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História Dependence - Capítulo VII: Perfect Weapon.


Escrita por: Hanma-

Notas do Autor


Olá, meus amados feiticeiros jujutsu! Tudo bem com vocês? Bom, espero que sim, né!

Devo comentar novamente o medo de escrever no ponto de vista do Sukuna? Motivos? Sair da personalidade original dele, algo que não aceito como escritora. Acho que por mais que eu tente me manter fiel ao verdadeiro Sukuna, jamais serei tão genial quanto o criador da obra, algo que me deixa sad.

ALERTA DE GATILHO: Esse capítulo contém abuso sexual, algo nojento, mas necessário para esclarecer o passado do Sukuna e Itadori.

Aqui veremos uma reencarnação do Yuuji totalmente diferente da atual.

E sim, o homem do banner é a reencarnação do Yuuji que Sukuna conheceu ainda na adolescência. Enquanto Ryomen tinha seus dezesseis anos, o Itadori já tinha vinte e quatro. Não bate com a história, mas tenham ciência de ele é um celestial e pode mudar a idade, o sexo e a aparência com um único pensamento. E o único desejo dele antes de morrer como Yukji foi reencontrar o Sukuna quando ele já fosse mais velho.

Nesse capítulo fica mais palpável o desprezo que o rei das maldições nutre pelos humanos, já que eles foram o motivo de sua ruína.

Sukuna excedeu as expectativas do celestial ao se tornar o rei das maldições, tornando-se a arma perfeita que ele tanto desejava que o garoto se tornasse.

Não importará quantas vidas Itadori reencarne, os seus nomes sempre serão semelhantes, pois essa é a forma que sua mãe encontrou de manter as memórias de Yukiji vivas em seu coração.

Por mais que o Sukuna tenha se tornado uma maldição, ele já foi um humano no passado, conheceu todos os sentimentos possíveis de serem sentido, mesmo que ele afirme não sentir mais nada em sua forma atual, a parte humana de Sukuna, ou uma pequena fração dela ainda habita a sua alma, caso contrario ele não conseguiria manipular energias positivas, sendo capaz de usar a técnica reversa.

Tennins são um tipo divino de seres espirituais encontrados no Budismo que são semelhantes aos anjos ocidentais, ninfas ou fadas.

Eu betei bonitinho o capítulo, mas sempre passa algo despercebido, não é mesmo? Então, amores, caso vejam algo de errado, apenas me avisem que arrumarei imediatamente.

Espero que gostem e que eu não decepcione vocês.

Boa leitura!

Beijinhos!

Capítulo 8 - Capítulo VII: Perfect Weapon.


Fanfic / Fanfiction Dependence - Capítulo VII: Perfect Weapon.

"Um brinde à sua arma perfeita
Quebra de ossos com agressão cega
Como pássaros cujas asas estão quebradas
Você vive sem direção"

Black Veil Brides - Perfect Weapon

 

Envolto pela névoa negra sem fim diante de seus olhos, Sukuna se via perdido em seus pensamentos. O garoto havia sangue celestial em suas veias, informação essa que fazia o rei das maldições repudiá-lo ainda mais com todas as forças do seu âmago.

— Como posso aceitar ser salvo por um maldito Tennin? — Perguntou-se em um sussurro, cerrando os punhos com força, cravando as suas unhas longas e pontiagudas sobre a palma de sua mão, deixando filetes em tons carmesins escorrer por entre seus dedos ainda dobrados sobre os punhos. — Moleque maldito... — Desgostoso, soltou as palavras para o nada, perdendo-as no denso e interminável breu que o rodeava.

Para o homem milenar que residia dentro do corpo de Itadori Yuuji, embora tivesse sido salvo da morte ainda em sua infância pelo filho de seu inimigo, o seu desprezo pelo moleque ainda permanecia intacto. Ele não mudaria por nada e muito menos por ninguém, disso os celestiais já deveriam saber, já que em vida seu único prazer foi odiar, matar e saquear as inúmeras vilas mais ricas dos quatro cantos do Japão.

— Tolo... — Sussurrou lentamente, ao lembrar-se das últimas palavras ditas pelo Tennin impuro antes de ser atravessado pela espada de Seiryuu. — Morreu para salvar a minha vida. — Os olhos em tons escarlates carregavam um palpável e esmagador rancor para com a atitude do jovem dividido que conheceu ainda em sua infância.

O interior de Ryomen queimava de ódio com cada palavra lembrada dita pelo ruivo antes de ter sua vida ceifada pelo próprio familiar, algo que não o incomodava de forma alguma, pelo contrário, o divertia muito.

O motivo de sua ira era outro.

“Sente-se usado pelo meu filho, não é mesmo?”

A voz a sacerdotisa e esposa de Suzaku ecoou em sua mente, deixando-o atordoado, fazendo-o amaldiçoá-la em seus pensamentos milhares de vezes.

“Acha que ele te salvou por apenas não desejar mais viver entre a luz e as trevas, sem ter controle de seu próprio poder, vendo em você uma chance de libertação?”

Continuou de forma acolhedora e calma a indagar Sukuna, não esperando por sinceridade vinda das palavras do rei condenado. A humana compreendia muito bem que Ryomen jamais, por mais que estivesse ferido e sentindo-se usado por quem lhe deu uma única razão de existência, reconheceria a decepção palpável que nasceu dentro de si. Afinal, ele era extremamente orgulhoso.

Com um sorriso sarcástico entre os lábios, o homem a questiona em tom de deboche, querendo atingi-la brutalmente com suas palavras cruéis. — E por qual razão eu me sentiria usado por um tolo anjo corrompido que acabou morto por escolha própria? — Deu uma risada alta, parando logo em seguida, ganhando uma expressão séria em seu semblante antes debochado. — Ele morreu por ser um fraco, incapaz de controlar os próprios poderes. — Deu de ombros, fechando os olhos por alguns segundos, tendo novamente a sua mente invadida pelas imagens e palavras do ser alado de madeixas vermelhas.

“Entendeu agora?”

A voz doce e sútil preencheu a fria escuridão ao redor de Ryomen, purificando as energias ressentidas que se formavam ao redor do homem com o corpo coberto por tatuagens tribais ao ter parte de suas lembranças humanas recuperadas.

— O que você quer dizer com isso? — A questionou com indiferença em seu timbre.

“Você não foi usado por Yukiji, muito pelo contrário, foi salvo pela crueldade de Seiryuu.

A tristeza na voz da jovem sacerdotisa era palpável até mesmo para Sukuna, mas por ter uma natureza fria e cruel diante do sofrimento alheio, ignorou por completo a dor da mãe que sofria por seu filho. O rei amaldiçoado não estava interessado em seu passado, muito menos no garoto que aquela maldita mulher insistia em mencionar.

— Não diga besteiras, sua idiota! — A ofendeu de forma ríspida, não possuindo mais paciência para todo aquele papinho de vidas passadas.  — Ele não me salvou, apenas foi executado pelas mãos do próprio tio por ser considerado uma ameaça para o reino divino.

“Bom, se é o que acredita, talvez seja melhor fazê-lo ver seu passado por completo, mesmo que isso me custe a vida, pois não aguento mais perder meu precioso filho para a morte.”

A sacerdotisa mantinha um tom firme em sua voz, envolvendo a maldição suprema com a sua luz acalentadora, levando para as memórias de sua vida humana.

“Me perdoe, meu senhor.”

 Derramando lágrimas de amor e tristeza, a jovem despede-se de seu marido, o Deus das terras do sul, desculpando-se por não poder mais ficar ao seu lado, desaparecendo em forma de pequenas bolas de luz vermelhas ao ter o seu corpo destruído por quebrar as leis impostas pelos pelo plano divino. 

Era Nintoku  —  Memórias passadas de Ryomen Sukuna

— Isso. — Uma voz grossa e repulsiva ecoava atrás do meu eu humano totalmente desnudo, humilhado pelos homens que o cercavam e o usavam como um mero objeto sem valor algum. — Quanto mais resistir, garotinho, mais me deixará excitado, fazendo-me querer mais e mais o seu corpo. — Em estado de frenesi, totalmente rendido ou prazer que sentia com o meu antigo e frágil corpo, o homem estocava seu membro dentro de mim com força, machucando aquela patética versão minha ainda mais.

Ver-me subjugado daquela maneira tão humilhante e patética era degradante demais para meus olhos presenciar. — Escuta aqui, maldita, me manda de volta para a prisão dimensional de Orichalcos! — Ordenei, impaciente, desviando o olhar do moleque fraco diante de mim que derramava lágrimas de ódio e ressentimento, amaldiçoando-os internamente. — Está me escutando, vadia? — Questionei-a em um tom alto, mirando o céu, esperando que a voz dela ecoasse pela minha mente, coisa que não aconteceu. — Merda! — Praguejei, cerrando os punhos, tendo que assistir toda aquela cena asquerosa perante mim.

— P-para! — Minha voz ainda um pouco infantil naquela época ecoava em desespero, tentando se libertar daquelas mãos que percorriam por todo o meu pequeno e humano corpo frágil. — Socorro! — Fechei os olhos,  abrindo um pequeno sorriso em deboche por minha intacta inocência quando ainda era um jovem tolo.

— Idiota... — Sussurrei para o nada, já sabendo que ninguém iria aparecer pelo garoto pelo simples fato de estarem um uma área montanhosa isolada. — Ninguém irá aparecer. — Sorri conformado. — Ao menos não por você.

Sim, isso era uma verdade inegável para mim desde que abandonei a vida humana para me tornar uma maldição portadora de um temido poder. Ninguém apareceria para me ajudar, já que eu era o renegado pelos Deuses, o ceifador de arcanjos aos olhos das pessoas que conheciam os boatos sobre a noite do meu sacrifício como uma oferenda aos celestiais.

Minha vida frágil como humano era miserável. Eu não tinha motivos para continuar existindo, mas as palavras daquele Tennin sempre ecoavam em minha mente todas as vezes que eu cogitava por um fim em minha miséria.

Como um humano eu era fraco demais para enfrentar o mundo que insistia em me atacar sem razão alguma. Como um humano eu era incapaz de ao menos defender a minha honra de homem. Como uma mera criança sem poder amaldiçoado algum eu jamais poderia causar massacres e destruições que tanto me fascinam em minha pós vida mortal.

— Rebelião dos amaldiçoados. — Uma voz calma ecoa friamente pelos meus ouvidos, tirando-me de meus devaneios, fazendo-me olhar na direção que ela tinha vindo, não avistando nada. — Destruição da alma.

Embora eu não tivesse visto quem disse tais palavras, corpos em chamas se materializam diante dos homens que certavam a imagem deplorável da criança sem razão alguma para viver.

— O que é isso? — Questionou o homem que subjugou minha humanidade ainda muito jovem com os olhos arregalados, temerosos com cada passo que as projeções escarlates caminhavam em direção dele e seus subordinados. — O que você está fazendo, moleque desgraçado? — Gritou em pavor, fazendo-me abrir um largo sorriso entre os lábios, socando a face inchada e sem esperança do pirralho que um dia eu fui. — Responda seu bastardo!

E ao tentar agredir novamente o a minha existência humana, suas mãos desintegram em forma de borboletas carmesins fosforescentes. Meus olhos avistavam tudo com um grande interesse, divertindo-me com o espetáculo diante de mim, desejando que mais sangue humano fosse derramado.

Por estar revendo todo o meu passado há muito tempo esquecido, sem perceber, me deixei ser tomado pelo prazer e satisfação em ver aquele que me desonrou como homem quando jovem sofrer bem diante dos meus olhos, desejando que aquele desespero, dor e medo que ele sentia jamais cessasse.

— Quem você pensa que é para tocar nesse garoto? — A voz novamente se fez presente, embora não houvesse ninguém ali além dos homens e a minha casca antiga. — Um ser sujo como você não tem o direito de tocá-lo com essas suas mãos imundas, quanto mais respirar o mesmo ar que ele. — A frieza em tom calmo e lento preenchia o ambiente repleto de gritos humanos, indiferente ao desespero daqueles seres tão insignificantes e frágeis.

— Me... me ajuda... — Revirei os olhos em impaciência ao ouvir o meu eu totalmente frágil implorando por socorro. — P-por favor...

— Moleque fraco! — Gritei, caminhando em direção dele, cerrando os punhos em irritação. — Não seja idiota! — Debochei com a ingenuidade daquela alma condenada à escuridão. — Seja forte, seu cretino, caso contrário sempre será subjugado por outros humanos! — Meus olhos o fitavam com desdém. — Viva somente por você e mais ninguém! — Dei um sorriso de canto, mantendo o olhar sério e afiado de costume. — A vida é um campo de batalha onde somente o mais forte sobrevive. Mate para se manter vivo.

O garoto parecia não me ouvir, embora eu já previsse isso. Mas ver-me daquela forma tão degradante e fraca era um insulto ao meu ego e título como o rei das maldições. Se eu me importasse com o humano que uma vez eu havia sido? Não, nenhum pouco. A vida das pessoas não há significado algum para mim, pelo contrário, são insignificantes para continuarem caminhando pela terra, por isso meu o meu trabalho como maldição suprema é exterminá-las das mais diversas formas possíveis.

Eu nasci do sofrimento e é por ele que existo. Quanto mais sofrimento houver no mundo, maior é a força que corre em meu corpo, tornando-me praticamente um ser imortal incapaz de ser morto até mesmo pelos quatro deuses celestes.

— Morram e sofram no inferno. — Diversas borboletas carmesins emergiram do céu envolvendo o grupo de homens. — Sacramento dos mortos. — Ao dizer tais palavras, uma silhueta aparece por trás do humano, alargando um sorriso presunçoso e cruel em seus lábios, pousando uma de suas mãos no ombro daquele que liderava o grupo, apertando a região sutilmente, desintegrando o homem com seu poder, explodindo os corpos dos subordinados depravados ao entrarem em contato com as borboletas que os cercavam.

Uma cortina de poeira levantou-se sobre as duas figuras restantes, impedindo-me de ver a face do manipulador do fogo amaldiçoado.

— Q-quem é você? — A voz falha ecoou pelo lugar que, aos poucos, tornava-se visível aos meus olhos.

— Eu? — Rebateu a pergunta feita por um Sukuna ainda preso em sua miserável vida humana, soltando um sorriso de escárnio, suspirando logo em seguida. — Nem eu mesmo sei quem ou o que sou, apenas tenho conhecimento do meu nome.

— Que é...? — Os olhos do garoto fitavam a figura diante de si com interesse e alguma coisa amais que eu não conseguia bem o que era.

— Yuichi.  —  Após a poeira ocasionada pela explosão dos humanos abaixar, meus olhos finalmente puderam avistar o dono daquele poder deliciosamente avassalador, fazendo-me recuar um passo para trás com os olhos tomados pela descrença. — O meu nome é Itadori Yuichi. — Sorriu, agachando-se na altura do garoto, pegando o corpo imóvel e sem forças  em seu colo, sorrindo para o meu eu humano da mesma forma que o celestial que salvou a minha vida sorria.

— Yukji... — Sussurrei. — Ele continuava exatamente o mesmo, embora a sua aparência de garoto tenha sido substituída por uma mais madura.

— N-não... — Embora machucado e exausto o pirralho humano tentava escapar dos braços do homem de vestes nada tradicionais, já que trajava uma camisa branca, caça azul, sapatos negros e uma jaqueta pesada em tom marrom escuro.

— Relaxa aí, fedelho, eu não irei machucar você. —  Informou, entediado, fitando os olhos sem brilho do algum que os encaravam com temor. — Vou cuidar dos seus ferimentos e te alimentar. — Seus pés firmes no solo íngreme caminhavam para as montanhas mais altas, distanciando-se ainda mais da civilização.

— Mas... — Tentou protestar a minha irritante e insuportável versão, recebendo um olhar mortal do homem de cabeços ruivos.

— Eu juro que se você abrir a boca mais uma vez, moleque chato, eu te explodo também.

O silêncio rapidamente pairou sobre eles, mas o olhar de medo e hesitação da minha vida passada permaneciam cravados sobre a face do homem que o carregava, provavelmente temendo ser novamente usado.

Dei um passo para segui-los, mas novamente as os flashes da morte de Yukji invadiam a minha mente com força, fazendo-me vacilar um passo. 

"— Enquanto você viver, não importa quantas vezes eu tiver que morrer diante dos seus olhos para te tornar a arma perfeita que sei que você será, eu sempre estarei lá para te proteger. — Com a boca expelindo sangue após ter seu corpo atravessado por Seiryuu, Yukji sorri em minha direção, dizendo suas últimas palavras esquecidas por mim com o tempo. — Eu serei o seu escudo e sua força. E mesmo que pareça que eu apenas esteja manipulando-o para destroná-los, saiba que eu sempre estive observando-o, vendo até onde você seria capaz de ir não por cobiçar o poder que terá futuramente, mas por se parecer comigo. — Lágrimas escorrem de seus olhos, suas mãos tentam alcançar as minhas antes do seu corpo colidir com a pedra de sacrifício, fitando-me com tristeza. — Eu queria ter mais tempo de vida para esperar você se tornar um homem para então dizer o que realmente há em meu coração, mas não viverei por muito tempo. — O toque morno quase frio de sua pele entrou em contato com a minha, apertando minha mão com força. — Me desculpe por ser tão egoísta com você... Ryomen Sukuna."

A vida do Tennin se esvaiu ao pronunciar o meu nome pela última vez.

“Agora consegue compreender que meu filho sempre o amou?”

A voz daquela maldita sacerdotisa ecoou em minha mente, deixando-me novamente envolto pela escuridão.

 

 

 

 


Notas Finais


Bom, este foi o capítulo sete, espero que tenham gostado.

Gente, por favor, vão comentando o que estão achando do rumo que a história está tomando, assim poderei atualizar com rapidez, pois saberei a opinião de vocês.

Bom, isso é tudo por hoje.

Beijos.


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