute certeiro na barriga do monstro não foi suficiente para derrubá- lo, portanto Ariela teve de pegar seu braço e torcê-lo com a face na árvore.

— Da próxima vez, não ataque uma caçadora desprevenida, idiota.

Arhmed então chegou mais perto e pegou o adversário.

— Eu disse que sou o novo líder do clã. E ninguém sobrevive ao me desrespeitar. — Dito isso,o novo líder torceu o pescoço de Elli, provocando um desmaio instantâneo. — O rapaz vai ficar desmaiado por alguns minutos.

— Vou pegar minha adaga. — Ariela ia saindo, mas o vampiro pegou seu braço.

— Não precisa. Eu darei um jeito nesse imbecil. Me desculpe, Ariela. Não mandei que ele fizesse isso. Garanto que nenhum dos vampiros de meu clã vai importunar você novamente.

— Tudo bem. — Ela se desvencilhou do toque. — Ou você dá um jeito nele — Apontou para o vampiro no chão. — Ou eu pegarei os dois. — Olhou ameaçadora para Arhmed. Voltou ao ponto inicial e pegou seu roupão, caminhando para casa.

▷▷▷

Luana gostaria de saber que horas eram. Tentava se livrar daqueles pensamentos absurdos fazendo golpes de luta, mas qualquer coisa que tentasse fazer, era forte demais. Quebrou a parede do lugar.

E esperava um xingo bem grande de DongHae.

— Você está fazendo errado. — Uma voz calma preencheu o local, fazendo a garota olhar para trás. — Acho que terá que fazer como seu irmão: Aprender a usar seus poderes. — DongHae falou, segurando um copo de vinho nas mãos.

— Poderes… — Sussurrou. — Nunca pensei que poderia ter um.

— Pois é, mas tem. — Ele depositou o copo na mesa. — E se quiser lutar de verdade, vai ter que aprender a usá-los. — O maior riu. — Você sempre quis ser como Ariela… Boa lutadora, sensual, não é mesmo? — DongHae inquiriu, sondando os desejos internos da garota. — Pois saiba que… — Ele chegou perto, acariciando seus cabelos. — Quando desenvolver suas habilidades, será melhor que ela.

Luana levantou o olhar. Naquele momento, tudo que queria era derrotar sua.. Ex irmã.

— E você vai me ajudar?

DongHae riu, olhando diretamente nos olhos dela.

— Claro que sim.
 

▷▷▷
 

Jesse acordou com os barulhos na cozinha. Os olhos ainda embaçados o guiou até a porta, seu corpo dolorido acompanhou pelo corredor e escadas.

— Ariela? O que está fazendo?

— Te acordei? — Perguntou inocente. — Desculpe.

— O que está acontecendo?

— Eu não consegui dormir a noite toda. Fui atacada por um vampiro e Arhmed me salvou.

Os olhos de Jesse, antes embaçados, agora arregalaram-se.

— Você foi atacada por um vampiro? Me explique isso, Ariela!

A ruiva deixou a garrafa de café em cima da pia.

— Eu saí de madrugada pra espairecer, como eu disse, não consegui dormir. Então um garoto me atacou e vi que era um vampiro. Ellis alguma coisa.

— E o Arhmed?

— Parece que estavam juntos, mas seu amigo me ajudou. Me salvou, pra falar a verdade.

— Você estava desarmada? Melhor, você estava fora de casa nessa madrugada?

— Sim. E sim.

— Já basta uma irmã estar no Inferno. Não quero mais uma lá também! — Jesse saiu com raiva subindo as escadas com passos grossos e altos.

Ariela coçou a cabeça. Já eram oito da manhã quando alguém bateu à porta. Era um senhor que trabalhava nos correios, que logo entregou uma carta à Ariela e foi embora.

A carta era direcionada à ruiva e o remetente era Search Creatures.

“Bom dia, Ariela Spencer.

A diretoria da Escola Search Creatures exige sua presença o mais rápido possível. Assunto grave e motivo para expulsão. Esperaremos até terça-feira, às dezoito horas. Caso contrário, seu nome será retirado da lista de alunos, com ocorrência no currículo escolar.

Atenciosamente,

Sebastian Wallis, diretor chefe da Search Creatures”.

— Droga, droga, droga!

— O que foi? — Jesse descia novamente as escadas, vestindo sua camisa branca.

— Aposto que foi aquele desgraçado do Phillip! — Ela amassou o papel e jogou longe. Em seguida bateram à porta novamente. Ela atendeu com muita raiva.

— Olá, Ariela. — Kyu sorriu com as mãos no bolso da calça jeans. — Por que essa gritaria toda?

— Entre. — Ela deixou o garoto sozinho na porta, fazendo com que ele mesmo a fechasse.

— O que aconteceu, Ariela? — O irmão perguntou novamente.

— A diretoria da Escola me intimou a comparecer até terça-feira ou então serei expulsa! Com certeza aquele idiota do Phillip foi me dedurar para o  Sebastian! Aposto!

— Como assim?

— Ele sabe que eu tenho andado com Kyu! Com certeza deve ter falado para Sebastian que estou envolvida com O REI DO INFERNO!!

Kyu assistia à tudo calado e rindo. Como ela era tão ingênua… Não era só Phillip que sabia da “relação” dos dois, mas deixaria que ela descobrisse sozinha.

— Bem, sinto muito que tenha recebido uma notícia dessas à essa hora, mas não tenho o dia todo. — O demônio falou, decidido.

Ariela se acalmou. Olhou para Kyu encostado na parede ao lado da porta. Vestido em uma calça jeans e camiseta azul, acompanhado de um sobretudo. Sorria para a ruiva.

— Eu vou com vocês. — Declarou Jesse, cruzando os braços.

Kyu riu.

— Jesse, sei que Luana é sua irmã, mas você não pode ir. Na verdade, nem Ariela podia ir, mas abri uma exceção.

— Por quê?

— Por quê o quê? — O maior de todos falou confuso.

— Eu não posso ir.

— É proibido a entrada de humanos no Inferno. Só deixei Ariela ir porque a irmã dela está lá. Portanto, quanto menos gente melhor.

— Eu vou no lugar dela. — Dito isso, Ariela olhou reprovando Jesse.

— Você ou Ariela. Os dois… Não tem como. — Kyu relatou as regras, mas a verdade era que queria Ariela ao seu lado e não Jesse.

Os irmãos se entreolharam e quando o silêncio incomodou, Ariela foi a primeira a dizer.

— Eu vou, Jesse. Vou explicar tudo para Luana e ela voltará comigo. Não se preocupe.

O mais velho nada falou. Apenas uma lágrima que desceu por seu rosto foi o suficiente para dizer o que sentia.

— Vou me trocar. Só um momento. — Ela se dirigiu à KyuHyun e acenou.

Quando Ariela já estava no segundo andar, Jesse chegou com raiva perto do demônio.

— Escute aqui, criatura. Você não ouse fazer mal à nenhuma de minhas irmãs. Só estou aceitando isso tudo por causa de Luana, que também não vai escapar da minha bronca quando chegar em casa.

— E o que você vai fazer se eu não fizer isso, ex-vampiro? — Enfatizou as últimas palavras, cruzando os braços e chegando bem perto de Jesse.

— Esteja avisado, imbecil. — Jesse acabou no exato momento que Ariela descia as escadas correndo.

— Que roupa é essa? — O demônio perguntou se afastando da parede e sorriu safado para Ariela, passando os dedos pelos lábios.

A ruiva olhou para si mesma e para Kyu novamente.

— Para qualquer eventualidade, claro.

Ariela estava vestida com o uniforme preto de listras brancas e uma adaga pendurada em sua cintura. Aquela cintura…. Kyu desviou o olhar.

— Você não vai precisar disso.

— Não tem problema. Se eu não achasse necessário, eu não vestiria. — Ela sorriu sem graça e passou na frente de Kyu, parando na cozinha. O demônio ficou ali parado, olhando para a bunda dela.

— Ariela,você não vai sair sem comer. Tome. — Jesse falou, entregando um sanduíche natural pra ela. A irmã sentou-se à mesa e viu Kyu fazer a mesma coisa.

— Você quer? — Ela ofereceu.

— Não, obrigado. Estou de dieta.

— Dieta? — Ariela perguntou e os irmãos riram. — De quê?

— De coisas ruins. A partir de hoje — ele fixou o olhar no corpo esguio de Ariela, de cima a baixo — só como coisas boas. — E riu.

— Cuidado — a ruiva chegou mais perto — as coisas boas são mais caras.

— Estou disposto a pagar. — um último sorriso safado foi dado, enquanto Jesse tentava descobrir o que Ariela tinha visto naquele demônio.

Não demorou muito para a garota terminar o sanduíche, e logo estavam na frente de casa, o irmão falando sem parar em sua cabeça.

— Tome muito, muito cuidado.

Kyu já não aguentava tanta melação.

— Ariela, como eu disse, não tenho o dia inteiro.

— E você. — Jesse chegou mais perto dele, os cabelos cacheados caindo pelos ombros. — Cuide bem de Ariela. — Disse mais para lembrar das palavras de minutos antes. — Certo? — Agora foi a vez do irmão dar um sorriso irônico.

— Pode deixar. — O rei fez uma careta para o rapaz. Logo ele e Ariela começaram a andar pela rua deserta da casa dela. — Trouxe as barrinhas de cereal? — Riu.

— Hã? — Perdida em pensamentos, Ariela não entendeu a pergunta.

— As barrinhas, pra você comer durante o percurso.

— Você estava falando sério?

— Pareço um homem de brincadeiras? — Kyu parou no meio da rua, fechando os olhos por causa do Sol árduo.

— Sim. — A ruiva riu. — E muito. Mas não leve pelo lado pessoal, essa coisa de ser demônio e tal…

— Não vou. — Tentou manter a cara séria, mas em um certo momento, ele riu. — Sim, eu estava falando sério. Não vou parar para almoçar.

— Por que está com pressa? — Recomeçaram a andar, Kyu na frente e Ariela um pouco atrás.

— Por causa dos seus compromissos.

— Meus?

— Sim. Search Creatures.

— Ah, aquele desgraçado do Phillip me paga! — Dito isso, Kyu riu como se escondesse alguma coisa. — Por que está….?

— Nada. — O rapaz, agora de cabelos castanhos, nem deixou a garota terminar. — Acho que vai sentir calor com essa roupa.

— Não começa, Kyu. — Ela suspirou. — Estou preocupada com minha irmã, não quero brincadeiras.

Kyu apenas sorriu e começaram a caminhada. Ariela ficou calada o maior tempo possível, pensando em sua irmã e que, talvez, ela estivesse em perigo.

— Estou cansada. — Ela falou, pesarosa.

— Mas já? — Kyu perguntou surpreso. — Estamos caminhando há apenas cinco horas.

— Kyu. — Ariela disse cansada, cerrando os olhos. — Sei que sou uma ótima caçadora... Mas continuo sendo humana.

ㅡ Por ser uma caçadora, deveria ser um pouco mais resistente. ㅡ Kyu disse divertido enquanto a garota se apoiava no ombro do demônio e respirava fundo.

ㅡ Posso ser um pouco mais resistente, ㅡ Gesticulou com uma das mãos. ㅡ mas não sou de ferro, está vendo meu corpo? É carne e osso, não ferro.

ㅡ Gostaria de vê-lo sem nenhuma vestimenta. ㅡ O demônio riu, fazendo a garota o acompanhar.

ㅡ Não vai ver nem se o demônio me pedir, não espere. Vou reformular. Não vai ver porque eu não vou deixar!

— Tudo bem. Então acho que você deveria dormir…  — Kyu olhou ao redor, procurando alguma coisa. — Teremos que dormir lá. — Ele apontou um prédio velho e uma placa acabada. As únicas letras que se liam eram MOTL.

— Motel? — Ariela perguntou, não acreditando nas circunstâncias. Eles estavam no meio do nada e ela teria que se render às propostas do demônio. — Tudo bem, não estou em condições de exigir alguma coisa. E outra — ela levantou o dedo. — estou com fome.

Ariela saiu na frente, entrando no prédio de aparência abandonada.

ㅡ Um quarto, por favor.ㅡ KyuHyun disse enquanto carregava um sorriso malicioso no rosto.

ㅡ Poderia, por favor, tirar esse sorriso idiota da cara? Só vou passar a noite aqui porque é o que tem pra hoje. ㅡ Ariela sorriu dando uma cotovelada na costela do maior, que fez bico em resposta.

Logo o atendente voltou com a chave do quarto e lançou uma piscadela para Ariela,  o que fez Kyu bufar.

ㅡ Olhe garoto, psique outra vez pra minha garota que eu te mando daqui direto pro inferno. ㅡ Kyuhyun sorriu e andou pelos corredores em direção ao seu quarto. Era bizarro dormir em um local em que os gemidos permaneceriam por um bom tempo, mas eles não tinham nenhuma escolha plausível no momento.

— Desde quando sou sua garota?

— Desde quando está sob minha responsabilidade. — Ele riu, olhando ao redor. ㅡ O clima favorece não é, Faísca? Gemidos? Um quarto com vinho, uma cama confortável, uma banheira...  ㅡ Kyu disse recebendo um sorriso irônico.

— Vinho e banheira numa espelunca dessas… — Ela olhou para o teto do quarto. — Só um demônio mesmo.

— Bem… — Ele retirou o sobretudo, jogando na cama e sentando na mesma. — Seu desejo é uma ordem.

— Não gosto de vinho, gosto de uísque. — Ela olhou para a própria roupa, pensando consigo mesma em como poderia tomar um banho e vestir um pijama familiar.

— Escolha. — Kyu disse de repente, deitado nos braços. — Ou uma toalha felpuda, ou um copo de uísque.

Ariela ponderou. Ela não precisava de uísque. E por que diabos ele não ofereceu uma roupa também?

— Porque não vai precisar delas. — Disse, acordando-a dos devaneios. Um sorriso malicioso estava em seu rosto,

— Uma toalha. — Ela apontou para a cama que ele estava deitado. — E eu não vou dormir numa cama nojenta dessas. — Ela tentou alcançar o fecho do macacão de luta, mas foi inútil. As mãos grandes de Kyu tocaram o fecho e o abriu lentamente, reparando em cada centímetro de pele desnuda, o que acarretou em longos arrepios pelo corpo da garota. — Obrigada. — A ruiva o cortou, indo diretamente para o banheiro. Como se para ajudar, o chuveiro era velho, e Ariela adivinhou que a água seria pouca. Bufando, retirou toda a roupa, abrindo a torneira.
 

Ariela estava lavando os cabelos quando a porta do banheiro se abriu e revelou uma silhueta conhecida, nua, de olhos amarelados.

Desejo.

— Kyu! — Falou alto, assustada. — O que você… ? — Ela tentou continuar, mas os lábios macios do demônio tocaram os seus levemente.

— Não sou humano, Ariela. — Confessou, distribuindo beijos por toda a extensão de seu pescoço. — Não sou capaz de esconder meus desejos… Apenas de me render à eles. — Seus dedos grandes e macios apertaram a cintura alheia, causando um gemido na menina. — E meu desejo, por todo esse tempo, foi ter você. É ter você.

— Não, Kyu… Por favor, não faça isso. — Pediu, manhosa, mas confessava, também estava muito ansiosa por aquilo. — Kyu…

Ela resistia, mas os beijos delicados dele apenas desciam por seu corpo, parando na parte interna de sua coxa.

— Ah, por favor, Faísca. — Ele riu, quando voltou para o rosto dela. — Não banque a mocinha. Nós dois sabemos muito bem o que queremos.

— Mas Kyu… Eu não posso.

— Sh! — Pediu, enquanto levantava o dedo indicador para ela. — Cale essa boca. Tudo que quero ouvir agora, são seus gemidos perfeitos. É sua voz chamar por meu nome, enquanto te faço uma verdadeira mulher. Muito diferente daquela que Phillip lhe fazia.

Ela ia protestar, claro, mas logo ele a pegou no colo, a pouca água caindo pelo chuveiro quase estragado daquele motel de beira de estrada. Suas costas foram encostadas na parede fria do banheiro, enquanto assistia os olhos desejosos do demônio passear por seu corpo nu e molhado, parcialmente ensaboado.

— Maravilhosa… — Disse para si mesmo enquanto apertava a cintura dela, encarando novamente seus olhos. — Do jeito que imaginei.

Ariela não conseguiu conter o sorriso quando KyuHyun chupou seus lábios, rindo rouco como um verdadeiro demônio.

Alguns minutos depois o chuveiro foi desligado e Ariela carregada para a cama do quarto, ficando com o garoto por cima de si, sentindo cada toque peculiar por sua pele.

Daquela vez era diferente.

Ela estava experimentando algo que há muito sentia falta: O desejo. A vontade de fazer amor.

De ser amada.

Porém, sabia que estava prestes a transar com um rei do inferno, um cara que provavelmente não nutria nenhum sentimento por ela, mas que queria senti-lo dentro de si há muito tempo.

Os beijos delicados cessaram quando o maior se posicionou à sua frente, enquanto maliciosamente sorria, olhando para cada centímetro de pele.

— Faísca… — Foi a única coisa que disse antes de adentrar com seu membro em Ariela, ocasionando uma sensação muito diferente de quando transava com Phillip.

Ela queria sentir Kyu, queria chamar por seu nome, ser dele.

Mas como estava sendo burra, não era para pensar em outro homem enquanto transava com o demônio.

Ignorou esses pensamentos, sentindo cada movimento cuidadoso do rapaz, que tinha o rosto perto do seu, a respiração acelerada.

Ariela percebeu, até os vai e vens dele eram diferentes, seus corpos se encaixavam perfeitamente, como se tivessem sido feitos um para o outro. Suas coxas torneadas envoltas da cintura magra dele eram como se fossem um corpo só, as unhas penetrando suas costas, fazendo com que pequenos filetes de sangue saíssem dela.

Ela sorriu pra ele quando beijou sua bochecha, deixando um excitante rastro de saliva no caminho.

— Vê? — Sussurrou em seu ouvido. — Encaixamos perfeitamente, Faísca… Nossos corpos se conhecem.

Ela apenas concordou. Não era capaz de responder alguma coisa, naquele momento queria apenas senti-lo completamente.

Kyu aumentou a velocidade, fazendo a cama balançar, rangendo irritantemente, mas eles não ligavam. Logo os gemidos preencheram o quarto, Ariela resistindo ao desejo de gritar pelo nome dele.

O que, claramente, foi inútil.

— Ai, Kyu! Ah! — Ela disse, se deixando rir. — Ahm!

Ele apenas riu vitorioso, tudo que queria ouvir era sua voz manhosa chamar por seu nome, principalmente durante um ato tão desejoso como aquele. Ousou morder seu pescoço, de leve, enquanto recebia um puxão de cabelo bem violento.

— Ai! — Ele gritou, rindo, aumentando as estocadas. — Ariela, Ariela… Você é tão maravilhosa…. Quente. Me faz sentir coisas inexplicáveis. — Gemeu quando as unhas dela penetraram sua costela, deixando arranhões grossos.

— Ai… Kyu! — Seus pensamentos haviam sumido, tudo que passava por ele era o nome daquele maldito demônio. — Aha!

— Assim? — Ele perguntou, desacelerando os movimentos. — Gosta? Me diga, Faísca… Estou aqui por você. Me diga do que gosta.

— De você. — Ela falou, surpreendendo até si mesma com aquelas palavras. Seus olhos verdes encontraram com os amarelados, que internamente sorriam. Seus lábios tocaram os dela, apertando instintivamente sua cintura.

— Gostosa… — Falou durante o beijo. As estocadas aumentaram, fazendo a cama velha ranger ainda mais. Os gemidos da ruiva aumentaram, sentindo que seu ápice estava perto.

— Ahh, Kyu! — Gritou, se desmanchando. — Ai meu… — Ela ia falar Deus, mas seria muito  estranho.

— Demônio. — Kyu completou, sorrindo, enquanto tirava seu membro de dentro dela. Já havia gozado dentro dela, sem problema algum.

Ariela riu completando a frase em seu pensamento. Ai meu demônio.

Surpreendentemente, Kyu a pegou no peito, normalizando sua respiração.

Agora que a garota reparou, a cama era forrada por um lençol branquíssimo.

— O que fez com a cama?

— Não podia deixar minha garota dormir numa cama imunda. — Riu enquanto olhava pra ela, esperando um protesto.

E ele não veio.

— Aprendeu rápido. — Ela disse, séria. Seus pensamentos estavam longe, mas percebeu um pequeno carrinho com comidas no canto do quarto. Sorriu por aquilo.

— No que está pensando?— Perguntou, tentando não lê-los.

— Estou bancando a idiota aqui. — Ela declarou, recebendo um olhar instigador.

— Por quê? — Ele perguntou rindo.

— Porque… — Ela encarou os olhos dele, que haviam voltado ao tom negro de sempre. — Estou feliz de ter transado com você. Porque estou nutrindo um sentimento por você. Mesmo sabendo que… É um demônio.

Ele por um momento nada disse, apenas encarava a mulher, misterioso. Aquele olhar deixou a garota com medo, mas logo um sorriso irônico preencheu sua visão.

— Durma um pouco, Faísca. Acho que está delirando de sono.

A garota bufou, virando-se na cama. A janela estava aberta, fazendo com que um vento frio entrasse por ela.

Seus pelos arrepiaram-se.

O demônio ao seu lado sorriu, observando-a suspirar tanto de raiva, quanto pelo fato de ter se rendido à ele, afinal, sabia que para Ariela Spencer, era muito difícil admitir seu erro.

▷▷▷

Anne estava andando pelo corredor quando sentiu uma mão grande sobre seu ombro.

Ela pulou de susto.

— Senhor Sebastian! — Falou, rindo de susto. — Me assustou.

— Desculpe. — Sorriu de volta. — Não foi minha intenção. Meu objetivo era lhe informar que enviamos uma carta para a senhorita Spencer e vamos averiguar sua denúncia.

— Ahm, obrigada. — Suspirou. — Espero que entenda o motivo de eu ter…. Dedurado a Spencer.

— Claro que entendo. Motivo de segurança, você apenas estava protegendo os outros alunos. Apesar de cobiçar o título de melhor lutadora da escola. — Sebastian Wallis riu irônico, colocando de volta as mãos nos bolsos. — Obrigado, senhorita Anne. Sua informação foi de grande valia.

E então saiu andando em direção aos portões da escola. Precisava averiguar a situação.

Antes que fosse tarde demais.


Notas Finais


E então, gostaram? Espero que sim! Se puder, comentem, é um grande incentivo!!!

Até quarta-feira!! <3

Kissuuuz


(05-01-2017) LINK DA SEGUNDA TEMPORADA COMEÇADA EM 24/12/2016: https://spiritfanfics.com/historia/demons--segunda-temporada-7457765


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