1. Spirit Fanfics >
  2. Depois da traição >
  3. Capítulo 18

História Depois da traição - Capítulo 18


Escrita por: Syatha

Capítulo 18 - Capítulo 18


Quando cheguei em casa não tinha ninguém. Aproveitei isso e coloquei uma música qualquer no volume máximo e comecei a arrumar a casa enquanto cantava. Vesti uma calça moletom e fiquei discalço.

Algumas horas depois fui fazer o almoço, quando terminei fiquei lavando os pratos enquanto cantava a música que tocava na caixa de som.

Someone you loved

I'm going under and this time I fear there's
no one to save
This all or nothing really got a way of
driving me crazy
I need somebody to heal, somebody to
know
Somebody to have, somebody to hold
It's easy to say, but it's never the same
I guess I kinda liked the way you numbed
all the pain

Now the day bleeds into nightfall
And you're not here to get me through it all
I let my guard down and then you pulled the
rug
I was getting kinda used to being someone
you loved

I'm going under and this time I fear there's
no one to turn to
This all or nothing way of living got me
sleeping without you
Now, I need somebody to know, somebody
to heal
Somebody to have, just to know how it
feels
It's easy to say, but it's never the same
I guess I kinda liked the way you helped me
escape

Now the day bleeds into nightfall
And you're not here to get me through it all
I let my guard down and then you pulled the
rug
I was getting kinda used to being someone
you love

And I tend to close my eyes when it hurts
sometimes
I fall into your arms
I'll be safe in your sound 'til I come back
around

For now the day bleeds into nightfall
And you're not here to get me through it all
I let my guard down and then you pulled the
rug
I was getting kinda used to being someone
you loved

But now the day bleeds into nightfall
And you're not here to get me through it all
I let my guard down and then you pulled the
rug
I was getting kinda used to being someone
you loved
I let my guard down and then you pulled the
rug

- Que voz incrível! - Me assustei com o quase gritou de Mina. Olhei para trás e estavam todos os meus amigos ali, ri baixo balançando a cabeça.

- Não me assuste assim Mina. - Pedi calmo e com um sorriso pequeno estampado no rosto. 

- Desculpe, mas sua voz é realmente incrível. - Fomos até a sala e todos sentaram no sofá enquanto eu ficava perto da porta da varanda com a cabeça de Yon no meu colo.

- Obrigado, normalmente não canto muito sem o Suki, fazemos uma dupla, então é um pouco estranho. Estou acostumado a fazer isso no chuveiro. - Não contive minha risada.

- Ainda não tomaram banho juntos? Nunquinha? - Izuku perguntou surpreso, corei aí notar os olhares curiosos que eram direcionados a mim.

- B-Bom, durante o relacionamento não. Normalmente fazíamos isso quando éramos pequenos, eu sempre tive um cabelo grande, Bakugou se divertia com isso e ficava mexendo nele enquanto eu ficava brincando com os brinquedos na banheira. - Encostei a cabeça na parede e suspirei com um pequeno sorriso no rosto.

- Oh, então já viram o outro nu?! - Denki riu alto.

- De certa forma sim. Mas quando tínhamos por volta dos dez anos paramos de fazer isso e o loiro me trocou por Saori. - Fiz um bico.

- Então nunca se tocaram? Muito menos fizeram... Aquilo? - Sero sussurrou como se fosse um segredo.

- Não, eu e ele somos os virgens da turma. - Admiti sem vergonha alguma.

- Estou surpreso. - Midoriya admitiu.

- Por quê?

- Kacchan era bem atrevido quando namorávamos. - Izuku corou minimamente e riu.

- Ah, isso não mudou, continua o mesmo. - Sorri.

- Mas onde ele está Eijiro? Um ano se passou e nunca mais vi ele ou tive notícias. - Jiro murmurou.

- Bom... - Olhei para qualquer canto e acabei vendo a foto de Katsuki, nela ele sorria e estava me abraçando, eu estava de costas. O loiro tinha um sorvete na mão enquanto tinha uma colherzinha de plástico na outra. - Ele está bem e vivo, mas está longe. - Antes que alguém pudesse falar algo meu celular tocou, o atendi. - Suki? - Falei.

- Oi Eiji. Acordou bem? Desculpe, te fiz dormir tarde. - Ele disse.

- Tá tudo bem Baku, sempre estou a sua disposição e sabe disso. - Murmurei. - Mas você também foi dormir tarde.

- Eu sei, quase dormi no meio de uma aula. Mas o professor atirou bem do meu lado e quase caí da cadeira. - Riu.

- Atirou?

- Sim, com uma arma. Se acalme, não machuca nem nada. - Suspirei aliviado.

- Não me assuste assim. - Fiz um biquinho.

- E Aiko? Como foi a despedida de vocês para ela finalmente entrar na escolinha? - Ouvi sua risada do outro lado da linha.

- Vou admitir para você, eu chorei. - Meus amigos estavam desentendidos, em poucos segundos escutei Katsuki começar a rir. Depois de um tempo finalmente ele parou. - Não ria, você não estava aqui. Ela estava com medo Baku, mas como sou uma ótima pessoa ela seguiu o caminho sozinha.

- Parabéns Eiji, quando ela chegar mando mensagem para mim de como foi tudo lá, só vou poder responder de noite. Vão passar a deixar o wi-fi ligado nesse horário até amanhecer. - Era visível sua felicidade.

- Ótimo, melhor para mim. - Sorri. - Agora eu tenho quer ir loirinho, nossos amigos estão aqui em casa.

- Okay, tchal Kiri. Te amo.


- Também te amo. - E guardei o celular, ele desliga.

- Então está tudo bem entre você dois? - Sero perguntou.

- Sim, eu nunca disse que tínhamos brigado ou nos separado. - Revirei os olhos.

- Verdade... - Ashido murmurou. - Será que agora pode nos contar onde o loirão está? - Sua voz estava mais impaciente.

- Ele não quer que eu fale a vocês. - Bufei.

- Mas somos os amigos dele! Deveríamos ao menos saber onde ele está! - Mina quase gritou.

- Eu sei disso! Olha como você está por ele estar longe, se você tá desse jeito imagina eu Mina! - Gritei ficando com os olhos marejados. - Eu tenho que acordar todos os dias e ver que ele não está ali pra me dar um bom dia ou eu te amo! Eu sou o noivo dele Mina! Pense em mim também! - As lágrimas rolavam pelo meu rosto numa velocidade surpreendente.

- Eijiro eu... - A rosada tentou se aproximar mas me afastei, me surpreendi quando senti os braços de Midoriya me rodearem em um abraço carinhoso.

- Desculpa. - Todos falaram juntos e comecei a chorar, não me importei em quanto tempo passaríamos assim. Alguns minutos se passaram, senti meu celular vibrar e o peguei.

"Quer que eu volte?" Era Katsuki.

"Não..."

"Eu ouvi você chorando Eiji, escutei tudo que você disse."

"É a verdade... Mas não precisa voltar, só o fato de saber que agora pode falar comigo de noite me acalma. Vamos poder nos falar antes de dormir." Sorri pequeno e sequei as lágrimas.

"Tem certeza? Se quiser eu pego um avião hoje mesmo." Assim que terminei de ler a mensagem eu ri alto.

"Não precisa, termine as coisas aí, ok? É para o bem do seu e do nosso futuro. Eu vou ficar bem."

"Certeza?"

"Sim, agora vai fazer suas coisas. Aposto dois reais que está no meio de uma aula."

"E como sempre está certo. Se acontecer alguma coisa me avise. Eu te amo muito Kiri, até mais tarde."

"Até..."

- Tá vendo aí? Ele te ama e também deve estar morrendo de saudade. - Izuku sorriu.

- É...

- Desculpa Kiri. - Mina sentou na minha frente.

- Tudo bem Mina, acontece. - Dei de ombros e me levantei. Respirei fundo e assobiei. Logo ouvi latidos e Yon apareceu correndo, parou sentado na minha frente com a língua para fora e eu ri. - O que acha de fazermos uma viajem? Você vai ficar com as meninas obviamente.

- Vão viajar? - Todoroki perguntou

- É, acho que não faz mal dar uma passadinha em certo lugar. - Peguei meu celular e pesquisei um pouco, vi que as passagens estavam em um preço acessível. - É, eu vou fazer isso. Ao menos um final de semana, não vai matar ninguém...

- Você quer ir visitar ele, não é? - Denki sorriu pequeno.

- Sim, um ano se passou, logo vai vir mais um. Não posso aproveitar que tenho grana e ir dar um beijinho nele não? - Brinquei.

- Leva a gente! - Ashido pulou nas minhas costas.

- Não. - Andei até a cozinha e ouvi o telefone tocar, era o da casa mesmo, usado apenas para nos comunicar com a escola em que Aiko está estudando. O peguei e levei até a orelha. - Oi?

- Eijiro Kirishima? - ouvi uma voz feminina.

- Sim.

- Você é o pai da Aiko, certo?

- Uhum.

- Pode vir buscá-la? Ela se machucou e não para de chorar.

- É algo muito grave?

- Não, mas acho melhor vir logo antes que piore e o choro se espalhe para as outras crianças. - Sua voz soou um pouco desesperada. 

- Já estou indo. - Desliguei e fui trocar de roupa. - Pessoal eu vou sair, então podem ir embora. - Abri a porta e todos saíram em silêncio, quando saí do prédio encontrei ele lá em baixo. - Tchal. - Entrei no carro de Mari e saí.

. . .

Quando cheguei na escolinha já podia ouvir várias crianças chorando e pais desesperados. Eu ri baixo e me aproximei, passei por todos eles e fui até o centro das crianças. Assobiei e a atenção se voltou para mim, as crianças pararam de chorar e eu sorri.

- Quem quer chocolate? - Perguntei calmo e logo todos estavam animados pulando ao meu redor, dei um pedacinho de chocolate a cada um deles e me sentei no chão colocando Aiko no meu colo. - O que aconteceu?

- Caí. - Ela fungou.

- Nós vamos ir ver o papai, o que acha? - Levantei vendo uma mulher se aproximar com uma criança.

- Licença, você é o pai dela? - A mulher perguntou.

- Sim, por quê?

- Hum, Aiko é amiga da minha filha. Será que algum dia ela pode ir lá pra casa? - Sorriu pequeno.

- Acho que sim... Mas essa semana não dá, vamos viajar. - Sorri.

- Oh, okay. - Sorriu. - Até mais.

. . .

E cá estou eu, embarcando no avião para ir ao Canadá. Ontem a noite conversei com Katsuki e com o comandante de lá. Perguntei se o loiro poderia dar uma volta a tarde quando tiver tempo livre e ele permitiu.

- Durma um pouco bolinha. - Falei baixo antes do avião decolar.





Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...