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História Depois daquela noite - Parte 28


Escrita por: AmigaDaPaz

Notas do Autor


7 meses de postagem de DNN!
Obrigada por acompanharem minha primeira longfic de modo tão dedicado. Eu realmente sou muito agradecida a cada um de vocês, meus leitores preciosos. E pra comemorar, nada melhor que um capítulo novinho, não é verdade? Aproveitem bem!

Capítulo 28 - Parte 28


Fanfic / Fanfiction Depois daquela noite - Parte 28

 

DEPOIS DAQUELA NOITE

PARTE 28

 

ALIMENTAR o peixinho Bobby foi a primeira coisa que Mark fez após adentrar a sala do apartamento, depois tirou as luvas, o gorro, o paletó, os sapatos e meias e se deixou cair no sofá, onde cochilou por alguns minutos até que a mente voltasse a ser invadida por lembranças de mais de dez anos. Estava desgastado mentalmente, não queria voltar àquele assunto.

Levantou-se e foi para o quarto. Acendeu a luz principal do cômodo. Tudo estava em ordem, do jeito que ele havia deixado quando saiu pela manhã. A cortina de cor marrom clara estava afastada até a metade da grande janela ao lado esquerdo do quarto. A cama tinha as cobertas negras e os lençóis brancos parcialmente bagunçados e, em cima do colchão, no local onde o moreno habitualmente colocava os pés, jazia uma revista com temática econômica, que na noite anterior lhe tinha servido de sonífero.

Sabendo que as diversas matérias sobre o momento atual do mercado financeiro norte-americano e as inúmeras entrevistas com especialistas no assunto, não iriam lhe ajudar a dormir naquela noite como na anterior, apanhou a revista e a descartou no cesto de lixo do banheiro, cuja luz equipada de sensor de movimento, acendeu assim que o empresário adentrou ao recinto.

A imagem do seu rosto refletido no espelho acima da pia o fez cair na real de que estava mesmo tão mal como se sentia. Suspirou e logo em seguida molhou a face com água corrente e fria. Olhou-se outra vez no espelho. O semblante abatido permanecia. Desistiu de melhorar a si mesmo e sacou o aparelho celular do bolso dianteiro da calça e checou as horas. Passava da meia-noite.

Suspirou frustrado. Habitualmente naquele horário já estava dormindo, mas aquela não era uma noite habitual. Era uma noite fria, pesada, desgastante, mas que tinha sido dosada com alguns momentos quentinhos e saborosos, graças à fala suave de Bonah, os sorrisos quase infantis e abraços, que tinham sido mais quentes que o chocolate que tomaram. A bebida tinha ajudado a aplacar um pouco o frio, porém, Mark sabia que precisava de uma dose maior de calor para conseguir relaxar e dormir, assim, optou por um banho quente, que não durou mais do que cinco minutos.

Trajando apenas um roupão branco de toalha e cueca boxer negra, acomodou-se na cama, sentado com as costas apoiadas na cabeceira. Pegou o celular, que instantes antes havia deixado em cima da mesinha de cabeceira e conferiu as horas novamente. Como havia constatado anteriormente, já era tarde. Muito tarde para uma pessoa como ele, com uma rotina trabalhista que começava bem cedo todos os dias, ainda estar acordada. Mark sabia que precisava dormir, queria dormir, mas a mente não deixava. Pensou em fazer algum chá, talvez alguma erva calmante ajudasse...

Desistiu. Estava com preguiça de ir até a cozinha. Optou por continuar mexendo no celular, assim, navegou por entre os diversos aplicativos disponíveis no sistema operacional até parar na galeria de fotos da câmera fotográfica. Não havia muitas imagens ali, apenas seis fotos e todas tiradas naquela noite. Todas de Choi Bonah, bastante alegre durante as compras de gorros, cachecóis e luvas. Levou alguns minutos apenas admirando as imagens até escolher uma e colocá-la como protetor de tela do aparelho. Queria ver aquele rosto tão querido quando acordasse de manhã com o som do despertador. Bem, isso se conseguisse dormir. O que aparentava ser quase impossível, pois a cabeça parecia que estava completamente cheia.

Será que ela já foi dormir?, questionou-se ao mesmo tempo em que clicava em cima do contato da melhor amiga, que atendeu tão rapidamente, que Mark se surpreendeu e suspeitou de que ela, assim como ele, estava com o celular nas mãos, talvez esperando que ele telefonasse?

— Mark...

Por que ela tinha que usar aquele tom de voz tão doce? O moreno remexeu-se desconfortável na cama e fechou os olhos.

— Oi. Aconteceu alguma coisa?

— Desculpa. — enfim respondeu. — Eu não quis te atrapalhar, eu só...

— Não está conseguindo dormir?

— É, mas não se preocupa com isso. — falou meio constrangido. — Eu vou tomar um chá, talvez ajude e...

— Está tudo bem, Mark. Eu posso conversar até você dormir.

Mark suspirou.

Por que Choi Bonah tinha que ser daquele jeito, toda compreensiva e adorável? Só se tornava ainda mais irresistível para ele, caramba!

— Suspeito de que você dormirá primeiro porque a minha conversa pode ser bastante entediante.

Bonah não respondeu, ela apenas riu porque o amigo conseguia soar fofo, mesmo falando de um jeito tão depreciativo sobre si próprio. E novamente, o Tuan se remexeu desconfortável na cama. Se a Choi ia mesmo reagir daquele jeito ao telefone, a conversa ia ser bem longa...

 

— NÃO me diga que estava me esperando? — Lin disse risonha após abrir a porta e se deparar com Jackson sentado em frente à TV.

— De certa forma sim.

— Então sua espera terminou. — ela deixou as chaves em cima da mesinha de centro e se acomodou no sofá em frente ao que o primo estava. — Já estou em casa.

— Eu vejo. — acenou em direção aos ursos de pelúcia. — Não vai me apresentar os seus... Amigos?

— Ah sim. — riu divertida. — Este é Pikachu.

— Conheço de vista.

— E este é o senhor Kim.

Jackson franziu o cenho, estranhando a escolha do nome.

— Kim?

Lin acenou positivamente.

— Em homenagem a quem me deu.

— Um dos seus pacientes?

— Não exatamente. — pausou rapidamente antes de acrescentar: — Bem, eu já receitei um remédio a ele...

— Você não está falando do Kim Yugyeom, está?

Jackson se lembrava de que a prima tinha flertado, num jantar, algumas semanas antes, com aquele jovem contador da Yoon and Im Investiments. Ele estava somente curioso por eles visivelmente estarem caminhando numa relação, mas Lin sentiu como se Jackson tivesse algo contra o mais novo e não gostou.

— E se eu estiver?

— Calma. — mostrou as palmas das mãos em sinal de rendição e paz. — Eu não estou querendo começar uma briga.

— Que bom, porque eu não quero brigar com você nem com ninguém. — cruzou as pernas e sorriu de modo brilhante. — Estou me sentindo bem demais para isso.

— Eu sei que você não vai me dar detalhes e eu nem quero, mas posso perceber que o encontro foi bom mesmo.

— Muito. Fazia um tempo desde que não me divertia tanto. Eu meio que já tinha esquecido como é bom brincar.

Novamente, Jackson franziu o cenho. O loiro estava achando estranho, Lin usando nomes e termos realmente interessantes, por assim dizer, em suas falas naquela noite.

— Brincar?

— Nós fomos a um parque de diversões. — ela respondeu como se fosse a coisa mais maravilhosa do mundo.

— Quantos anos ele tem? Doze? — Jackson debochou. — Com tantos lugares pra te levar...

— Não seja maldoso. — retrucou magoada. — Amo meus presentes.

— Entendi. — após uma risada curta, concluiu: — É você quem tem doze anos.

— É você que tem setenta. — a reposta foi dada com uma espécie de bico nos lábios rosados da quase loira, que no momento aparentava ter bem menos que seus vinte e sete anos. — Todo rabugento assim...

— Talvez.

Eles riram.

— É bom te ver alegre assim, Lin. — Jackson enfim parou de implicar. — E, se esse tal de Kim tem alguma coisa a ver com isso, já está em alta no meu conceito.

Jackson estava sendo sincero, pois achava que a prima merecia ter alegrias, porque ela já tinha sofrido demais por causa de Park Jinyoung. E pra sofrer por algum membro da família Park por enquanto bastava ele mesmo, lutando para se livrar de Sooyun. Então, se Lin estava feliz com os encontros um tanto infantis com Kim Yugyeom, estava tudo bem.

— Acho que vocês podem se tornar bons amigos. — opinou satisfeita. — Ele tem um pouco da sua personalidade.

— Ele tem? — Jackson achou aquilo estranho, afinal, sua personalidade não era lá das melhores e certamente um homem parecido consigo em tal âmbito não seria nunca o par ideal para Lin.

— Bem, ele não se parece muito com você agora. — começou a explicar. — Mas, ele age de modo bem parecido como você agia quando era adolescente.

— Meu Deus. — lamentou de modo exagerado. — Então ele é terrível!

Lin deu risada e Jackson acabou por rir junto.

 

JAEBUM ainda tinha uma boa parte de si perturbada por causa de Choi Bonah, isto era um fato, não dava para negar, entretanto, o que mais lhe afligia era o futuro incerto de sua relação com Park Sooyun. Afinal, não eram oito dias, oito semanas ou oito meses. Eram oito anos. Aquele relacionamento era uma parte bastante significativa de sua vida. E mesmo que no último mês estivesse sendo o principal motivo de seu estresse, ainda era importante.

Jaebum sabia que era da mesma forma para Sooyun, por isso foi cauteloso em convidá-la para tomar Makgeolli, num quiosque próximo à residência da família Park e bem perto do parque da cidade. Mesmo ansioso, procurou não se encher de tantas expectativas para evitar desapontamentos, mas prometeu a si mesmo que ia se dedicar para dar mais um passo na direção de colocar as coisas no lugar, ou pelo menos tentar.

— Obrigado por ter vindo. — ele disse quando enfim se acomodaram ao balcão.

— Não precisa me agradecer. — ela sorriu minimamente acomodando a pequena bolsa em cima das pernas cobertas pela fina calça escura. — Eu não tinha como recusar, estava mesmo com sede.

— Pensei que você estivesse brava comigo. Fiquei refletindo sobre o que eu poderia ter dito ou feito pra te afastar de novo.

— Por que você pensou isso?

Ela franziu o cenho e ficou atenta às reações do Im e aproveitou para admirar o quanto ele estava bonito; ele sempre ficava bem com o cabelo penteado daquela forma e usando roupas esportivas. Concluiu que, se ele voltasse a usar brincos como nos tempos da escola, pareceria tão jovem como era quando começaram a namorar. Sooyun tinha saudades daquele tempo. Tudo era tão mais fácil, principalmente entre eles. Conversa franca nunca tinha sido um problema como agora.

— Não nos falamos nos últimos dois dias. — a olhou de relance. — E eu soube que você esteve em Seoul ontem. — na verdade, ele não tinha ‘ficado sabendo’, ele tinha visto Sooyun dentro de um táxi, mas preferiu guardar tal informação para si, não querendo acuá-la.

A Park sentiu a coluna vertebral gelar. Meu Deus, Jaebum sabia que ela tinha ido procurar Jackson Wang!?

Não, não parecia ser o caso, pois se o fosse, o Im não estaria falando tão calmamente, pois mesmo que ele não fosse tão explosivo e fatalista como Sooyun, não tinha sangue de barata e reagia nervoso perante situações em que se sentisse injustiçado ou enganado de alguma forma. Ela bem se lembrava do jeito enérgico dele em algumas ocasiões estressantes na escola e na universidade.

— Desculpe-me, foi um lapso meu. — sorriu de modo fraco. — Eu fui à Seoul muito rapidamente. — sentiu o gosto da mentira tomar conta da própria boca, mas prosseguiu: — A Jihye me pediu ajuda para fazer algumas compras e...

— Está tudo bem, Sooyun. Você não precisa se explicar tanto pra mim. — Jaebum apaziguou. — Você tem todo o direito de sair com sua melhor amiga e não necessariamente precisa me contar todos os passos disso. — a encarou rapidamente. — Como eu já te disse algumas vezes, eu não quero nunca ser pra você o tipo de noivo que vai ficar te monitorando e cobrando o tempo todo. — garantiu antes de explicar: — Eu apenas fiquei preocupado por você não ter entrado em contato. Pra mim, o nosso último jantar tinha sido bom e...

— Pra mim também foi. — admitiu com sinceridade. — E fique sabendo que o seu esforço pra reconquistar a minha confiança está realmente dando certo. — sorriu. — Eu só acho que ainda é um pouco cedo pra falarmos sobre reatar o noivado. — relembrou rapidamente da última vez que estivera com Jackson. — Eu acredito que nós dois ainda temos algumas coisas importantes pra resolver com nós mesmos antes de reatar.

— Eu concordo com você. — Jaebum remexeu nervosamente no porta-guardanapos. — Nós temos que saber bem o que queremos e cuidar das consequências de nossas escolhas.

— Exatamente. — a morena engoliu em seco e desviou a mirada por alguns instantes. — Se vamos ou não reatar o noivado, isso deve ser decidido com calma, afinal isso vai definir o rumo de boa parte da nossa vida. Nosso futuro.

— Nosso futuro. — o Im repetiu reflexivo. — Não dá mesmo pra saber como vai ser, mas eu já posso dizer como quero que seja.

— Como? — Sooyun o encarou com expectativa.

— Quero, que independente do que a gente decidir, que continuemos sendo bons um com o outro. — a olhou com ternura. — Eu não tenho como apagar o que fiz com você. — engoliu em seco, tendo a certeza de que se pudesse, apagaria tudo de ruim que fez. — Não tenho como voltar no tempo e evitar a traição, mas...

A Park o olhou com uma expressão que misturava mágoa e também alegria porque Jaebum estava soando tão verdadeiro! As palavras dele, os olhos dele, ela podia perceber que não era mentira o que ele dizia. Isso a enchia de esperanças de que as coisas entre eles se resolvessem.

— Eu prometo que vou me esforçar todos os dias pra te deixar saber que eu de fato quero continuar em contato contigo. Mesmo que não seja mais o seu futuro marido... — ele fez uma pequena pausa. — Quero ser o seu amigo.

Os dois copos de bebida foram servidos por um simpático atendente do quiosque, o que deu tempo para Sooyun absorver as palavras que Jaebum acabara de proferir, especialmente a última: Amigo...

Ela repetiu o termo na própria cabeça como se fosse o pior dos xingamentos. Jackson Wang também tinha sido seu amigo até algumas semanas antes e agora...

— Acho que é um bom recomeço. — sorriu fracamente, tentando mascarar que não se sentia à vontade com aquilo, porém, sabia que valia a pena tentar, afinal, Jaebum parecia estar genuinamente disposto, o que o fazia merecer uma chance.

— Ao nosso recomeço? — o moreno ergueu o próprio copo quase cheio de Makgeolli.

Sooyun aceitou o brinde, que selou o reinicio de uma relação que eles não queriam admitir um para o outro, e nem para si próprios, mas que já estava fadada ao fracasso há muito tempo, mesmo antes das infidelidades.

 

BONAH estava de fato com o aparelho celular nas mãos quando Mark telefonou. Refletia sobre como e quando poderia convidá-lo para tomar um chocolate quente ou sopa em qualquer outra noite de inverno como aquela. Não, não como aquela porque céus, o melhor amigo tinha sofrido tanto apenas relembrando e contando sobre o passado!

Ela não sabia exatamente como faria na próxima vez, entretanto, tinha certeza de que se pudesse, faria muito mais do que apenas ouvir. Faria muito mais do que apenas acompanhá-lo durante o jantar e o chocolate quente como fizera algumas horas antes.

Passou a língua pelos lábios e jurou sentir o gostinho doce. Sorriu. Tinha sido breve, mas foi tempo suficiente para ficar marcado como algo bom, que deveria ser repetido, em circunstâncias melhores, claro.

— Mark? Você ainda está aí? — questionou quando apenas a respiração do amigo pôde ser ouvida por alguns segundos.

— Estou. — a resposta veio baixa. — O que você estava fazendo antes de eu telefonar?

— Eu tinha saído do banho e estava lendo a sinopse da terceira temporada de uma série, que comecei a assistir ano retrasado.

— Fale-me mais sobre isso.

E Bonah obedeceu. Contou sobre a série, depois sobre o filme na qual a mesma havia sido baseada e sobre outros filmes e séries dos quais havia gostado de assistir. Falou também dos livros e músicas favoritas, muitos dos quais eram de conhecimento de Mark, mas que o mesmo não tinha achado ruim escutar sobre outra vez, porque ouvir a Choi falar tão empolgada sobre as coisas que gostava era tão bom!

Na verdade, qualquer coisa, mesmo que mínima ou quase sem relevância sobre Bonah era bom para o Tuan. E quando ela mesma resolvia contar era melhor ainda, porém, ela não foi a única a falar naquele telefonema. E, apesar de o moreno não ter falado tanto quanto a amiga, contou também sobre seus gostos músicas e as revistas em quadrinhos que tanto gostava, o que esticou a conversa por mais de uma hora. Ambos ficaram cansados ao ponto de falar de coisas tão aleatórias e um tanto bobas até caírem em risadas sonolentas.

 

APÓS terminarem a bebida, Jaebum e Sooyun fizeram, a pé, o caminho de volta para suas casas, que ficavam a poucos metros uma da outra. O percurso não levou mais do que dez minutos, mas foi o bastante para que eles trocassem algumas informações importantes sobre suas atuais rotinas de trabalho e combinarem de se encontrarem para almoçar juntos na próxima folga.

Pronto. — o Im sorriu quando chegaram frente ao portão da residência dos Park. Delicadamente, ele a segurou pela mão direita. — Está entregue, sã e salva. — se inclinou para baixo, fazendo com que a morena pudesse sentir a respiração dele bater em seu pescoço. — Adorei o nosso tempo juntos hoje, mas espero que da próxima vez possamos comer, beber, conversar e caminhar um pouco mais também. Você sabe, ficar um pouco mais um com o outro.

Aquele tom de voz suave fez com que Sooyun se arrepiasse e instintivamente se inclinasse um pouco mais em direção a ele, ficando tão perto que quase se tocavam na altura dos peitos. Pensou que seria muito bom se ele a beijasse. Ela queria que ele a beijasse. Mas Jaebum não fez o que Sooyun queria, pelo contrário, ele ajeitou a postura e libertou a mão feminina que até então segurava.

— Que você tenha uma boa noite de descanso.

Descansar? Sooyun duvidava muito que fosse capaz de conseguir paz o suficiente para recarregar as próprias energias, mas sorriu em agradecimento às palavras doces do Im.

— Você também.

— Espera. — novamente, ele a segurou pela mão, impedindo-a de se afastar ainda mais. — Por favor, não me odeie por isso, mas eu não posso me segurar. — dito isto, pressionou os próprios lábios firmemente aos de Sooyun, que permaneceu parada, surpresa. — Desculpa. — do mesmo modo como foi rápido em beijá-la, foi rápido em parar, constrangido pela falta de resposta da morena, murmurou: — Eu não deveria ter te beijado assim, eu...

— É. — concordou sorrindo um tanto maldosa. — Você deveria ter beijado melhor. — agora foi a vez de Sooyun surpreender. Sem pudor algum ela pressionou ainda mais o corpo ao de Jaebum e juntou os lábios aos dele.

Não demorou muito para que ambos estivessem quase derretendo nos braços um do outro. Enquanto Sooyun instigava a própria língua a quase brigar com a de Jaebum, ele a envolvia cada vez pela cintura, mantendo-a presa por seus braços fortes. Definitivamente, para ela, aquela era a melhor das prisões, da qual, se pudesse nunca mais se libertaria.

— Sooyun, querida. É você?

O chamado da senhora Park foi o que os fez parar o beijo e desfazer o abraço. Ofegantes, eles olharam um para o outro, com as testas coladas e sorriram. Foi como se tivessem voltado no tempo, pelo menos uns oito anos, lá no inicio do namoro, quando algumas vezes foram interrompidos por seus pais, amigos ou professores. Trocaram olhares e sorrisos, não precisaram de palavras para deixar um ao outro saber que estavam revivendo a mesma doce e divertida lembrança.

— Deseje boa noite à sua mãe por mim. — Jaebum a beijou levemente na testa.

— Até amanhã. — Sooyun despediu-se sorrindo, com muito esforço porque na realidade, a vontade era de chorar devido ao fato de que, mesmo sabendo que quem havia acabado de lhe sussurrar palavras doces e lhe beijado com tanta vontade foi Im Jaebum, só conseguia desejar que fosse Jackson Wang!

 


Notas Finais


Makgeolli: bebida de cor leitosa que nada mais é do que arroz cozido no vapor e água com teor de álcool de 5% a 7%, sendo assim, classificada como uma bebida saudável.


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