1. Spirit Fanfics >
  2. Depois daquela noite >
  3. Parte 25

História Depois daquela noite - Parte 25


Escrita por: AmigaDaPaz

Notas do Autor


Olá!
Neste capítulo algumas coisas começam a se resolver e outras apenas se complicam ainda mais. Sim, esta definitivamente é uma fanfic cheia de tensão e dramas. ;/ De todos os modos, espero que a leitura do capítulo de hoje seja agradável para todos.

Capítulo 25 - Parte 25


Fanfic / Fanfiction Depois daquela noite - Parte 25

DEPOIS DAQUELA NOITE

PARTE 25

 

QUERIDA, um homem que te ajuda a escolher presentes pra sua mãe, definitivamente é pra namorar. Aliás, casar. Mas namorar é um bom começo para vocês. A propósito, ele já deu mais alguns passos em direção à você?

— Se a senhora soubesse como ele acabou de me afastar, omma. — Bonah suspirou triste, após reler a mensagem da senhora KyungMi, que bastante animada agradecia os souvenirs que a filha juntamente com o amigo haviam comprado e enviado para si.

A Choi entendia toda aquela insistência da senhora Byun em saber sobre como Mark estava agindo perto de si, pois ela própria tinha deixado escapar que as coisas estavam caminhando de modo positivo entre eles nos últimos dias. Porém, naquele momento, ponderando sobre como o Tuan havia deixado claro que ela não devia ultrapassar o seu papel de funcionária de modo tão insistente como fizera, ela estava quase certa de que tinha levado os flertes trocados na noite anterior e a amizade cultivada por anos de forma muito mais literal e confiante do que seria aconselhável em qualquer relação. Tinha entendido tudo errado. Mas, não por muito tempo, precisou apenas de alguns minutos ali numa das cabines do banheiro para compreender tudo.

Entendeu que Mark poderia esporadicamente gostar de paquerar a melhor amiga, mas não queria que a mesma tentasse ajudá-lo no âmbito pessoal, ainda mais quando envolvia outras pessoas, especialmente no local de trabalho porque ali ela não era a melhor amiga e sim a secretária. Era muito bem remunerada para exercer funções administrativas e, era isso que iria fazer dali por diante, decidiu após redigir uma pequena mensagem de resposta para a mãe.

Decidiu que iria realizar todas as tarefas que lhe fossem delegadas e faria muito bem para que o Tuan não tivesse do que reclamar. Bonah era uma excelente profissional, afinal de contas. Sabia muito bem cumprir ordens e fazer seu trabalho da melhor forma possível.

Ela não era expert em entender, aceitar e lidar com os próprios sentimentos, mas alguns momentos duros de sua vida num passado não tão distante, a fizeram amadurecer e aprender a lidar de maneira equilibrada com tudo.

Após retocar a maquiagem, reorganizar o penteado e o blazer escuro, deixou o banheiro, focada na resolução de engolir os próprios sentimentos de tristeza, mágoa e até mesmo vergonha, tudo pelo bem do bom ambiente de trabalho. Estava confiante, era capaz daquilo.

Porém, quanto ao clima amistoso e um tanto atrevido no qual ela e Mark haviam se acostumado desde que ela chegara ali, este tinha se dissipado. E não parecia que ia ser fácil de as coisas voltarem ao normal tão cedo porque apesar de tentar entender que tinha errado em ser insistente, sentia que o amigo havia sido duro demais sem necessidade alguma, pois ele poderia ter pedido calmamente que ela parasse com tantas indagações e não apenas tê-la feito voltar pra sua mesa de trabalho daquele jeito tão autoritário.

Bonah não estava somente sendo um caso de ego meio ferido, mas sim um coração magoado. Os dois não são fáceis de lidar, mas este segundo com certeza demanda mais dedicação. E Mark, que não era burro, sabia disso, entretanto, não fez nenhum movimento para ao menos tentar arrumar as coisas, pelo contrário, ele tomou ainda mais distância da melhor amiga.

— Volto daqui algumas horas. — ele avisou, passando pela mesa aonde Bonah tinha acabado de se acomodar.

— Sim, chefe. — ela nem se deu ao trabalho de encará-lo, enquanto retomava a revisão do relatório, que ele pedira mais cedo.

Se tivesse prestado atenção Mark teria se magoado, mas nem sequer notou porque não olhou na direção da melhor amiga quando saiu.

Muitos filosofam por aí que corações podem ser partidos por palavras não ditas, mas, o que dizem sobre os corações que são machucados pela maneira como certas palavras são proferidas?

 

KUNPIMOOK tinha total ciência de que estar na presença de Mark Tuan era mesmo uma coisa e tanto, afinal, ele era o dono da empresa, exalava confiança e beleza, além de ser muito simpático, porém, não entendia completamente toda felicidade de Stacy após ter esbarrado com o chefe.

— Nunca vi ninguém tão animado assim após um esbarrão. — ele comentou ajudando a loirinha a colocar as caixas em cima da mesa.

— Foi apenas um pequeno acidente.

Por mais que tivesse tentando soar despreocupada e até mesmo um pouco  indiferente, Stacy não foi capaz de mascarar a satisfação que sentia pelo recente acontecimento, pois o sorriso nunca deixou seus lábios enquanto ela falou ou mesmo quando se concentrou na organização dos documentos. E BamBam percebeu muito bem aquilo e ficou ainda mais intrigado. O que estava acontecendo?

— O que foi? — ela questionou quando percebeu que estava sendo observada mais atentamente do que o costume.

— Nada. — o tailandês disfarçou e se pôs a também manusear os documentos.

Stacy não insistiu, pois compreendeu perfeitamente o que o amigo estivera fazendo até então, ele estava tentando entender o que de fato se passava com ela. E não era de todos os modos algo ruim, porque a fazia sentir cuidada ter Kunpimook sempre tão perto, tentando ler até mesmo as suas pequenas ações, porém, levando em consideração os planos que tinha para si mesma ali dentro da empresa, deixar o amigo saber de tudo poderia ser um erro, que arriscaria demais o andamento de tudo. Assim, prometeu a si mesma que iria se policiar para não aparentar tanta alegria em relação ao chefe, mas nada podia impedi-la de regozijar internamente por ter conseguido um primeiro contato tão impactante com Mark Tuan.

Depois de tantos anos de espera, enfim nos reencontramos, ela sorriu para si mesma e de novo BamBam viu, mas não ficou intrigado como antes, na verdade ele ficou assustado, pois aquele sorriso transbordava uma alegria quase maníaca. O que diabos estava acontecendo com Stacy Daniels?

 

HAVIA chegado a hora, Jackson constatou ao ver Sooyun voltar ao quarto depois de um demorado banho.

— Agora estou me sentindo nova outra vez. — ela comentou risonha desprendendo os cabelos. — Tomar um bom banho quente é realmente revigorante pra mim.

Sem comentar nada, o Wang apenas acenou com cabeça, concordando com as palavras da morena, mas também tentando guardar o máximo de detalhes daquela bonita cena. Park Sooyun era de fato uma mulher linda e mesmo que o deixasse nervoso de um jeito nada positivo, na maior parte das vezes, ela tinha muitos encantos, mexia muito com ele. Mas não por muito tempo, ele jurou a si próprio que iria se livrar de todo aquele poder que a irmã do seu provavelmente ex-melhor amigo exercia sobre si, o quanto antes...

— Se você tem algo a me dizer, faça isso logo ou vai acabar explodindo. — ela falou com seriedade ao perceber o semblante quase agoniado do loiro. — Acredite-me, nada vai me deixar mais impressionada do que o que fizemos naquela cama. — apontou o móvel onde os lençóis ainda estavam amarrotados, uma prova bastante explícita do que havia acontecido ali.

Ainda com o semblante sério, ele questionou:

— E se eu te disser que foi a última vez?

— O quê?

— A última vez que estivemos juntos.

Dando uma risada sem ânimo algum, ela perguntou incrédula:

— Você está mesmo me dispensando, Jackson?

Ele não respondeu, apenas continuou olhando-a de um jeito sério, mas também triste.

— Ah, claro. — a voz feminina subiu cerca de uma oitava, tornando-se mais aguda, deixando soar a raiva que começava a se formar dentro de si. — Nada mais justo, pois se eu fui a primeira a dar o passo que nos trouxe até aqui, você tem que ser aquele vai parar com tudo.

— Não precisa ver as coisas dessa maneira.

No ápice da raiva, ela gritou:

— Preciso sim porque é assim que as coisas são!

Jackson não sabia dizer de onde estava tirando tanta calma para lidar com a situação, mas estava se saindo muito bem.

— Não grite.

— Então não me trate como se eu fosse uma qualquer! — retrucou ainda bastante nervosa. — Você sabe o que estou arriscando para estar aqui com você? — questionou, mas não deu tempo para que ele ao menos tentasse responder: — Estou arriscando o meu noivado. Estou pondo em risco a minha futura família!

Então era aquilo.

Ali estava toda a verdade.

Jackson sentiu como se tivesse levado um soco na boca do estômago. Foi pior do que quando apanhou de Jinyoung. Era horrível ouvir Sooyun dizer, mesmo que, não com todas as letras que pretendia mesmo dar prosseguimento aos planos de casamento com Im Jaebum. Até então, o Wang não tinha tido coragem de admitir para si mesmo que havia nutrido esperanças de que a Park deixasse o noivo para ficar com ele, mas agora caíra na real de que tinha mesmo esperado um final diferente para si, um final em que ele pudesse recomeçar com a mulher que por muitos anos foi seu maior desejo. E agora estava tudo acabado.

Jackson estava desiludido e muito triste, mas Sooyun não parecia ver aquilo ou não queria perceber e nem dar importância. Ele não sabia qual das duas opções era a pior. Sabia apenas que as duas machucavam.

— Em pensar que cheguei a imaginar que isso poderia ser um recomeço para nós.

— Você mesma acabou de dizer que pretende se casar com o cara que te traiu com a sua própria prima. — agora foi a vez de ele deixar a raiva se esvair por seus lábios. — O que você estava pensando? Que poderia continuar comigo mesmo assim? Que eu toparia ser o seu amante? — após uma pequena pausa, soltou a última cruel indagação: — Se você age dessa forma, como não quer ser tratada como uma qualquer, Park Sooyun?

— Seu moralismo tardio chega a ser meio fofo, mas não me convence. — falou, destilando veneno. — Quer saber, eu vim para conversarmos civilizadamente, mas você foi o primeiro a deixar tudo pra depois. Agora eu entendo, você queria somente mais uma transa. Algo como uma despedida? — debochou sem dó. — Se for pelo meu comportamento ou apenas pela forma como sinto que me trata, no fim das contas eu sou apenas uma qualquer mesmo, certo?

Ela já ia saindo do quarto, quando teve a passagem bloqueada por Jackson, que olhando-a dentro dos olhos, falou enraivecido:

— Eu não quero mais te ver porque já cansei de ser aquele que vai te tocar como você quer, mas nunca vai poder ter mais nada além disso porque você já decidiu há malditos anos que terá uma vida feliz com outro. Eu não quero ter mais nenhum misero contato com você porque eu não quero ser o outro que vai ficar apenas com migalas enquanto o marido poderá desfrutar da família perfeita que eu sei que você planeja construir. E, por último, mas não menos importante, eu não quero mais ter que apanhar do meu melhor amigo por sua causa.

Sooyun sentiu o baque das palavras de Jackson e teve medo de entender o real significado delas. Não conseguia pensar direito, assim como não conseguia controlar os murmúrios que escaparam de sua boca:

— Do que você está falando...?

— Você ouviu.

— O meu irmão te bateu?

Frustrado, encarou-a com raiva e mágoa.

— É sério que você prestou atenção apenas nessa parte?

— Claro que não, eu ouvi tudo o que você disse. Mas é óbvio que ter o meu irmão no meio de tudo isso é mais grave do que qualquer outra coisa. — levando uma das mãos a cabeça, choramingou agoniada: — Ele sabe sobre nós. Meu Deus... Se ele ao menos comentar por alto alguma coisa lá em casa... Se o Jaebum desconfiar...

Afastando-se o loiro abriu a porta e praticamente arrastou a morena escada a baixo, ditando para a senhora Bong que estava trocando as flores de alguns vasos:

— Acompanhe a senhorita Park até a saída, por favor.

— Sim, senhor.

— Mas Jackson, nós ainda não terminamos...

Ele não se deu ao trabalho de parar o caminho que fazia para o segundo andar ao falar com firmeza e também bastante frieza:

— Nós nem mesmo começamos, Sooyun.

 

NÃO havia sido fácil para Mark passar por aquele dia, pois além do choque inicial que vivera graças àquela sósia absurdamente parecida com sua ex-namorada, ele teve que ser o malvado num momento bastante tenso com a melhor amiga. Bonah não merecia ser tratada daquela forma, ele sabia, entretanto, não estava pensando direito enquanto ela indagava sobre o que se passava com ele, não estava conseguindo lidar consigo mesmo.

No fundo da mente havia a percepção de que ela estava preocupada por vê-lo agir de modo tão atípico e não queria ser apenas enxerida, queria ajudar. Mas, mesmo sabendo disso, ele não soube lidar. Não soube ser agradecido e equilibrado como de costume porque a enxurrada de lembranças que o assolou naquele momento e o acompanhou por boa parte daquele cumprido dia foi realmente forte. O que deveria fazer?

Ainda bem que já era o começo da noite, o dia estava quase no fim, ele se permitiu suspirar aliviado quando voltou à sede da Tuan Imóveis. Gastou alguns minutos no setor de RH, onde delegou a um dos funcionários a tarefa de investigar Stacy Daniels. Queria ter informações ao longo do dia seguinte, afinal, para hoje não seria mais possível visto que já era o final do expediente; normalmente ele próprio já estava saindo da empresa. Porém, para um dia que havia começado de modo tão distinto dos demais, passar horas extras ali não seria um absurdo tão grande para ele.

Quando enfim adentrou à sal da presidência, se surpreendeu por Bonah ainda estar lá, apesar de já terem se passado alguns minutos da hora de saída.

— O relatório que me pediu está pronto. — ela informou, apontou para a mesa. — Há também alguns documentos que precisam ser assinados e carimbados. Além de anotar alguns recados na agenda, tomei a liberdade de remarcar as reuniões de hoje à tarde para amanhã.

Aquela era Choi Bonah, a secretária dedicada e competente. Mas, não somente isto. Era a melhor amiga que Mark poderia desejar ter. A mulher que ele queria para além do que poderia explicar com palavras. A pessoa que ele tratou tão mal quando deveria ter sido apenas paciente. Ele precisava ser rápido em começar a recolocar as coisas no devido lugar.

— Está bem. — ele acenou com a cabeça e caminhou em direção á mesa. — Você já está saindo? — perguntou quando a viu pegar a bolsa e colocar a alça da mesma num dos ombros.

— Precisa de mais alguma coisa, senhor Tuan?

Ela não usou nenhum tom de voz debochado ou mesmo forçado, a morena apenas soou cansada e até mesmo triste. Constatar aquilo fez com que Mark se sentisse ainda pior porque sabia que boa parte do estado de ânimo baixo da amiga era por sua causa. Ele não podia fugir daquilo, por isso obrigou a si mesmo a dar o primeiro passo que o levaria para o caminho de tentar arrumar as coisas.

— Você poderia, por favor, me acompanhar no jantar? — pediu encarando-a com o semblante um tanto envergonhado. — Eu tenho algumas coisas importantes a dizer.

 


Notas Finais


Por favor, me desculpem por qualquer erro eu revisei muito rapidamente.
E me sigam lá no Ask, me mandem perguntas:
https://ask.fm/AmigaDaPaz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...