1. Spirit Fanfics >
  2. Depois da Tempestade >
  3. Detalhes

História Depois da Tempestade - Detalhes


Escrita por: erikastybrien

Notas do Autor


Oi amores! ******Nota grande mas é importante que vocês leiam, eu peço de coração <3******

Ok, deixa eu resumir o que tenho que falar. Primeiro, assim como venho repetindo, eu não posso de maneira alguma ignorar os aspectos psicológicos do Mitch para fazer o hot, especialmente porque estamos falando do sexo desse casal e vocês os conhecem bem. Os capítulos em primeira pessoa são muito úteis para vocês entenderem direito tudo o que ele está pensando e isso é perfeito tanto para aproximar ele de vocês quanto nos deixar mais próximo da história. Mitch tem se mostrado mais aberto só que ainda assim ainda tem trauma e seus problemas.
Isso são coisas que não se curam da noite para o dia e principalmente só com a Lydia, mas isso é um ponto que ainda vai ser bem colocado. O que eu quero e preciso que vocês entendam é o quanto essa relação sexual vai ser íntima independente do que role no ato em si, eu preciso e tenho a obrigação de explorar tanto o lado emocional quanto o sexual e eu sei que o sexo vai vir no momento certo, não posso mudar isso porque estamos ansiosos. Por isso eu peço de novo que vocês tenham paciência para diminuir stress pra todo mundo, rs.

Eu já tinha essa cena bem antes de ser bastante questionada sobre o hot, escrevi o capítulo domingo passado. Espero muito mesmo que vocês entendam o que isso significa e como essa relação dos dois tem caminhado, é algo especial e exige tempo, dedicação no que os dois sentem e isso é o que coloca vocês ali dentro. Sendo assim espero que vocês realmente considerem isso, entendo que vocês coloquem a emoção em cima da razão e isso é algo que eu não posso fazer, mas vocês sim porque são leitores e não tem as mesmas preocupações que eu que escrevo tenho. Espero de verdade que aproveitem o capítulo e entendam que paciência é fundamental para a história, mas não se preocupem, o que vocês tanto querem ver está perto.

Boa leitura e perdão pela nota enorme, mas foi necessário. <3

Capítulo 22 - Detalhes


Fanfic / Fanfiction Depois da Tempestade - Detalhes

Terceira Pessoa 

– Vem aqui. 

A voz grave, decidida e autoritária fez o coração de Lydia acelerar em seu interior. Os olhos castanhos exibiam o certo perigo de minutos atrás mas também hesitação, provando que Mitch não tinha total certeza do que havia dito. 

Martin engoliu seco, se sentiu extremamente intimidada pelos olhos castanhos e escuros. Não conseguiu raciocinar e a confusão fez suas pernas não receberem nenhuma mensagem para agirem. 

Quieta, sentada, lutou para sugar as emoções que encontrou naqueles olhos. Decifrou receio pela situação, medo, uma raiva descomunal por si próprio, algo que triplicou o embaralhar de pensamentos. 

Mitch não queria repetir, já se sentia nervoso o suficiente dizendo apenas uma vez. As mãos grandes suavam, o ritmo cardíaco descontrolado o travava ainda mais e tudo o que queria era que Lydia fosse até ele antes que o único resquício de coragem sumisse definitivamente. 

Desconexa, Lydia não moveu um músculo sequer além das pálpebras. Os olhos verdes e vivos permaneceram em Mitch que lambeu a boca nervoso, bufando baixo.  

Respirou fundo e caminhou decidido até Lydia, se sentando de frente, com as pernas abertas entre o banco. Resgatou algum fôlego em seu interior e salivou para falar, fitando a jovem muda e atenta nos movimentos dele. 

– Você quer ver a cicatriz? – Ele ofereceu em um sussurro. 

A boca dela entreabriu enquanto piscava com lentidão, lutando para processar o mínimo que conseguisse.  

– O quê? – Confusa, Lydia perguntou. 

Sempre que observava a pequena marca Rapp se sentia desconfortável e caso ousasse tocar ele a reprimia por conta própria, impedindo o contato. 

Não entendia que tipo de intenção Mitch tinha em oferecer algo tão íntimo e delicado, que envolvia um assunto difícil de se conversar. Lydia não queria falar sobre a confissão do estresse pós traumático para não deixá-lo ainda mais receoso, por esse motivo teve medo de que estivesse escolhendo mostrar a cicatriz por algum tipo de obrigação. 

Mitch precisava passar uma barreira, um enorme muro dentro de si. Sentia seu ''eu'' antigo implorar para ter uma chance de libertação. Mesmo sem jeito, tímido, apenas ele poderia tomar uma decisão por todas sombras que existiam em seu interior. 

Já havia errado em não contar toda a história mais cedo e se sentiu um estúpido por ser covarde. Silenciou as vozes em sua cabeça e ouviu apenas o que ele queria, qual era a vontade do verdadeiro e fodido Mitch, o que precisava para conseguir a realização do desejo. 

Mesmo que para Lydia pudesse parecer tão pouco, Rapp sentiu uma pontada de orgulho nascer dentro de si. Soube que havia dado um grande passo, algo que conseguiu admirar mesmo que por segundos. 

– É que... 

– Me mostra. – Lydia impediu que falasse assim que alguma compreensão a atingiu. 

Ela continuava confusa sobre o porque dele ter decidido dar uma chance para que visse a cicatriz, algo que tentava fazer desde que descobriu sobre. Mas além dos sentimentos pessimistas percebeu que ele tinha confiança nela, o que de certa forma a confundiu ainda mais. 

Era algo pessoal, um trauma, e mesmo assim Mitch ofereceu mostrar sem que ela pedisse. Lydia se sentiu feliz por ele tomar a decisão sem que insistisse e seu coração aqueceu por saber que tinha um voto de  convicção tão forte. 

Rapp encarou Martin com paciência, procurando entender se ela realmente desejava ver a marca. O sentimento forte e sincero que transbordava das íris verdes foram um perfeito incentivo, deixando Mitch mais confortável apesar de seu coração não bater fraco nem por um segundo sequer. 

Ele engoliu nervosamente, esfregou as palmas das mãos no jeans para se livrar suor infortúnio e gélido que o molhava.  

Lydia observou o nervosismo nítido de Mitch, apesar dos olhos castanhos estarem mornos ela sabia que existia algum tormento escondido que ainda não conhecia.  

Para confortá-lo Martin se ajeitou de frente, também abrindo as pernas no banco enquanto Rapp se remexia, repetindo um mantra encorajador na mente. 

Os olhos castanhos abaixaram para o chão com tristeza, sendo acompanhados de um suspiro angustiado. Lydia lambeu a boca e sem pensar muito no que fazia a mão delicada foi até o queixo masculino, fazendo com que o polegar encontrasse o lábio fino de Rapp. 

De imediato o rosto se ergueu com o contato mas Mitch não a afastou. Respirou mínimo enquanto observava Lydia atenta nele, sentindo pela primeira vez o atrito da barba rala com sua pele macia. 

Os pelos cerrados e minúsculos espetaram sutilmente o dedo dela, permitindo que sentisse também o calor do corpo de Mitch. Lydia aprovou a sensação. 

Desconectada de qualquer conceito negativo, acariciou o lábio com um toque sutil, sentindo a respiração quente e levemente falhada de Mitch ser despejada em seu polegar. 

– Você tem certeza? – Lydia perguntou com confiança, escondendo seu receio. 

Quieto, entretido, Rapp apenas acenou com a cabeça. Os lábios grossos moldaram um sorriso doce, seguro, e a mão dela abandonou o rosto expressivo.  

Assim que perdeu o toque Mitch saiu do pequeno transe, sentindo uma espécie de saudade bater em seu interior. Desprezou o sentimento para se atentar nas reações de Lydia. 

Rapp conseguiu perceber como ela também estava hesitante, só não raciocinou que era acompanhado de medo em assustá-lo ou até mesmo afastá-lo completamente. 

Lydia estava apreensiva sobre a oferta, tinha medo que Mitch estivesse enganado e acabasse se afastando dela, mas o pensamento não escapou de sua boca. Martin reservou o receio para si e esperou que ele dissesse algo. 

Por instinto ou um simples desejo adormecido, Mitch alcançou a mão feminina que antes estava em seu rosto. Entrelaçou os dedos observando como se encaixavam, o quanto as peles quentes pareceram torrar juntas. 

Lydia observou curiosa por ele criar o contato, além do jeito que os lábios finos foram lambidos com nervosismo mas satisfação. 

Ele encarou o ato por alguns segundos, entretido no toque reconfortante. Novamente sentiu que não estava sozinho e a sensação era única. Ergueu os olhos ainda mais decidido, corajoso, sentindo uma emoção nova se manifestar em si.  

– Pode puxar a gola. – Certo do que dizia, Mitch autorizou. 

Esperou que Lydia tivesse seu tempo caso quisesse desistir por algum motivo, mas não aconteceu. Em poucos segundos a mão livre encontrou o ombro favorável, olhando para as reações de Mitch enquanto a mão subia com calma. 

Ele trincou o maxilar mas não apresentou nenhuma rejeição brusca. Os dedos livres dedilharam a pele coberta sem pressa enquanto Lydia sentia o receio crescer como uma bola de neve.  

Por segundos ela quis desistir mas os olhos fixos de Mitch em seu rosto a impediram, transmitindo coragem e confiança.  

Assim que alcançou a gola Lydia embolou o tecido fino, obrigando que Rapp erguesse mais a cabeça para que Lydia encontrasse o que queria. 

Assim que os dedos afastaram o pano revelaram uma marca mediana. Como se uma faca tivesse cortado a pele, a cicatriz seguia em linha reta, tendo uma leve curva em seu fim. 

Mitch fechou os olhos, suspirou pesado com a lembrança dolorosa. Escutou o barulho das ondas, a risada da ex-noiva e também os tiros estridentes que morriam depois de segundos, ecoando pela praia repleta de corpos. 

Sentia que estava abrindo uma brecha na porta do armário em que seus demônios ficavam escondidos, mas sabia que Lydia ainda não os conhecia totalmente. 

A pulsação acelerou e o buraco em seu peito se expandiu com um calor desagradável. Em determinados momentos as pálpebras masculinas eram pressionadas contra os olhos, demonstrando um sofrimento interno.  

Ele apertou a mão de Lydia com mais força, em busca de alguma comodidade, sentindo a rigidez de seus ombros ser distribuída para o resto de seu corpo.  

Martin acabou soltando um suspiro triste por ver que uma marca tão insignificante esteticamente podia mexer tanto com Mitch. Não tinha ideia do que pensar ou dizer. 

Foi açoitada por possibilidades infelizes. Abuso infantil, um acidente, um trauma dentro da família. Não conseguia imaginar o quão ruim era por deixá-lo naquele estado. 

A cicatriz era levemente rosada mas não era destacada na pele pálida. Na verdade, não o dava nenhuma diferença significativa por fora. 

O estresse pós traumático estava diretamente ligado a marca que era como uma fio conectado na mente perturbada. Quando Mitch se descontrolava era como se houvesse uma pane no sistema. 

Sem querer torturar o jovem, observando como a mão dele suou contra a sua e também o fato dos olhos castanhos ficarem fechados o tempo todo, Lydia subiu  a gola novamente. 

Mitch só percebeu como os pulmões estavam travados no momento que a marca foi escondida de novo, quando ele liberou o ar preso com vigor em um sopro prolongado. 

Teve medo de abrir os olhos, não sabia como Lydia reagiria já que se tratava apenas da cicatriz quando ele deveria contar muito mais. Ouviu um fungar baixinho, foi quando a fitou por impulso, reparando que ela desviou o olhar sem graça. 

Lydia estava com pena, tanta pena que os olhos marejaram em tristeza. Mitch passou de um homem rude a uma criança frágil no momento que a pequena estigma foi revelada. 

Martin soube que nunca tinha visto tanto dele. Como quem via uma sombra, ela pôde enxergar detalhes do Mitch interno mas sem vê-lo totalmente. As reações desconfortáveis fizeram Lydia perceber o quanto a marca o incomodava e conseguiu sentir culpa por insistir tanto. 

Uma culpa tão pesada que ativou as lágrimas arrependidas que Lydia lutou para segurar. Pelo escuro e todas os sentimentos que o percorriam, Mitch não percebeu o choro reprimido. 

Lydia disfarçou, balbuciou uma vez olhando para as mãos unidas. Apreciou o contato firme, caloroso, tentando coordenar algum pensamento dentro de sua cabeça. 

– Pela primeira vez na minha vida eu não sei o que falar. – Ela admitiu com a voz frágil.

– Não fale nada. – Mitch sussurrou sem tirar os olhos dela. 

Ignorando o olhar desconexo se inclinou na direção de Lydia com ânsia, colando os lábios, soltando um suspiro prolongado de satisfação. 

Martin agiu rápido em fechar os olhos, esquecendo de qualquer emoção que sentia segundos atrás. Suas dúvidas e preocupações foram substituídas por desejo, afeto, e assim que Rapp moveu a boca ela acompanhou. 

Lydia grunhiu baixo em aprovação, apreciando a língua esperta fazer contato com seus lábios entre os movimentos. Mitch exercia uma força balanceada, de modo que não era brusco mas também estava longe de ser suave. 

Era uma combinação perfeita que Martin apreciava, principalmente por ele beijar tão bem. 

A mão masculina que estava jogada no banco se apressou em subir pelo tronco dela, queimando pela proximidade, exigindo ao dono um contato direto. 

Mitch reconheceu a submissão favorável de Lydia, acompanhando com empenho a maneira que era pressionada por sua boca forte. 

Lydia percebia o arranhar dos dentes ferozes agindo diretamente em seus lábios, ocasionando arrepios que desciam por sua coluna e erradiavam para abaixo dos quadris. 

Trêmula, Martin suspirou quando o lábio inferior foi sugado com força em um ato úmido e quente. Mitch beijava com ânsia, respirando falho a medida que o coração martelava em seu interior. 

Grunhiu quando apalpou pela primeira vez o seio esquerdo dela, reparando que se encaixava perfeitamente em sua mão. Lydia arfou estendido, apreciando a mão se fechar na circunferência para afrouxar novamente. 

Mitch massageou a carne enquanto se perdia na proporção que seu corpo ameaçava atingir por estar a beijando de novo. Não conseguia pensar e mesmo se pudesse não o faria, era bom demais para raciocinar algo. 

Lydia sentia uma falta de ar descomunal nos pulmões, quase como se estivesse se afogando. O toque no seio a fez imaginar como a mão enorme se sairia em outra parte de seu corpo, a fazendo derreter sob os dedos finos. 

Rapp desfez o contato apenas para subir ao cabelo ruivo, enfiando os dedos nos fios sem nenhum tipo de permissão.  

Martin sentiu tanta adrenalina que pôde perceber as pernas fraquejarem mesmo sentada, as veias aqueceram por senti-lo tão perto, com tanta vontade. 

Teve a nuca aprisionada pela mão forte de Mitch que mordeu o lábio da ruiva com domínio, sem aviso, recebendo um arfar sôfrego em resposta.  

Lydia precisava respirar, já não sentia ar algum sendo inalado e a eletricidade em seu quadril era profunda e causada exclusivamente por Mitch. Parecia que Rapp estava respirando por ela, ou simplesmente sugando todo o ar em volta deles. 

Excitada, a ruiva rompeu o contato em sacrifício, respirando urgente quando afastou as bocas. Mordeu o lábio inferior com o nervosismo quase adolescente que estava aceso dentro dela, fazendo-a se sentir como quem beijava o melhor amigo.  

Arfando, Mitch encostou a testa na de Lydia. Ainda com os olhos fechados, compartilharam o mesmo ar, o mesmo desejo, a energia única.  

A mão masculina se desprendeu do cabelo ruivo desejando passear por todo o corpo bonito, mas Rapp a trouxe para o rosto delicado. Assim como ela havia feito, distribuiu os dedos entre o maxilar e o pescoço, posicionando o polegar nos lábios fartos. 

O toque fez Lydia abrir ainda mais a boca, respirando irregular. Admirou o carinho suave, quase ingênuo, tentando de alguma maneira lidar com a confusão mental. 

Mitch era uma montanha russa, estar perto dele exigia conhecê-lo muito bem para saber quando alcançava seus extremos.  

Rapp estava cansado, tão cansado que desmereceu qualquer sentimento que estivesse ligado a problemas em sua cabeça. Mentiu tantas vezes para si mesmo e não conseguiu se convencer uma vez sequer de que não poderia se envolver com Lydia, e agora estava ali com ela. 

Ele queria prazer, arriscar o que podia para ver aonde a história iria terminar independente de como. Estava cansado de lutar para se enganar, se o problema era a cicatriz tinha decidido mostrá-la por vontade própria. 

O difícil era contar sobre Katrina? Iria esperar até que conseguisse explicar detalhe por detalhe como Lydia merecia saber. Mas por ora, se dispôs a esquecer os questionamentos.  

O sangue drenava com fervor em sua cabeça, espalhava excitação e todos os demais sentimentos que o sobrecarregavam diariamente.  

Lydia salivou com desespero, unindo os lábios com as terminações nervosas agitadas dentro do corpo. O ar mínimo era compartilhado com tanta ansiedade que o som de Rapp era fanho e o dela erradio. 

– Você é tão... – Apenas um sussurro incerto foi pronunciado por Lydia, que agitou a cabeça em negação com o raciocínio complicado. – Intenso.  

Mitch não abriu os olhos por mais estranho que a definição lhe parecesse, calculando que na verdade a palavra cairia muito bem para ela. Martin era intensa, aguçada, muito diferente dele.  

– Não consigo entender... – Pensando em voz alta, Lydia sussurrou mais uma vez, expondo o quanto era complicado lidar com ele.  

Rapp suspirou, controlou a respiração falha com o ato por mais que ainda liberasse o ar pela boca.  

– Eu também não. – Ele confessou alisando o dedo ainda na boca carnuda, abrindo os olhos para admirar o que fazia.  

Se afastou um pouco para olhar o rosto todo, observando os lábios grossos refém dos dentes, como ela estava relaxada e refém da mão onde apoiava a cabeça. 

Incomodada com a distância e o silêncio mortal que se instalou, Lydia também abriu os olhos. Mitch a encarava sem a menor vergonha, a analisava com calma, atenção. Os olhos castanhos estavam vivos como nunca, exibiam um brilho satisfeito.  

Já Lydia conseguiu expressar uma espécie de timidez, corando sem graça por mais que gostasse de ser observada por ele.  

– Você é muito linda. – Quase hipnotizado, o pensamento escapou de Mitch com um sussurro baixo, os olhos fixos nela. 

Martin soltou um sopro de nervosismo, satisfação por ouvir um elogio. Recebia um olhar tão bobo e entretido que não reconheceu o Mitch que estava diante de seus olhos.  

Mais uma vez Lydia salivou, sentia uma inquietação interna abaixo do quadril, era desejo. Um desejo antigo, rotineiro, incontrolável. Queria de alguma maneira dar um momento bom para Rapp por si própria, retribuir as carícias que recebia. 

– Posso tentar uma coisa? – Em alto e bom som, Lydia fez a pergunta. 

Uma pontada de receio surgiu em Mitch, mas foi desconsiderada pelo desejo que se sobressaiu. Ele concordou com a cabeça, em seguida sentiu os dedos entrelaçados aos seus romperem o contato. 

Lydia abandonou a mão dele e a ergueu em direção ao ombro direito de Mitch, pairando segundos no ar antes de encostar de fato. Ela esperou procurando por alguma reação negativa, mas tudo o que obteve foi ansiedade.  

A cicatriz ficava do outro lado do corpo, por esse motivo Rapp não se retraiu. O coração palpitou com a expectativa por não ter ideia do que ela faria. Ele sentiu as unhas curtas cravarem de leve em seu ombro, e como se controlasse a pulsação acelerada Lydia respirou fundo.  

Estava nervosa pela proximidade, por ter ganhado passe livre para fazer algo que ele sequer sabia o que era. Martin acreditou ter ganhado um voto de confiança e significava muito para ela. 

Mordeu o lábio inferior e encarou a mão, se desconcentrando de Mitch que intercalava os olhos entre ela e a mão que começou a subir. Os dedos dedilharam pelo ombro com calma, subindo o pescoço.  

Lydia arranhou as unhas conhecendo aquela parte, sentindo a textura macia da pele masculina. Mitch não reagiu ao roçar inusitado, esperando uma reação espontânea de seu nervosismo. 

Ela parou o movimento e abriu os dedos, os espalhou pela pele. Em seguida a mão aberta deslizou as costas de Rapp, sentindo pela primeira vez os músculos fortes que tinham ali. Mitch fechou os olhos por segundos, ignorou o mínimo receio que o invadiu, dando espaço para a curiosidade.  

Por mais que sentisse um peso comum se instalar nos músculos, Mitch jurou para  si próprio esquecer a sensação. Queria aproveitar e a ideia de estragar o momento lhe parecia o maior erro que pudesse cometer em meses. 

Lydia moveu os dedos com calma, apreciou o contato. Mordeu a boca ao fantasiar as costas flexionadas com Mitch por cima dela, quase suspirou pela imaginação fértil. 

Concentrada, enfiou os dedos na nuca dele. Sentiu o cabelo grande abraçar sua pele, a fazendo segurar de leve o couro cabeludo. 

Sem saber ao certo como agir, Mitch curvou um pouco a cabeça para baixo, fechou os olhos e esperou o que quer que fosse acontecer.  

O estômago gelou em nervosismo ao momento que lhe pareceu de tanta intimidade, algo que não acontecia a muito tempo. Escutou a movimentação de Lydia mas não espiou, esperou para se surpreender.  

Sutilmente, sentiu os lábios fartos encostarem em sua pele. Lydia inalou pesado, identificando o  cheiro característico que vinha dele. 

Mitch não reagiu, esperando com calma enquanto apreciava o contato sensível. Sem aviso  prévio a boca grossa lhe proporcionou um beijo quente e úmido no pescoço, utilizando uma pressão instigante. Um arrepio ágil percorreu a pele masculina, despertando um arfar dele. 

Automaticamente Mitch rolou o pescoço para o lado, dando total liberdade para que Lydia continuasse. A ruiva o beijou mais uma vez no mesmo local, recebendo um murmúrio baixinho dele que apreciou a espécie de carinho.  

Guiada pela excitação, Lydia estava apta a ouvi-lo gemer, conhecer o som rouco que já lhe parecia ótimo em sua imaginação. 

Por esse motivo, mordiscou a pele e puxou para si, arrepiando Rapp da cabeça aos pés. Ele murmurou mais alto e cercou a cintura dela com os braços, deixando as mãos caídas no que podiam alcançar da bunda feminina. 

Sem aviso, Lydia abriu um pouco mais a boca e sugou a pele com a língua em um movimento rápido, usando robustez na medida certa. 

A pressão recebida acendeu o corpo de Mitch como um todo, tendo a sensação de prazer compartilhada por dentro de si. Ele gemeu rouco, grave, quase sofrido. Lydia apertou um pouco os dedos na nuca e repetiu o ato, sentiu as mãos dele alisarem com uma certa impaciência o jeans que cobria seu corpo. 

Chupou duas vezes com intensidade, deixando uma mordida no fim. Mitch gemeu e as mãos apertaram o jeans com força, impulsionando Lydia para a frente contra seu pescoço. Martin arfou com surpresa enquanto os olhos se fechavam por segundos, percebendo o quanto o toque rude era excitante.  

Ele era forte e só existia delicadeza quando desejava usar, caso contrário agia com um ímpeto sexy, quase perigoso. A mão livre dela encontrou a barra da camisa de Mitch que parou de respirar, sentindo um choque nas veias.  

Sem nenhum pedido, Lydia adentrou a mão no tecido, podendo tocar em todo o peitoral exposto. Rapp não conseguia pensar em nada e o fato não o incomodou nem por um segundo sequer. 

Ela o mordiscou mais uma vez, escutando um arfar rude de aprovação. Tomou liberdade para passear os dedos pela barriga masculina, se arrastando pelas definições musculares que encontrava ali. 

Tocou, apertou de leve, adquirindo um desejo absurdo de olhá-lo sem nenhum tecido para impedir. Recebeu mais um apertar nas nádegas, sentindo os dedos de Mitch cravarem em sua carne. 

Martin expulsou ar pela boca como um sinal de satisfação, gostando de como a força usada era excitante. 

Ela subiu a mão com calma, sentindo a região, alcançando até o peitoral onde encontrou pelos ralos que existiam no meio do tronco. 

Mitch recebeu mais um chupão com auxílio de dentes, se tornando insuportável controlar o som de saia de sua boca. A sucção era firme, resistente, despertava sensações de prazer nele. 

Ele estava quente, a pele era tão calorosa que a própria Lydia ficou com calor pelo contato direto. As mãos de Mitch agiram mais uma vez, apertando o bumbum de um jeito quase possessivo. 

Rapp sentiu as unhas de Lydia arranharem seu peitoral em uma queimação mínima, algo que ocasionou uma onda de arrepios no jovem que sentia o coração tropeçar no peito. 

Não existia nenhum rastro da racionalidade na cabeça de Mitch e ele preferia que fosse assim, não conseguia lembrar de nada ruim e nem calcular o que estar tão íntimo de Lydia significava. 

Os dedos femininos se arrastaram para as costas fortes, passando por baixo do braço dele para evitar a cicatriz. Eles estavam enroscados, compartilhando o mesmo calor e espaço.  

Lydia conheceu a extensão do tronco passeando a mão da cintura até em cima, admirando o toque quente. O corpo forte era muito sexy, eram diversos músculos consistentes e Martin mordeu a boca fechando os olhos.  

O físico o deixava marcante, era extremamente sexy imaginá-lo suado por cima dela, exausto depois de fazer sexo. Lydia poderia gemer apenas com a imaginação, arrastando a mão para as costas onde fechou os dedos na pele macia. 

O arranhou novamente, mordendo o pescoço que já tinha uma coloração escura. Mitch arfou pesado, recebendo mais um chupão robusto que o fez gemer. A apertou em resposta, odiando a calça jeans que cobria onde tocava. 

Lydia gostou muito do som. Era rouco, sôfrego, e muito prazeroso. Ela afastou um pouco o  rosto e observou a marca roxa e enorme na pele de Mitch. Em certos pontos existiam bolinhas que apenas marcavam de leve, já no meio se concentrava a cor escura. 

Martin sorriu com satisfação, se aproximou do ouvido masculino orgulhosa por ter agradado um homem tão sexy. 

– Você devia ter me deixado fazer isso antes. – Lydia sussurrou, depositando o ar quente na pele sensível. 

Arrepiou Mitch que mal compreendeu o que ouviu. Estava excitado, tão excitado que sentia a ereção dolorida na calça.  

Recebeu aconchego, carinho, e contato sexual, que eram além de elementos novos foram proporcionados por Lydia, o que os dava uma intensidade ainda maior e significativa.  

Mitch  estava tão concentrado na excitação que não se preocupou se corria riscos de que a ruiva enxergasse o volume em sua calça, na verdade, queria implorar para que tocasse ali. 

Martin acariciou a nuca dele com calma, se afastando para olhá-lo nos olhos ainda com as mãos perdidas no corpo masculino. Mitch imitou o movimento, batendo os olhos em uma Lydia que sorria triunfante. 

Ela estava tão sexy com os lábios vermelhos, os olhos acesos com chamas invisíveis e suas mãos tão delicadas pareciam pertencer ao corpo dele. 

Ele encarou a boca e mordeu o lábio inferior com a imaginação, aproveitando o momento em que estava tão perto para poder observar detalhes

Ficaram em silêncio, apreciando como se sentiam atraídos, o quanto estarem juntos era bom. Mitch arfou com os pensamentos eróticos, deslizando os olhos para o que podia do corpo feminino. 

– Preferia que você estivesse sem essa calça. – Rouco, Rapp confessou. 


Notas Finais


O título do capítulo sempre tem haver com o momento principal que acontece e acho que esse capítulo foi movido a detalhes de ambos os lados, achei perfeito. Espero mesmo que tenham gostado tanto da interação física quanto a emocional, ainda tem bastante coisa pra acontecer!

Inclusive nem como Mitch ganhou essa cicatriz ainda foi explicado, e tem bastante coisa do passado dele que vocês também ainda não sabem. Aguardem, até <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...