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História Depois daquela noite - Parte 14


Escrita por: AmigaDaPaz

Notas do Autor


Oi,
Eu deveria ter postado ontem, que foi o aniversário de dois meses de postagem da fanfic, mas tive problemas com a internet. De todos os modos, ainda está valendo a comemoração, certo?
Cá entre nós, de verdade, é completamente tomada por gratidão que posto este capítulo de DDN.
Muito obrigada a todo mundo que tirou um pouco do seu precioso tempo online aqui no SS pra me enviar mensagens de apoio. Eu ainda não respondi, mas li todos os comentários que vocês deixaram no capítulo anterior e no jornal explicativo e também nas mensagens privadas. Prometo que assim que me sentir apta, responderei a todos.
Obrigada também pelos mais de 190 favoritos. WOW. Nunca pensei que DDN fosse chegar tão longe, mas agora que aconteceu, estou muito feliz. Espero que a história de Bonah Jaebum e todos os outros continue agradando vocês porque a mim já agrada demais. Eu amo escrever e postar aqui e prometo que nunca mais vou deixar que críticas mal feitas e maldosas me deixem pra baixo. Pelo contrário, vou converter todo carinho de vocês em força.
Tenham todos uma boa leitura.

p.s: pra quem estava esperando, Jinyoung enfim está participando. Olha, rimou. kkk

Capítulo 14 - Parte 14


Fanfic / Fanfiction Depois daquela noite - Parte 14

 

DEPOIS DAQUELA NOITE

PARTE 14

 

TÍPICA manhã nublada de inicio de inverno em Seoul. Tudo parecia mais cinzento que o habitual, não que Jackson Wang realmente se interessasse pelo clima, especialmente naquela ocasião, pois ainda que o sol brilhasse majestoso, com toda sua potência, o homem iria se sentir da mesma forma, sobrecarregado com sua desagradável missão do dia: ter que devolver ao verdadeiro dono a arma que dois dias antes quase fora usada num assassinato.

Apesar de tudo ter transcorrido sem maiores consequências do que apenas algumas leves lesões, o loiro ainda se sentia bastante culpado por ter sido um dos responsáveis por Choi Bonah e Park Sooyun quase terem virado manchete policial. Ele se sentia responsável e culpado por tantas coisas, que nem era mais capaz de enumerar!

── Você não estava exagerando quando disse que o assunto era sério. ── Park Jinyoung se aproximou da mesa onde o amigo estava. ── Sua cara não está nada boa.

── Eu não seria imprudente de interferir na sua rotina de trabalho se não fosse por algo importante, Jinyoung. ── Jackson respondeu com seriedade. ── Você deveria saber disso.

── Eu sei. ── assentiu, acomodando-se numa das pequenas cadeiras de metal, em volta da simpática mesinha, localizada no canto esquerdo da lanchonete. ── E estou ficando cada vez mais preocupado.

── Deveria mesmo.

O Park suspirou, tentando refrear a impaciência que já crescia dentro de si.

── Por que você me chamou?

── Porque preciso te devolver algo.

O moreno encarou o loiro com desconfiança.

── Não me lembro de ter te emprestado nada.

── E não emprestou mesmo.

A forma quase teatral demais com que Jackson enrolava deixou Jinyoung irritado.

── Você pode, por favor, ser um pouco mais claro, Wang?

O policial conhecia o empresário fazia dez anos e nunca se acostumou com a mania que o chinês tinha de vez em quando enrolar para enfim chegar aos assuntos relevantes, por isso, quando aquilo acontecia, quase sempre se punha impaciente, chegando a dispensar o tratamento formal, com uso de honoríficos. Pela diferença de idade, Jackson deveria ser tratado por Jinyoung como hyung, mas nenhum deles realmente se importava com a diferença de seis meses que os separava, afinal, eles eram amigos, não precisavam de tantas formalidades. Eles não precisaram delas pra se relacionar nos tempos de escola e faculdade, muito menos agora que já eram homens feitos e bastante profissionais em suas respectivas funções. Para muitos, poderia soar como desrespeitosa, a maneira como Jinyoung tratava Jackson, porém, aquilo era apenas um detalhe na dinâmica da amizade deles.

No fim das contas, eles nutriam sentimentos de consideração e carinho, apenas não se sentiam obrigados a refrear-se por tais aspectos. Ambos também não deveriam ter tanta cautela em suas conversas, fazia tempo que haviam decidido por serem sempre francos um com outro, garantindo que nada do que dissessem afetaria sua amizade, por isso, o Park não estava gostando da forma como o Wang parecia pisar nos freios naquele momento.

── Não estou entendendo nada.

── Jinyoung, por um acaso você não percebeu que uma das suas armas sumiu? ── o loiro questionou, logo em seguida dando mais detalhes: ── Uma calibre 32, de uso exclusivo das forças de segurança de Goyang.

O Park remexeu-se desconfortável.

── Como você sabe sobre isso?

── A Sooyun, ela estava com a sua arma até dois dias atrás.

Um pequeno arregalar de olhos, seguido por um reprimir de lábios foi a reação instantânea do coreano antes de perguntar de modo duro:

── Você está me dizendo que a minha irmã roubou a minha arma?

── Sim, exatamente isso. ── Wang confirmou, bebericando um pouco de café.

── Não posso acreditar.

── Eu também não quis acreditar, mas foi exatamente isso. A Sooyun roubou sua arma.

── Pra quê? ── na mente de Jinyoung aquilo não era registrado como verdade, era mais como uma piada de muito mau gosto.

No entanto, apesar de ser bastante descontraído e um tanto brincalhão, Jackson não era do tipo que brincava com assuntos sérios, porém, o policial ainda se mantinha descrente. Era tão absurdo saber que sua irmã o havia roubado! E para quê, céus?!

Soltando um suspiro cansado, Wang começou a contar sobre as ações nada bonitas da irmã caçula do amigo:

── Segundo ela, para assustar a Choi Bonah.

── O quê? ── Park não se lembrava de ter se surpreendido tanto numa conversa com Jackson, pelo menos não recentemente, como naquela.

O loiro refreou-se por um momento, ele não queria fazer a caveira da irmã do amigo, mas era necessário, pois mesmo que não tivesse causado grandes danos, Park Sooyun havia sido demasiado imprudente, quase a ponto de cometer um crime pelo qual Jinyoung também poderia sofrer as consequências por ser dono da arma utilizada. Por isso, não perdeu mais tempo com enrolação, foi logo dizendo a verdade:

── A sua irmã quase matou a prima de vocês quando soube que ela, a Bonah, havia passado a noite com o Im Jaebum.

── Que loucura é essa que você está me dizendo, Jackson? ── agora sim Jinyoung não podia e não queria acreditar no que o amigo lhe dizia com absurda neutralidade.

── Quem dera se fosse mesmo loucura.

── Não sei o que é mais difícil de acreditar, que minha irmã tenha me roubado ou que ela tenha tentado usar a minha arma contra a nossa prima e... ── o coreano divagava perturbado, pelo absurdo jogado pra cima de si naquele momento, e o chinês havia percebido a maneira desconfortável do amigo, entretanto, agora que havia começado a falar teria que seguir em frente e, foi o que fez.

── A Sooyun não gostou de saber que foi traída, sabe. Claro, não que o que ela quase fez seja justificado, mas aqui entre nós, dá pra entender, não é mesmo? O futuro marido dela transou com a prima.

── Im Jaebum e Choi Bonah... ── Jinyoung murmurou reflexivo. ── Eu nunca soube que eles foram próximos assim. Mesmo na escola, quando estudaram na mesma classe, eles mal se falavam. Como podem ter se tornado amantes?

Wang não acreditava que fosse tão absurdo assim Bonah e Jaebum terem se tornado amantes, pois ele mesmo tinha uma história um tanto parecida, porém, compreendia que Jinyoung estivesse surpreso com o desenrolar dos acontecimentos. Todavia, o que importava mesmo naquela conversa era deixá-lo a par de como a maknae da família Park quase se tornara uma assassina. Além do mais, Jackson tinha pressa em devolver o revólver, que já estava ficando pesado demais para sua consciência.

── Isso eu não sei. ── deu de ombros. ── Sei apenas que eles estiveram juntos antes de Bonah ir embora para os Estados Unidos, a Sooyun descobriu e tentou fazer vingança.

── Utilizando a minha arma. ── tal afirmação soou bastante amarga.

── A propósito. ── Jackson pôs a pequena bolsa em cima da mesa. ── Você pode me agradecer, dando uma bela bronca na sua irmã, aquela inconsequente. O que ela fez foi tão errado. Droga! Não gosto nem de pensar no desfecho de tudo caso eu não estivesse lá.

── Pode deixar. ── Jinyoung pegou o embrulho de couro, contendo o revólver. ── Eu irei conversar seriamente com a minha irmã, mas antes disso preciso saber exatamente como tudo se desenrolou e sua participação nessa história absurda.

 

ENQUANTO Jackson e Jinyoung permaneceram em Seoul conversando sobre como Sooyun parecia cada vez mais fora de si, sobre as investigações do chinês em relação ao sistema administrativo do Jang Condomínio e também sobre Lin Wang, Jaebum estava de volta à Goyang, esforçando-se para ter um pouco de paz, coisa quase impossível, com a mãe bombardeando-o com perguntas relacionadas aos últimos preparativos do casamento.

── Omma, por favor, podemos conversar sobre isso depois? ── o moreno pediu. ── Eu preciso mesmo dormir um pouco.

── Oh meu filho. ── a mulher o acariciou no rosto. ── Você parece mesmo cansado. Descanse, podemos conversar depois.

── Obrigado. ── ele sorriu fraco e após fechar a porta do quarto, estirou-se na cama.

O Im estava mesmo cansado, mas não conseguia entregar-se ao repouso devido à mente ainda fervilhar com inúmeros pensamentos, dentre os quais o de que se fosse um pouco mais corajoso, teria dito aos pais que não iria mais haver casamento entre ele e a caçula da família Park.

Jaebum também pensava em Choi Bonah. Muito. Na verdade, a maior parte dos pensamentos que giravam em sua mente nos últimos três dias tinha a ruiva como protagonista. O moreno preocupava-se com o fato de que a prima da sua ex-noiva possivelmente ainda estivesse sentido dores, ou quem sabe assustada por estar num país tão agitado como os Estados Unidos. Ele também refletia sobre como iria procurá-la quando as coisas com Sooyun e a família estivessem finalmente resolvidas.

Entretanto, o que mais dominava não só a mente, mas também o corpo do Im era saudade. Quando aceitou o atrevido convite de Bonah, Jaebum não imaginava que ficaria tão viciado em tão pouco tempo e que sentiria tanta falta quando tudo tivesse fim. Mas foi assim. E agora lá estava ele, saudoso, desejoso e perturbado.

── Sim, eu estou mesmo louco. ── ele riu sem humor quando quase foi capaz de ouvir os gemidos da ruiva, tão próximos de seu ouvido direito. ── Louco por você. ── fechou os olhos, entregando-se às lembranças da mulher que tanto lhe deu prazer e que tinha grande potencial para deixá-lo viciado por muito tempo.

 

PASSAVA um pouco das oito da manhã quando Choi Bonah despertou de sua primeira, longa e revigorante noite de sono em solo norte-americano. Sorriu abobalhada, olhando rapidamente pelo espaçoso quarto. Seu novo quarto, em seu novo apartamento. Ela sabia que estava sendo muito materialista, importando-se demais com os móveis e objetos de decoração do recinto, e um tanto sentimental em demasia, porém, não podia refrear a si mesma porque era simplesmente maravilhoso para si, estar no lugar aonde iniciaria uma nova etapa de vida.

Pouco mais de dez minutos depois, já de banho tomado, estava na cozinha, dando inicio ao preparo de sua primeira refeição do dia quando a interrupção veio com o soar do interfone. Era uma das funcionárias responsáveis pela portaria do prédio residencial, avisando que um entregador estava subindo, levando uma encomenda em nome da empresa Tuan Imóveis.

Ansiosa, a ruiva foi em direção à sala de estar, mas não teve que esperar muito, pois logo a campainha tocou.

── Assine aqui, por favor. ── pediu o entregador, após se identificar e repassar o grande embrulho, que consistia numa cesta de tamanho médio. ── Tenha um bom dia, senhorita Choi.

── Obrigada. ── ela sorriu. ── Você também.

Minha pequena,

Não posso acompanhá-la em seu primeiro café da manhã, aqui em NY, mas quero que saiba que os produtos desta cesta foram escolhidos por mim, com muito carinho. Espero que você aproveite bem.

Abraços, Mark.

── Pra onde você pensa que está indo, me mimando tanto assim, Tuan? ── Bonah deu risada, após ler o pequeno bilhete do amigo.

Ela estava remexendo animada, conferindo a grande variedade de pães, doces, sucos, laticínios e frutas cristalizadas, quando teve que parar para atender ao telefone.

── Você dormiu bem? Que tal a cesta?

── Dormi demais, meu rosto está inchado. E a cesta é um pouco exagerada, se você quer saber. Tem produtos suficientes para pelo menos uns três cafés.

── Por favor, me mande uma foto da sua cara inchada, quero pô-la no meu mural da vergonha.

── Mark!

Ele riu antes de justificar:

── Exagerei na quantidade de produtos da cesta porque eu queria que você tivesse a maior quantidade de opções possíveis.

── Obrigada, Mark. ── Bonah murmurou tocada. ── Não somente por ter cuidado do meu café de hoje, mas por tudo que você tem feito por mim. Você é tão cuidadoso que...

── Não há de quê. ── ele a interrompeu. ── Afinal, que tipo de amigo eu seria se não cuidasse de você, minha pequena?

E novamente estava lá, aquele bendito tom de voz baixo, um tanto rouco, fazendo com que o termo carinhoso saísse mais frisado que o normal. A ruiva não queria pensar muito sobre o porquê aquilo tanto lhe afetava, porém, se fosse sincera consigo mesma, aceitaria o fato de que Mark tratando-a daquele jeito a deixava temerosa e contente. Tudo ao mesmo tempo!

 

SOOYUN sabia que não seria fácil enfrentar Jinyoung quando ele soubesse como ela havia usado o revólver dele para intimidar Bonah. Porém, mesmo tendo consciência da chateação e decepção do irmão para consigo, ela não soube lidar muito bem com todas aquelas palavras duras jogadas para cima de si, sendo ‘irresponsável’ o termo mais suave utilizado pelo mais velho.

Ela sabia que tinha mesmo cometido uma grande irresponsabilidade ao roubar a arma do irmão, mas acreditava que, se sua prima não tivesse sido tão vadia ao ponto de transar com Jaebum, ela não teria agido tão extrema ao ponto de agredir a outra. Além disso, também sabia que Jackson Wang tinha grande culpa no desenrolar de tudo, afinal, ele foi o primeiro a contar sobre o que estava ocorrendo.

Sooyun acreditava também que se o loiro não tivesse sido tão intrometido ao ponto de tomar o revólver e devolvê-lo a Jinyoung, ela não teria passado por tamanho desconforto com o irmão e com os pais, questionando-a constantemente sobre o que se passava, não somente com ela e o filho mais velho da família, mas também com o noivo.

A Park não era muito boa em lidar com os próprios genitores, ainda mais quando se sentia pressionada, por isso, tomou distância da residência de sua família. A principio, a intenção era passar um tempo na companhia de alguma colega de trabalho, mas quando caiu em si, já estava em Seoul, tocando a campainha da casa em que estivera tantas outras vezes...

── Mais dois minutos e você não me encontraria aqui. ── Jackson informou ao abrir a porta. ── Por favor, seja rápida, eu tenho um compromisso daqui alguns minutos.

Ela o encarou com uma expressão de genuína mágoa, falando:

── Eu deveria estar com muita raiva de você porque por sua culpa as coisas estão estranhas não somente com o Jaebum, mas com o Jinyoung e também com os meus pais.

── E você não está? ── ele ergueu a sobrancelha direita, claramente provocando-a.

── Estou. ── admitiu, emendando em seguida: ── Mas não tanto quanto eu deveria porque fui eu mesma quem procurou isso, não foi? Fui eu quem pediu para que você vigiasse o meu noivo. Fui eu quem roubou o revólver. Fui eu quem quase matou a...

── Sooyun. ── Wang a puxou para um abraço. ── Admitir os erros é o primeiro passo para tentar arrumar as coisas. ── a olhou com afeto e alegria contida. ── Eu fico aliviado em saber que você parece mesmo querer ajeitar tudo.

── Eu quero, mas não sei se consigo. ── a morena admitiu sem ânimo e, encarando o loiro, pediu com voz embargada: ── Você vai me ajudar, não vai?

Após um pequeno sorriso condescendente, Jackson questionou de modo retórico:

── Eu já te neguei alguma coisa, Soo?

Ela também sorriu antes de confessar:

── Você não sabe quantas vezes eu tentei te odiar nos últimos dias, mas não consegui porque eu sei que não tenho esse direito.

── Por favor, continue pensando assim. ── a cutucou na ponta do nariz. ── Vem, vamos entrar.

── O seu compromisso, você...?

── Ele não é mais importante que você.

 


Notas Finais


Eu já disse que amo vocês, meus leitores preciosos? Pois eu amo. Muito. Vocês são os amores da minha vida todinha. S2


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